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THE STATE OF MACRO

Olivier Blanchard, NBER, 2008


Divergências significativas, embates calorosos, e uma
disciplina vista como um “campo de batalha” são
coisas do passado. Após 1970 o campo da macro tem
sido marcado por progresso e substancial
convergência.

Ao longo dos últimos 30 anos tem surgido na macro


uma visão bastante compartilhada entre os
pesquisadores (tanto na visão quanto na
metodologia).

The state of macro is good.


A Brief Review of the Past

Lucas e Sargent (1978) criticaram fortemente o


keynesianismo e vislumbraram um processo de
reconstrução da macroeconomia. Eles ganharam o
debate.

Os três grupos que dominaram as manchetes nos 25


anos subsequentes foram os novo-clássicos, os novos-
keynesianos e os novos teóricos do crescimento.
A Brief Review of the Past

Novos clássicos: focaram nas propriedades estocásticas do


modelo de Ramsey – modelos RBC. Os principais guias de
pesquisa são: explícita microfundamentação (maximização
do lucro e da utilidade); equilíbrio geral; e exploração de
como pode-se ir tão longe sem imperfeições.

Novos Keynesianos: aceitaram a necessidade de


fundamentar melhor as imperfeições (teórica e
empiricamente).
Novos teóricos do crescimento: examinam as implicações
de várias imperfeições (natureza dos bens públicos,
conhecimento, natureza do P&D) nas externalidades da
acumulação de capital.
A Brief Review of the Past

Fresh water x salt water: os primeiros acusam os segundos


de serem maus economistas (se apegam em crenças
obsoletas e teorias desacreditadas). Os segundos acusam
os primeiros de ignorar os fatos básicos (usam lindos e
irrelevantes modelos e são vítimas da “ilusão científica”).

No entanto, as novas ferramentas desenvolvidas pelos


novo-clássicos vieram para dominar e os fatos enfatizados
pelos NK trouxeram as imperfeições para o modelo de
referência.

Tem surgido uma visão comum.


Convergence in Vision: the role os DA and rigidities

O maior fato da macro é que deslocamentos na DA por bens


afetam o produto mais que nós esperaríamos em uma
economia perfeitamente competitiva.

Consumidores mais otimistas compram mais bens, e o


aumento da demanda leva a um aumento no produto e no
emprego. Mudanças na taxa básica de juros afetam o preço
real dos ativos e a atividade econômica.

Assim, manter a hipótese de mercados perfeitamente


competitivos e preços flexíveis tem se mostrado inconvincentes.
Convergence in Vision: the role os DA and rigidities

Com rigidez nominal, movimentos na moeda nominal


provocam movimentos na moeda real, o que leva a
movimentos na taxa de juros, na demanda e no produto.

O estudo da fixação de preços e salários nominais é um


dos tópicos de pesquisa mais quentes nos dias de hoje.

Esta abprdagem sugere que a distinção entre economistas


interioranos e litorâneos tornou-se um tanto irrrelevante.
Convergence in Vision: Tech shocks versus tech waves

Um dos princípios fundamentais da abordagem novo-


clássica é que os choques tecnológicos são as
principais fontes das flutuações macroeconômicas.
Mas a frequência destes choques tecnológicos
agregados é uma questão controversa.

Isso não implica, entretanto, que o progresso


tecnológico não exerce um papel importante nas
flutuações – o progresso tecnológico é suave e
certamente não é constante.
Convergence in Vision: Towards a general Picture, and 3 relations

A crença conjunta que o progresso tecnológico vem em ondas,


que a percepção do futuro afeta a demanda por bens hoje e
que, por causa da rigidez nominal, a demanda por bens pode
afetar o produto no curto prazo são proposições que muitos
economistas contemporâneos devem concordar.

Em 1955 Samuelson disse que 90% dos economistas pararam


de autodenominar-se keynesianos ou anti-keynesianos, posto
que eles estavam trabalhando em direção a uma síntese
neoclássica.

Ainda não estamos em um estágio similar ao dos anos 1950,


mas estamos chegando lá.
Convergence in Vision: Towards a general Picture, and 3 relations

Estas crenças conjuntas são frequentemente


apresentadas na forma de três relações: (1) uma relação
de DA, na qual o produto é determinado pela demanda, e
a demanda depende tanto do produto futuro quanto da
taxa real de juros. (2) Uma curva de Phillips, na qual a
inflação depende tanto do produto quanto da inflação
esperada para o futuro. E (3) uma relação de política
monetária que pode ser utilizada para afetar a taxa de
juros real.
Convergence in Vision: A toy model (the NK model)

O chamado modelo NK surge e torna-se o modelo


básico para a análise de política e do bem-estar
(Clarida et al, 1999 e Woodford, 2003).

O modelo começa de um RBC sem capital e


adicionam-se apenas duas imperfeições (competição
monopolística no mercado de bens e fixação discreta
de preços nominais).

As 3 equações ganham uma forma específica: i) curva


DA derivada das condições de 1 ordem do consumidor,
x=f(r,ce); ii) curva de Phillips a la Calvo, p=f(pe,x); e iii)
regra de Taylor, i=f(p,x)
Convergence in Vision: A toy model (the NK model)

Este modelo é simples, analiticamente convicente, e tem


susbstituido o modelo IS-LM nos cursos de pós-graduação.

Como no IS-LM, este modelo reduz a realidade complexa


em algumas simples equações.

Diferentemente do IS-LM, ele é formalmente derivado do


processo de otimização, e isso tem benefícios e custos. Os
benefícios são a possibilidade de se estudar não apenas a
atividade, mas também o bem-estar, para então derivar a
política ótima. Os custos são que as primeiras equações do
modelo são notoriamente falsas.
Convergence in Vision: Building on the toy model

As implicações políticas de um modelo NK, em particular para


a política monetária, tem se mostrado extremamente ricas.

O papel das antecipações no modelo tem levado os


macroeconomistas a estudarem as implicações da
consistência temporal dos planos ótimos, examinar o uso de
regras versus discrição, discutir o papel da ancora
expectacional e pensar acerca do papel da comunicação.

O livro do Woodford mostra o enorme progresso que tem


sido feito, e este trabalho tem literalmente mudado a
maneira pela qual os Bancos Centrais pensam sobre a política
monetária.
Extensions and Explorations

A pesquisa atual concentra-se na exploração de várias


imperfeições. No texto são feitos comentários (breve
survey) acerca do mercado de trabalho (o papel do
desemprego); o papel do crédito e dos mercados
financeiros; o mercado de bens e os mark-ups; e a
problemática dos choques e das antecipações.
Convergence in Methodology

Se a existência de uma convergência na visão pode ser


algo controverso, a existência de uma convergência
metodológica não: um artigo em macroeconomia,
sejam eles sobre teoria ou fatos, se parece muito um
com outro em termos de estrutura, mas parece pouco
com os artigos de trinta anos atrás.
From small to larger models

Muitos trabalhos em macro nos anos 1960 e 1970 ignoravam


a incerteza, reduziam os problemas a um sistema de
equações diferencias 2x2, e então traçavam elegantes
diagramas de fase. A macro tinha muito de arte, e apenas
poucos artistas fizeram isso bem.

Hoje, com o desenvolvimento de métodos de programação


dinâmica estocástica, e o advento de softwares como o
Dynare (que permite a resolução e estimação de modelos
não-lineares sob expectativas racionais) pode-se especificar
grandes modelos dinâmicos e resolve-los facilmente com o
toque de um botão. O progresso tecnológico reduziu o
componente artístico do pesquisador.
From equation-by-equation to system estimation

O trabalho da macro empírica nos anos 1960 e início dos


1970 era muito diferente da de hoje: eram estimadas
equações por equações, que podiam ser uma função
consumo, demanda por moeda, curva de Phillips.

Desenvolveu-se também grandes modelos


macroeconométricos, construídos para colocar todas as
equações comportamentais juntas. Muito se aprendeu
com estes esforços, mas os problemas destas estratégias
se mostraram claros em meados dos 1970.
From equation-by-equation to system estimation

Estes problemas foram identificados por Sims (1980):


“There was little reason why the aggregate dynamics of
models put together in that way would replicate actual
aggregate dynamics. Putting zeros in an equation might be
a good approximation for the equation as such, but not
necessarily for the system as a whole”.

Os macroeconometristas de hoje estão preocupados com


a estimação de um sistema. Novamente, isto é possível
devido a disponibilidade de nova tecnologia (poderosos
computadores). Sistemas caracterizados por um conjunto
de parâmetros estruturais são estimados como um todo.
Convergence in Methodology: DSGEs

É o resultado mais visível da nova abordagem em


macro.

São modelos derivados de microfundamentos


(maximização da utilidade e do lucro), expectativas
racionais e especificação completa das imperfeições.
São tipicamente estimados com métodos Bayesianos.
Convergence in Methodology: DSGEs

O n. de parâmetros estimados crescem com o poder


dos computadores: Smets e Wouters (2007), por
exemplo, estimaram um modelo com 26 parâmetros.

Existe dezenas de pesquisadores envolvidos na


construção de modelos DSGEs. Quase todo Banco
Central tem um (ou quer ter um).

Eles são usados para avaliar regras de política e fazer


previsões.
In Guise of a Conclusion

A macro está passando por um período de progresso e


ocorreu, ao longo das últimas duas décadas, uma
convergência na visão e na metodologia.
In Guise of a Conclusion

Como é um artigo de macro hoje? ele começa com uma


estrutura de EG, na qual os indivíduos maximizam a
utilidade, as firmas maximizar o lucro, e os mercados se
equilibram. Em seguida, introduz-se uma imperfeição ou
o fechamento de um conjunto particular de mercados, e
verificam-se as implicações do EG. Realizam-se
simulações numéricas para mostrar que o modelo
funciona bem e avalia-se o bem-estar.

Por fim, como os modelos convencionais têm falhas,


Blanchard deseja uma macro com uma arquitetura mais
aberta.

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