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Bucaretchi (2003) tambm retrata essa busca. Segundo ele, as mulheres do final do sec. XIX expressavam atravs de sintomas histricos, que existia nelas uma sexualidade que ia alm do amor. Tinham a angstia de querer entender o que precisavam para alcanar suas autonomias. Os recalques causados por esses conflitos voltavam com fora e produziam os sintomas. Os sintomas apresentados no tinham relao com os de ordem fsica, portanto recebiam o rtulo de falsos. Freud teorizou que esses sintomas possuam um sentido e que o que era relatado por elas veiculava a expresso de traumas psquicos que tinham ligaes com os impulsos libidinais recalcados. Freud abriu espao e deu liberdade para que essas mulheres pudessem falar sobre seu prprio corpo e sua sexualidade. Dessa forma, a mulher saiu do mundo privado que vivia dentro do lar, com sua sexualidade aprisionada e foi para o espao aberto, no campo de trabalho e, conforme Bucaretchi (2003), aprisionada novamente, em seu prprio corpo. A medicina apresenta diversas formas de tratamento medicamentoso. Porm, segundo Rio (2009), no o corpo que est adoecido. de suma importncia que o profissional da sade mental d voz paciente, explorando seu relacionamento afeitvo no mbito familiar. A escuta far com que a pessoa trabalhe em prol de sua prpria cura. Podemos perceber ento, que a anorexia no uma simples patologia, por isso suas diversas formas de interpretaes. Porm tornou-se necessrio um estudo associado a elas devido ao fato do nmero de incidncias ter aumento muito nas ltimas dcadas, sendo a maioria adolescentes do sexo feminino. O tratamento no pode ser apenas farmacolgico, dessa forma a escuta torna-se necessria, oferecendo a esta pessoa uma eficcia maior em seu tratamento atravs da abordagem clnica voltada ao seu lado afetivo.