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A CORRUPÇÃO PASSIVA E

O OFICIAL DE JUSTIÇA
Acadêmicos:
FRANCISCO JOSÉ SCHRAMM JÚNIOR
MARCELO MAIENBERGER COELHO
■ Orientador: Prof. Doutorando Paulo Roney
Ávila Fagúndez

Copyright (c) 1995 LINJUR. Proibidas alterações sem o


consentimento por escrito dos autores. Reprodução/ distribuição
autorizadas desde que mantido o “copyright”. É vedado o uso
comercial sem prévia autorização por escrito dos autores.
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SUMÁRIO
■ Introdução
■ Objetivos Gerais e Específicos
■ Metodologia do Trabalho
■ Fundamentação Teórica
■ Pesquisa Jurisprudencial
■ Análise dos Questionários Aplicados
■ Considerações
Considera Finais
■ Bibliografia
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INTRODUÇÃO
■ Pesquisa teórica e jurisprudencial em
relação ao crime de corrupção passiva
■ Aplicação de questionários sobre o assunto
abordado
■ Análise dos resultados obtidos

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OBJETIVOS GERAIS
■ Definição de corrupção passiva no Código
Penal
■ Existência de jurisprudências a respeito
deste tema
■ Envolvimento do Oficial de Justiça no
crime de corrupção passiva

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
■ Identificar as causas da ocorrência da
corrupção passiva
■ Mostrar a imagem do Oficial de Justiça
perante: - Colegas de profissão
- Advogados
- Magistrados
■ Desmistificar o estereótipo criado sobre a
figura do Oficial de Justiça
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METODOLOGIA DO
TRABALHO
■ Doutrinas a respeito de corrupção passiva
■ Jurisprudências do Tribunal de Justiça
■ Acórdãos do Supremo Tribunal Federal e
do Superior Tribunal de Justiça
■ Entrevistas com Oficiais de Justiça e
magistrados atuantes nos diversos campos
do Judiciário

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CRIME
■ Fato típico: fato que se amolda ao
conjunto de elementos descritivos do crime
contido na lei
■ Antijurídico: fato contrário ao direito
■ Culpável: quando a pessoa age com
dolo, imperícia, imprudência ou negligência

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CRIMES DE CORRUPÇÃO
Espécies de Corrupção:
■ Ativa (artigo 333) e Passiva (artigo 317),
ambos do Código Penal Brasileiro

Objetividade Jurídica:
■ A normalidade do funcionamento da
administração pública
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CORRUPÇÃO PASSIVA
Conceito:
■ Artigo 317 do Código Penal
■ somente praticado por funcionário público
■ que solicita, recebe ou aceita promessa de
vantagem indevida
■ o particular é o agente do crime
■ Pena - reclusão, de 1 a 8 anos, e multa
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

SUJEITOS DO DELITO
Sujeito Ativo:
■ Só pode ser cometido por funcionário
público

Sujeito Passivo:
■ A administração pública

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Conceito:
■ pessoa que transitoriamente ou sem
remuneração
■ exerce cargo, emprego ou função pública
■ equiparando-se a este os funcionários de
entidade paraestatal

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ELEMENTOS SUBJETIVOS
■ Dolo: consistente na vontade consciente de
realizar a conduta
■ “Para si ou para outrem”
■ Não se exige que o sujeito tenha a intenção
de realizar ou deixar de realizar o ato de
ofício objeto da corrupção

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

MOMENTO CONSUMATIVO
■ No instante em que a solicitação chega ao
conhecimento do terceiro, ou
■ No momento em que o funcionário recebe a
vantagem ou aceita a promessa de sua
entrega
■ Não há necessidade de que o funcionário
cumpra a promessa para a consumação do
delito
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

TENTATIVA
Na Solicitação:
■ Na forma verbal não é admissível, ou o
funcionário solicita ou não solicita a
vantagem
■ Na forma escrita é admissível a tentativa

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

TENTATIVA
No Recebimento:
■ Não é possível a forma tentada, ou o sujeito
recebe ou não recebe a vantagem
Na Aceitação:
■ Não é possível a tentativa, seja por meio
verbal ou escrito
■ O sujeito aceita ou não aceita a vantagem
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ELEMENTOS OBJETIVOS

AÇ ÃO de:

S O L IC IT A R é : R EC EBER é: A C E IT A R P R O M E S S A é :
p e d ir , p r o c u r a r , b u s c a r to m a r , o b te r , c o n s e n tir , c o n c o r d a r ,
r o g a r , in d u z ir a c o lh e r , a lc a n ç a r , e s ta r d e a c o r d o
m a n if e s ta r d e s e jo e n tr a r n a p o s s e a n u ir a o r e c e b im e n to

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ELEMENTOS OBJETIVOS

■ Prática do ato deve traduzir comercialização


da função
■ Tem que possuir relação com o exercício da
função pública
■ É possível a tentativa na solicitação escrita

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

OBJETO MATERIAL
■ É a vantagem, que pode ser patrimonial ou
moral
■ Precisa ser indevida, caso contrário não é
corrupção passiva
■ Pode ser destinada ao próprio sujeito ou a
terceiro
■ Não há crime se o terceiro beneficiado é
ente público
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CLASSIFICAÇÃO
Quanto à forma:
■ Própria: funcionário retarda ou deixa de
praticar qualquer ato ou pratica infringindo
dever funcional
■ Imprópria: mediante vantagem obtida,
pratica ato regular e legal

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tempo:
■ Antecedente: a vantagem é entregue antes
da ação ou omissão do funcionário
■ Subseqüente: a vantagem é entregue após a
conduta do funcionário

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

TIPO QUALIFICADO
■ Previsto no § 1º do artigo 317
■ O funcionário retarda por tempo
juridicamente relevante a realização da
conduta funcional a que está obrigado ou
deixa de realizá-la, ou
■ Realiza o ato de ofício violando dever
funcional
■ A pena cominada é aumentada de 1/3
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

TIPO PRIVILEGIADO
■ Previsto no § 2º do artigo 317
■ Não há a venda do ato funcional em face de
interesse próprio ou alheio
■ O funcionário transige com seu dever
funcional perante a Administração Pública
para atender pedido de terceiro
■ Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou
multa
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CARACTERÍSTICAS

■ Não importa que a vantagem seja de


natureza patrimonial ou material
■ princípio da insignificância ou da bagatela
segundo a doutrina
“as gratificações usuais, de pequena monta, por
serviços extraordinários não podem ser consi-
deradas material de corrupção” (Nelson Hungria)
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

NÃO INTEGRAM O DELITO


■ Pequenas doações ocasionais de mera
cortesia
■ Gratificações comuns em face da correção
de atitude de um funcionário
■ Nesses casos não há da parte do funcionário
a consciência de estar aceitando uma
retribuição pela prática de um ato de ofício

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

DIFERENÇA DE CORRUPÇÃO
ATIVA
■ Prevista no artigo 333 do Código Penal
■ Qualquer pessoa pode praticá-lo
■ Necessidade de exigência da vantagem
indevida
■ O particular é a vítima do crime
■ Pena - reclusão, de 1 a 8 anos, e multa

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PESQUISA
JURISPRUDENCIAL
■ Existência de 209 acórdãos envolvendo o
Oficial de Justiça
Justiç
■ Inexistência de um único acórdão referente
ao crime de corrupção passiva
■ Nas revistas de jurisprudência do STJ e
STF, não existe punição por este crime

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PESQUISA
JURISPRUDENCIAL
■ Na maioria dos casos ocorre a absolvição
do acusado por absoluta falta de provas
■ Normalmente ao Oficial de Justiça envol-
vido neste crime, são somente aplicadas as
penas de caráter administrativo, como:
- advertência
- suspensão
- demissão
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APLICAÇÃO DE
QUESTIONÁRIOS
■ Formulário contendo 10 perguntas objetivas
■ Perguntas nº 1, 2 e 3 identificação do
entrevistado
■ Perguntas nº 4 a 10 levantamento das
causas, existência dos problemas e
possíveis soluções
■ Utilização de uma amostra de 10 Oficiais de
Justiça
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QUESTIONÁRIOS

ENTREVISTADOS
Área do Judiciário:

■ 30% da Justiça Comum


■ 30% da Justiça Federal
■ 40% da Justiça do Trabalho

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QUESTIONÁRIOS

ESCOLARIDADE EXIGIDA
Justiça Federal:
■ Bacharel em Direito
Justiça do Trabalho:
■ Bacharel em Direito ou Administração
Justiça Comum:
■ 2º grau completo
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QUESTIONÁRIOS

INFLUÊNCIA DA
QUALIFICAÇÃO
■ 100% dos entrevistados consideram
importante a formação em direito, porque:
➾ facilita o relacionamento com magistrados e
advogados
➾ permite que o trabalho seja realizado com
qualidade e segurança

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QUESTIONÁRIOS

CONDENAÇÃO POR
CORRUPÇÃO PASSIVA
■ Entrevistados desconhecem um caso de
servidor punido por este crime
■ Na prática não é aplicado o Código Penal
para a punição desta conduta
■ Normalmente o servidor recebe uma
advertência verbal

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QUESTIONÁRIOS

INFLUÊNCIA DOS
ADVOGADOS
■ 30% isentam o advogado de participação na
prática de corrupção passiva
■ 45% entendem que o advogado possui
participação direta
■ 25% atribuem a ocorrência do crime a
fatores externos à figura do advogado

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QUESTIONÁRIOS

INFLUÊNCIA SUPERIORES
HIERÁRQUICOS
■ 50% admitem que há participação do
magistrado ou escrivão
■ 40% afirmaram que não ocorre esta
influência
■ 10% não responderam

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QUESTIONÁRIOS

ROTINAS DO OFICIAL DE
JUSTIÇA
■ Possui muitos processos para executar
■ Deslocamento constante dentro da
jurisdição em que trabalha
■ Horário de trabalho flexível (eventualmente
sábados, domingos e no período noturno)
■ Utilização do próprio veículo para os
serviços
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QUESTIONÁRIOS

ROTINAS DO OFICIAL DE
JUSTIÇA
■ Em face dos deslocamentos, alimentação
em restaurantes custeada pelo servidor
■ As taxas existentes não cobrem estes custos
■ O serventuário tem que tirar dinheiro do
próprio bolso para concretizar a diligência

A Corrupção Passiva e o Oficial de Justiça 36/43


QUESTIONÁRIOS

PAGAMENTO DE CUSTAS
■ 90% afirmam que o pagamento das custas é
fator decisivo para a ocorrência do crime
■ 10% entende que não há vínculo entre o
pagamento de custas e a prática do crime
■ 90% acham oportuna a substituição por uma
gratificação fixa

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SOLUÇÕES POSSÍVEIS
■ Exigir a formação em direito para os
ocupantes do cargo de Oficial de Justiça
■ Eliminar o pagamento de custas por
diligência realizada
■ Pagar um salário digno que justifique os
custos dispendidos por estes serventuários
■ Aprimorar a ética profissional por parte de
todos os operadores jurídicos
A Corrupção Passiva e o Oficial de Justiça 38/43
CONSIDERAÇÕES FINAIS
■ Resistência dos entrevistados da Justiça
Comum em fornecer respostas
■ Atitude individual-egoísta dos serventuários
e advogados
■ Estereótipo segundo o qual o Oficial de
Justiça exerce uma função de natureza
corrupta

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
■ Aquiescência dos operadores jurídicos à
prática do crime de corrupção passiva
■ Inexistência de punibilidade para a prática
deste crime
■ Existência de um círculo vicioso com a
participação dos operadores do direito
■ Prejuízos no andamento dos processos para
os que não participam desta prática
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BIBLIOGRAFIA
■ FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de
direito penal. 2 ed, São Paulo, José
Bushatsky, 1965, vol. 4
■ FRANCO, A. Silva et alii. Código penal e
sua interpretação jurisprudencial. 2 ed, São
Paulo, Revista dos Tribunais, 1987
■ MIRABETE, Julio Fabrini. Manual de
direito penal, 7 ed, São Paulo, Atlas, 1994,
vol. 3
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BIBLIOGRAFIA
■ NORONHA, E. Magalhães. Direito penal.
18 ed, São Paulo, Saraiva, 1988, vol.4
■ SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça.
Oficial de Justiça. Proc. Administrativo nº
482. Corregedoria Geral de Justiça e Daniel
Manoel Veras e outro (02). Relator: Des.
Nelson Konrad. 08 jun. 1983.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DEPARTAMENTO DE DIREITO PÚBLICO E
CIÊNCIA POLÍTICA
INFORMÁTICA JURÍDICA - DPC 5508
Prof. Aires José Rover
Prof. Luiz Adolfo Olsen da Veiga
❶ Trabalho de dissertação elaborado na 5ª fase 95/1
e orientado pela Profª. Vera Regina Pereira
Andrade
❷ Trabalho em PowerPoint elaborado na 9ª fase 97/1
e orientado pelo Prof. Doutorando Paulo Roney
Ávila Fagúndez
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