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CAMPANHA
CURSO DE DIREITO
ANTROPOLOGIA
Prof. Ms. Edilacir dos Santos Larruscain
Antropologia
A antropologia situa-se no
círculo das denominadas
ciências humanas e sociais.
O surgimento das ciências
humanas e sociais processa-
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se em um contexto de
transformações na civilização
ocidental, no qual adquiriam
prestígio as explicações
científicas sobre os fenômenos
da natureza.
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As investigações antropológicas empenham-se em compreender o homem
em suas múltiplas manifestações socioculturais, isto é, as diferentes formas
de sociedades humanas, com seus hábitos, valores, tradições, símbolos,
linguagens, ritos e cultura.
Michel de Montaigne (1533-1592): um dos precursores da antropologia
científica. Montaigne: constatação de que atribuímos valor inferior ao que
não nos é familiar; crítica ao etnocentrismo.
1. CULTURA COMO OBJETO DA ANTROPOLOGIA
Exemplos:
Figuras da gestalt:
Valores, leis, práticas, crenças e instituições variam de
formação social para formação social, motivo pelo qual os
antropólogos, em geral, falam em culturas, no plural, e não em
cultura, no singular.
Em síntese, pode-se dizer que cultura é o modo próprio e
específico da existência dos seres humanos.
É a cultura que distingue os homens dos outros animais, por
isso se diz que os animais são seres naturais; os humanos,
seres culturais.
Questão para debate:
Existe uma “natureza humana”?
1.2. Surgimento da cultura
Uma preocupação da antropologia consiste em determinar em que
momento e de que maneira os seres humanos se afirmam como diferentes
da natureza, fazendo surgir o mundo cultural.
A antropologia procura uma regra ou norma capaz de estabelecer o
momento da separação homem-natureza como instante de surgimento das
culturas. Nisso também não há consenso.
Alguns antropólogos entendem que essa diferença surge no momento em
que os humanos inventam uma lei que, quando transgredida, implicará a
pena de morte do transgressor, exigida pela comunidade: a lei da proibição
do incesto, desconhecida pelos animais.
Para outros a diferença é estabelecida quando os humanos definem uma lei
que, se transgredida, causa a ruína da comunidade e do indivíduo: a lei que
separa o cru do cozido, desconhecida dos animais. Há, ainda, aqueles para
os quais o que distingue a sociedade humana da sociedade animal é a
forma de comunicação através da troca de símbolos (CHAUÍ, 2002: 294).
1.3. Cultura e valores
Kroeber e Kluckhohn (in KUPER, 2002: 85) “os valores constituem as
propriedades mais características e mais importantes da cultura”. esses
valores são variáveis e relativos, e não predeterminados e eternos.
Para avaliar os valores dos outros é preciso adotar uma perspectiva
relativista e reconhecer que toda sociedade, por intermédio da sua cultura,
busca e, até certo ponto, encontra valores.
a cultura consiste em padrões, explícitos e implícitos, em comportamento
adquirido e transmitido por símbolos.
1.4. Pluralidade de culturas