Вы находитесь на странице: 1из 63

Qualidade Acústica e tempo

de reverberação

DOCENTE: Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO

 Reverberação: função da absorção sonora do espaço


e quantificado pelo tempo de reverberação.

 O tempo de reverberação é um importante parâmetro


acústico, sendo um dos primeiros parâmetros a ser
avaliado no projeto acústico de uma sala.

 É importante destacar que a maneira mais comum de


alterar o valor do tempo de reverberação é o uso de
materiais absorvedores.

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO

 O Tempo de Reverberação deve estar de acordo


com o uso do espaço, não devendo ser longo em
demasiado para não perturbar a clara percepção
do som, mas, também, não ser pequeno ou curto
demais, o que prejudica a percepção de alguns
tipos de fontes sonoras (LOSSO, 2003).

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO

 As múltiplas reflexões do som num ambiente


causa a reverberação

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO

 Quando uma pessoa fala num ambiente


reverberante, ela ouve o som de nossa própria voz
de forma atrasada.

 Não se deve confundir a reverberação com o eco,


embora os dois sejam causados por princípios
semelhantes.

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO

Dois fatores são responsáveis pela reverberação de


um ambiente:

 o índice de reflexão das superfícies do ambiente


(paredes, teto e piso);
 o volume do ambiente;

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO

 A reverberação prejudica bastante a


inteligibilidade das palavras num ambiente
 Ao pronunciar-se uma palavra com várias
sílabas, os sons se sobrepõem
 Quando a fala é muito rápida ou a reverberação é
grande, mesmo as pausas entre as palavras se
tornam preenchidas com o som reverberante

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO
A REVERBERAÇÃO E A MÚSICA

 O conceito de reverberação relaciona-se com


vivacidade do ambiente
 O tempo de reverberação exerce influência na
performance musical
 Os músicos sempre avaliam a acústica da sala,
adaptando, conscientemente ou não, no momento
da execução, a obra musical ao ambiente acústico

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO
A REVERBERAÇÃO E A MÚSICA

 Arquitetura e música têm tido efeitos mútuos ao


longo dos séculos: auditórios existentes afetaram
o tipo de composição da música e novas
composições musicais exigiram mudanças
acústicas em espaços fechados
 Com a exceção de alguns teatros antigos que
alcançaram a fama de grande perfeição acústica,
a maioria dos teatros desse período apresentava
uma acústica medíocre

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO
A REVERBERAÇÃO E A MÚSICA

 A música orquestral da época Barroca era


usualmente apresentada em salas relativamente
pequenas com paredes pesadas e altamente
refletoras
 A música do período clássico, as sinfonias de
Josef Hadyn, Wolfgang Mozart, e Ludwig van
Beethoven são mais bem executadas em salas de
concerto maiores e com tempo de reverberação de
1,5 a 1,7 segundos

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO
A REVERBERAÇÃO E A MÚSICA

 Ao período clássico, seguiu-se o romântico e as


músicas de Johannes Brahms, Peter Ilyitch
Tchaikovsky, Maurice Ravel e Richard Strauss
floresceram em ambientes acústicos ainda mais
amplos e com maiores tempos de reverberação –
1,8 a 2,2 segundos

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

Eng. Gaspar A. Muassava


Catedrais Góticas
INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

 As catedrais medievais possuem qualidades


acústicas bem peculiares
 O principal efeito causado pelas dimensões
gigantescas dessas catedrais é uma reverberação
altíssima, variando de 0,5 a 10 segundos
 Os longos tempos de reverberação das catedrais
dificultavam a inteligibilidade

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

Basílica de São Marcos


Eng. Gaspar A. Muassava
INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

 Na renascença, Giovanni Gabrieli, explora o


tempo de reverberação da Basílica de São Marcos
em Veneza em suas composições polifônicas, mas
a precisão rítmica, cuja especificação foi
possibilitada pela nova escrita musical, altera
profundamente esta relação

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO
ACÚSTICA EM IGREJAS

 A música orquestral da época Barroca era


usualmente apresentada em salas relativamente
pequenas com paredes pesadas e altamente
refletoras
 O tempo de reverberação do salão de baile
retangular de um palácio, por exemplo, não
passava de 1,5 segundos
 Também eram utilizadas salas de músicas ou
pequenos teatros, cujo tempo de reverberação
jamais ultrapassava três segundos

Eng. Gaspar A. Muassava


INTRODUÇÃO

 A partir das abordagens anteriores é possível


perceber a influência da Acústica Natural dos
espaços na inteligibilidade tanto da música,
quanto da palavra
 Percebem-se também os parâmetros que
contribuem para uma maior qualidade da
acústica da sala, destacando-se o de tempo de
reverberação

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
CAMPO DIRETO E CAMPO REVERBERANTE

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Define-se tempo de reverberação de um recinto


como o tempo durante o qual, estando desligada
a fonte, a intensidade do som cai a um
milionésimo (10 -6) do seu valor ou, em outros
termos, o tempo em que o nível sonoro decai 60
decibéis
 Se o tempo de reverberação é o suficientemente
grande, o som sobrepor-se-á as suas reflexões
criando uma textura densa

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Estudos identificaram uma correlação entre o


volume de uma sala e o seu tempo de
reverberação: quanto maior o volume da sala,
maior tende a ser o seu tempo de reverberação
 A quantidade de superfícies absorventes ou
refletivas também influenciará o tempo de
reverberação

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE SABINE

 O tempo de reverberação TR, definido como o


tempo necessário para o nível de pressão sonora
decair 60 dB é:

55,2 * V
TR 
A*c

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE SABINE

 V é o volume do recinto [m³]


 A é a absorção total [sabines métricos]

 c é a velocidade do som. [m/s]

0,161 * V
TR 
A
Eng. Gaspar A. Muassava
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE SABINE

 Se a área superficial da sala é S, a absorção


média () de Sabine é definida por

A
 Então: 
S

0,161*V
TR 
S *
Eng. Gaspar A. Muassava
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE SABINE

 A absorção sonora total (A) é a soma de absorções


(Ai) de superfícies individuais

 Com essa consideração

A   Ai   Si * ai
i i

1
   Si * ai
S i
Eng. Gaspar A. Muassava
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE EYRRING-NORRIS

 Apesar de ser aplicável a todas as salas, sejam


essas vivas, médias ou surdas, esta fórmula dá
previsões mais aproximadas nos recintos comuns
e surdos

0.161 * V
TR 
  Si * ln( 1   )
i

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE EYRRING-NORRIS

 Este resultado é satisfatório quando não houver grandes


diferenças de valores de absorção para as diversas porções
das paredes ou quando os elementos com absorções
diferentes estiverem bem misturados e regularmente
distribuídos em todo contorno

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

FÓRMULA DE MILLINGTON-SETTE

 A fórmula de Millingon Sette é pouco utilizada,


sendo obtida substituindo-se no fórmula de
Eyring-Norris a média aritmética dos coeficientes
pela sua média geométrica.

0,07 * V
TR 
  Si * Log (1  i)
i

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

DEPENDÊNCIA COM A FREQUÊNCIA

 Sabe-se que materiais absorventes tendem a


refletir frequências baixas mais que as altas, e
materiais altamente reflexivos tendem a ter uma
resposta mais igual ao longo do espectro

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO

DEPENDÊNCIA COM A FREQUÊNCIA

 O ar também contribui para a atenuação de sons


com alta frequência, sendo que quanto mais um
som se propagar no ar contendo alguma umidade,
mais suas frequências altas serão atenuadas

Eng. Gaspar A. Muassava


EXEMPLO
CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Considere uma sala de dimensões 4,33 x 3,5 m² e


de altura 3,5 m. Esta sala possui uma janela de
dimensões 2,5 x 1,28 m² e uma porta de 0,8 x 2,1
m² de área.

 As propriedades acústicas dos materiais


existentes na sala podem se encontrados na
literatura.

Eng. Gaspar A. Muassava


EXEMPLO
CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Osvalores de absorção das superícies em


percentagem estão expostos na tabela a seguir.
EXEMPLO
CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Os valores de αi.Si por banda de oitava estão


expostos na figura a seguir.

Eng. Gaspar A. Muassava


EXEMPLO
CÁLCULO DO TEMPO DE REVERBERAÇÃO

 Sendo a última linha da tabela anterior a


indicação dos valores de α, então o tempo de
reverberação da sala por banda de oitava resulta
em:

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓPTIMO

 Os valores considerados ótimos para os tempos de


reverberação são resultado de avaliações e
julgamentos subjetivos e os valores
recomendados provêm de preferências médias
tomadas estatisticamente

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓPTIMO

É preciso conciliar duas condições contraditórias:


 Quanto maior TR num recinto, tanto mais alto o
nível sonoro ao estabelecido por uma dada fonte,
pois grande reverberação significa pouca
absorção
 Quanto maior TR num recinto, menor a
inteligibilidade da palavra falada e menor a
nitidez da música produzida, pois o
prolongamento de sons já emitidos mascara, em
parte, os novos sons que se sucedem

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓPTIMO

DEPENDÊNCIA DO VOLUME DO RECINTO

 Os casos efetivos de boa acústica, assim como


considerações de ordem teórica indicam ser o
tempo ótimo (Tro) sensivelmente proporcional à
raiz cúbica do volume

TRo  R *V 1/ 3

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓPTIMO

Eng. Gaspar A. Muassava


FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓPTIMO

DEPENDÊNDIA DA FREQUÊNCIA

 Para baixas frequências (inferiores a 500 Hz) é


aceitável reverberação mais longa do que para
altas frequências

TRo  TRo * r
Eng. Gaspar A. Muassava
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
TEMPO DE REVERBERAÇÃO ÓPTIMO

DEPENDÊNCIA DA FREQUÊNCIA

 A tabela abaixo mostra os valores recomendados


para o r da equação anterior

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Teatros

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Salas de Audiências

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Anfiteatros

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Salas de Conferências

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ - CUIDADO

 ECO

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

A voz falada compõe-se de duas famílias de sons


bastante diferenciados:
 As vogais

 As consoantes

A inteligibilidade da palavra num auditório se


baseia precisamente no reconhecimento das
consoantes

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA A VOZ

 Como a energia da voz humana é limitada torna-


se indispensável aproveitar uma certa
quantidade de som reverberado para aumentar o
nível sonoro nas fileiras mais afastadas da fonte
sonora

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA MÚSICA

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA MÚSICA

 Caracterizada por Fontes sonoras Complexas


 Os instrumentos não devem sobrepor entre si

 A sala ideal para as propostas da música contemporânea,


complexas e muito diferenciadas, deve ser de flexibilidade
total, tanto na colocação do público quanto na das fontes
sonoras

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS PARA MÚSICA

 A tabela mostra os tempos de reverberação


óptimos para cada tipo de música.

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS DE USO MÚLTIPLO

 As condições para uma boa sala para uma ou


outra função são bastante diferentes. Como
principio básico, procurar-se-á ter uma boa
inteligibilidade, pois de outro modo seria
impossível comunicação verbal
 O tempo de reverberação deverá ser um ponto
mais longo do que o correspondente a uma sala
de palavra

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
AUDITÓRIOS DE USO MÚLTIPLO

 Se é prevista uma equipe de amplificação eletrônica de


qualidade, pode-se projectar como auditório para música,
pois a amplificação se encarregará de corrigir a excessiva
reverberação

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
SALAS DE AULA

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
SALAS DE AULA

 Para garantir boas condições acústicas para a


palavra falada, a performance acústica de salas
de aula deve ser levada em consideração desde a
etapa do projeto arquitetônico, uma vez que esse
espaço é destinado para tarefas que requerem um
alto nível de concentração intelectual

Eng. Gaspar A. Muassava


CASOS PRÁTICOS
SALAS DE AULA

 O tempo de reverberação em salas de aula deve


estar entre 0,4 e 0,6 segundo. Para espaços acima
de 10.000 m³, não deve exceder a 0,6 s, e para
salas entre com volume entre 10.000 e 20.000 m³,
não deve exceder a 0,7 s

Eng. Gaspar A. Muassava


ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES OBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES SUBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA
ALGUNS ÍDICES SUBJETIVOS DE QUALIDADE
SONORA

Вам также может понравиться