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ELÉTRICAS
GIRANTES
INTRODUÇÃO
Máquinas elétricas são máquinas destinadas a transformar a energia elétrica em
energia mecânica e vice-versa. Como vimos anteriormente, elas podem ser
classificadas segundo a transformação da energia: geradora, motora ou
transformadora. As duas primeiras classificações são também chamadas de
"máquinas elétricas girantes ou rotativas", pela própria característica da
conversão eletromecânica.
Nestes tipos de máquinas girantes ou rotativas, suas operações podem ser
como operação MOTORA ou operação GERADORA. O que diferencia uma
máquina da outra é o sentido da energia empregada. Por exemplo: quando se
recebe energia mecânica rotacional pelo eixo da máquina e se converte em
energia elétrica, temos então um gerador. A mesma máquina, com algumas
adaptações, poderá receber energia elétrica e convertê-la em energia mecânica
rotacional. Neste caso, teremos um motor.
Exemplo de aplicação do NOMEX® nas ranhuras de um motor. Observe-se que ele isola
completamente os fios da bobina em relação ao anel estatórico.
ENROLAMENTO AMORTECEDOR
Como já vimos, uma máquina elétrica possui dois enrolamentos básicos, um
conjunto de enrolamentos do estator e um conjunto de enrolamentos do
rotor. Existe ainda um terceiro enrolamento colocado no rotor na máquina
síncrona de pólos salientes, formado por barras, em geral de cobre, que
estão curto-circuitadas através de dois anéis como se fosse uma gaiola de
esquilo e inseridas em ranhuras feitas na superfície dos pólos. Este
enrolamento especial chamamos de enrolamento amortecedor. Sua função é
a de amortecer oscilações de conjugado-mecânico do rotor que poderiam
provocar quebras de sincronismo e causar a saída da máquina, uma vez que
fora do sincronismo esta deixa de produzir torque útil. Além disso, o
enrolamento amortecedor pode reduzindo sobretensões momentâneas,
auxiliar na sincronização quando ocorre alguma falha na máquina ou no
sistema ao qual ela está ligada etc. Quando a máquina está como motor,
este enrolamento permite a partida dela como motor, funcionando como se
fosse um motor de indução normal
τ = F ⋅r
O torque ζ é dado por:
Onde:
W = F ⋅d
W = Trabalho, em joule
F = Força, em newton
d = deslocamento, em metros
Exemplo
Uma massa de 45 kg foi erguida a uma altura de 15 metros. Calcule o trabalho
realizado.
Resposta
F = m ⋅ g → F = 45 ⋅ 9 ,81 = 441 ,45 N
W = F ⋅ d → W = 441 ,45 ⋅ 15 = 6621 ,75 J
15 m
POTÊNCIA MECÂNICA
A potência mecânica é o trabalho mecânico realizado numa determinada
quantidade de tempo. A unidade da potência mecânica, no sistema
internacional SI, é o watt W.
W
Pmec =
∆t
Onde:
W= Trabalho mecânico, em joule
t = tempo, em segundos.
Exemplo
Um motor elétrico ergue uma carga de 50 kg a uma altura de 20 metros em 7
segundos. Calcule o trabalho mecânico realizado e a potência mecânica
entregue pelo eixo do motor.
Solução
F = m⋅ g e W = F ⋅d
W = m ⋅ g ⋅ d = 50 ⋅ 9 ,81 ⋅ 20 = 9810 Joules
20 m W 9810
Pmec = = = 1401 ,43 watts
∆t 7
Usualmente, a potência mecânica pode ser expressa
em cavalo-vapor CV ou em horse-power HP. Desta
forma, a relação com a potência em watt é:
W F ⋅d d
Pmec = = = F ⋅
∆t ∆t ∆t
A parcela d/Δt na verdade é a velocidade com que o deslocamento do
corpo ocorre Se supormos que no exemplo anterior o eixo do motor
contivesse uma polia de raio ´r´, girando a ´n´ RPM, teríamos uma
velocidade tangencial v na polia definida como:
n v =ω ⋅r
Como
ω = 2 ⋅π ⋅ f e f = para rotações por minuto
60
n π π
então ω = 2 ⋅π ⋅ = ⋅n daqui v =ω⋅r = ⋅ n ⋅ r
60 30 30
Onde:
v = velocidade tangencial, em m/s
n = numero de rotações por minuto RPM
r = raio da polia, em metro
Neste caso, teremos para a potência mecânica Pmec a seguinte expressão:
d
Pmec = F ⋅ → Pmec = F ⋅ v
∆t
Exemplo
Um motor elétrico ergue uma carga de 50 kg a uma altura de 20 metros em 7
segundos,se o motor tem uma polia com Ø = 12 cm no seu eixo, qual seria a
rotação ideal para subir a carga no tempo prescrito ?
Solução:
A velocidade de subida da carga é igual a velocidade tangencial da corda
na polia d 20
v= = = 2 ,86 m/seg
t 7
π v 2 ,86
v = ⋅ n⋅ r → n = = = 454 ,73 RPM
30 π π
⋅ r ⋅ 0 ,06
30 30
POTÊNCIA ELÉTRICA
Um sistema elétrico compostos por cargas passivas, resistores, capacitores
e indutores,acoplado a uma fonte de tensão variável v(t), faz circular uma
corrente i(t) também variável.
Como sabemos, a potência instantânea num sistema elétrico é dado por:
p( t ) = v ( t ) ⋅ i ( t )
W
Pela convenção de sinais, uma potência com sinal positivo corresponde a
uma transferência de energia da fonte para a carga. Para uma potência com
sinal negativo ocorre o inverso, ou seja, um retorno de energia da carga para
a fonte.
No caso de uma carga puramente indutiva, uma tensão senoidal,
v ( t ) =Vmáx ⋅ cos (ωt )
aplicada à carga resulta numa corrente senoidal atrasada de 90º, ou
i ( t ) = Im áx ⋅ cos( ωt − 90º )
Logo, a potência elétrica instantânea passa a ser:
p( t ) = v ( t ) ⋅ i ( t ) = Vmáx ⋅ Im áx ⋅ cos( ωt ) ⋅ cos( ωt − 90º )
1
p( t ) = ⋅Vmáx ⋅ Im áx ⋅ sen( 2ωt )
2
CIRCUITO RESISTIVO R
V
V
I
I
Potência Ativa
P = V ⋅ I ⋅ cos ϕ
P
CIRCUITO INDUTIVO L
V V II
Potência reativa
Q = V ⋅ I ⋅ senϕ
CIRCUITO CAPACITIVO C
V
I
Potência reativa
Q = V ⋅ I ⋅ senϕ
CIRCUITO MISTO R L C
V
I
Potência Aparente
S =V ⋅ I
Q P Potência Ativa
P = V ⋅ I ⋅ cos ϕ
Potência Reativa
Q = V ⋅ I ⋅ senϕ
Se analisarmos a figura veremos
que no intervalo entre 0< ωt < π/2,
a potência p(t) é positiva, pois a
tensão e a corrente tem os
mesmos sinais e portanto a fonte
está entregando potência para a
carga.
No intervalo π/2 < ωt < π a potência
é negativa,tensão e corrente tem
sinais contrários e aí a carga
fornece potência à fonte. Nesta
fase, significa que a carga indutiva
está descarregando sua energia
armazenada na fase anterior.
Gráfico de tensão e corrente senoidal. Observe-se que neste um ciclo de
Em vermelho a potência instantânea. Repare-se 0 a π a potência média é zero.
que a potência possui o dobro da freqüência da
corrente.
No caso mais geral, a carga ligada à fonte tem uma impedância Z = R +jX ou
Z = |z|. /θ , onde θ é o ângulo entre os vetores R e X, dado por arctg (X/R).
Neste caso, uma tensão v(t)= Vmax. cos(ωt) aplicada nesta carga resulta
numa corrente i(t)= Imax. cos(ωt - θ), onde θ pode ser positivo ou negativo,
correspondendo à impedância equivalente indutiva ou capacitiva.
Pef = Vef ⋅ Ief ⋅ cos θ
Temos
Como sabemos que o produto da tensão eficaz Vef pela corrente eficaz Ief é
a Potência Aparente S. Então, temos que:
S = 3 ⋅Vfase ⋅ Ifase
Entretanto, como os sistemas trifásicos são ligados em delta Δ ou estrela Y,
as tensões e correntes são calculadas pelas suas tensões de linha ou
corrente de linha. Neste caso, a potência aparente passa a ser calculada
por:
S = 3 ⋅ Vlinha ⋅ Ilinha
RENDIMENTO DOS MOTORES ή
Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em
energia mecânica disponível no eixo. O rendimento desta máquina define a
eficiência com que é feita esta transformação. Seu cálculo é dada pela
relação entre a potência útil entregue ao eixo potência mecânica e a
potência ativa retirada da rede potência elétrica:
PMecânica 736 ⋅ PCV 1000 ⋅ PkW
η= = =
PElétrica 3 ⋅ V ⋅ I ⋅ cos ϕ 3 ⋅ V ⋅ I ⋅ cos ϕ
RELAÇÃO ENTRE TORQUE OU CONJUGADO E POTÊNCIA
Quando a energia mecânica é aplicada sob a forma de movimento rotativo, a
potência desenvolvida depende do Torque ζ e da velocidade de rotação n.
As relações entre si são:
PWatts
τ= Newtons metro [Nm]
Onde: ω
P =Potência em watts
ω =Velocidade angular em Radianos/segundo
ζ = Torque em Newtons metro
Com a rotação n em rotações por minuto RPM, 2 ⋅π
ω = n⋅ em Rad/seg
60
Assim:
p( t ) = v ( t ) ⋅ i ( t ) = Vmáx ⋅ Im áx ⋅ cos( ωt ) ⋅ cos( ωt − θ )
1
Como,
cos α ⋅ cos β = { cos(α + β ) + cos(α − β )}
2
1
⇒ cos (ωt ) ⋅ cos (ωt −θ ) = {cos ( 2ωt −θ ) + cos (θ )}
2
Pode-se demonstrar que cos(2ωt – θ) tem um valor médio igual a zero.
⋅ cos( ωt ) ⋅ cos( ωt − θ )
Portanto,
: p( t ) = V ⋅ I
máx m áx
1
p( t ) = ⋅Vmáx ⋅ Im áx ⋅ cos θ
2
Esta é a potência média para qualquer θ. Portanto:
1
Pmed = ⋅ Vmáx ⋅ Im áx ⋅ cos θ
2
Como
Vmáx = 2 ⋅ Vef e Im áx = 2 ⋅ Ief
Se a potência do motor está em CV e a rotação em RPM,
736 ⋅ PCV
τ=
2 ⋅π
n⋅
A fração
60
736 PCV ⋅ 7028 ,28
= 7028 ,28 daqui τ =
2 ⋅π n
60
Se a potência do motor está em kW e a rotação em RPM,
1000 ⋅ PkW
τ=
2 ⋅π
n⋅
60
A fração 1000 ⋅ PkW PkW ⋅ 9549 ,30
2 ⋅π
= 9549 ,30 daqui τ=
n
60
A potência então relaciona-se com o torque,
P = τ ⋅ω
O torque em Nm e ω em Rad./seg →P resultará em Watts
τ ⋅n
Nm RPM τ ⋅n
PCV = CV P =
kW
Nm RPM
kW
7028 ,28 9549 ,30
EXEMPLO
Calcular o torque nominal de um motor de 10CV e 1750 RPM
τ=
10 CV ⋅ 7028 ,28
= 40 ,16 Nm τ=
( 10 ⋅ 0 ,736 ) ⋅ 9549 ,30
= 40 ,16 Nm
1750 1750
10 ⋅ 736
τ= = 40 ,16 Nm
2 ⋅π
1750 ⋅
60
ENERGIA CINÉTICA DE ROTAÇÃO E MOMENTO DE INÉRCIA
A queda de uma pedra ou o movimento de um carro possuem ambos energia
cinética,que é a energia devido ao movimento. A energia cinética é uma
forma de energia mecânica e é dada pela equação :
1
Ec = ⋅ m ⋅ v 2
onde:
2
Ec = energia cinética, em Joule (J)
m = massa do corpo, em kg
v = velocidade do corpo, em m/s
Um corpo em rotação também possui energia cinética. Sua magnitude
depende também da velocidade de rotação e da massa corporal. Só que
neste caso, a forma do corpo influencia diretamente no resultado.
Para se determinar a energia cinética de um corpo em rotação, usa-se a
equação :
Ec =
( n⋅π )
2
⋅J
onde:
1800
n = Velocidade rotacional, em RPM
J = Momento de inércia, em kg.m²
O momento de inércia J, ou simplesmente "inércia" depende da massa e do
formato do corpo, geometria para ser determinado. A relação a seguir
mostra algumas formas geométricas mais comuns para se determinar sua
inércia. Caso o corpo tenha uma estrutura mais complexa, segmenta-se esta
estrutura em estruturas mais conhecidas, conforme a relação anterior. O
momento de inércia total será a soma dos momentos de inércia de cada
corpo.
J = m⋅r 2
Eixo de
giro
m⋅r 2
J=
2
Anel anular de massa m que tem uma seção retangular
m
J = ⋅ ( R1 + R 2 )
2 2
m⋅L 2
J=
12
Barra retangular de massa m que gira ao redor do eixo O
m
J = ⋅ ( R1 2 + R 2 2 + R1 ⋅ R 2 )
3
A inércia é um parâmetro importante das máquinas elétricas girantes daí a
necessidade da sua melhor compreensão
Exemplo
Um disco sólido de 1400 kg, diâmetro de 1,0 metro e espessura de 22,5 cm,
gira a 1800 RPM ininterruptamente. Determine seu momento de inércia e a
energia cinética do corpo.
Resposta
O momento de inércia do corpo com esta estrutura é calculada
por:
m⋅r 1400 ⋅ ( 0 ,5 )
2 2
J= = = 175 ,0 kgm²
2 2
E a energia cinética é então:
Ec =
( n⋅π )
2
⋅J =
( 1800 ⋅ π )
2
⋅ 175 = 3 ,11 MJ
1800 1800
O SISTEMA POR UNIDADE p.u.NAS MÁQUINAS ELÉTRICAS
Muito freqüentemente, os cálculos relativos a máquinas, transformadores e
sistemas de potência são efetuados em forma de "por unidade" pu, ou seja,
todas as quantidades envolvidas num cálculo serão expressas como frações
decimais de valores de base convenientemente escolhidas. Portanto, todos
os cálculos serão efetuados em pu, em lugar dos usuais volts, ampéres,
ohms, watts, etc.
Há duas vantagens neste sistema. Uma é que as constantes de máquinas e
transformadores caem numa faixa numérica razoavelmente estreita quando
expressas em pu.
A outra é que este método de realizar os cálculos permite a ter uma concreta
sensação da ordem de grandeza do parâmetro, o que ajuda muito na hora de
emitir um juízo sobre um determinado comportamento da máquina.
Todas as grandezas como tensão, corrente, impedância, reatância, etc
podem ser transformadas em pu. Isto se dá da seguinte forma, que já foi
visto:
EXEMPLOS
Dado um valor de tensão-base = 110 V, quais são os valores pu para as
seguintes tensões:
440 60
440 → = 4 ,0 p.u. 60 → = 0 ,55 p.u.
110 110
380 13200
380 → = 3 ,45 p.u. 13200 → = 120 p.u.
110 110
127 11400
127 → = 1 ,15 p.u. 11400 → = 103 ,64 p.u
110 110
Dado IBASE = 10 A, determine os valores reais das as seguintes correntes