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A Estratégia de Saúde da Família e as propostas territoriais

de Saúde Mental deslocam para o espaço da comunidade a


atuação profissional.
Isso faz com que os profissionais se deparem com uma realida-
de complexa, estranha a cultura dos profissonais, repleta de di-
ficuldades e conflitos. Uma realidade vivencial e social que em-
gendra a doença e o sofrimento físico e mental, os quais pas-
sam a ser vistos como inseparáveis dessa realidade.
E aí surgem as dificuldades, pois a “maleta técnica” tradicional,
biomédica, não tem instrumentos para operar nessa realidade.
Da impotência surge a onipotência. Essa realidade confusa, fo-
ra de controle, da qual nascem condutas estranhas e incom-
preensíveis, sofre uma tentativa medicalizante de controle, co-
dificando esse sofrimento, ao mesmo tempo informe e multiforme,
como doença mental.
Acaba por desembocar na Saúde mental toda essa realidade que
a saúde tradicional não consegue lidar
ATENDIMENTO HEGEMÔNICO NA ÁREA DA SAÚDE

O atendimento tradicional funciona no sentido de


“solucionar” de forma corretiva o “mau funcionamento”
orgânico objetificado enquanto doença mental e não
devolve a situação para a comunidade

Identificada como
doença mental
é encaminhada
para atendimento
psiquiátrico
EMERGE UMA CONDUTA VISTA COMO
ESTRANHA, CAUSADORA DE
PROBLEMAS, OU QUE
COMUNIDADE SISTEMA DE SAÚDE
NÃO CONSEGUE DAR
CONTA
CARACTERÍSTICAS DESSE TIPO DE ATENDIMENTO

1 – NÃO LEVA EM CONTA A COMPLEXIDADE DAS RELAÇOES MULTIFATORIAIS DO SO-


FRIMENTO QUE EXISTEM DENTRO DA COMUNIDADE

2- POSSUI UMA VISÃO ORGANICISTA E BIOMÉDICA DA DOENÇA MENTAL VENDO-A CO-


MO UMA ENTIDADE ABSTRATA QUE EXISTE INDEPENDENTE DOS INDIVÍDUOS

3- NÃO PERMITE AO INDIVIDUO COMPREENDER AS CAUSAS DE SEU SOFRIMENTO

4- TEM IMPLICÍTA UMA RELAÇÃO DE PODER NA QUAL OS PROFISSIONAIS DETÉM O


SABER E OS USUÁRIOS COMO MEROS OBJETOS DESSE SABER

5- IMPEDE A CONSTRUÇÃO DE NOVAS FORMAS SUBJETIVAS DE COMPREENDER A SI


MESMO E AO MUNDO

6- IMPEDE QUE A COMUNIDADE POSSA SE ORGANIZAR DE FORMA MAIS EFETIVA

7- NÃO ESTABELECE VINCULOS COM ATENÇÃO BÁSICA OU OUTROS RECURSOS CO-


MUNITÁRIOS

8- ACABA POR MEDICALIZAR PROBLEMAS SOCIAIS

9- OS PROFISSIONAIS TEM PAPEL RÍGIDOS E DISCIPLINARES


ALÉM DISSO....

COMO OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTAL ASSUMEM TODA A


DEMANDA, E TENDEM AO ATENDIMENTO INDIVIDUAL, TEM SUAS AGENDAS
SEMPRE LOTADAS E COM GRANDES FILAS DE ESPERAS.
EM CONSEQUENCIA, AS SITUAÇÕES SE AGRAVAM DENTRO DA
COMUNIDADE, CHEGANDO A UM PONTO INSUSTENTÁVEL ONDE É REQUERI-
DA INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA
caso não implique em internação psiquiátrica
Em consequência ou implica em estigma, rechaço e desamparo

Reforça e alimenta um sistema de saúde mental


fundamentado na hospitalização psiquiátrica.

O que reforça o rótulo de doente mental, o estigma dentro da


comunidade e uma subjetividade empobrecida, que provavelmente
sofrerá novas internações
A PROPOSTAS DE SERVIÇOS EM REDE E DE REDES DE APOIO SOCIAL

sociedade mais ampla

os
tit i v
e concentração de renda
omp
c
o r es
val
iais alc
s s oc oo
n f l it o c i a lism
co violên o
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nc ia ociais
po t ê
n t i m e n t o de im
se desemprego
exc
lusã
o so
cial
desigualdade social

COMUNIDADE
ATENDIMENTO EM REDES

Visa-se realizar um diagnóstico amplo da situação de pes-


soa, propor intervenções negociadas, sem cumprir manda-
tos sociais e reeencaminhar a situação para a comunida-
de

Identificada como
sofrimento psíquico
é encaminhado para
avaliação em saúde
mental
O emergente é visto como um fato psicos-
cial complexo e multifatorial

COMUNIDADE
REDE DE SERVIÇOS
ESF
ade
UB ia l i d
r
r seto
int e
Ministério público
ESPECIALI-
DADES poder publico muni-
CAPS cipal

CMS

Recursos
comunitários

ORGANIZANDO RECURSOS COMUNITÁRIOS


(NOÇÃO DE TERRITÓRIO)
(REDES DE APOIO SOCIAL)
PRINCIPIOS FUINDAMENTAIS DA ARTICULAÇÃO ENTRE
SAÚDE MENTAL E REDE BÁSICA:

1- Noção de território
2- Organização da saúde mental em rede
3- Intersetorialidade
4- Interdisciplinaridade
5- Desistitucionalização
6- Promoção da cidadania dos usuários
7- Construção da automia possivel de usuários e familiares
9- Propiciação de formação de redes de apoio social
10- Acolhimento
12- Participação popular
A RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA DOS CASOS EXCLUI
A LOGICA DO ENCAMINHAMENTO, POIS VISA AUMENTAR A CA-
PACIDADE RESOLUTIVA DE PROBLEMAS PELA EQUIPE LOCAL

ISTO É FACILITADO PELA FORMAÇÃO DE REDES DE APOIO SOCIAL


COMUNITÁRIAS

PARA TANTO É NECESSÁRIO:

1- Conhecer e respeitar a cultura local


2- perceber problemas emergentes e comuns a várias pessoas
3- propiciar formas de reunir as pessoas de formas criativas e não centra-
das no problema
4- Facilitar clima de acolhimento e interação
5- Facilitar a descoberta de tarefa em torno da qual o grupo se organize
6- Fomentar o sentimento de cidadania e direito a saúde
7- Discutir as multideterminações sociais do sofrimento
8- Propiciar eclodir o sentimento de solidariedade
9- Propiciar o surgimento de novas formas de subjetividade e sociabilidade
RESPONSABILADES COMPARTILHADAS ENTRE AS EQUIPES MATRI-
CIAIS DE SAÚDE E MENTAL E A REDE BÁSICA:

1- Desenvolver ações conjuntas priorizando casos de transtornos mentais


severos, abuso de alcool e dorgas, egressos de internações psiquiátricas,
tentativas de suicídio e vítimas de violencia doméstica intrafamiliar

2- Discutir casos identificados pelas equipes de atenção básica que necessi-


tem de uma ampliação da clínica em relação a questões subjetivas

3- Criar estratégias comuns para abordagem de problemas vinculados a


violência, abuso de alcool e drogas, redução de danos nos grupos de risco e
na população em geral

4- Evitar práticas que levem a psiquiatrização e medicalização de situações


individuais e sociais comuns a vida cotidiana

5- Fomentar ações que visem a difusão de uma cultura de assistencia não


manicomial, diminuindo o preconceitp e a segregação com a loucura
6- Desenvolver ações de mobilização de recursos comunitários, buscando
construir espaçõs de reabilitação psicossocial na comunidade, como oficinas
comunitárias

7- Priorizar abordagens coletivas e de grupo como estratégias para atenção


em saúde mental, que podem ser ddesenvolvidas nas unidades de saúde
bem como na comunidade

8- Trabalhar o vínculo com as famílias, tornando-as parceiras no tratamento


e buscar constituir redes de apoio e integração

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