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DANOS PULMONARES

NA PROFISSÃO
DE JATEADOR DE AREIA

Dr. Paulo Gurgel


TEMPESTADE NO DESERTO
HISTÓRICO
 Ao observar uma rajada de vento contra uma vidraça, em
1870, o americano Benjamin Tilghman descobriu o
processo de jateamento por areia. A técnica de trabalhar o
vidro, trocando sua transparência pelo aspecto leitoso,
surgiu dessa observação. Tilghman concebeu um sistema
através do qual um jato de areia, impulsionado por vapor a
grande velocidade, limpava e ornamentava lápides de
túmulos e também se prestava a criações artísticas em
vidros.
 Logo depois da invenção da máquina, o fenômeno do
fosqueamento se alastrou pela Europa, tendo como fonte
de inspiração o movimento Art Nouveau. Em 1885, outro
americano, Mathewson, aperfeiçoou o invento, patenteando
um mixador de ar e areia que substituiu o vapor pelo ar
comprimido.
ESTALEIROS
JATEAMENTO

O jateamento é um processo de preparação


de superfícies que utiliza o impacto de
partículas abrasivas movimentadas em alta
velocidade sobre uma superfície, objetivando a
remoção da pintura, ferrugem, e demais
materiais contaminantes, deixando o substrato
pronto para receber um novo tratamento
superficial criando um perfil de rugosidade
favoravel à ancoragem do revestimento a ser
aplicado após o jateamento.
JATEADORES
 Compressores de ar
 Turbinas
PARTÍCULAS

 Areia
 Vidro (micro-esferas)
 Granalha (ferro e aço)
 Óxido de alumínio
 Água (hidrojateamento)
 Gelo seco
 Material vegetal (cascas)
SUPERFÍCIES

 Metálicas: ferro, alumínio, ligas etc


 Outras: vidro, madeira, granito, mármore,
louça, plástico, tecidos etc
APLICAÇÕES

 Limpeza
 Acabamento
 Desrebarbamento
 Shot peening
 Gravação e decoração (jateamento
artístico)
DA SÍLICA À SILICOSE

SÍLICA
Forma cristalina - livre
Recém-fragmentada (freshly crushed)
Concentração
Fração respirável
Tempo de exposição
Reação tecidual
SILICOSE
DANOS PULMONARES
 SILICOSE
 Crônica
 Acelerada
 Aguda (Silicoproteinose)
 Disseminada

 DPOC
 CÂNCER - A sílica é um dos principais agentes
ocupacionais relacionados ao câncer de pulmão, sendo
classificada pela Agência Internacional para Pesquisa em
Câncer (IARC) como substância do grupo 1, ou seja,
carcinogênica para humanos, desde 1996.
DANOS PULMONARES
VINCULADOS

 TB / micobacterioses
 Infecções respiratórias
 Colagenoses
 Pneumotórax
 Insuficiência respiratória
 Cor pulmonale, crônico
TAXAS DE PREVALÊNCIA
DA SILICOSE NO BRASIL (FUNDACENTRO)

Pedreiras: 3,0%
Cerâmicas: 3,9%
Fundições: 4,5%
Cavação de poços: 17,4%
Indústria naval: 23,6%
SILICOSE NO CEARÁ
DISTRIBUIÇÃO POR OCUPAÇÕES
EXPERIÊNCIA PESSOAL (1998 – 2006)

Profissão Casos
Cavadores de poços 125
Pedreiras 46
Minas 9
Jateamento de areia 7
Cerâmica branca 2
Diatomito 1
Total 190
JATEADORES DE AREIA NO ESTADO DO CEARÁ
N A NOME ID S EXP. À TAB. QUADRO RADIOLOGIA ESPIRO G. ART. BIÓPSIA EVOLUÇÃO
º N E SÍLICA CLÍNICO CLÍNICA
O X
O

1 1 José Antenor 36 M 7 anos DND dispnéia, tosse, RxT: micronódulos normal normal TE: nódulos fibróticos; óbito
9 Rodrigues Ribeiro emagrecimento / profusos; espessamento septal;
8 - P. 65216 crepitantes condensações acúmulo de
7 bilaterais / basais macrófagos em
baqueteamento alvéolos; PBR pos.
digital

2 1 José Milome da 47 M 8 anos Sim dispnéia, tosse, RxT e TCAR: VVM = hipo- BF(2): processo óbito
9 Silva - P. 117805 dor torácica nódulos 51% xemia; inflamatório; s/ biópsias
9 centrilobulares; hipo-
8 massas; egg shell capnia

3 2 Ademar Maurício 44 M 22 anos DND dispnéia, tosse, RxT: micronódulos DND DND DND TB pos. / esquemas I
0 do Nascimento – (pintor) expectoração, profusos; lesões e III / transferência de
0 P. 147663 febre reticulo-nodulares estado
0 apicais

4 2 Francisco 39 M 5 anos Sim dispnéia, tosse, RxT e TCAR: normal DND BF: espessamento viragem TB /
0 Evangelista P. dor torácica, nódulos, conjuntivo; PBR neg. quimioprofilaxia /
0 Costa - P. febre, espessamento de óbito
1 151354 emagrecimento septos
interlobulares,
conglomerados

5 2 José Alves de 39 M 8 meses Sim dispnéia, tosse, RxT e TC: DND DND DND TB pos. / esquema I /
0 Sousa expectoração micronódulos; DND
0 conglomerados;
2 cavitação

6 2 Antonio França 48 M 3 anos Sim DND RxT e TCAR: DND hipo- BF: bronquite crônica; DND
0 Filho micronódulos e xemia; PBR neg.
0 gânglios normo-
2 calcificados; capnia
conglomerados

7 2 José Valmir 38 M 10 Não assintomático RxT e TCAR: normal normal BF: nódulos assintomático
0 Nicolau – P. meses micronódulos (granulomas). PBR:
0 168261 profusos;
4 coalecências
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Deve seguir a seguinte hierarquia de controle:

Na fonte, que deve ser a primeira escolha, por meio de medidas como:
Substituição da areia como abrasivo,por materiais menos perigosos;
Utilização de materiais numa forma menos poeirenta;
Modificação de processos de modo a produzir menos poeira;
Utilização de métodos úmidos.

Uma vez gerada a poeira, sua disseminação no local de trabalho deve


ser evitada ou controlada por meio de medidas como:
Isolamento, enclausuramento de operações;
Ventilação local exaustora;
Limpeza nos locais de trabalho.

No trabalhador:
Utilização da proteção respiratória de boa qualidade, eficiente e que
se adapte ao rosto do trabalhador alem de possuir uma boa
manutenção, higienização e reposição de filtros.
SUBSTITUIÇÃO DA MATÉRIA-
PRIMA
 Granalha
GERAÇÃO E DISSEMINAÇÃO
DO AGENTE (ENCLAUSURAMENTO)
 Gabinetes
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA

Sandblaster using proper respiratory protection inside a


ventilated booth. Note that the worker is supplied with two
separate air lines—one to supply fresh air for the worker to
breathe and the other to supply air for sandblasting.
+ ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS
Promover:
a disseminação das informações aos trabalhadores
e empregadores sobre os riscos da exposição á sílica e
as medidas de prevenção e controle do ambiente de
trabalho.
+ ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS

Promover:
as medidas de higiene pessoal.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A vigilância epidemiológica é também
importante ao detectar precocemente os casos e sendo
assim um complemento à prevenção primária.

QSR (Questionário de Sintomas Respiratórios)

RX de tórax
Espirometria
LEGISLAÇÃO NO BRASIL

 Rio de Janeiro (Lei em 1992)


 Joinville / Santa Catarina (Lei em 1997)
 Paraná (Resolução em 1997)
 Brasil (Resolução do CNS em 2001 e
Portaria do MTE 99/2005)
GRATO PELA ATENÇÃO

pgcs@ig.com.br

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