Вы находитесь на странице: 1из 15

Esquizofrenia

Psicopatologia I
Daniel F. Gontijo
Espectro da esquizofrenia e outros transtornos
associados
O espectro da esquizofrenia e outros transtornos associados inclui
esquizofrenia, outros transtornos psicóticos (p. ex., transtorno
esquizoafetivo, transtorno esquizofreniforme e transtorno delirante) e
transtorno da personalidade esquizotípica. Esses transtornos são definidos
por anormalidades em um ou mais dos cinco seguintes domínios: delírios,
alucinações, pensamento/discurso desorganizado, comportamento motor
grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo catatonia) e sintomas
negativos (p. ex., expressão emocional reduzida e isolamento social).
Esquizofrenia
Critérios diagnósticos
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade
significativa de tempo por um mês, e pelo menos um deles precisa ser (1), (2)
ou (3):

1. Delírios.
2. Alucinações.
3. Discurso desorganizado.
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.
5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou
avolia/abulia).

B. Por um período significativo de tempo desde o surgimento da


perturbação, o nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes
do funcionamento, como trabalho, relações interpessoais ou autocuidado,
está acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início.
Critérios diagnósticos
C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis
meses. Esses sintomas costumam ser aqueles do Critério A, mesmo que sua
apresentação seja atenuada (p. ex., crenças esquisitas, hipobulia e
experiências perceptivas incomuns).

D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar


com características psicóticas são descartados porque 1) não ocorreram
episódios depressivos maiores ou maníacos concomitantemente com os
sintomas da fase ativa, ou 2) se episódios de humor ocorreram durante os
sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve em relação aos período
ativo e residual da doença.
Critérios diagnósticos
E. A perturbação pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou à outra condição
médica.

F. Se há história de transtorno do espectro autista ou de um transtorno da


comunicação iniciado na infância, o diagnóstico adicional de esquizofrenia é
realizado somente se delírios ou alucinações proeminentes, além dos demais
sintomas exigidos de esquizofrenia, estão também presentes por pelo menos
um mês.
Características associadas
Além dos sintomas típicos (Critério A), indivíduos que apresentam
esquizofrenia podem também apresentar:

 Afeto inadequado (p. ex., rir na ausência de objeto apropriado);


 Problemas afetivos (i.e., depressão, ansiedade ou irritabilidade);
 Sono perturbado;
 Diminuição do apetite ou recusa de se alimentar;
 Desrealização, despersonalização ou preocupações somáticas
delirantes;
 Déficits cognitivos (p. ex., memória, funções executivas e cognição
social);
 Anosognosia (i.e., carência de insight/reconhecimento do
transtorno);
 Hostilidade/agressão (em poucos casos, e não explicado pelo
transtorno).
Prevalência
Estima-se que de 0,3 a 0,7% da população apresente esquizofrenia.

Diferenças de sexo
Homens têm a ser um pouco mais vulneráreis à esquizofrenia. Homens
apresentariam mais sintomas negativos e um prognóstico pior do que
mulheres. Homens teriam mais prejuízos cognitivos antes do primeiro
episódio psicótico, alguns dos quais podem levar a problemas de
aprendizagem escolar.

Casos de início tardio (i.e., após os 40 anos de idade) são mais comuns entre
mulheres. O funcionamento social tende a estar mais preservado entre as
mulheres.
Desenvolvimento e curso
 Os sintomas psicóticos tendem a surgir entre o fim da adolescência e meados
dos 30 anos (média = aos 20 anos).

 O primeiro episódio psicótico pode ser abrupto, mas é mais comum que haja o
surgimento gradual de sintomas (p. ex., déficits cognitivos, crenças estranhas e
isolamento social).

 Quanto mais cedo for o primeiro episódio psicótico, pior o prognóstico.

 O prognóstico é favorável para 20% dos indivíduos, mas a recuperação


completa é rara.

 A maioria dos indivíduos precisa de acompanhamento formal ou informal


durante o resto da vida (i.e., perdem parcial ou substancialmente sua autonomia).

 Os sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída, abulia/avolia,


alogia, anedonia e isolamento social) são mais persistentes e mais relacionados a
um pior prognóstico do que os positivos (i.e., os demais do Critério A).
Fatores de risco e prognóstico
Ambientais. A estação do ano no nascimento é associada à incidência de
esquizofrenia, incluindo o fim do inverno/início da primavera em alguns locais e
verão para a forma da doença com déficits. A incidência de esquizofrenia é mais
alta em crianças que crescem em ambiente urbano e em alguns grupos étnicos
minoritários.

Genéticos e fisiológicos. Alguns genes já foram detectados como fatores de risco


para a esquizofrenia, mas eles contribuem apenas parcialmente. Complicações no
nascimento (p. ex., hipoxia) e idade avançada dos pais aumentam o risco do
transtorno. Problemas maternos durante a gravidez, como infecções, destnutrição
e diabetes, também aumentam o risco de esquizofrenia. (Contudo, a maioria dos
bebês com esses fatores de risco não desenvolve o transtorno.)
Algumas associações
Comorbidades. Mais de metade dos indivíduos que apresentam
esquizofrenia são tabagistas. Transtornos de ansiedade estão comumente
associados, bem como transtorno da personalidade esquizotípica e
paranoide. Outros problemas de saúde são comuns em função do estilo de
vida e da falta de iniciativa para procurar ajuda médica por parte dessas
pessoas.

Risco de suicídio. Cerca de 5 ou 6% de indivíduo com o transtorno cometem


suicídio, e uns 20% tentam o suicídio. Indivíduos do sexo masculino mais
jovens e que usam substâncias ilícitas são mais propensos ao suicídio, bem
como indivíduos desempregados ou com sintomas depressivos.
Algumas associações
Funcionalidade. A esquizofrenia está associada à significativa disfunção
social e profissional. A progressão educacional e a manutenção do emprego
costumam ficar prejudicadas pela avolia/abulia ou por outras manifestações
do transtorno, mesmo quando as habilidades cognitivas são suficientes para
as tarefas serem realizadas. A maior parte dos indivíduos tem empregos
inferiores aos de seus pais, e a maioria, especialmente os homens, não casa
ou tem contatos sociais limitados fora da família.
Diagnóstico diferencial
Transtorno depressivo maior ou transtorno bipolar com características
psicóticas. Nesses casos, diferentemente da esquizofrenia, alucinações e/ou
delírios ocorrem exclusivamente durante um episódio depressivo ou
maníaco.

Transtorno esquizoafetivo. Nesse caso, episódios depressivos ou maníacos


estão presentes durante a maior parte dos episódios psicóticos, mas os
sintomas psicóticos precisam estar presentes por pelo menos duas semanas
antes e/ou depois das alterações de humor.

Transtorno esquizofreniforme e transtorno psicótico breve. Enquanto o


primeiro transtorno dura menos que seis meses, o segundo dura menos que
um mês.

Transtorno delirante. Apesar de ser essencialmente caracterizado pela


presença de um ou mais delírios, o Critério A para esquizofrenia jamais é
atendido.
Cinema em sala: “Esquizofrenia (USP)”
Referências
• American Psychiatric Association (2014). Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed.

Вам также может понравиться