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O documento discute os diferentes tipos de textos, focando em três dos mais comuns: narrativa, descrição e dissertação. Apresenta as características e estruturas de cada um, incluindo exemplos. As atividades propostas pedem para os alunos identificarem elementos em um texto narrativo e reescreverem em terceira pessoa, e produzirem um texto descritivo de um objeto sem revelá-lo.
O documento discute os diferentes tipos de textos, focando em três dos mais comuns: narrativa, descrição e dissertação. Apresenta as características e estruturas de cada um, incluindo exemplos. As atividades propostas pedem para os alunos identificarem elementos em um texto narrativo e reescreverem em terceira pessoa, e produzirem um texto descritivo de um objeto sem revelá-lo.
O documento discute os diferentes tipos de textos, focando em três dos mais comuns: narrativa, descrição e dissertação. Apresenta as características e estruturas de cada um, incluindo exemplos. As atividades propostas pedem para os alunos identificarem elementos em um texto narrativo e reescreverem em terceira pessoa, e produzirem um texto descritivo de um objeto sem revelá-lo.
SEQUNCIAS TEXTUAIS: Os diferentes textos podem ser divididos em alguns tipos bsicos que, no dia a dia, se materializam em inmeros gneros textuais. Nesta aula, vamos concentrar a nossa anlise em trs tipos textuais muito comuns em nosso cotidiano: a narrao, a descrio e a dissertao. NARRAO: o relato de acontecimentos, reais ou fictcios, com a participao de personagens cuja ao contada por um narrador.
Caractersticas do texto narrativo: ENREDO: acontecimentos ou a relao entre as aes praticadas pelos personagens, geralmente baseado em duas linhas que orientam a narrativa: a linha do tempo (sequncia cronolgica) - relaciona, no tempo, um fato com outro(s) que acontece(m) depois dele. Essa relao indica da por expresses de tempo ("No outro dia", "De manhzinha", "Alguns meses depois", "Quando a porta da cozinha se abriu" etc.). a sequncia lgica - estabelece a relao entre um fato que a causa e outro que a consequncia, isto , indica que um fato s aconteceu por causa de outro fato j acontecido. A rede de ligao entre os fatos cria o conflito, que, por sua vez, leva ao clmax, isto , ao momento principal, ao ponto mais importante da histria. O enredo pode ser organizado da seguinte forma: Situao inicial: apresentao dos personagens, tempo e espao; Estabelecimento de um conflito: um acontecimento modifica a situao inicial, fazendo surgir um conflito; Desenvolvimento: os personagens buscam a soluo do conflito; Clmax: a narrativa chega a seu ponto de maior tenso; Desfecho: o conflito solucionado. Caractersticas do texto narrativo: PERSONAGENS: indivduos (reais ou imaginrios) que vivem o(s) fato(s) narrado(s), podendo ter uma importncia principal ou secundria.
ESPAO: lugar ou cenrio onde acontecem os fatos.
TEMPO: corresponde durao da ao. Pode ser cronolgico, marcado por horas e datas, ou psicolgico, que representa a maneira como os personagens percebem a passagem do tempo. Representa o espao cronolgico, ou seja, o perodo ou a poca em que a histria se passa. H, s vezes a mistura dos tempos (passado e presente). Caractersticas do texto narrativo: FOCO NARRATIVO: Narrao em 1 pessoa: ocorre quando o narrador participa dos fatos (narrador- personagem). Narrao em 3 pessoa: quando o narrador observa os fatos de fora da histria (narrador- observador). Nesse caso, o narrador pode ser onisciente, posicionando-se como quem tudo sabe. NARRADOR X AUTOR Narrador: quem conta a histria. criado pelo autor.
Autor: a pessoa que existe fisicamente, quem cria a histria. Para contar a histria, o narrador pode assumir duas posies: NARRADOR PERSONAGEM: o narrador no participa dos fatos, mas conta o que aconteceu com as personagens. Utiliza, portanto, a terceira pessoa.
NARRADOR = PERSONAGEM: o narrador participa da histria, pois uma das personagens. Emprega a primeira pessoa. Exemplo de texto narrativo: Chegou o sbado e a minha irm falou: - Vai te vestir, Raquel, tem almoo na casa da tia Brunilda. Bacalhoada. Eu adoro comer, s tem um prato que eu no aguento: bacalhau. Mas como o pessoal aqui de casa t sempre paparicando a tia Brunilda, eu sabia muito bem que na hora de dizer: Tia Brunilda, a senhora se importa se eu s como a sobremesa? eles iam me olhar daquele jeito, e eu ia ter que acabar comendo. Ento eu j fui ficando meio aflita.
Exemplo de texto narrativo: Cala comprida eu s tenho duas: uma boa, outra ruim; enquanto uma lavo, uso a outra. A boa estava lavando e ainda mais essa, eu pensei. Quando fui me olhar no espelho, dei de cara com uma espinha. Bem na ponta do nariz. Espremi, comeou a sair uma aguinha l de dentro; vi que tinha feito uma besteira. Meu nariz comeou a doer. Olhei no espelho e anunciei: - No posso ir bacalhoada: meu nariz inchou, t doendo demais. Mandaram eu botar mercriocromo e acabar de me vestir. (Lygia Bojunga Nunes. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir.) Atividade I: 1)- Identifique no texto anterior os elementos da narrativa. a)- Enredo: b)- Personagens: c)- Tempo e espao: d)- Quanto ao narrador, ele participa dos fatos como um narrador-personagem, ou apenas informa as aes, como um narrador observador? Justifique a sua resposta.
Atividade I: 2)- O texto que voc acabou de ler foi narrado em primeira pessoa. Reescreva-o em terceira pessoa, fazendo as alteraes necessrias. D um ttulo histria.
DESCRIO: a caracterizao de uma pessoa, objeto, ambiente ou paisagem. Representa um retrato verbal, uma imagem do que descrito. Na descrio de uma pessoa h dois aspectos fundamentais a serem observados: As caractersticas fsicas: aparncia externa. As caractersticas psicolgicas: modo de agir ou ser.
TEXTO DESCRITIVO: Na maioria das vezes tenho a forma de um tijolo. Claro que no sou to grande quanto ele. Sou uma casa, com muitos habitantes bastante magros e de cabelos negros. Geralmente sou escura e em uma de minhas paredes possuo um painel colorido, cobrindo-me inteirinha. Em outras duas paredes, possuo algo parecido com lixas, que so verdadeiras armas contra meus habitantes. Se esbarram com fora nelas, eles morrem, soltando um cheiro caracterstico. No custo caro. Alis, acho quase impossvel viver sem minha presena. Sou muito til em qualquer lugar, em qualquer parte do mundo. Mas ningum me d o devido valor: cada habitante meu que morre simplesmente jogado fora. QUEM SOU? (Texto de aluno) Atividade II: Agora a sua vez! Escolha um objeto e descreva-o. Os textos sero lidos em sala para que cada educando tente identificar o objeto descrito, portanto, no o revele a ningum. Antes de iniciar a produo textual, siga as orientaes seguintes:
Atividade II:
Orientaes:
1)- Faa uma lista identificando as caractersticas mais interessantes ou importantes do objeto que voc escolheu.
3)- Se possvel, use comparaes; elas so uma boa forma de apontar uma caracterstica de um objeto, sem ter que usar o nome dele.
4)- Lembre-se de que as informaes precisam ser indiretas, seno o leitor descobre muito facilmente qual o objeto. Exemplo: Para descrever um bolo de chocolate, no escreva "Quem me v logo quer me saborear"; escreva, por exemplo, assim: "Gostam tanto de mim, que vivem querendo me destruir".
5)- Escreva o rascunho do trabalho.
6)- Altere o que achar necessrio (corte ou acrescente trechos, mude trechos de lugar), faa uma leitura cuidadosa e passe seu texto a limpo.
Texto Narrativo X Texto Descritivo Enquanto o texto narrativo enfatiza as aes, o texto descritivo destaca as caractersticas dos objetos ou seres. Professor Jos Nilton TEXTO DISSERTATIVO: a exposio de ideias elaboradas por um argumentador, sobre determinado tema, a fim de convencer um interlocutor. Prof Jos Nilton Estrutura padro do texto dissertativo: Introduo: apresenta a tese, isto , a ideia principal do texto. Desenvolvimento: consiste no detalhamento da tese. Concluso: retoma os principais pontos vistos e, muitas vezes, apresenta uma soluo para o problema debatido. Prof Jos Nilton A INTRODUO: A dissertao deriva de uma determinada tese - tomada de posio diante de um tema (ideia-ncleo do texto) - que ser desenvolvida nos pargrafos seguintes. Como a tese, em geral, apresentada logo na introduo e continua a ser trabalhada ao longo do texto, identific-la ajuda a perceber a coerncia do que se est lendo e no perder de vista o fio condutor. Na introduo, o autor do texto dissertativo (argumentador) pode fazer uma pergunta para o leitor, que ser respondida no desenvolvimento, ou apresentar um exemplo do assunto a ser analisado. Prof. Viviana P. B. de Lacerda O DESENVOLVIMENTO: Nessa parte, os argumentos necessrios para defender e justificar a tese proposta na introduo devem ser inseridos com coerncia e coeso. Faz-se uma seleo de aspectos ou detalhes particulares que ampliam e explicam a ideia-ncleo do texto, de forma ordenada.
Geralmente, utiliza-se um pargrafo para cada argumento. No entanto, essa no uma regra obrigatria. Podem ser desenvolvidos tantos pargrafos quantos forem necessrios para que a tese seja bem apresentada.
No desenvolvimento, em geral, comprova-se o que foi abordado na introduo, incluem-se dados, informaes e argumentos para expor o ponto de vista e converge-se para a concluso.
A CONCLUSO: Na concluso, retoma-se a ideia-ncleo apresentada na introduo e desenvolvida no texto. Recapitulam-se as ideias do desenvolvimento, dando um arremate aos argumentos expostos no decorrer do texto.
A concluso de uma dissertao pode ser uma sntese das ideias presentes no desenvolvimento ou apresentar uma nova soluo para o problema proposto, podendo at mesmo surpreender o leitor com algo inusitado. Texto dissertativo: A favor dos videogames O crebro humano um rgo que absorve quase 25% da glicose que consumimos e 20% do oxignio que respiramos. Carregar neurnios ou sinapses que interligam os neurnios em demasia uma desvantagem evolutiva, e no uma vantagem, como se costuma afirmar. Todos ns nascemos com muito mais sinapses do que precisamos. Aqueles que crescem em ambientes seguros e tranquilos vo perdendo essas sinapses, que acabam no se conectando entre si, fenmeno chamado de regresso sinptica. Portanto, toda criana nasce com inteligncia, mas aquelas que no usam vo perdendo-a com o tempo. Por isso, menino de rua mais esperto do que filho de classe mdia que fica tranquilamente assistindo s aulas de um professor. Estimular o crebro da criana desde cedo uma das tarefas mais importantes de toda me e todo pai modernos.
Texto dissertativo: Sempre fui a favor de videogames, considerados uma praga pela maioria dos educadores e pedagogos. S que bons vidogames impedem a regresso sinptica, porque enganam o crebro fazendo-o achar que seus filhos nasceram num ambiente hostil e perigoso, sinal de que vo precisar de todas as sinapses disponveis. O truque encontrar bons jogos, mas no tarefa impossvel. [...] Como em tudo na vida, necessrio ter moderao nas horas devotadas ao videogame. Mas ele uma tima forma de estimular o crebro da criana e impedir sua regresso sinptica, alm de ensinar planejamento, pacincia, disciplina e raciocnio [...]. STEPHEN KANITZ. Veja, So Paulo, 12 out. 2005. (Fragmento) Atividade III: Elabore um perodo que sintetize a ideia central desenvolvida em cada pargrafo do texto que voc acabou de ler. Dicas para produo de texto dissertativo: 1)- Trace um roteiro (planejamento do que ser escrito) com algumas ideias a serem apresentadas em um sequncia organizada.
2)- Relacione palavras e frases importantes, concernentes ao tema da dissertao, que vo se transformar em pargrafos no desenvolvimento do texto. Dicas para produo de texto dissertativo: 3)- Defina a tese e fundamente-a com argumentos que a sustentaro.
4)- Apresente pontos de vista e opinies diversas que se contrapem para, depois, enfatizar seu ponto de vista ou posicionamento crtico. Dicas para produo de texto dissertativo: 5)- Verifique se o texto tem as partes principais: introduo, desenvolvimento e concluso.
6)- Conclua retomando o que foi falado no incio.
7)- Insira um ttulo sugestivo, se necessrio. Referncias bibliogrficas: DIONISIO, Angela Paiva; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gneros textuais & ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. FERREIRA, Mauro. Entre palavras. 2ed. So Paulo: FTD, 2006. SARGENTIM, Hermnio. Curso bsico de redao. So Paulo, 2001.