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A EVOLUÇÃO DA

AGRICULTURA
PORTUGUESA
(1950-1980)

1
Características

Considerável dependência da
agricultura em relação aos factores
físicos naturais

atraso tecnológico baixa produtividade

Ritmo excessivamente lento da


evolução do PAB
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Características

• Progressivo acentuar das tensões


sobre os preços alimentares

• Aumentos crescentes dos saldos


negativos da balança comercial
agrícola
– Dependência alimentar

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Características

• Agravamento do fosso entre os


rendimentos agrícolas e os
restantes sectores

• Pulverização e desorganização dos


circuitos comerciais

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1950/1964 (1º período)
• Ao sector agrícola é atribuído o
papel de mero suporte do
crescimento industrial

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1964/1974 (2º período)

O sector agrícola entra em


ruptura com o modelo de
desenvolvimento económico

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Após 1974 (3º período)

O sector agrícola constitui o


travão do processo de
desenvolvimento económico

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1950/1964
• No início dos anos • a agricultura muito
50 Portugal era embora assentasse
em métodos
essencialmente
tradicionais,
um país agrícola satisfazia as
necessidades
alimentares de uma
• PAB = 31,4% população
• PAA = 47% da PT predominantemente
rural, de fraco poder
de compra e de
hábitos tradicionais
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1950/1964
• O modelo de • Investimento públicos
desenvolvimento (transportes, construções,
económico tem
energia)

por base o • Proteccionismo


sector industrial, alfandegário
através de: • Condicionalismo
industrial
• Baixos salários de
mão-de-obra
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1950/1964
• Ao sector • Satisfação da procura
agrícola reserva- alimentar interna
se o papel de • Preços baixos (controlo
mero suporte da administrativo)
política
• Reserva de mão-de-obra
industrial,
através de: PAA50= 47% PAT50
PAA63= 38% PAT63

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1950/1964
• O processo de industrialização
assenta numa política de
apertado controlo dos preços
agrícolas, designadamente dos
que mais pesavam na formação
dos salários (produtos vegetais)

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1950/1964
• A agricultura não constitui factor de
pressão inflacionista; antes pelo contrário
...

– no período de 1958/1964 contribui para a


desaceleração do nível geral dos preços

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1950/1964
• A agricultura não contribuiu para
acentuar o déficit da balança
comercial
– registaram-se saldos nulos ou
ligeiramente positivos (taxa média de
cobertura 1954/64= 102,1%)

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1950/1964
• Fraca expansão da procura
alimentar

cresceu entre 1953 e 1963 à taxa


média anual de 1,4%

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Organismos de Coordenação
Económica (O.C.E.)
 JNPP • Regularizar o abastecimento
 JNF • Controlar os preços
 INV
 EPAC

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Aspectos negativos da intervenção dos
OCE
• Não facilitaram a introdução de medidas de
fomento da produção interna
• Controlo administrativo dos preços pele via
do seu congelamento no produtor
• Não permitiram a clarificação dos circuitos
de comercialização, aumentando a rede dos
intermediários

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O papel subalterno da agricultura
conduziu:
• 1º) à inexistência de estímulos ao
investimento

– Manutenção dos sistemas produtivos


tradicionais
– Transferência de excedentes gerados no sector
para fora dele

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• 2º ) ao desequilibro entre o sector vegetal,
por um lado e os sectores animal e
florestal por outro
– a contenção dos preços penalizou mais os
produtores vegetais, que mais pesavam nos
salários

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• 3º) ao ritmo baixo de evolução do produto
agrícola

– Entre 1953 e 1963, o PAB expandiu-se à taxa


média anual de 1,1%; o produto gerado nos
restantes sectores cresceu 6,1% ao ano

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• 4º) ao desfasamento entre os rendimentos
auferidos pela população agrícola e os
restantes sectores

– Entre 1953 e 1963 a taxa de crescimento anual


dos primeiros foi de 1,5% enquanto para os
segundos foi de 4,5%

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1964/1974

• O modelo de desenvolvimento
económico continua a assentar no
sector industrial, mas começam a
alterar-se os pressupostos que
condicionaram o crescimento da
indústria

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1964/1974
• À estabilidade dos preços sucede-se
um período inflacionista

• Rarefação da mão-de-obra
(resultado da emigração) dificulta
baixos salários
1964/1974

• a abertura ao exterior põe em causa


o proteccionismo industrial

• dificuldades em exportar produtos e


mão-de-obra em vésperas de crise
económica

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Por outro lado:
• O crescimento do rendimento
nacional, como consequência:
– do crescimento do PIB
– das remessas dos emigrantes
– das receitas do turismo
– das despesas militares

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Provoca:
Aumento da massa monetária em circulação:

 aumento da procura de bens agrícolas e


alimentares não acompanhado pelo
aumento da oferta
crescimento dos preços dos produtos
agrícolas a um ritmo superior ao nível
geral de preços

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• PROCESSO INFLACIONISTA
• PROGRESSIVO DESIQUILIBRIO DA BALANÇA
COMERCIAL AGRÍCOLA, POR OUTRO LADO,
ASSISTE-SE À ALTERAÇÃO DA DIETA ALIMENTAR
– maior recurso aos produtos de origem animal
1953/63 1963/73
Prod. Vegetal 1,7% 1,7%
Taxa média de crescimento anual
Prod. Animal 0,8% 5,4%

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A ALTERAÇÃO DA PROCURA ALIMENTAR
PROVOCA UM “DIVÓRCIO” ENTRE A
PRODUÇÃO ANIMAL E A PRODUÇÃO
VEGETAL

O sub-sector animal • aparecimento da


reage (entre 1963 e avicultura industrial
1973 cresceu, média
4,3% ao ano) • intensificação da
introduzindo produção de gado
alterações no tipo bovino e suíno, com
substituição da
de exploração e
alimentação
produção pecuárias: tradicional por
rações

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Consequências:
• Recurso maciço a importações de
matérias-primas (cereais) para a
indústria de alimentos compostos

• Aumentos espectaculares da
produção de concentrados

28
CONCLUSÃO:

• O SECTOR AGRÍCOLA NÃO TEM


CAPACIDADE PARA RESPONDER
AO ACRÉSCIMO E ALTERAÇÃO
DA PROCURA

29
CONCLUSÃO:

• não satisfação do
RUPTURA DO
abastecimento
SECTOR COM
interno
A “ECONOMIA”
TRADUZIDA • preços cada vez
POR: mais elevados
• inversão da
estrutura da
balança comercial
agrícola

30
CONCLUSÃO:
• ALARGA-SE O • Entre 63 e 73 o PAB
FOSSO ENTRE OS cresce a uma T.M.A.
de 0,8% enquanto o
SECTORES
PIB não agrícola
AGRÌCOLAS E NÃO aumenta 8,1% ao ano
AGRÌCOLAS
• A contribuição do PAB
para o PIB reduz-se a
metade (1963- 21,2% ;
1973. 11,4%)

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CONCLUSÃO:

• consciente do desequilíbrio o
regime ensaia algumas medidas de
apoio (investimentos públicos, crédito,
etc.) o impacto destas medidas é
contudo limitado, face ao longo
período de descapitalização e dos
profundos bloqueamentos do sector

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De 1974 ao início dos anos 80

• Com a mudança do regime


pretende-se alterar as premissas do
modelo económico, introduzindo-se
alterações que embora afectem
todos os sectores, reflectem-se de
forma aguda na agricultura

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As relações de produção na zona de
latifúndio são alteradas

• Novas formas de unidades produtivas

• Nacionalização das áreas abrangidas


pelos perímetros regados, cujas obras
tinham sido executadas pelo Estado

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• Os governos, desde 1974, tomaram
várias medidas(quase sempre
pontuais e até por vezes
contraditórias) tendo em vista o
desenvolvimento agrícola

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• POLÍTICA DE PREÇOS E COMERCIALIZAÇÃO
(preços de garantia e preços máximos, intervenções
directas no escoamento da produção, regime de margens de
comercialização)

• POLÍTICA DE CRÉDITO E APOIO FINANCEIRO


(criação do IFADAP linhas de crédito especificas para o
sector; crédito agrícola de emergência)

• ALTERAÇÕES À LEGISLAÇÃO SOBRE


ARRENDAMENTO RURAL (no sentido de dar maior
segurança aos rendeiro) E AO REGIME DE BALDIOS

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• LEI DE BASES DA REFORMA AGRÁRIA
(reconhecimento de novas formas de propriedade e de
utilização da terra)
• POLÌTICA SALARIAL E DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL (salário mínimo e previdência social para os
trabalhadores rurais)
• REESTRUTURAÇÃO DOS ORGANISMOS
PÚBLICOS LIGADOS AO SECTOR (em especial a
regionalização do MA) E DESMANTELAMENTO
DOS ORGANISMOS CORPORATIVOS

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• A elevação dos rendimentos (em
especial das classes mais desfavorecidas)
e o aumento da população residente
(resultante do retorno de pessoas das
ex-clónias e das barreiras impostas à
emigração) provocam um acréscimo
da procura de produtos alimentares
(em especial dos produtos de origem
animal) não acompanhado pelo
aumento da oferta (forragens e cereais
forrageiros)
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Consequências:
• Aumento da PAA (acréscimo de 30%
entre 1973 e 1980) baixa
produtividade do W agrícola
• Crescimento dos preços dos produtos
agrícolas até 1978, ano em que se inverte
o processo ao nível do produtor, já que ao
nível do consumidor a tendência manteve-
se

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Consequências:
• Crescimento espectacular da indústria de
alimentos compostos para animais (taxa média de
crescimento anual de 12,6% entre 1973 e 1980)
aumento da procura de cereais forrageiros
(160%) recurso às importações agravamento
do desequilibro da balança comercial agrícola
(enquanto em 1973 a taxa de cobertura era de 41%
em 1980 foi de 27,5%. Se incluirmos o sub-sector
florestal, as correspondentes taxas foram de 53,7%
e 67,1%, facto que evidencia o crescimento das
exportações do produtos florestais
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Consequências:

• EVOLUÇÃO LENTA DO PAB (entre


1976 e 1980 1,4% ao ano) não obstante o
crescimento elevado da produção
florestal (9,9% nesse período)

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Conclusão:
• Agravam-se os desequilíbrios

• Incapacidade de resposta da oferta


ao aumento da procura

• Dependência do exterior com


agravamento do déficit da Balança
Comercial Agrícola

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Conclusão:

• A AGRICULTURA PASSOU A
CONSTITUIR UM TRAVÃO DO
DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO

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