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Departamento de
Ciências Experimentais
As cartas geológicas fornecem-nos importantes indicações sobre a estrutura geológica do subsolo. Por esta razão,
tornam-se num documento fundamental em muitas das actividades da nossa sociedade. Entre outros aspectos, são
muito úteis para:
- a prospecção e exploração de recursos energéticos;
- a prospecção e exploração de recursos minerais;
- a prospecção e exploração de águas subterrâneas;
- a selecção e caracterização de locais para a implantação de grandes obras de engenharia (barragens, pontes, etc.);
- estudos de caracterização e preservação do ambiente;
- estudos de previsão e de prevenção de fenómenos naturais, como, por exemplo, actividade sísmica e vulcânica;
- estudos científicos.
Podemos concluir, então, que é muita e diversificada a informação que pode estar contida numa carta temática de
cariz geológico. Assim, não são apenas os geólogos que recorrem a este tipo de carta; engenheiros civis, arquitectos,
engenheiros agrónomos, pedólogos, geógrafos, entre outros profissionais, têm nas cartas geológicas a informação
necessária para o seu domínio de intervenção.
Em Portugal, o organismo responsável pela execução das cartas geológicas foi, durante muito tempo, os Serviços
Geológicos de Portugal, mais tarde integrado no Instituto Geológico e Mineiro, organismo já extinto. Actualmente, o
organismo responsável é o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI).
As cartas geológicas e as cartas topográficas apresentam elementos informativos que são da máxima importância
para uma correcta leitura e interpretação. São eles:
a legenda;
a escala;
a orientação;
a identificação;
A legenda é a tradução, sob a forma escrita, da simbologia usada sobre a carta (seja informação sobre elementos
topográficos, seja informação sobre elementos geológicos). Sem uma legenda clara e completa, é muito difícil, senão
mesmo impossível, fazer uma boa leitura e correcta interpretação de uma carta.
A escala traduz uma relação entre as distâncias medidas na carta e as correspondentes distâncias medidas sobre o
terreno, isto é, as distâncias reais. A escala de uma carta pode ser representada de duas formas distintas. Assim,
podemos ter:
- a escala gráfica;
- a escala numérica.
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A escala gráfica é uma representação, sob a forma gráfica, da relação entre as distâncias reais e as distâncias na
carta. Normalmente, desenha-se um segmento de recta, cujo comprimento (l cm, 2 cm, 5 cm ou outro valor) equivale
a uma distância determinada (500 m, l km, 5 km ou outro qualquer valor).
Na escala numérica, a relação entre as distâncias na carta e as distâncias reais são indicadas sob a forma de uma
razão. Assim, se tivermos uma escala numérica onde:
1/25 000 (ou 1:25 000), esta relação quer dizer que 1 cm medido sobre a carta equivale a 25 000 cm no terreno, isto
é, 1 cm equivale a 250 m no terreno.
Quando se procede à ampliação ou redução de uma carta (numa vulgar fotocopiadora), no caso de esta apresentar
apenas escala numérica, será necessário determinar o valor da escala obtida.
Caso a carta possua escala gráfica, a obtenção da nova escala é imediata, porque esta escala acompanha a ampliação
ou redução a que a carta é sujeita, permanecendo igualmente válida no final.
Material: Cartas geológicas de diferentes regiões do País [em particular a que cobre a área de influência geográfica
da escola] à escala 1/50 000 e Carta Geológica de Portugal à escala 1/500 000 e à escala 1/1 000 000.
Caso não tenha carta onde se insere a escola, escolha uma localidade na carta fornecida
Bibliografia