Detalhamento de vigas e pilares

9.0 Detalhamento de vigas

As prescrições adotadas neste item dizem respeito a vigas isostáticas com

relação entre o vão teórico e a altura total (l/h) ≥ 3 ou (l/h) ≥ 2 no caso de vigas

continuas. Nos casos onde a relação seja inferior a estes limites, a viga devera ser
tratada como viga-parede.
Armadura mínima

Forma da seção Valores de min1 (%)

 fck
min
20 25 30 35 40 45 50

Retangular 0,035 0,150 0,150 0,173 0,201 0,23 0,259 0,288

T 0,024 0,150 0,150 0,150 0,150 0,158 0,177 0,197

(mesacomprimida)
T 0,031 0,150 0,150 0,153 0,178 0,204 0,229 0,255
(mesa tracionada)
Circular 0,070 0,230 0,288 0,345 0,403 0,460 0,518 0,575

1)
Os valores de min estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50, c = 1,4 e s =
1,15. Caso esses fatores sejam diferentes, min deve ser recalculado com base no valor de min
dado.
Distribuição transversal

 20mm

av   
0,5 * 
 agregado

 20mm
a 
ah   
1,2 * 
 agregado
a a
 Distribuição longitudinal

 VSd ,max 
al = d  (1  cot g )  (cot g )
 2(VSd ,max  Vc ) 

al  0,5d, no caso geral

al  0,2d, quando forem utilizados estribos inclinados.
 Distribuição longitudinal

 VSd ,max 
al = d  (1  cot g )  (cot g )
 2(VSd ,max  Vc ) 

al  0,5d, no caso geral

al  0,2d, quando forem utilizados estribos inclinados.

al= 0,5d cot g  cot g  (9.2)

Onde
al  0,5d, no caso geral
al  0,2d, quando forem utilizados estribos inclinados.
Distribuição longitudinal
Distribuição longitudinal
No caso da armadura de tração junto aos apoios, deve ser observada a pior
dente as três situações:

a) A armadura total, no caso da existência de momento fletor positivo na seção de

apoio.
b) Nos apoios extremos, armaduras capazes de resistir a uma força de tração R sd
(al/d)Vd + Nd , onde Vd é a força cortante no apoio e Nd é a força de tração, caso
exista.
c) Nos apoios extremos e intermediários, parte da armadura de tração obtida para a
seção de momento máximo (As,vão) deve ser prolongada até o apoio,de tal modo
que:
As,apoio ≥ 1/3 (As,vão) se Mapoio for nulo ou negativo de valor absoluto M apoio  0,5 Mvão;

As,apoio ≥ 1/4 (As,vão) se Mapoio for negativo e de valor absoluto M apoio >0,5 Mvão;
 Distribuição longitudinal

Quantia máxima

Somadas as áreas de tração e compressão (armadura dupla), não se deve ter taxa
mecânica maior que 4% da área de concreto, inclusive na região de emenda.
 Distribuição longitudinal

Armadura de pele

Para vigas com altura superior a 60 cm deve ser colocada armadura de lateral,
denominada armadura de pele. O valor mínimo desta armadura deve ser 0,10% bwh,
colocada em cada face da alma e constituída por barras de alta aderência, de preferência
com os menores diâmetros possíveis. O espaçamento não deve ser maior que 20 cm, d/3
ou 15
9.1 Armadura transversal

No que diz respeito ao diâmetro, este deve obedecer aos seguintes limites:


 5mm


1
10 bw


Sendo bw a largura da viga

 Armadura mínima de cisalhamento

Onde:
bw em cm;
fck e fcd em MPa
 Com relação ao espaçamento longitudinal, este deve garantir a passagem do
vibrador, permitindo que ocorra um adensamento suficiente do concreto. De acordo
com a NBR 6118:2003, o espaçamento máximo (Smax) deve atender aos limites:

Smax = 0,6d ≤ 300 mm, caso Vd ≤ 0,67 VRd2

Smax = 0,3d ≤ 200 mm, caso Vd >0,67 VRd2
Normalmente os espaçamentos são tomados em torno de 10 cm, respeitando os limites
anteriores.
 Quando a largura bw do elemento estrutural é grande, é indicado que se utilize
estribos de dois ramos ou mais. Neste caso, os limites máximos para os espaçamentos
transversais, entre os ramos sucessivos, são os seguintes:

St,max = d ≤ 800 mm, caso Vd ≤ 0,2 VRd2

St,max = 0,6d ≤ 350 mm, caso Vd >0,20 VRd2
9.1 Armadura longitudinal

O diâmetro mínimo das barras longitudinais não deve ser menor que 10 mm. Já
o máximo não deve superar 1/8 da menor dimensão da seção transversal. Esta limitação
do diâmetro mínimo visa diminuir o risco de flambagem local das barras da armadura
longitudinal.
A armadura mínima deve ser obtida pela expressão:

As,min = (0,15Nd/fyd)≥0,004Ac (10.1)

 No caso de seções poligonais, em cada quina da seção deve existir no mínimo
uma barra, como mostra a figura 10.1. Já no caso de seções circulares, deve-se empregar
no mínimo seis barras.
 O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras da armadura longitudinal,
fora da região de emendas, deve ser igual ou superior aos seguintes valores:

 20mm

a 
1,2 * 
 agregado
 O espaçamento máximo não deve exceder duas vezes a menor dimensão da
seção transversal ou 400 mm, o que for menor.
Nas regiões de transição de pavimentos devem ser evitados os
congestionamentos e desvios da armadura com ângulos muito pequenos.
 Armadura transversal

O diâmetro mínimo dos estribos não deve ser inferior a 5 mm, ¼ do diâmetro da
armadura longitudinal, ou do diâmetro equivalente do feixe de barras,quando for o caso.
O espaçamento longitudinal não deve exceder os seguintes limites:
Proteção contra a flambagem
Proteção contra a flambagem

Nos casos onde existam mais de duas barras no trecho de comprimento 20t ou
barras fora dele, deve ser empregados estribos suplementares. Se o estribo suplementar
for constituído por uma barra reta, terminada em ganchos, ele deve atravessar a seção do
pilar e os seus ganchos devem envolver a barra longitudinal.
Proteção contra a flambagem

Nos casos onde existam mais de duas barras no trecho de comprimento 20t ou
barras fora dele, deve ser empregados estribos suplementares. Se o estribo suplementar
for constituído por uma barra reta, terminada em ganchos, ele deve atravessar a seção do
pilar e os seus ganchos devem envolver a barra longitudinal.
Proteção contra a flambagem
Detalhamento de Vigas
Detalhamento de Vigas
Detalhamento de Vigas