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NOÇÕES

DE
ÉTICA

PROF.º: MIGUEL ALESSANDRO


Conhecimentos Específicos
Noções de Ética: Conceitos: ética,moral,
valores e virtudes. Ética aplicada: noções de ética
empresarial e profissional; o padrão ético no
serviço público; a gestão da ética nas empresas
públicas e privadas; conflito de interesses; ética e
responsabilidade social; Código de Ética da ECT.
Lei nº 8078/90 - Código de Defesa do
Consumidor. Lei Postal nº 6.538/78
MORAL E ÉTICA: DOIS CONCEITOS DE
UMA MESMA REALIDADE.
A confusão que acontece entre as palavras
Moral e Ética existem há muitos séculos. A
própria etimologia destes termos gera
confusão, sendo que Ética vem do grego
“ethos” que significa modo de ser, e Moral
tem sua origem no latim, que vem de
“mores”, significando costumes.
Moral é um conjunto de normas que
regulam o comportamento do homem em
sociedade, e estas normas são adquiridas
pela educação, pela tradição e pelo
cotidiano.
Durkheim explicava Moral como a
“ciência dos costumes”, sendo algo anterior
a própria sociedade. A Moral tem caráter
obrigatório
Já a palavra Ética, Motta (1984) defini como
um “conjunto de valores que orientam o
comportamento do homem em relação aos outros
homens na sociedade em que vive, garantindo,
outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a
forma que o homem deve se comportar no seu
meio social.
A Moral sempre existiu, pois todo ser humano
possui a consciência Moral que o leva a distinguir
o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo
realmente quando o homem passou a fazer parte
de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades
primitivas, nas primeiras tribos.
A Ética teria surgido com Sócrates, pois se
exigi maior grau de cultura. Ela investiga e
explica as normas morais, pois leva o homem a
agir não só por tradição, educação ou hábito, mas
principalmente por convicção e inteligência.
Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e
reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente
prática.
Qual a diferença entre moral e ética?
Em primeiro lugar, observe-se a origem das
palavras. „Ética“ vem do grego „ethos“, e
significa hábito. „Moral“ vem do latim „mores“ e
significa „hábito, costumes“.
Em geral, procura-se seguir a seguinte
distinção: enquanto a moral é uma ciência
descritiva (descreve como os seres humanos de
uma determinada cultura de fato agem) a ética é
normativa (ele determina como eles deveriam
agir).
A diferença prática entre Moral e Ética é que
esta é o juiz das morais, assim Ética é uma
espécie de legislação do comportamento Moral
das pessoas. A Moral, afinal, não é somente um
ato individual, pois as pessoas são, por natureza,
seres sociais, assim percebe-se que a Moral
também é um empreendimento social.
Uma completa a outra, havendo um inter-
relacionamento entre ambas, pois na ação
humana, o conhecer e o agir são indissociáveis.

Em nome da amizade, deve-se guardar


silêncio diante do ato de um traidor?
Enfim, Ética e Moral são os maiores valores
do homem livre. Ambos significam "respeitar e
venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio,
vai formando seu meio ambiente ou o destruindo,
ou ele apóia a natureza e suas criaturas ou ele
subjuga tudo que pode dominar, e assim ele
mesmo se torna no bem ou no mal deste planeta.
Deste modo, Ética e a Moral se formam numa
mesma realidade.
As questões éticas estão cada vez mais
visíveis na cena pública brasileira dada a
multiplicação de casos de corrupção e,
sobretudo, a reação da sociedade frente a um tal
grau de desmoralização das relações sociais e
políticas. Com os escândalos e as denuncias de
corrupção expostas pela mídia, refletir sobre
essas questões traz à tona os conceitos éticos que
envolvem a busca por melhores ações tanto na
vida pessoal como na vida pública.
Cabe aqui citamos um Inciso Do Código de
Ética dos Servidores Públicos Federais:
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor
público perante a comunidade deve ser entendido
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que,
como cidadão, integrante da sociedade, o êxito
desse trabalho pode ser considerado como seu
maior patrimônio.
A ética é pautada na conduta responsável
das pessoas. E a importância da escolha de um
político com esse caráter é a fim de diminuir o
mau uso da máquina pública e evitar que ele
venha auferir ganhos e vantagens pessoais.
As normas morais apenas fornecem
orientações cabendo, apenas ao político
determinar quais são as exigências e limitações
e decidir-se entre a melhor alternativa de ação.
E esse ato de “pensar moralmente” é que
introduz o senso ético das nossas ações, ela deve
ser entendida como esta reflexão crítica sobre a
dimensão humana - o compromisso diante da
vida - que contribui para o estabelecimento das
relações do ser humano com o outro, numa
convivência pacífica a fim de evitar as vantagens
desleais e as práticas que prejudiquem a
sociedade em geral.
Aplicar a ética nas profissões e organizações,
é considerado um fator importantíssimo para a
sobrevivência das mesmas, inclusive de pequenas
e grandes empresas. Estas vêm percebendo a
necessidade de utilizar a ética, para que o
“público” tenha uma melhor visualização do seu
“slogan”, que permitirá, ou não, um crescimento
da relação entre funcionários e clientes.
A ÉTICA DO LUCRO
O lucro é a parte sensível de uma organização,
por isso exige cuidado no momento do planejamento
para a obtenção do mesmo. Isto significa que ser
antiético, enganando seus clientes, não é uma boa
idéia para a empresa que almeja desenvolver-se e
crescer perante à concorrência. Assim, pode-se
deduzir que a obtenção do lucro é um dos fatores
advindos as satisfação dos clientes, pois o lucro é
objetivo dos negócios, que as empresas desenvolvem
para cumprir sua meta, tendo como retorno o
resultado dos serviços prestados.
VALORES ÉTICOS
São um conjunto de ações éticas que auxiliam
gerentes e funcionários a tomar decisões de
acordo com os princípios da organização.
Quando bem implementado, os valores éticos
tendem a especificar a maneira como a empresa
administrará os negócios e consolidar relações
com fornecedores, clientes e outras pessoas
envolvidas.
CÓDIGO DE ÉTICA
É um instrumento criado para orientar o
desempenho de empresas em suas ações e na
interação com seu diversificado público.
O sucesso da empresa depende das pessoas que a
compõe, pois são elas que transformam os
objetivos, metas, projetos e até mesmo a ética em
realidade. Por isso é importante o
comprometimento do indivíduo com o código de
ética.
o conceito de ética empresarial ou
organizacional (ou ainda de ética nos
negócios) tem a ver com este processo de
inserção. A empresa ou entidade deve estar
presente de forma transparente e buscando
sempre contribuir para o desenvolvimento
comunitário, praticando a cidadania e a
responsabilidade social.
A ética social se pratica internamente,
recrutando e formando profissionais e executivos
que compartilham desta filosofia, privilegiando a
diversidade e o pluralismo, relacionando-se de
maneira democrática com os diversos públicos,
adotando o consumo responsável, respeitando as
diferenças, cultivando a liberdade de expressão e
a lisura( Franqueza) nas relações comerciais.
Valer-se do abuso econômico, constranger
adversários que exprimem idéias distintas,
desrespeitar os funcionários, impondo-lhes
condições adversas de trabalho, agredir o meio
ambiente, não priorizar a qualidade na fabricação
de produtos ou na prestação de serviços e usar
procedimentos escusos para obter vantagens a
todo custo (corrupção, manipulação de balanços,
formação de cartéis etc) são alguns destes desvios
que afastam a empresa de sua verdadeira função
social.
“ A ética não é um valor acrescentado, mas
intrínseco da atividade econômica e empresarial,
pois esta atrai para si uma grande quantidade de
fatores humanos e os seres humanos conferem ao
que realizam, inevitavelmente, uma dimensão
ética”. Ser ético não significa conduzir-se
eticamente quando for conveniente, mas o tempo
todo.
CODIGO DE ÉTICA DA ECT.
O presente código irá discorrer sobre os seguintes pontos:
CAPÍTULO I
Do Objetivo
CAPÍTULO II
Da Abrangência
CAPÍTULO III
Dos Princípios Fundamentais
CAPÍTULO IV
Das Relações no Ambiente de Trabalho
CAPÍTULO V
Das Relações com os Clientes
CAPÍTULO VI
Das Relações com os Fornecedores, Parceiros e outras
Instituições
CAPÍTULO VII
Das Relações com o Governo
CAPÍTULO VIII
Das Relações com a Sociedade
CAPÍTULO IX
Das Relações com os Concorrentes
CAPÍTULO X
Da Comissão Setorial de Ética
CAPÍTULO XII
Da Gestão do Código de Ética
CAPÍTULO XIII
Do Cumprimento do Código
CAPÍTULO XIV
Da Vigência
INSATISFAÇÃO COM A CONDUTA ÉTICA NO
SERVIÇO PÚBLICO
A insatisfação com a conduta ética no serviço público é
um fato que vem sendo constantemente criticado pela
sociedade brasileira. O país enfrenta o descrédito da
opinião pública a respeito do comportamento dos
administradores públicos e da classe política em todas
as suas esferas: municipal, estadual e federal. A partir
desse cenário, é natural que a expectativa da sociedade
seja mais exigente com a conduta daqueles que
desempenham atividades no serviço e na gestão de bens
públicos.
A falta de ética, tão criticada pela sociedade, na
condução do serviço público por administradores e
políticos, generaliza a todos, colocando-os no
mesmo patamar, além de constituir-se em uma visão
imediatista. Com referência ao gerenciamento dos
recursos financeiros, têm-se notícia, em todas as
esferas de governo, de denúncias sobre desvio de
verbas públicas, envolvendo administradores
públicos e políticos em geral.
Refletindo sobre a questão, acredita-se que
uma alternativa, para o governo, poderia ser a
oferta à sociedade de ações educativas de boa
qualidade, nas quais os indivíduos pudessem ter,
desde o início da sua formação, valores
arraigados(enraizados) e trilhados na moralidade.
As leis, além de normatizarem determinado
assunto, trazem, em seu conteúdo, penalidades de
advertência, suspensão e reclusão do servidor
público que infringir dispositivos previstos na
legislação vigente.
Uma das mais comentadas na atualidade é a
Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece
normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal.
Os códigos lembram aos funcionários
que estes devem agir com dignidade,
decoro, zelo e eficácia, para preservar a
honra do serviço público.
Também, é dever do servidor ser rápido,
assíduo, leal, correto e justo, escolhendo
sempre aquela opção que beneficie o maior
número de pessoas.
Os códigos discorrem, ainda, sobre as
obrigações, regras, cuidados e cautelas que
devem ser observadas para cumprimento do
objetivo maior que é o bem comum, prestando
serviço público de qualidade à população.
Também, destacasse nos códigos que a função
do servidor deve ser exercida com transparência,
competência, seriedade e compromisso com o
bem estar da coletividade.
Criada pelo Presidente da República em maio
de 2000, a Comissão de Ética Pública entende
que o aperfeiçoamento da conduta ética
decorreria da explicitação de regras claras de
comportamento e do desenvolvimento de uma
estratégia específica para a sua implementação.
Do ponto de vista da Comissão de Ética
Pública, a repressão, na prática, é quase sempre
ineficaz. O ideal seria a prevenção, através de
identificação e de tratamento específico, das
áreas da administração pública em que
ocorressem, com maior freqüência, condutas
incompatíveis com o padrão ético almejado para
o serviço público.
ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
A prática da ética nas organizações vem se
caracterizando por manifestações concretas,
dentre as quais destacamos:
 Filosofia Empresarial - clara conceituação
de missão, princípios e orientações.
 Comitê de Ética - grupo definidor e de
controle de políticas e estratégias.
 Credos - divulgação das crenças institucionais
para funcionários e clientes.
 Códigos - coletânea de preceitos sobre
comportamentos.
 Ombudsman - ouvidores ao alcance dos clientes
para atenderem aos seus reclamos .
 Auditorias Éticas - avaliações periódicas sobre
condutas empresariais.
 Linhas Diretas - circuito aberto à críticas,
reclamações e sugestões.
 Programas Educacionais - aproximação da
empresa com seus públicos através de iniciativas
que eduquem.
 Balanço Social - divulgação dos investimentos
da empresa em benefício do público interno e da
comunidade.
Existe quando à intensidade do interesse
de uma pessoa por determinado bem se
opõe a intensidade do interesse de outra
pessoa pelo mesmo bem; Também podemos
dizer que o conflito de interesse existe
sempre que dois ou mais indivíduos
compartilham recursos escassos.
Outro conflito que muito ocorre e o de pontos
de vistas sobre determinado assunto, este
acontece muitas das vezes devido as próprias
características pessoais de cada um como;
personalidade, valores, cultura, etc. Que
apresentam diante de determinados assuntos com
uma opinião totalmente diferenciada das demais
pessoas, devido ao conceito de moral e ética que
consideram validas.
Vamos agora estudar o código de Ética
dos Correios.
O presente código de ética é dividido da
seguinte maneira:
 Foi dividido em 14 capítulos; e

 Na totalidade possui 28 Artigos.


O primeiro capitulo deste código faz
referência ao objetivo de sua aplicação.
Art. 1º. O presente Código visa nortear o relacionamento
entre os empregados dos Correios e toda a sua cadeia de valor, no
esforço de gerar um compromisso mútuo alinhado à adoção de
uma postura transparente que envolva a valorização da ética,
contribuindo para a credibilidade da ECT perante a sociedade.
Parágrafo Único. Reúne princípios e valores que retratam a
identidade da Empresa como um todo, estimulando o
comportamento ético nos Correios, para que o maior número de
pessoas o adote e o siga como guia de conduta profissional e
pessoal.
No seu capitulo de número II, o presente
código faz agora referência a sua abrangência.

Art. 2º. O Código de Ética da ECT


aplica-se aos empregados e colaboradores
da Empresa, estendendo-se a toda a sua
cadeia de relacionamentos.
No capitulo III, encontramos os princípios, da empresa ECT.
Dentre os quais destacamos:
Art. 3º. Dentro de sua planificação estratégica, os Correios
valorizam:
 I. a satisfação dos clientes;

 II. o respeito aos seus empregados;

 III. a ética nos relacionamentos;

 VI. a responsabilidade social;


 VIII. o bom relacionamento com parceiros, fornecedores, clientes e
concorrentes;
 XII. a preservação do meio ambiente.
 XIII. a responsabilidade pública e a cidadania,
com apoio às ações comunitárias, à saúde, à
cultura, à educação e ao esporte;
 XIV. a observância à legislação vigente.
No capitulo IV, encontramos as orientações de como deve
ser o relacionamento entre as pessoas no ambiente de
trabalho.
Art. 4º. Os Correios, seus empregados e colaboradores devem
contribuir para a criação e a manutenção de um ambiente de
trabalho seguro e saudável.
Art. 5º. Os profissionais dos Correios devem exercer as suas tarefas
com cortesia, lealdade, dedicação, honestidade, espírito de justiça,
cooperação, responsabilidade e zelar pela imagem da Empresa, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, condição social ou
quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 6º. Os Correios consideram que a vida particular dos
seus empregados e colaboradores é assunto pessoal
destes, e não deve sofrer interferência, desde que não
cause prejuízo à imagem e às atividades da Empresa.
Art. 11. Os empregados e colaboradores com acesso a
informações sigilosas e a recursos tecnológicos, a
exemplo de Internet, Intranet, Softwares e produtos
similares, devem assegurar que tais elementos não sejam
manuseados ou divulgados de forma inadequada.
O capitulo V, destaca a relação com os clientes;
Art. 13. Os clientes precisam ser atendidos com cortesia
e respeito, sendo orientados sobre possibilidades de
realização de serviços, preços, prazos e suas
características, com total clareza, presteza e
transparência.
Art. 14. As reclamações, críticas e sugestões formuladas
pelos clientes devem ser respondidas com rapidez e
precisão, respeitando-se os seus direitos.
No capítulo VI, irá falar Das Relações com os
Fornecedores, Parceiros e outras Instituições.
Art. 15. As relações entre os Correios, empresas
prestadoras de serviço e fornecedores devem ser
reguladas por meio de contratos oriundos de
procedimentos imparciais e transparentes.
Art. 17. Os empregados e colaboradores não devem
aceitar vantagens (que não sejam produto de sua
remuneração), a título de ajuda financeira,
comissão ou doação.
Vamos destacar o capitulo IX, que determina
a forma da relação com os seus concorrentes.
Art. 21. A concorrência deve ser pautada na
lealdade e no respeito às regras e critérios de
mercado.
Art. 22. Os profissionais dos Correios devem
respeitar a imagem dos concorrentes obtendo e
fornecendo informações lícitas e mantendo o
sigilo necessário.
Art. 23. Os profissionais dos Correios devem
tratar os concorrentes com o mesmo respeito com
que a Empresa espera ser tratada.

Os demais capítulos e artigos não citados


acima deverão ser estudados, qualquer dúvida ou
pergunta, façam na próxima aula.
Vamos agora estudar a Lei Postal, a seguinte
lei é dividida da seguinte forma:

 É composta por Títulos, que ao todo são VI;


 E artigos que somam ao final, 49art.

No conteúdo destes Artigos iremos encontrar


as várias funções desempenhadas pelos Correios e
as formas de como devem ser prestadas, pela
empresa e por seus funcionários.
LEI Nº 6.538, DE 22 DE JUNHO DE 1978 Dispõe sobre os Serviços
Postais.
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º - Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes ao
serviço postal e ao serviço de telegrama em todo o território do País,
incluídos as águas territoriais e o espaço aéreo, assim como nos
lugares em que princípios e convenções internacionais lhes
reconheçam extraterritorialidade.
Parágrafo único - O serviço postal e o serviço de telegrama
internacionais são regidos também pelas convenções e acordos
internacionais ratificados ou aprovados pelo Brasil.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º - O serviço postal e o serviço de telegrama são explorados pela União,
através de empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações.
§ 1º - Compreende-se no objeto da empresa exploradora dos serviços:
a) planejar, implantar e explorar o serviço postal e o serviço de telegrama;
b) explorar atividades correlatas;
c) promover a formação e o treinamento de pessoal sério ao desempenho de suas
atribuições;
d) exercer outras atividades afins, autorizadas pelo Ministério das Comunicações.
§ 3º - A empresa exploradora dos serviços,
atendendo a conveniências técnicas e
econômicas, e sem prejuízo de suas atribuições e
responsabilidades, pode celebrar contratos e
convênios objetivando assegurar a prestação dos
serviços, mediante autorização do Ministério das
Comunicações.
§ 4º - Os recursos da empresa exploradora dos serviços
são constituídos:
a) da receita proveniente da prestação dos serviços;
b) da venda de bens compreendidos no seu objeto;
c) dos rendimentos decorrentes da participação
societária em outras empresas;
d) do produto de operações de créditos;
e) de dotações orçamentárias;
f) de valores provenientes de outras fontes.
§ 6º - A empresa exploradora dos serviços
pode promover desapropriações de bens ou
direitos, mediante ato declamatório de sua
utilidade pública, pela autoridade federal.
Art. 3º - A empresa exploradora é obrigada a
assegurar a continuidade dos serviços,
observados os índices de confiabilidade,
qualidade, eficiência e outros requisitos fixados
pelo Ministério das Comunicações .
Art. 5º - O sigilo da correspondência é inviolável. Parágrafo
único - A ninguém é permitido intervir no serviço postal ou
no serviço de telegrama, salvo nos casos e na forma
previstos em lei.
Art. 6º - As pessoas encarregadas do serviço postal ou do
serviço de telegrama são obrigadas a manter segredo
profissional sobre a existência de correspondência e do
conteúdo de mensagem de que tenham conhecimento em
razão de suas funções.
Parágrafo único - Não se considera violação
do segredo profissional, indispensável à
manutenção do sigilo de correspondência a
divulgação do nome do destinatário de objeto
postal ou de telegrama que não tenha podido ser
entregue por erro ou insuficiência de endereço.
TÍTULO II
DO SERVIÇO POSTAL
Art. 7º - Constitui serviço postal o recebimento, expedição,
transporte e entrega de objetos de correspondência, valores e
encomendas, conforme definido em regulamento.
§ 1º - São objetos de correspondência:
a) carta;
b) cartão-postal;
c) impresso;
d) cecograma;
e) pequena-encomenda.
§ 2º - Constitui serviço postal relativo a valores:
a) remessa de dinheiro através de carta com valor
declarado;
b) remessa de ordem de pagamento por meio de vale-
postal;
c) recebimento de tributos, prestações, contribuições e
obrigações pagáveis à vista, por via postal.
§ 3º - Constitui serviço postal relativo a encomendas a
remessa e entrega de objetos, com ou sem valor
mercantil, por via postal.
Art. 8º - São atividades correlatas ao serviço postal:
I - venda de selos, peças filatélicas, cupões resposta
internacionais, impressos e papéis para
correspondência;
II - venda de publicações divulgando regulamentos,
normas, tarifas, listas de código de endereçamento e
outros assuntos referentes ao serviço postal.
III - exploração de publicidade comercial em objetos
correspondência.
Art. 9º - São exploradas pela União, em regime de
monopólio, as seguintes atividades postais:
I - recebimento, transporte e entrega, no território
nacional, e a expedição, para o exterior, de carta e
cartão-postal;
II - recebimento, transporte e entrega, no território
nacional, e a expedição, para o exterior, de
correspondência agrupada:
III - fabricação, emissão de selos e de outras fórmulas
de franqueamento postal.
§ 2º - Não se incluem no regime de monopólio:
a) transporte de carta ou cartão-postal, efetuado
entre dependências da mesma pessoa jurídica,
em negócios de sua economia, por meios
próprios, sem intermediação comercial;
b) transporte e entrega de carta e cartão-postal;
executados eventualmente e sem fins
lucrativos, na forma definida em regulamento.
Art. 10º - Não constitui violação de sigilo da
correspondência postal a abertura de carta:
I - endereçada a homônimo, no mesmo endereço;
II - que apresente indícios de conter objeto sujeito a
pagamento de tributos;
III - que apresente indícios de conter valor não
declarado, objeto ou substância de expedição, uso
ou entrega proibidos;
IV - que deva ser inutilizada, na forma
prevista em regulamento, em virtude de
impossibilidade de sua entrega e restituição.
Parágrafo único - Nos casos dos incisos II e
III a abertura será feita obrigatoriamente na
presença do remetente ou do destinatário.
Art. 12º - O regulamento disporá sobre as condições de aceitação,
encaminhamento e entrega dos objetos postais, compreendendo,
entre outras, código de endereçamento, formato, limites de peso,
valor e dimensões, acondicionamento, franqueamento e registro.
§ l.º - Todo objeto postal deve conter, em caracteres latinos e
algarismos arábicos e no sentido de sua maior dimensão, o nome
do destinatário e seu endereço completo.
§ 2º - Sem prejuízo do disposto neste artigo, podem ser usados
caracteres e algarismos do idioma do país de destino.
Art. 14º - O objeto postal, além de outras distinções que venham
a ser estabelecidas em regulamento, se classifica:
I - quanto ao âmbito:
a) nacional -postado no território brasileiro e a ele destinado.
b) internacional - quando em seu curso intervier unidade postal
fora da jurisdição nacional.
II - quanto à postagem:
a) simples - quando postado em condições ordinárias,
b) qualificado - quando sujeito a condição especial de
tratamento, quer por solicitação do remetente, quer por
exigência de dispositivo regulamentar.
III - quanto ao local de entrega:
a) de entrega interna - quando deva ser procurado e
entregue em unidade de atendimento da empresa
exploradora.
b) de entrega externa - quando deva ser entregue no
endereço indicado pelo remetente.
Art. 16º - Compete à empresa exploradora do serviço
postal definir o tema ou motivo dos selos postais, e
programar sua emissão, conservadas as disposições do
regulamento.
Art. 17º - A empresa exploradora ao serviço postal
responde, na forma prevista em regulamento, pela
perda ou danificação de objeto postal,
devidamente registrado, salvo nos casos de:
I - força maior;
II - confisco ou destruição por autoridade
competente;
III - não reclamação nos prazos previstos em
regulamento.
Art. 18º - A condução de malas postais é obrigatória em
veículos, embarcações e aeronaves em todas as empresas
de transporte, ressalvados os motivos de segurança,
sempre que solicitada por autoridade competente,
mediante justa remuneração, na forma da lei.
§ 1º - O transporte de mala postal tem prioridade logo após o
passageiro e respectiva bagagem.
§ 2º - No transporte de malas postais e malotes de
correspondência agrupada, não incide o imposto sobre
Transporte Rodoviário.
Art. 21º - Nos estabelecimentos bancários,
hospitalares e de ensino, empresas industriais e
comerciais, escritórios, repartições públicas,
associações e outros edifícios não residenciais de
ocupação coletivo, deve ser instalado,
obrigatoriamente, no recinto de entrada, em
pavimento térreo, local destinado ao recebimento
de objetos de correspondência.
Art. 24º - Na construção de terminais rodoviários,
ferroviários, marítimos e aéreos, a empresa
exploradora do serviço postal deve ser consultada
quanto à reserva de área para embarque,
desembarque e triagem de malas postais.
TÍTULO III
DO SERVIÇO DE TELEGRAMA
Art. 25º - Constitui serviço de telegrama o
recebimento, transmissão e entrega de mensagens
escritas, conforme definido em regulamento.

Art. 27º - O serviço público de telegrama é


explorado pela União em regime de monopólio.
Art. 29º - Não é aceito nem entregue telegrama que:
I - seja anônimo;
II - contenha dizeres injuriosos, ameaçadores, ofensivos à moral, ou
ainda, contrários à ordem pública e aos interesses do País;
III - possa contribuir para a perpetração de crime ou contravenção ou
embaraçar ação da justiça ou da administração;
IV - contenha notícia alarmante, reconhecidamente falsa;
V - Esteja em desacordo com disposições legais ou convenções e
acordos internacionais ratificados ou aprovados pelo Brasil.
Art. 31º - Para a constituição da rede de
transmissão de telegrama, é assegurada à empresa
exploradora do serviço de telegrama, a utilização
dos meios de telecomunicações das empresas
exploradoras de serviços públicos de
telecomunicações, bem como suas conexões
internacionais, mediante justa remuneração.
TÍTULO IV
DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS
Art. 32º - O serviço postal e o serviço de telegrama
são remunerados através de tarifas, de preços,
além de prêmios "ad valorem" com relação ao
primeiro, aprovados pelo Ministério das
Comunicações.
Art. 34º - É vedada a concessão de isenção ou
redução subjetiva das tarifas, preços e prêmios
"ad valorem", ressalvados os casos de calamidade
pública e os previstos nos atos internacionais
devidamente ratificados, na forma do disposto em
regulamento.
TÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO POSTAL
E O SERVIÇO DE TELEGRAMA FALSIFICAÇÃO DE
SELO,
FÓRMULA DE FRANQUEAMENTO OU VALE POSTAL.
Art. 36º - Falsificar, fabricando ou adulterando, selo, outra
fórmula de franqueamento ou vale-postal: Pena: reclusão,
até oito anos, e pagamento de cinco a quinze dias-multa.
Art. 37º - Suprimir, em selo, outra fórmula de franqueamento
ou vale- postal, quando legítimos, com o fim de torná-los
novamente utilizáveis; carimbo ou sinal indicativo de sua
utilização: Pena: reclusão, até quatro anos, e pagamento de
cinco a quinze dias multa.
Art. 38º - Fabricar, adquirir, fornecer, ainda que gratuitamente,
possuir, guardar, ou colocar em circulação objeto especialmente
destinado à falsificação de selo, outra fórmula de franqueamento ou
vale-postal. Pena: reclusão, até três anos, e pagamento de cinco a
quinze dias-multa.
Art. 40º - Devassar indevidamente o conteúdo de
correspondência fechada dirigida a outrem: Pena:
detenção, até seis meses, ou pagamento não
excedente a vinte dias-multa.
SONEGAÇÃO OU DESTRUIÇÃO DE
CORRESPONDÊNCIA
§ 1º - Incorre nas mesmas penas quem se apossa
indevidamente de correspondência alheia, embora
não fechada, para sonegá-la ou destruí-la, no todo ou
em parte.
QUEBRA DO SEGREDO PROFISSIONAL
Art. 41º - Violar segredo profissional, indispensável à manutenção do sigilo da
correspondência mediante:
I - divulgação de nomes de pessoas que mantenham, entre si, correspondência;
II - divulgação, no todo ou em parte, de assunto ou texto de correspondência
de que, em razão ao oficio, se tenha conhecimento;
III - revelação do nome de assinante de caixa postal ou o número desta,
quando houver pedido em contrario do usuário;
IV - revelação do modo pelo qual ou do local especial em que qualquer pessoa
recebe correspondência ; Pena: detenção de três meses a um ano, ou
pagamento não excedente a cinqüenta dias-multa.
PESSOA JURÍDICA
Art. 44º - Sempre que ficar caracterizada a vinculação de pessoa
jurídica em crimes contra o serviço postal ou serviço de telegrama, a
responsabilidade penal incidirá também sobre o dirigente da
empresa que, de qualquer modo tenha contribuído para a pratica do
crime.
REPRESENTAÇÃO
Art. 45º - A autoridade administrativa, a partir da data em que tiver
ciência da prática de crime relacionado com o serviço postal ou com
o serviço de telegrama, é obrigada a representar, no prazo de 10
(dez) dias, ao Ministério Público Federal contra o autor ou autores
do ilícito penal, sob pena de responsabilidade.
PROVAS DOCUMENTAIS E PERICIAIS
Art. 46º - O Ministério das Comunicações colaborará
com a entidade policial, fornecendo provas que
forem colhidas em inquéritos ou processos
administrativos e, quando possível, indicando
servidor para efetuar perícias e acompanhar os
agentes policiais em suas diligências.
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
providências.
A presente lei irá em todo o seu conteúdo normativo,
trata sobre o relacionamento entre consumidor e
empresas, diante das relações de consumo no
mercado.considerando sempre o consumidor como
alguém vulnerável perante as relações de consumo, de
bens e serviços.
Diante das outras leis aqui estudados por nós esta
pode ser considerada a mais extensa e fundamental para
o nosso concurso, pois de maneira geral irá trata de todos
os assuntos, códigos e leis, já antes estudadas.
O CDC, como é conhecida popularmente, a lei de
defesa do consumidor, se encontra dividida da seguinte
forma:
 Em títulos;
 Capítulos;
 Seções; e
 Artigos.
TÍTULO I
Dos Direitos do Consumidor
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade
de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja
intervindo nas relações de consumo.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem,
criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou
imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no
mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
CAPÍTULO II
Da Política Nacional de Relações de Consumo
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo
tem por objetivo o atendimento das necessidades dos
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e
segurança, a proteção de seus interesses econômicos,
a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a
transparência e harmonia das relações de consumo,
atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela
Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no
mercado de consumo;
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o
consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações
representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões
adequados de qualidade, segurança, durabilidade e
desempenho.
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios
eficientes de controle de qualidade e segurança de
produtos e serviços, assim como de mecanismos
alternativos de solução de conflitos de consumo;
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos
praticados no mercado de consumo, inclusive a
concorrência desleal e utilização indevida de
inventos e criações industriais das marcas e nomes
comerciais e signos distintivos, que possam causar
prejuízos aos consumidores;
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das
Relações de Consumo, contará o poder público
com os seguintes instrumentos, entre outros:
I - manutenção de assistência jurídica, integral e
gratuita para o consumidor carente;
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa
do Consumidor, no âmbito do Ministério
Público;
Em se tratando da Política Nacional de relações
de consumo, o artigo 5º vem a finalizar esse assunto
aqui abordado. Diante do capitulo III, iremos nos
referir aos direitos básicos dos consumidores, que é
tratado no 6º artigo ao todo são nove os seus direitos
como consumidor nas relações de consumo como
veremos a seguir.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os
riscos provocados por práticas no fornecimento
de produtos e serviços considerados perigosos ou
nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo
adequado dos produtos e serviços, asseguradas a
liberdade de escolha e a igualdade nas
contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes
produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, características, composição, qualidade e
preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais,
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou
impostas no fornecimento de produtos e serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão
em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais
e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a
proteção Jurídica, administrativa e técnica aos
necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos,
inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do
juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;
IX - (Vetado);
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços
públicos em geral.
CAPÍTULO IV
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da
Reparação dos Danos
SEÇÃO I
Da Proteção à Saúde e Segurança
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de
consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis
em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações
necessárias e adequadas a seu respeito.
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no
mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou
deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou
periculosidade à saúde ou segurança.
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que,
posteriormente à sua introdução no mercado de
consumo, tiver conhecimento da periculosidade que
apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às
autoridades competentes e aos consumidores, mediante
anúncios publicitários.
SEÇÃO II
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
estrangeiro, e o importador respondem,
independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem,
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento
de seus produtos, bem como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a
segurança que dele legitimamente se espera, levando-se
em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
quais:
I - sua apresentação;
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi colocado em circulação.

§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de


outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.
SEÇÃO III
Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo
duráveis ou não duráveis respondem solidariamente
pelos vícios de qualidade ou quantidade que os
tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que
se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como
por aqueles decorrentes da disparidade, com a
indicações constantes do recipiente, da embalagem,
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as
variações decorrentes de sua natureza, podendo o
consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de
trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma
espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do §
1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem,
poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou
modelo diversos, mediante complementação ou restituição de
eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos
incisos II e III do § 1° deste artigo.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados,
falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde,
perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas
regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por
objetivo a reparação de qualquer produto considerar-se-á
implícita a obrigação do fornecedor de empregar
componentes de reposição originais adequados e novos,
ou que mantenham as especificações técnicas do
fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em
contrário do consumidor.
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou
serviço independe de termo expresso, vedada a
exoneração contratual do fornecedor.
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de
cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a
obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções
anteriores.
§ 1° Havendo mais de um responsável pela
causação do dano, todos responderão
solidariamente pela reparação prevista nesta e nas
seções anteriores.
SEÇÃO IV
Da Decadência e da Prescrição
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou
de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e
de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de
serviço e de produtos duráveis.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo
consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços
até a resposta negativa correspondente, que deve ser
transmitida de forma inequívoca;
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial
inicia-se no momento em que ficar evidenciado o
defeito.
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à
reparação pelos danos causados por fato do
produto ou do serviço prevista na Seção II deste
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a
partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
SEÇÃO V
Da Desconsideração da Personalidade Jurídica
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade
jurídica da sociedade quando, em detrimento do
consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder,
infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos
estatutos ou contrato social. A desconsideração também
será efetivada quando houver falência, estado de
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa
jurídica provocados por má administração.
CAPÍTULO V
Das Práticas Comerciais
SEÇÃO II
Da Oferta
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços
devem assegurar informações corretas, claras, precisas,
ostensivas e em língua portuguesa sobre suas
características, qualidades, quantidade, composição, preço,
garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados,
bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e
segurança dos consumidores.
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou
reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e
endereço na embalagem, publicidade e em todos os
impressos utilizados na transação comercial.
Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e
serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao
consumidor que a origina
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar
cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o
consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da
oferta, apresentação ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia
eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos.
SEÇÃO III
Da Publicidade
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo,
mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da
natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e
quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza,
a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da
deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores
ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de
forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
SEÇÃO IV
Das Práticas Abusivas
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços,
dentre outras práticas abusivas:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como,
sem justa causa, a limites quantitativos;
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação
prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos
remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese
prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis,
inexistindo obrigação de pagamento.
SEÇÃO V
Da Cobrança de Dívidas
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor
inadimplente não será exposto a ridículo, nem será
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou
ameaça.
CAPÍTULO VI
Da Proteção Contratual
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo
não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a
oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu
conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem
redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu
sentido e alcance.
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de
7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento
do produto ou serviço, sempre que a contratação de
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a
domicílio.
SEÇÃO II
Das Cláusulas Abusivas
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços
que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a
responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer
natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia
ou disposição de direitos.
Nas relações de consumo entre o fornecedor e o
consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser
limitada, em situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso
da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
SEÇÃO III
Dos Contratos de Adesão
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido
aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas
unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que
o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu
conteúdo.
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza
de adesão do contrato.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde
que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-
se o disposto no § 2° do artigo anterior.
Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor
ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções
administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal
e das definidas em normas específicas:
I - multa;
II - apreensão do produto;
III - inutilização do produto;
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão
competente;
Dentre outras sanções.
TÍTULO II
Das Infrações Penais
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de consumo
previstas neste código, sem prejuízo do disposto no
Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos
artigos seguintes.
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a
nocividade ou periculosidade de produtos, nas
embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e
aos consumidores a nocividade ou periculosidade de
produtos cujo conhecimento seja posterior à sua
colocação no mercado:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar
de retirar do mercado, imediatamente quando
determinado pela autoridade competente, os produtos
nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os
crimes referidos neste código, incide as penas a esses
cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o
diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o
fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção
em depósito de produtos ou a oferta e prestação de
serviços nas condições por ele proibidas.
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes
tipificados neste código:
I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou
por ocasião de calamidade;
II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
TÍTULO III
Da Defesa do Consumidor em Juízo
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e
das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou
a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar
de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza
indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas
e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza
indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim
entendidos os decorrentes de origem comum.
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou determinará providências que
assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento.
§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente
será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a
tutela específica ou a obtenção do resultado prático
correspondente.
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo
da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não
haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários
periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação
da associação autora, salvo comprovada má-fé, em
honorários de advogados, custas e despesas processuais.
Parágrafo único. Em caso de litigância(questionar em
juizo) de má-fé, a associação autora e os diretores
responsáveis pela propositura da ação serão
solidariamente condenados em honorários advocatícios e
ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade
por perdas e danos.
CAPÍTULO II
Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses
Individuais Homogêneos
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão
propor, em nome próprio e no interesse das vítimas
ou seus sucessores, ação civil coletiva de
responsabilidade pelos danos individualmente
sofridos, de acordo com o disposto nos artigos
seguintes. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de
21.3.1995)
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará
sempre como fiscal da lei.
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é
competente para a causa a justiça local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano,
quando de âmbito local;
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal,
para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se
as regras do Código de Processo Civil aos casos de
competência concorrente.
Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos
legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas
indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação,
sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções. (Redação dada
pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
§ 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças
de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou não do
trânsito em julgado.
§ 2° É competente para a execução o juízo:
I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de
execução individual;
II - da ação condenatória, quando coletiva a execução.
CAPÍTULO III
Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos
e Serviços
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor
de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos
Capítulos I e II deste título, serão observadas as
seguintes normas:
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código poderão
propor ação visando compelir o Poder Público competente a
proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação
distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na
composição, estrutura, fórmula ou acondicionamento de produto,
cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso à
saúde pública e à incolumidade pessoal.
CAPÍTULO IV
Da Coisa Julgada
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença
fará coisa julgada:
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá
intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova
prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo
improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso
anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do
parágrafo único do art. 81;
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para
beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso
III do parágrafo único do art. 81.
TÍTULO IV
Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
TÍTULO V
Da Convenção Coletiva de Consumo
TÍTULO VI
Disposições Finais

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