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O que é a arte?
• Platão fazia da imitação o principal alvo do seu ataque à arte, que era,
no seu entender, uma mera simulação de aparências.
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A teoria mimética defende que algo é arte só se for imitação. Mas será
esta teoria verdadeira?
1.Os críticos defendem que não e apresentam como contraexemplos
as artes não imitativas.
2.O defensor da teoria mimética defende-se dizendo que esses
contraexemplos falham, porque não são obras de arte.
3.Os críticos perguntam por que razão se nega o estatuto de obra de
arte a esses exemplos.
4.O defensor da teoria mimética afirma que esses exemplos não são
obras de arte porque não constituem nenhuma forma de imitação,
que é justamente o que a teoria mimética afirma.
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• Não podemos dizer que toda a arte implica imitação, mas talvez
possamos afirmar que toda a arte implica alguma forma de
representação. Por mais abstrata que uma obra possa parecer, o seu
autor deve pretender que ela represente alguma coisa, ou não?
• Segundo a teoria de Tolstoi, para que haja uma obra de arte, o artista
tem, antes de mais, de experimentar determinados sentimentos ou
estados emocionais. Porém, está longe de ser óbvio que isso seja
verdade.
• Para não perder o seu lugar na sociedade, a pintura teve de evoluir noutras
direções, como a pintura abstrata. A pintura adquiriu, assim, um estatuto
próprio e autónomo: a «pintura pela pintura», como afirma Noël Carroll.
• Um objeto será uma obra de arte (no sentido classificativo) se, e só se,
foi concebido com o objetivo de produzir uma emoção estética no
espectador.
– Caso concretize esse objetivo, será considerado uma boa obra de arte, no sentido
valorativo. Caso falhe, o objeto será ainda uma obra de arte, no sentido classificativo,
embora seja uma má obra de arte.
– O que conta é que o artista tenha a intenção de dotar a sua obra de forma
significante. Se o consegue ou não, isso é indiferente para uma teoria geral da arte,
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Objeção 1
• Segundo a teoria formalista, a qualidade de uma obra de arte depende do
facto de esta cumprir satisfatoriamente o intuito com o qual foi concebida
— exibir forma significante.
• Ou seja, o conteúdo representacional de uma obra é sempre irrelevante
para apreciação artística da mesma?
– Não é verdade.
Objeção 2
• Se pensarmos na arte demoníaca, percebemos que nem toda a arte foi
concebida com o principal intuito de exibir forma significante.
Objeção 3
• Há coisas que foram concebidas com o principal intuito de possuir e exibir
forma significante, mas não são obras de arte.
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Objeção 4
• A teoria formalista afirma que o que determina a pertença de um
determinado objeto à categoria de obra de arte é a capacidade de
proporcionar, em virtude da sua forma, uma determinada emoção no seu
espectador.
• Mas, se assim fosse, como se explicaria que os ready-mades fossem
considerados obras de arte e as suas contrapartes do quotidiano não,
apesar de exibirem exatamente as mesmas propriedades formais?
Esquema-síntese