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O REI DOS SOLDADOS

Antnio Torrado
escreveu e Cristina Malaquias ilustrou

Era uma vez um rei que gostava muito de desfiles e


paradas. At lhe chamavam o rei dos soldados ou rei-soldado, embora ele fosse o general de todos os generais. Quando passava revista guarda de honra, cerimnia a que se dedicava vrias vezes ao dia, tinha por hbito estacar de tantos em tantos homens, para dirigir, cara na cara, ao soldado perfilado sua frente as seguintes perguntas: Que idade tens? O magala respondia. H quanto tempo ests ao meu servio? O magala respondia. O soldo e o rancho satisfazem-te? 1
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O magala, j se v, respondia que ambos o satisfaziam. Bem impressionado com as respostas, o rei prosseguia, de peito inchado e queixo alto, muito orgulhoso do seu exrcito de luzidos soldados. Ora entrou para o servio militar um rapaz vindo de longe, de uma regio onde no se falava a mesma lngua da cidade. Tinha por isso muita dificuldade em perceber as ordens e em fazer-se entender. Os colegas troavam dele, mas o rapaz no se importava. Pelo sim pelo no, o sargento ensinou-o a pronunciar as respostas convenientes s perguntas que o rei costumava fazer. Como a fiada de perguntas era sempre igual e pela mesma ordem, caso lhe calhasse em sorte ser interrogado pelo rei, o novo soldado no daria parte fraca. E calhou. Logo por azar, dessa vez o rei alterou a ordem das perguntas. Comeou assim: H quanto tempo ests ao meu servio? Vinte anos respondeu o rapaz, imperturbvel. O rei encarou o jovem tarata com estranheza e fez-lhe a segunda pergunta: E que idade tens? Dois meses, Majestade. Mais se admirou o rei, que comentou: Isso no faz sentido. Um de ns est maluco. O rapaz, julgando que estava a responder terceira pergunta, sorriu com cortesia e disse: Ambos, Majestade. FIM 2
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