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Material de Apoio

Curso PREPARATÓRIO PARA ORDEM

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PRÁTICA TRIBUTÁRIA
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(Exame de Ordem 2007.3 ) Em determinado município, foi publicada, em julho de 2006, uma lei
que isentava de IPTU "os portadores de dificuldade de locomoção decorrente de deficiência nos
membros inferiores" (in verbis). Após ser notificado, em janeiro de 2007, para pagar o IPTU de
2007, Aderaldo, portador de cegueira congênita, ajuizou ação contra o município, na qual pedia
que fosse declarada a inexistência da relação jurídico-tributária referente ao IPTU, com a
desconstituição daquele lançamento tributário. Na ação, Aderaldo alegou que, por analogia,
enquadrava-se na mesma categoria dos "portadores de dificuldade de locomoção" citados na
mencionada lei, uma vez que, segundo ele, os cegos também têm dificuldade de se locomover,
muitas vezes, maior do que a dos deficientes motores. Aderaldo aproveitou a ação, também, para
pedir o direito de não pagar a contribuição de iluminação pública, que é cobrada juntamente com
as contas de energia elétrica. Apresentou como razões para tal pedido:

a) que as notificações de pagamento que tem recebido não foram expedidas pela Prefeitura,
como exigiria o Código Tributário Nacional;

b) que, no seu caso, não ocorreria o fato gerador da obrigação tributária, visto que, sendo ele
cego e sendo o fato gerador de tal tributo uma situação de fato, aplicar-se-ia, no caso, a regra
do caput e a do inciso I do art. 116 do CTN, que rezam: "Salvo disposição de lei em contrário,
considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I – tratando-se de situação
de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que
produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;". Conforme argumentação apresentada
por Aderaldo, a definição do fato gerador da iluminação pública exige que o contribuinte se
enquadre no conceito de receptador dessa iluminação, o que não ocorreria com ele.

Na qualidade de advogado da Prefeitura e considerando a situação hipotética acima, redija uma


contestação à ação proposta por Aderaldo. Obs.: todos os dados não-disponíveis, sejam eles sobre
Aderaldo, sobre o Município ou qualquer outro que seja necessário especificar no texto, devem
ser seguidos de reticências (como, por exemplo, “domiciliado ..., CNPJ ...”); no exame de sua peça
serão consideradas a técnica profissional e a argumentação material sobre os três pontos
levantados por Aderaldo.

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Peça cabível : CONTESTAÇÃO FISCAL – ART. 297 e ss. Do CPC

Tese:

• Quanto à alegação de isenção de IPTU por equiparação à deficiente:

1) Analogia - (art. 108, I, CTN) – é o meio de integração pelo qual o aplicador da lei, diante de lacuna
desta, busca a solução para o caso em norma pertinente a casos semelhantes, análogos. O emprego
da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei (108 § 1º).

2) Artigo 110 CTN

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos
e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas
Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir
ou limitar competências tributárias.

3) Artigo 111, II, CTN


Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

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II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

4) Artigo 114 e 118 CTN.

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária
e suficiente à sua ocorrência.

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:


I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

• Quanto ao pedido de não pagamento da CIP- Contribuição de Iluminação Pública –


art.149-A, da CF/88

Artigo 149 – A, parágrafo único, CF;


Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I
e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de
consumo de energia elétrica.

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