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Ludwig van
Beethoven
(Compositor Erudito Alemão, 1770—1827)
Cleópatra, não sei escrever cartas
Nunca escrevi nenhuma carta de amor o
que não significa que
não tenha amado.
Se alguma vez amei a sério . Não sei. O que é amar a
sério?
Mas se o tivesse feito teria escrito uma carta como esta por
exemplo
que aqui lhe deixo para juntar às restantes que aqui tem,
qual delas a melhor, a mais sentida, a mais vivida. Pobre
de mim que não lhe sei deixar uma da minha autoria. (…)
“Não passo um dia sem te desejar, nem uma noite sem te
apertar, nos meus braços; não tomo uma chávena de chá
sem amaldiçoar a glória e a ambição que me mantêm
afastado da vida da minha vida. No meio das mais sérias
tarefas, enquanto percorro o campo à frente das tropas, só
a minha adorada Josefina me ocupa o espírito e coração,
absorvendo-o por completo o pensamento. Se me afasto de
ti com a rapidez da torrente de Ródano, é para tornar a
ver-te o mais cedo possível. Se me levanto a meio da noite
para trabalhar, é no intuito de abreviar a tua vinda, minha
amada. (…) Enfada-me não te chamar pelo teu nome, mas
Minha querida kitty:
Cheguei são e salvo, excepto pelo vazio do meu
coração, que tu provocaste, como uma querida e
encantadora desmazelada que és. E agora, minha
querida, querida rapariga! Deixa-me assegurar-te da
mais verdadeira amizade por ti, que alguma vez um
homem teve por uma mulher. Agradeço-te a amável
prova que me deste do teu amor, e do teu desejo de
amaciar o meu coração, negando-te a quem sabes,
enquanto me sinto tão triste por estar separado da
minha querida, querida Kitty (...). Tenho tanta fé e
confiança em ti como se estivesse à tua ilharga –
pudesse, por Deus, ser neste momento! Mas estou
sentado sozinho e solitário no meu quarto (dez da
noite, depois do teatro) e daria um guinéu por uma
carícia da tua mão. Envio a minha alma
constantemente para ver como estás — pudesse
também enviar o meu corpo. Adieu! Querida e gentil
rapariga, e crê-me sempre como teu amável amigo, e o
OH COMO GOSTARIA DE PASSAR
METADE DO DIA ajoelhado aos teus pés, com a
cabeça no teu regaço, sonhando belos sonhos,
contando-te os meus pensamentos com langor,
em enlevo, por vezes em silêncio, mas beijando o
teu robe!... Ó minha bem amada Eva, dia dos
meus dias, luz das minhas noites, minha
esperança, minha adorada, minha inteiramente
amada, minha única querida, quando te verei? É
tudo uma ilusão? Ter-te-ei visto? Oh deuses!
Como amo a tua pronúncia, ligeiramente
carregada (…) Ah! Respirar no teu cabelo, pegar
na tua mão, apertar-te nos meus braços - é destas
coisas que retiro a minha coragem! (…) Um beijo,
meu anjo da terra, um beijo saboreado
lentamente, e boa noite!