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Capítulo 3
No que se refere à educação da criança pequena
em creches e escolas, práticas educativas e
conceitos básicos foram sendo constituídos com
base em situações sociais concretas que, por
sua vez geraram regulamentações e leis como
parte de políticas públicas historicamente
elaboradas
No momento da consolidação da educação
infantil como um direito da criança, conhecer a
história das instituições e das políticas públicas
na área, traçada dentro das demais lutas sociais,
pode apontar-nos novos caminhos, se
soubermos compreender as contradições em
meio às quais elas foram geradas.
Muitos séculos cuidado/educação
responsabilidade familiar
foco materno
Logo após o desmame, a criança pequena era
vista como pequeno adulto e, quando
atravessava o período de dependência de outros
para ter atendidas suas necessidades físicas
passava ajudar os adultos nas atividades
cotidianas, em que aprendia o básico para sua
integração no meio social.
Nas classes sociais mais privilegiadas as
crianças eram vistas como objeto divino,
misterioso, cuja transformação em adulto
também se fazia pela direta imersão no
ambiente doméstico.
Termo francês crèche = manjedoura, presépio
Termo italiano asilo nido indica um ninho que
abriga.
Escola materna também usada p/ referir a
escola para crianças pequenas.
O predomínio quase exclusivo do contexto
doméstico para a educação da criança
pequena, arranjos alternativos para prestar
esse cuidado àquelas em situação
desfavorável foram sendo culturalmente
construídos ao longo da história.
As ideias de abandono, pobreza, culpa, favor e
caridade impregnam, assim, as formas precárias
de atendimento a menores nesse período e por
muito tempo vão permear determinadas
concepções acerca do que é uma instituição que
cuida da educação infantil, acentuando o lado
negativo do atendimento fora da família.
Nos séc XV e XVI, novos modelos educacionais
foram criados para responder aos desafios
estabelecidos pela maneira como a sociedade
europeia então desenvolvia.
Desenvolvimento científico, a expansão
comercial no período do Renascimento
estimularam surgimento de novas visões sobre
a criança e sobre como ela deveria ser
educada.( Erasmo(1465-1530) e Montaigne
( 1483-1553))
Transformação , nos países europeus, de uma
sociedade agrário-mercantil em urbano-
manufatureira, gerava conflitos e guerras,
produzindo condições sociais adversas para
sociedade especialmente no segmento
infantil.(abandono, maus-tratos)
Gradativamente surgiram arranjos mais
formais para atendimento de crianças fora da
família em instituições de caráter filantrópico
especialmente delineadas para esse objetivo
e que organizavam as condições para o
desenvolvimento infantil .
Crianças pobres de 2 ou 3 anos eram incluídas nas
charity schools ou dame schools ou écoles petites
criadas na Inglaterra.
Não tinham uma proposta educacional formal,
embora adotassem atividade de canto, memorização
de rezas e alguns exercícios de pré-escrita.
Acreditavam que como as crianças nasciam
sob o pecado, cabia à família e, na falta dela, à
sociedade corrigi-las desde pequenas. Eles
defendiam um rigoroso planejamento do
tempo nas escolas, mesmo nas que atendiam
crianças pequenas, gerando uma rotina de
atividades a ser observadas diariamente e
fundada na ideia de autodisciplina.
Leitura e escrita eram ensinadas a partir de 6
anos, embora ainda dentro de um objetivo
religioso.
Outras iniciativas levaram a criação de
instituições para atender crianças acima de 3
anos, filhos de mulheres operárias. Eram os
asilos e as infantis schools, srugidas em Londres
com a preocupação de combater as péssimas
condições de saúde das crianças de grupos
desfavorecidos daquela cidade.
Idade Moderna, na Europa iniciou uma nova
etapa de construção da ideia da educação
infantil – um processo de expropriação de
antigos saberes dos trabalhadores, o que
modificou as condições e exigências
educacionais das novas gerações.
Nos séc XVIII e XIX intensificou a discussão
sobre a escolaridade obrigatória, enfatizando
a importância da educação para o
desenvolvimento social.
Nesse momento a criança passou a ser o
centro do interesse educativo dos adultos,
começou a ser vista como o sujeito de
necessidades e objeto de expectativas e
cuidados.
O mesmo não aconteciam em relação às
crianças dos extratos sociais mais pobres; alguns
setores das elites políticas dos países europeus
sustentavam que não seria correto para
sociedade que se educassem as crianças pobres,
para quais eram proposto apenas o aprendizado
de uma ocupação e da piedade.
Buscava-se então descobrir condições de
como conciliar novas formas disciplinadoras
da criança que eliminassem as punições
físicas.
A questão de “como ensinar” adquiriu com
isso proporções significativas.( Comênio,
Rousseau, Pestalozzi, Decroly, Froebel,
Montessori)- estabeleceram as bases para um
sistema de ensino mais centrado na criança.
Relatos demonstram que desde a Antiguidade,
havia quem defendesse a ideia da atividade do
próprio aluno como propulsora de seu
crescimento intelectual (como Sócrates, Santo
Agostinho, Montaigne) e o valor da brincadeira
na aprendizado (Platão).
Comênio – educação de crianças menores de
6 anos com diferente condições sociais –
Acreditava que o cultivo dos sentimentos e
da imaginação precedia o desenvolvimento
do lado racional da criança.
Rousseau (1712-1778) em oposição a Reforma
e Contrarreforma religiosa criou uma proposta
educacional em que combatia preconceitos,
autoritarismos e todas as instituições sociais
que violentassem a liberdade característica da
natureza.
Ele revolucionou a educação de seu tempo ao
afirmar que a infância era apenas uma via de
acesso, um período de preparação para a vida
adulta, mais tinha valor em si mesma.
Ele defendia uma educação não orientado
pelos adultos mas que fosse resultado do livre
exercício das capacidades infantis e
enfatizasse não o que a criança tem permissão
para saber, mas o que ela é capaz de fazer.
Suas ideias abriram caminho para as
concepções educacionais de Pestalozzi (1746-
1827), que também reagiu contra o
intelectualismo excessivo da educação
tradicional.
Propunha uma educação na força da
bondade e do amor, tal como na família,
defendia o cuidado pelo desenvolvimento
afetivo da criança. E que a educação deveria
ocorrer em um ambiente mais natural
possível, num clima de disciplina estrita, mas
amorosa, e pôr em ação o que a criança já
possui dentro dela.
As ideias de Pestalozzi foram levadas a diante
por Froebel (1782-1852) – o modo básico de
funcionamento de sua proposta educacional
incluía atividades de cooperação e o ogo,
entendidos como a origem da atividade
mental. Acreditava na espontaneidade
infantil, preconizando uma autoeducação da
criança pelo jogo, por suas vantagens
intelectuais e morais.
ATIVIDADE PARA APRESENTAR NA PRÓXIMA AULA
(1,0 ponto)