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O documento discute a aplicação do controle estatístico de processo na indústria farmacêutica para garantir a qualidade dos medicamentos. Ele apresenta exemplos de como cartas de controle foram usadas para validar processos de compressão de comprimidos, envase de xarope e enchimento de suspensões parenterais, monitorando parâmetros como peso, dureza e teor de princípio ativo.
Исходное описание:
Por Emanoel e Yago, estudantes da Universidade Estadual da Paraíba
O documento discute a aplicação do controle estatístico de processo na indústria farmacêutica para garantir a qualidade dos medicamentos. Ele apresenta exemplos de como cartas de controle foram usadas para validar processos de compressão de comprimidos, envase de xarope e enchimento de suspensões parenterais, monitorando parâmetros como peso, dureza e teor de princípio ativo.
O documento discute a aplicação do controle estatístico de processo na indústria farmacêutica para garantir a qualidade dos medicamentos. Ele apresenta exemplos de como cartas de controle foram usadas para validar processos de compressão de comprimidos, envase de xarope e enchimento de suspensões parenterais, monitorando parâmetros como peso, dureza e teor de princípio ativo.
Qumica Industrial Campina grande PB Controle de Qualidade
Docente: Prof. Dra. Simone Simes
Discentes: Jos Yago Rodrigues Silva
Emanoel Carvalho APLICAO DO CONTROLE ESTATSTICO DE PROCESSO NA INDSTRIA FARMACUTICA Lima, A.A.N.; Lima, J.R.; Silva, J.L.; Alencar, J.R.B.; Soares-Sobrinho, J.L.; Lima, L.G.; Rolim-Neto, P.J. Laboratrio de Tecnologia dos Medicamentos, LTM, Departamento de Cincias Farmacuticas, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, Recife, PE, Brasil. Laboratrio Farmacutico do Estado de Pernambuco S/A, LAFEPE, Recife, PE, Brasil. Centro de Tecnologia, Escola de Qumica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Dinmica das boas prticas de fabricao e controle dentro de uma indstria Farmacutica A ateno rigorosa aos requisitos de Boas Prticas de Fabricao (BPF) de medicamentos tem colocado as empresas sob vigilncia constante no que concerne aos seus sistemas de qualidade.
As BPF so aplicveis a todas as operaes
envolvidas na fabricao de medicamentos.
As operaes envolvidas na fabricao de
medicamentos, e o cumprimento das BPF est dirigido primeiramente para a diminuio dos riscos inerentes a qualquer etapa da produo de uma forma farmacutica. Processo um conjunto de causas que provoca um ou mais efeitos (Campos, 1992) ou qualquer atividade que recebe uma entrada, agrega-lhe valor e gera uma sada para um cliente interno ou externo, fazendo uso dos recursos da organizao para gerar resultados concretos (Harrington, 1993). A Agencia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) adota a garantia de qualidade para o medicamento, que consiste no acompanhamento de todo o processo desde a aquisio de uma matria-prima farmacutica pelo fabricante at sua transformao em um produto acabado disposio do consumidor (Nunes et al.,2005). A utilizao de mtodos estatsticos no garante a soluo de todos os problemas de um processo, porm uma maneira racional, lgica e organizada de determinar onde eles existem, sua extenso e a forma de solucion los. (Chambers & Wheeler, 1992;Carneiro Neto 2003; Moreira, 2004). Controle Estatstico de Processo (CEP)
Um conjunto de ferramentas de monitoramento
on-line da qualidade;
Abrange a coleta, a anlise e a interpretao de dados
com a finalidade de resolver um problema em particular (Paranthaman, 1990);
A idia principal do CEP melhorar os processos
de produo com menos variabilidade proporcionando nveis melhores de qualidade nos resultados da produo. A eficcia da utilizao do CEP baseia-se no seguinte conceito: se um processo ocorre sob condies conhecidas e estas so cuidadosamente mantidas, este processo estar sujeito apenas aos efeitos de Causas Comuns - que definem a posio e a disperso do processo, configurando-se por uma Distribuio Normal. Assim, sendo um processo conhecido, pode-se prever toda sua ocorrncia (Pinton, 1997). Controle Estatstico de Processo (CEP)
Uma das mais poderosas metodologias desenvolvidas para
auxiliar no controle eficaz da qualidade;
Incorpora os conceitos de boas prticas de fabricao;
Diagnostica as possveis no-conformidades em todas as
etapas do processo. Cartas de Controle
Tm como objetivo detectar desvios de parmetros
representativos do processo, reduzindo a quantidade de produtos fora de especificaes e os custos de produo;
Sua utilizao pressupe que o processo seja estatisticamente
estvel;
Os grficos de controle representam uma das tcnicas estatsticas
que servem de apoio ao controle da qualidade de um processo, fornecendo evidncias de suas variaes tanto de carter aleatrio quanto de carter determinvel. Cartas de Controle
importante destacar que um grfico de controle
no permite a identificao de quais so as causas especiais de variao que esto atuando em um processo fora de controle estatstico, mas ele processa e dispe informaes que podem ser utilizadas na identificao destas causas (Werkema, 1995). Cartas de Controle Cartas de Controle
Existem dois tipos bsicos de cartas de controle de qualidade: as
cartas baseadas em variveis e as cartas baseadas em atributos;
Alguns exemplos das cartas baseadas em atributos so os grficos
de controle para o nmero de peas cujos dimetros no satisfazem s especificaes;
As cartas por variveis baseiam-se na distribuio contnua das
medies que podem de certa forma medir o grau de aceitabilidade ou a no aceitabilidade;
Os controles de variveis so aqueles que se baseiam em medidas
das caractersticas de qualidade (Carneiro Neto, 2003). Cartas de Controle
O controle da mdia do processo ou usualmente
feito atravs do grfico de controle para mdias, ou grfico de x. A variabilidade do processo pode ser monitorada tanto atravs do grfico de controle para o desvio padro, chamado grfico S como para o grfico de amplitude, chamado grfico R. A diferena bsica entre os grficos S e R que o primeiro se aplica a casos onde o nmero de amostras moderadamente grande. Cartas de Controle
As cartas de controle so teis para realar os
valores dos parmetros analisados que permitem verificar a variao no lote ou entre lotes, por acompanhamento da variao da mdia de uma especificao, como seja a dureza de um comprimido ou o doseamento de uma substncia ativa (Lachman et al., 2001). Cartas de Controle
Segundo Montgomery (2004), quando existem mltiplos
parmetros do processo e que so monitorados simultaneamente, os grficos de controle tambm conhecidos como univariados no mais devem ser utilizados, pois, as vrias caractersticas de qualidade podem apresentar correlaes entre si, o que prejudica o desempenho destes para sinalizar uma falta de controle do processo. Estabilidade do Processo
A anlise dos grficos de controle permite que se
determine se um dado processo estvel, ou seja, se no h presena de causas especiais de variao atuando sobre o Mesmo;
Um processo estvel ou sob controle estatstico
apresenta previsibilidade, todavia possvel que mesmo um processo com variabilidade e conjeturada produza itens defeituosos ou no-conformes. Capacidade do Processo
Montgomery (2004) cita as principais utilizaes da anlise de
capacidade, isto , predizer at que ponto o processo manter as tolerncias:
auxiliar os elaboradores/planejadores do produto na seleo ou
modificao de um processo;
Especificar exigncias de desempenho para um equipamento
novo,
Planejar a seqncia de processos de produo quando h um
efeito interativo de processo sobre as tolerncias
Reduzir a variabilidade em um processo de fabricao.
Capacidade do Processo
A verificao da capacidade do processo em atender
com segurana as especificaes foi demonstrada pelo clculo do parmetro Cpk definido pelas equaes:
Se Cpk > 1 temos um processo capaz
APLICAO DO CEP NA INDSTRIA FARMACUTICA Estabilidade e Validao da fase de compresso de comprimidos (glibenclamida) (Alencar et al., 2004; 2005 b);
Foram utilizadas nos laboratrio observaes de controle de
processo relativo aos parmetros peso mdio, dureza, friabilidade, teor, uniformidade de contedo e dissoluo ao longo do tempo, utilizando metodologias farmacopicas especficas e validadas.
Para construo das cartas de controle, foram utilizados dados
retrospectivos de 24 lotes visando avaliar o estado de controle do processo e obteno dos limites de controle destes para utilizao dos mesmos nas produes futuras. Estabilidade e Validao da fase de compresso de comprimidos (glibenclamida) (Alencar et al., 2004; 2005 b);
Grfico de Controle da mdia para dureza dos comprimidos x o nmero de lotes.
Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005);
Cartas de Controle, Amplitude e Histogramas das mdias do
lote 01 Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005); Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005); Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005);
Cartas de Controle, Amplitude e Histogramas das mdias do
lote 02 Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005); Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005); Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005);
Cartas de Controle, Amplitude e Histogramas das mdias do
lote 05 Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005); Validao do processo de envase de xarope de salbutamol (Santos & Batista, 2005); Desempenho das mquinas de enchimento atravs da massa, de uma suspenso parenteral relativamente viscosa, em recipientes de dose mltipla (Lachman et al., 2001). Determinao do teor da substncia ativa em forma farmacutica slida oral (Ramos et al., 2006). Controle Estatstico de Processo Multivarivel: Aplicao produo de medicamentos na forma de comprimidos (Alencar et al., 2006).
Uma das limitaes dos grficos de controle de
Shewart que parte do pressuposto que as variveis estudadas no so influenciadas por outras variveis do processo.
Uma alternativa a esta limitao a utilizao de
grficos de controle multivariados onde o valor alvo no a mdia de cada varivel considerada isoladamente, mas um vetor da mdia de todas as variveis do processo e uma matriz de correlao entre estes parmetros. Consideraes Finais
Em todos os casos, o CEP demonstrou
estatisticamente que os processos necessitam de maior compreenso e estudo em busca da identificao e correo das diversas e diferentes causas das no conformidades apresentadas por estes. Consideraes Finais
Foram analisados retrospectivamente todos os
parmetros de controle, e mesmo alguns destes parmetros terem apresentados resultados satisfatrios, o processo foi considerado incapaz ou no passivo de validao. Consideraes Finais
No mbito da indstria farmacutica, o CEP uma
ferramenta simples em sua aplicao, capaz de permitir uma maior compreenso do processo, possibilitando muitas vezes rpidas aes de controle pelo pessoal de operao, rica nos resultados que pode apresentar sobre o comportamento do processo e apta a ser aplicada em vrios processos farmacuticos. Consideraes Finais
Profundo conhecimento do processo um fator
determinante nessa investigao, mas a completa utilizao desta ferramenta deve ser feita de forma investigativa, com o adjetivo de correo tornando a produo de medicamentos um procedimento seguro. Consideraes Finais
A utilizao do CEP na indstria farmacutica se
contrape a atual abordagem da especificao do produto, onde se compara os resultados a metas arbitrrias. Consideraes Finais
Apesar de todo o potencial que o CEP apresenta
para gerenciamento dos processos o seu uso por si s poder no surtir efeito algum tendo em vista que este passa pela consolidao da cultura do pensamento estatstico em todos os nveis hierrquicos das empresas. Referncias Bibliogrficas A nfase para buscar melhorias da qualidade deve ser concentrada em melhoramentos contnuos, atitudes que, promovidas continuamente, permitam reconhecer os problemas, priorizar aes corretivas, implant-las e dar seqncia a postura pr-ativa, agindo corretamente (Silva, 1999).