Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
http://cencaestamosnos.blogspot.pt/2013/11/lisboa-e-sua-lenda.html
OS LUSADAS
No Canto VIII dOs Lusadas, Paulo da
Gama relata ao Catual de Calecute alguns
episdios da Histria de Portugal,
iniciando a sua narrao com uma
referncia a Luso, donde a Fama / O
nosso Reino Lusitnia chama (estrofe 2).
Nas estrofes 4 e 5 do mesmo canto, alude
lenda da fundao de Lisboa por Ulisses.
V (NAS BANDEIRAS)
OUTRO HERI QUE PISA A
TERRA DO TEJO DEPOIS
DE UM LONGO PERCURSO
OS LUSADAS NO MAR, EDIFICANDO A
Vs outro, que do Tejo a terra pisa, MURALHAS ETERNAS E
Depois de ter to longo mar arado, LEVANTANDO UM
TEMPLO EM HONRA DE
Onde os muros perptuos edifica,
PALAS (ATENA OU
E templo a Palas, que em memria fica?
MINERVA, DEUSA DA
SABEDORIA), QUE
Ulisses , o que faz a santa casa, PERMANECE NA
Deusa que lhe d lngua facunda, MEMRIA.
Que, se l na sia Troia insigne abrasa, E ESCLARECE QUE SE
C na Europa Lisboa ingente funda. TRATA DE ULISSES, QUE
ERIGIU O TEMPLO
Os Lusadas, Canto VIII, est. 4-5 DEUSA A QUEM DEVE A
SUA ELOQUNCIA E QUE,
SE L NA SIA DESTRUIU
1. A tese e o paradoxo
A tese: O mito o nada que tudo.
O paradoxo: oposio inconcilivel de dois
pronomes indefinidos, o primeiro com um valor
nominal (o nada / tudo), para definir o mito.
O nada: o mito no tem existncia real.
Tudo: o mito reveste-se de uma importncia
fulcral; no sendo nada, ou melhor, sendo o
nada (uma inexistncia substancial),
fundador da prpria realidade.
Exegese pessoana
Dizia Fernando Pessoa que Portugal devia procurar a sua
prpria alma na tradio dos romances de cavalaria,
onde passa, prxima ou remota, a Tradio Secreta do
Cristianismo [...], a Demanda do Santo Graal. Todas essas
coisas, necessariamente dadas em mistrio, representam
a verdade ntima da alma, a conversao com os
smbolos.
Fernando Pessoa, Sobre Portugal. Introduo ao Problema Nacional, Lisboa, 1978, pp. 177-178.