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CORRELAÇÃO ESTRUTURA-

ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Um químico ao desenhar um fármaco tem de ter
em linha de conta um grande número de
variáveis.
• Essas variáveis têm de ser quantificáveis para
correlacionar quantitativamente o fármaco e a
sua actividade biológica. As primeira
correlações foram efectuadas por Hansch-Fujita
em 1963 e foram designadas por QSAR
(Quantitative Structure-Activity Relationship)..
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ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Com estas correlações pode estabelecer-
se uma equação que relaciona a resposta
biológica (RB) com os parâmetros
descritores da estrutura de uma série de
análogos, em função de certos factores
físico-químicos, f, definidos como
parâmetros de solubilidade, electrónicos e
estéreos, segundo a equação 1
• Log RB = f (físico-químicos) eq. 1
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ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Embora a metodologia QSAR não possa
substituir a criatividade e a intuição dos
químicos e biólogos é importante para
atingir os seguintes objectivos:
• 1-Predizer a actividade de compostos
estruturalmente afins não sintetizados
• 2-Desenhar fármacos com actividade
óptima
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• 3-Estudar os mecanismos de acção,
estabelecendo que propriedades físicas
comuns, aos compostos estruturalmente
diferentes, são responsáveis por um dado
efeito biológico idêntico, que pode
apresentar um mecanismo comum ou
não.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Uma análise de QSAR consta de várias etapas:
• A-Estabelecimento dos objectivos a atingir
• B-Determinação da actividade biológica dos
compostos a estudar
• C-Descrição dos seus parâmetros físico-
químicos
• D-Análise estatística dos dados e
estabelecimento de uma relação matemática
• E-Interpretação da relação estabelecida
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• DESCRITORES DE LIPOFILIDADE OU DE
EFEITO HIDROFÓBICO
• A lipofilidade das moléculas é um descritor
físico-químico de grande importância, porque
mede a tendência relativa que apresentam em
preferir um ambiente não aquoso a um aquoso.
• A lipofilidade está relacionada com a absorção,
distribuição e eliminação e com o efeito
farmacológico, porque as ligações hidrofóbicas
que se produzem por dessolvatação do fármaco
e seu receptor permitem a sua ligação.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Ao fazer uma análise de QSAR é muito
frequente observar que a actividade
biológica é proporcional ao coeficiente de
partilha (P).
• Coeficiente de partilha é a razão entre as
concentrações de um soluto em dois
solventes não miscíveis (por convenção
octanol e água) a uma dada temperatura.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• O modelo Octanol/Água (KOW) é usado nas
interacções dos fármacos com proteínas e
regiões hidrofóbicas das membranas celulares
mas para as membranas da barreira hemato-
encefálica usa-se a relação hidrocarboneto
alifático/água.
• O Octanol é usado como receptor e dador de
protões, uma propriedade características de
muitas membranas biológicas.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• A polaridade parcial do Octanol permite a
inclusão de água, também uma característica de
algumas membranas.
• Hansch e Fujita descobriram que a contribuição
de um dado substituinte ao logaritmo do
cociente da relação octanol/água é um valor
constante, aditivo constituitivo. Esta constante,
para um substituinte X é uma estrutura R-X e
designa-se por π , que é dada pela equação 2
π X = log P RX-log P RH eq. 2
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
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• Quanto mais positivo é o valor de π , mais
lipofílico será o substituinte e vice-versa.
• Como os iões são mais polares que os
compostos neutros, a ionização perturba a
interpretação do log de P. Na figura 1 está
representada a relação de equilíbrio
octanol/água de um ácido HA
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Pode-se calcular a relação [A-] / [HA] por meio da
eq.3

n-Octanol
HA org A- org

Ka
HA aq + H2O +
Figura 1 A- aq + H 3O
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ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• A eq.3 de Henderson-Hasselbalch para
um ácido
• pKa = pH - log [A-] / [HA]
• pKa = pH + log [HA] / [A-]
• [HA] / [A-] = 10 pKa-pH eq. 3
• A eq. 4 por analogia representa a relação
para uma base
• [HB+] / [B] = 10 pKa-pH eq. 4
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• O coeficiente de partilha aparente de uma
substância, a um dado pH, em que a
forma ionizada [A-] ou [HB+] são
predominantes, terá de ter o valor de log
P corrigido tendo em conta o pKa e o pH.
• Ao coeficiente de partilha aparente
chama-se coeficiente de distribuição (D) e
e para os ácidos e bases , é expresso
respectivamente pelas eq. 5 e 6.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
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Log D = log (Pn.10pKa + Pi. 10 pH )- log (10pKa + 10pH ) eq. 5
Log D = log (Pn.10pH + Pi. 10 pKa )- log (10pKa + 10pH ) eq. 6

Pn = forma neutra
Pi = forma ionizada
A concentração das espécies iónicas [A-] e [HB+]
em octanol podem desprezar-se, em compostos
pouco lipófilos, porque a forma ionizada Pi é com
frequência 30 a 50 vezes menor que a forma
neutra Pn, podendo simplificar-se as eq. 5 e 6 e
transformá-las nas eq. 7 e 8.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
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• Log D = log Pn. – log (1 + 10pH-pka ) eq. 7

• Log D = log Pn. – log (1 + 10pKa-pH ) eq. 8

• Quando se regista a variação dos valores


log D com as variações de pH da maior
parte dos ácidos e bases, obtêm-se curvas
sigmóides, como a representada na figura
2.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Figura 2
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ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Como se observa na curva, para um
ácido, log D é constante a baixos valores
de pH porque log D = log Pn, mas à
medida que o pH aumenta log D diminui
até a forma iónica ser a única presente
nas duas fases, a lipídica e a aquosa e log
D = log Pi.
• Quando pH = pKa o valor de log D é
menor que log Pn.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• No caso de aminoácidos e outros
compostos que possuem mais do que um
grupo ionizável o comportamento em
relação a duas fases imiscíveis é mais
complexo com a variação do pH. Nestes
compostos a espécie mais lipofílica é o
ião dipolar, como se mostra na figura 3.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Figura 3
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ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Certas espécies iónicas com BH+X- extraiem-se
na fase orgânica e por isso o coeficiente de
partilha depende da natureza do ião X-.
• Como a solubilidade aumenta muito com a
temperatura, este efeito não devia manifestar-se
no coeficiente de partilha porque é uma relação
entre concentrações. No entanto o aumento de
temperatura origina um aumento da solubilidade
dos solventes orgânicos na água modificando o
coeficiente de partilha que então tem de ser
determinado a uma temperatura constante.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
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• DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DE LOG P
• O método usado para determinar o coeficiente
de partilha é usando ampolas de decantação.
• Agita-se energicamente durante um período de
tempo que pode variar entre 24 h e uma
semana duas fases não míscíveis previamente
saturadas entre si, com a substância.
• Uma vez alcançado o equilíbrio, efectua-se a
determinação da concentração da substância
em cada uma das fases.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
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• A determinação experimental do
coeficiente de partilha apresenta por
vezes bastantes dificuldades e passou a
aplicar-se a determinação por intermédio
de cálculos usando dados previamente
obtidos.
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• DETERMINAÇÃO TEÓRICA DE LOG P
• A partir da equação 2, segundo Hansch, pode calcular-
se o valor de log P de um composto derivado de um
aromático e do seu coeficiente de partilha KOW. A teoria
de Hansch apenas se refere a substituições em
compostos aromáticos.
• log P (YRX) = log P (HRH) + π Y + π X eq. 9

O valor de log P para o clorobenzeno pode ser calculado


por meio da eq. 9, sabendo que log do benzeno é = 2,13
e π de Cl = 0,71
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• log (C6H5Cl) = log (C6H6) + π Cl

• log (C6H5Cl) = 2,13 + 0,71 = 2,84


• Tem de se ter em atenção que a determinação
de log P de um qualquer composto só utiliza a
soma das constantes hidrofóbicas π ao log P de
um composto de referência. Nestas
circunstâncias tem de se fragmentar as
moléculas complexas de várias formas e realizar
o cálculo partindo dos valores de log P de
distintos compostos padrão para verificar se os
resultados são coincidentes.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Problema:
• Calcular o log P da difenidramina

• 1ª fragmentação C6H5 CH3


• log P =log (CH4)+ 2π (C6H5)CH-O-CH
+ π (OCH3)+ π 2-CH 2-N
(CH3)+ π (N(CH3)2
C6H5indicados na tabela I dos
• Usando os valores CH 3
descritores,
em anexo,
• log P = 1,09 +2x1,96-0,98+0,5-0,30= 4,23
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Usando os outros tipos de fragmentação temos:
• 2ª log P = log P (CH3-O-CH2-CH3) + 2π (C6H5) + π (N(CH3)2)
• log P= 0,33 + 2x1,96-0,30 = 3,95
• 3ª log P = log P (C6H5CH3) + π (C6H5) + p OCH3 + π (CH3) +π
(N(CH3)2)

• log P = 2,69 + 1,96 -0,98 +0,5 -0,30 = 3,87


• 4ª Log P = log P C2H5NHCH3 + π OCH3 + π CH3 + 2 π C6H5
• Log P = 0,15 -0,98 + 0,50 + 2x 1,96 = 3,59
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Na primeira fragmentação fez-se derivar o composto
do metano.
• Na segunda fragmentação do éter metiletílico
• Na terceira fragmentação do tolueno
• Na quarta fragmentação da etilmetilamina
• Fazendo a média das quatro possibilidade de
fragmentação obtemos o valor de 3,91 que está
afastado do valor experimental de 3,53.
• Conclusão a 4ª fragmentação é a válida.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Embora os valores de π se utilizem de
modo aditivo, por vezes podem variar de
um modo importante em função da
estrutura, o que sucede especialmente
quando se trata de anéis aromáticos, com
um segundo substituinte em para, cujo
carácter electrónico pode perturbar a
polaridade da molécula como se mostra
na tabela II, em anexo.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• As interacções electrónicas entre os substituintes
perturbam a aditividade dos valores da lipofilidade π .
• A lipofilidade depende também da geometria molecular.
• Se considerarmos o log P do o-xileno, do mesitileno e do
hexametilbenzeno, somando o valor log P (C6H6) e o valor
π (CH3), multiplicado por 2, 3 e 6, obtêm-se valores
semelhantes aos obtidos por cálculo e por via
experimental apenas para o primeiro, não para os dois
últimos, como se mostra na Tabela III.

CH3 CH3 CH 3
H3C CH3
CH3
o-xileno Mesitileno Hexametilbenzeno
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA

Tabela III
• Verificou-se que a solubilidade de um composto não é
independente da sua geometria porque esta determina
o tipo de cavidade.
• Os núcleos aromáticos substituidos em orto são menos
lipofílicos que os meta e para, aumentando a lipofilidade
com o aparecimento de ligações intramoleculares por
ponte de hidrogénio.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Como resultado desta situação o ácido salicílico
o-hidroxibenzóico) é mais lipofílico do que o
ácido benzóico apesar da entrada de um grupo
ionizável.

COOH
Ácido benzóico
O C-OH
Ácido salicílico
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Nas primeiras aplicações do valor de π
ao cálculo de log P, nos hidrocarbonetos
alifáticos, foram encontrados valores
errados, que se atribuiram à
hidrofobicidade do hidrogénio, que
segundo Hansch tinha um π =0 e que na
realidade apresenta valores diferentes de
zero.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Como surgiram outras anomalias, Nys e Rekker
desenvolveram um conjunto de valores fragmento (fx) que
se usam de forma aditiva, como se mostra na eq. 11.
• log PXYZ = fX + fY +fZ eq 10
n
log P = ∑ ai. fi + ∑ kiCM
n
• eq. 11
i =1
i =1
• f=constante hidrofóbica de um fragmento
• a=número de cada tipo de fragmentos
• CM= factor de correcção
• Ki= frequência
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• As escalas de f não derivam apenas do KOW mas
também de outros sitemas como alcano/água e
Clorofórmio/água. Para verificar a diferença entre os
valores de π de Hansch e os de f de Rekker,
consideremos o log P do etano.
• Segundo π de Hansch
• log PCH3CH3 =log CH4 + π CH3 =1,09 + 0,50 = 1,53
• Segundo f de Rekker
• log PCH3CH3 =2fCH3 =1,76
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• De um modo geral o valor de
• fX= π X + fH

• Considerando o log PH—H = 0,42, temos:

• fH = log PH-H /2= 0,42/2=0,21


• fCH3 = log PCH3-CH3 /2=1,33/2=0,67
• fCH3 = π CH3 + fH=0,67+0,21=0,88
• fCH3 = log P CH4 - f H=1,09-0,21 =0,88
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• A partir do valor fCH3 = 0,88, pode calcular-se
os fCH2 , fCH e fC como se mostra em seguida.
• fCH2 = fCH3 - fH=0,88-0,21=0,67

• fCH =fCH2 -f H=0,67-0,21=0,46

• fC=fCH -fH=0,46-0,21=0,25
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• As discrepâncias observadas entre a medida de
log P, segundo o descritor de liofilidade π de
Hansch e o do fragmento f de Rekker, deve-se a
influências electrónicas, estéreo e de
conformação ou geométricas.
• Nestas condições os fragmentos de Rekker
requerem a introdução de factores de correcção
que têm sido incorporados à medida do
desenvolvimento destes conhecimentos.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Os factores de correcção de Rekker
dizem respeito a:
• 1-Efeito de proximidade
• 2-O tipo de suporte hidrocarbonado
(alifático saturado acíclico, cíclico,
insaturado, conjugado, aromático,
aromático condensado ou conjugado
• 3-A presença de átomos de hidrogénio
ligados a grupos electronegativos
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• 4-A presença de um grupo eletronegativo
junto de um grupo alquilo volumoso (OH
ligado a um C-terceário)
• 5-A presença de um átomo de oxigénio
ligado a um anel aromático por um átomo
de C
• 6-A presença de ligações por ponte de
hidrogénio intra-moleculares
• 7-Os aspectos de conformação
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• 8-A presença de, compostos aromáticos, de grupos
neutros situados em orto em relação a um substituinte
capaz de actuar por ressonância
• 9-Combinação de dois grupos capazes de interagir entre
si por ressonância
• A experiência demonstrou que os factores de conversão
são múltiplos de um valor conhecido como “Constante
Mágica” (CM), cujo valor é 0,219.
• Segundo a eq. 11, o cálculo de log P necessita da soma
de um conjunto de valores de CM à soma dos valores
de f dos fragmentos, em função das circunstâncias
estruturais.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Para calcular a lipofilia de uma molécula pelo
método dos fragmentos de Rekker procede-se
do seguinte modo:
• 1-Deve apresentar-se a sua estrutura
• 2-Anotar os grupos funcionais que contém
• 3-Anotar os fragmentos fg1, fg2, fg3,…
conjuntamente com os valores de f de cada um
deles.
• 4-Obtém-se a sub-estrutura de suporte
hidrocarbonado (CXHY) com a lipofilidade xf(C)
+y(H).
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Ex: Avaliação da lipofilidade da
H
quinidina
• Fórmula molecular C20H24N2O2
H
• Frag. f HO N

H
• H 0,2045
O
• C 0,1102
• N(alif) -2,074
• OH(alif) -1.448 N
Quinidina
• O(arm) -0,450
• Quinolinilo 1,821
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• 1 quinolinil (-1H)=1,821-0,2045= 1,617
• 1 O (arom) -0,450
• 1 OH (alc) -1,448
• 1 N (alc) -2.074
• C11H18 (0,1102) + 18(0,2045)= +4,893
∀ Σ f= + 2,538
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Têm de se efectuar correcções pelas seguintes circunstâncias:
• 1-Dois grupos electronegativos OH e N separados por dois
átomos de carbono (efeito de proximidade) que se corrige
somando 2CM.
• 2-Existe um grupo OH próximo de um núcleo aromático, para o
qual tem de ser adicionado mais um CM.
• 3-Como o OH está próximo de um carbono terceário são
retirados 2 CM.
• Respectivamente:
• 2CM= + 2x0,219=+0,438
• 1CM= + 0,219
• 2CM= - 2x0,219 = -0,438

∀ Σ f=2,538 + 0,219= 2,757


• CONCLUSÃO: ClogP=2,757 o log P determinado
experimentalmente = 2,88
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• SISTEMA DE FRAGMENTOS DE
HANSCH-LEO
• Em 1975 Hansch e Leo proposeram um
sistema de factores de correcção, usando
a eq. 10
• log P= ClogP= Σ an.fn + Σ bm.Fm eq. 10
• Usando este método vamos determinar o
ClogP da quinidina.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Fragmentos f
1 éter
1 azoto aromático
a 1 hidroxilo f
1 amina terceária
11 carbonos alifáticos isolados
9 carbono aromáticos isolados

1 carbono aromático exocíclico iso


1 carbono heteroátomo exocíclico iso
3 ramificações
1 ramificação de grupo polar não halogéneo
b 23 hidrogénios sobre carbono isolados F
13 ligações (4 de cadeia e 9 alicíclicas)
1 dupla ligação
1 efeito de proximidade (X-C-C-X
2 interacções potenciais
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Segundo Hansch e Leo os seus valores são:
1 éter -0,610
1 azoto aromático -1.120
1 hidroxilo -1,340
1 amina terceária -2,180
11 carbonos alifáticos isolados + 2,145
9 carbono aromáticos isolados + 1,170

1 carbono aromático exocíclico iso +0,100


1 carbono heteroátomo exocíclico iso +0,310
3 ramificações -0,390
1 ramificação de grupo polar não halogéneo -0,220
23 hidrogénios sobre carbono isolados + 5,221
13 ligações (4 de cadeia e 9 alicíclicas) -1,290
1 dupla ligação -0,090
1 efeito de proximidade (X-C-C-X +0,810
2 interacções potenciais +0,228
ClogP=2,743
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Os dois métodos utilizam quer fragmentos
diferentes quer factores de correcção.
• Outros métodos utilizam em vez da divisão em
fragmentos a divisão em átomos. Um deles é o de
Ghose/Crippen dado pela eq. 11
• Log PGC =Σ ni ai eq 11
• ni=número de átomos do tipo i
• ai=contribuição do átomo i para a lipofilidade
• PGC = lipofilidade segundo Ghose/Crippen
• Por ex: COOH divide-se em: C, =O. O e H
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• O método de Suzuki/Kudo em 1990 utilizou
lipofilidade de grupos sem correcções, segundo
a eq. 12
• log PSK= Σ niGi
• PSK= lipofilidade segundo Suzuki/Kudo
• ni=número de vezes que está representado o
grupo i
• Gi=contribuição do grupo i para log P.
• Este método tem uma divisão por grupos muito
pormenorizada de tal modo que o grupo CH2
pode ser classificado de 51 maneiras diferentes.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Os processos computurizados envolvem os
métodos do ClogP de Hansch/Leo, o Σ f-SYBYL
de Rekker, o MOLDAC de Ghose/Crippen e
CHEMICAL-2 de Suzuki/kudo.
• Outros métodos baseiam-se em propriedades
moleculares, como o do Potencial de Lipofilia
Molecular (PLM), que identifica as partes da
molécula que podem estar implicadas em
interacções hidrofóbicas com o receptor e que
permite calcular a probabilidade de uma
molécula de água existir num dado local do
espaço que rodeia a molécula.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• A figura ao lado
representa a
acção bactericida
de uma série de
sais de
benzalcónio em
função da
lipofilidade
representada
pelo log P. Esta
relação é
representada por
uma curva
parabólica.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• É frequente encontrar uma relação parabólica
entre a actividade biológica “in vivo”
representada pela concentração mínima
inibitória (c.m.i.) e a hidrofobia.
• Deste modo pode determinar-se o log P óptimo
para que um composto tenha o máximo de
actividade.
• Quando se estabelece a equação representativa
da parábola obtém-se a eq. 17
• log 1/C=-k(logP)2+k´(logP) + k´´ eq.17
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• log1/C= Coeficiente de partilha óptimo
• -k, k´e k´´ =coeficientes de regressão derivados
do tratamento estatístico da curva.
• O método de regressão linear múltipla permite
determinar os melhores coeficientes pelo
método matemático de mínimos quadrados, que
correlacionam a variável dependente (actividade
biológica) com uma combinação linear de
variáveis dependentes, neste caso o descritor
molecular P.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Em vez de se usar os valores de log P como
descritor de hidrofobia, empregam-se os
valores de π , que descrevem o aumento ou
diminuição que produz a substituição de um
H por um dado grupo. A eq. 18 demonstra
esse facto

• log 1/C= -0,18 π 2


+ 1,101 π -2,21 eq.18
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Derivando e igualando a zero obtém-se a eq.
19, que nos indica o valor óptimo de log P.
d(log 1/C)/dπ =-2(0,18)π + 1,01 =0
π opt = 1,101/0,36 = 2,8
• Pode, no entanto, não se encontrar uma
correlação quantitativa entre a actividade
biológica e os parâmetros de hidrofobia, o que
pode significar que não tem qualquer influência
sobre a actividade biológica ou que existem
outros descritores que não estão a ser
considerados.
CORRELAÇÃO ESTRUTURA-
ACTIVIDADE BIOLÓGICA
• Bibliografia
• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_artte
Glossário da IUPAC

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