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Universidade Federal do Amazonas

Faculdade de Ciências Agrárias


Departamento de Ciências Florestais
Disciplina de Indústrias Florestais

Ferramentas de Corte

Prof. Dr. Nabor da Silveira Pio


Mestranda: Jackeline Nascimento de Lira

Manaus-2016
INTRODUÇÃO

O termo “material de corte”, designa a matéria que constitui o


dente e/ou o gume (Bonduelle, UFPR).
O material de corte deve possuir:
• Dureza: resistir aos atritos e à abrasão;
• Uma tenacidade elevada;
• Uma boa estrutura metálica.

A busca por melhor qualidade e menor custo é


uma constante no setor industrial madeireiro.
Para conciliar as duas necessidades, as
melhorias no processo são fundamentais a
partir da compra do material e das ferramentas
para corte. (Revista da Madeira, 2002).
INTRODUÇÃO

Atualmente, o mercado de ferramentas para máquinas do


segmento madeireiro está bastante competitivo. As empresas
fazem opções de compra de acordo com a intenção de
produção, porte da empresa, custo beneficio (Revista Referencia,
2004).

Entende-se por “ferramenta ideal” aquela que proporciona


qualidade final do produto, qualidade na operação do processo,
diminuição dos índices de perdas e sobras, aumento da
rentabilidade e produtividade (Revista da Madeira, 2002).
FERRAMENTAS DE CORTE
Os Materiais de corte podem ser fabricados de dois
tipos:
aço-carbono: é usado em máquinas com baixa velocidade de corte,
tem baixa dureza e perde rapidamente o poder de corte.

aço rápido: é resistente ao calor e ao desgaste. Permite utilizar alta


As ligas: velocidade de corte, muito apreciado pela Indústria Madeireira.
Antes do aparecimento dos sinterizados, era considerado o material
mais adequado para fabricação de ferramentas.

Estelita (Stellite): a composição básica da estelita é de cobalto,


cromo, tungstênio e de carbono. O estelite proporciona uma
conservação da aptidão ao corte duas a três vezes mais do que os
aços rápidos.
Metal duro: mais utilizado atualmente na indústria madeireira. A
Materiais resistência ao desgaste dos metais duros é de 10 a 15 vezes maior
Sinterizados que a dos aços rápidos
Diamante: é um material sinterizado altamente resistente ao
desgaste. O preço de custo de uma ferramenta calçada de diamante
é muito elevado.
FERRAMENTAS DE CORTE

Classificação das Ferramentas

As ferramentas de corte são classificadas em:


• Monocortantes: têm uma aresta de corte como as ferramentas do
torno e da plaina.
• Policortantes: têm varias arestas de corte. São as fresa, brocas e as
serras.

Faca e brocas
Serra fita e Circular
Fresas para molduras Fonte:www. titoferramentas.com.br
Fonte:Revista da madeira, 2006
Fonte:www.santiferramentas.com.br
FERRAMENTAS DE CORTE

Características das Ferramentas (Dentes de serra)

As lâminas são constituídas de um corpo ou folha e dente. Os dentes


são formados por entalhes e saliências, as quais realizam um ataque
sucessivo aos feixes fibrosos da madeira, onde arrancam uma certa
quantidade de madeira sob a forma de pequenas partículas
(serragem) (Manual Uddeholm, 1993).

9 1-Corpo do dente
3 2-Goela (garganta, fundo)
8 4 3-Ponta
1 5 10 4-Frente
2
5-Dorso
6-Ângulo de saída (varia entre 5º
7
30º)
7-Ângulo de corte (varia entre 35º
6 50º)
8-Ângulo de ataque (no mínimo 5º)
9- Passo (distância dos dentes)
Diferentes partes e ângulos de serras circulares e serras fitas
10-Altura ou profundidade do dente
Fonte: Tuset & Duran, 1979.
FERRAMENTAS DE CORTE

Ângulo de incidência (A): Quando é muito pequeno, o gume não pode penetrar no
material de forma adequada e a ferramenta perde o corte rapidamente, ocorre forte atrito,
super aquecimento e mau acabamento da superfície.
Quando é muito grande o gume quebra ou solta pequenas lascas facilmente, aumentando
a ocorrência de falhas devido a um apoio deficiente. Este ângulo nunca pode ser menor
que 5º, sendo que na prática, o seu valor é em torno de 30° (STEMMER, 2001; Man. do
Tec. Florestal, 1986)

Ângulo de corte (B): é indicado como o ângulo mais importante, visto que de seu
tamanho depende a resistência do dente. Quanto maior for este ângulo maior será sua
resistência. Para madeiras de baixa densidade aplica-se ângulos de 35°, enquanto para
madeiras de alta densidade usa-se ângulos de 50° (STEMMER, 2001; Man. do Tec.
Florestal, 1986)

Ângulo de saída (C): influi decisivamente na força, na potência necessárias ao corte e na


qualidade do acabamento da superfície da peça usinada. Para madeiras duras é necessário
adotar um ângulo de saída menor. Ângulo muito pequeno fende a madeira em vez de
cortar, consumindo mais energia. Porém ângulo demasiadamente grande, uma superfície
(cortada) mais áspera. Quanto maior o avanço, maior será o ângulo de saída (STEMMER,
2001)
FERRAMENTAS DE CORTE

Influência dos dentes no corte

O formato e a dimensão dos dentes de serra exercem decisiva


influencia sobre o resultado de corte
Sua escolha depende de vários fatores
- Tipo de madeira: madeiras duras, requerem formato de dentes robustos com
um passo menor, diferente de madeiras brancas que requerem passo maior;

- Direção de corte em relação às fibras: dentes de serra que cortam madeira


transversalmente sofrem maior desgaste do que dentes que cortam madeira no
sentido longitudinal;

- Velocidade de corte: é a velocidade percorrida em segundo pela ponta cortante


do dente. Relaciona-se com o número de dentes, no sentido e quanto maior a
velocidade, maior deve ser o numero de dentes e o passo entre eles;

- Velocidade de Avanço : elevadas velocidades de avanço sujeitam os dentes de


serras a um grande esforço, exigindo um formato robusto. Depende de fatores
como: tipo de madeira, teor de umidade e altura de corte;
Morfologia dos dentes de serra

Fonte: www.saturno-net.com.br

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PERFIL DOS DENTES DE SERRA FITA

Perfil Nº 1: Tem o formato de “N”, também conhecido como


mareado, é o mais utilizado para lâminas estreitas, ou seja, com
larguras de até 50mm. Dentes com esse formato são considerados
fortes, e são mais usados para madeiras excessivamente duras com
área do fundo relativamente pequena (Tuset e Duran, 1979).

Dentes de formato tipo “N”


Fonte: Manual Uddeholm, 1993.
PERFIL DOS DENTES DE SERRA FITA

Perfil Nº 2: Apresenta formato “O”, tem a base da garganta plana e


ampla. É recomendado para madeiras brancas (moles) e para madeiras
duras, como também, para madeiras com fibras grossas. Muitos
especialistas afirma que serras com a garganta plana reduz o risco de
fendas, trinco na garganta do dente (Manual Uddeholm, 1993).

Dentes de formato tipo “O”


Fonte: Manual Uddeholm, 1993.
PERFIL DOS DENTES DE SERRA FITA

Perfil Nº 3: Tem formato “S”, recomendado para lâminas


largas, principalmente quando as pontas dos dentes forem
recalcadas. Garganta ampla e corpo do dente altamente
rígido, logo, recomendado para todos os tipos de madeiras.
Conhecido também como bico de papagaio (Manual Uddeholm,
1993; Tuset & Duran, 1979).

Dentes de formato tipo “S”


Fonte: Manual Uddeholm, 1993.
PERFIL DOS DENTES DE SERRA FITA

Perfil Nº 4: Este formato é uma comunicação do tipo “N e S”. Tem como


vantagens uma ponta com alta capacidade de recalque e uma grande
área de garganta. Desta forma, reduz o risco de surgimento de fendas e
aumenta a capacidade de contenção de serragem. É recomendado
tanto para madeiras moles como para madeiras duras (Manual Uddeholm,
1993).

Dentes de formato tipo “ N e S”


Fonte: Manual Uddeholm, 1993.
PERFIL DOS DENTES DE SERRA FITA

Perfil Nº 5: Possui um raio de garganta maior, o qual previne formação


de fendas. Um ponto de transição no fundo da garganta faz com que os
cavacos se quebrem, transformando-se em cavacos menores, o que
proporciona uma ótima utilização da área da garganta, com um mínimo
de fuga e adesão de serragem nas tábuas. Este perfil apresenta
dificuldade durante a afiação com máquinas automáticas, pois não
conta com uma saída excêntrica adequada; recomendado para todo
tipo de madeira (Manual Uddeholm, 1993; Tuset & Duran, 1979).

Dentes de formato tipo “SB”


Fonte: Manual Uddeholm, 1993.
PERFIL DOS DENTES DE SERRA CIRCULAR

Perfil Nº 1: Recomendado para corte longitudinal de desdobro


(Tuset & Duran, 1979; Revista da madeira, 2002).

Fonte: Tuset & Duran, 1979.


PERFIL DOS DENTES DE SERRA CIRCULAR

Perfil Nº 2: Utilizado para corte transversal, em serramento de


destopo (Tuset & Duran, 1979; Revista da madeira, 2002).
PERFIL DOS DENTES DE SERRA CIRCULAR

Perfil Nº 3: Recomendado para corte de até 35mm de altura em


corte longitudinal de acabamento e madeira seca (Tuset & Duran, 1979;
Revista da madeira, 2002).

Fonte: Tuset & Duran, 1979.


PERFIL DOS DENTES DE SERRA CIRCULAR

Perfil Nº 4: Utilizado para corte longitudinal e transversal de acabamento


fino (Tuset & Duran, 1979; Revista da madeira, 2002).

Fonte: Tuset & Duran, 1979.


PERFIL DOS DENTES DE SERRA CIRCULAR

Perfil Nº 5: Trata-se de um perfil pouco utilizado, tem como objetivo


serrar peças com elevadas espessuras. Empregado em máquinas
de avanço automático (Tuset & Duran, 1979; Revista da madeira, 2002).

Fonte: Tuset & Duran, 1979


PONTA DO DENTE DE SERRA CIRCULAR (Widia)

RETO: Corte de precisão em madeiras maciças.

ALTERNADO: É o mais utilizado, apresenta


aplicação universal em cortes longitudinais
e/ou transversais em madeiras maciças,
laminados e compensados.

TRAPEZOIDAL RETO: Indicado


Fonte: tito ferramenta

especialmente para o corte de materiais duros,


perfis maciços de alumínio, PVC e laminados.
Apresenta ótimo acabamento.
Fonte: www.titoferramenta.com.br
PONTA DO DENTE DE SERRA CIRCULAR (Widia)

Na ponta desses dentes é soldada uma liga


metálica, denominada estelita,comercializada
no Brasil com o nome de wídia.
Fonte: tito ferramenta

Fonte: www.ferramentasdireto.com
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Lâminas de serras

Propriedades para que as lâminas de serra tenham bom desempenho


e boa durabilidade

Boa resistência o choque, para suportar repetidos impactos

Boa dureza e resistência ao desgaste, a fim de permanecer afiadas


durante um tempo razoável

Boa elasticidade uniformidade estrutural para suportar as tensões

Elevada resistência à fadiga para resistir à flexão sobre os volantes


milhares de vezes do dia

Capacidade de resistir às tensões provocadas pelo aumento de


temperatura sem se deformar

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Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008.
Morfologia dos dentes de serra

Escolha do perfil

O perfil e a velocidade de alimentação


afetam a qualidade da superfície
serrada.

Perfil ou velocidade inadequada são


responsáveis por superfícies rugosas e
redução da produção de madeira
aplainada.

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 23


Ação de corte e desgaste do dente de serra

Fio de corte

Corresponde à passagem do dente da lâmina de serra no


corte da madeira
A penetração do dente na
madeira exerce uma certa
pressão recebendo também
pressão contrária por parte da
madeira.

Quanto mais o dente perde o fio,


maior será o esforço para o corte.

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 24


Ação de corte e desgaste do dente de serra

Fio de corte

Peças com faces riscadas:

Afiação ou travamento irregular

Velocidade de corte excessiva

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 25


Ação de corte e desgaste do dente de serra

Afiação
Necessária para oferecer o perfil ao dente ou
recuperá-lo e aguçar a sua ponta

Afeta a durabilidade da serra, Causa o aparecimento de


se realizada com descuido ou fendas no fundo dos dentes
com ferramentas inadequadas

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 26


Ação de corte e desgaste do dente de serra

Afiação com rebolo de esmeril

É o mais utilizado para afiação de


lâmina de serra de grandes
dimensões

Rebolo com formato inadequado

Pressão muito forte e irregular Reduz a resistência

Velocidade excessiva poderão


aquecer os dentes

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 27


Ação de corte e desgaste do dente de serra

Fonte:www.vantec.ind.br
Ação de corte e desgaste do dente de serra

Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=UeOPyVeUJIk
Ação de corte e desgaste do dente de serra

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Fonte: Brandão, J.C.2011
Ação de corte e desgaste do dente de serra
Afiação com limas

Não ocorre superaquecimento, porém, é uma


operação demorada, por isso empregada para
pequenas lâminas

Fonte:www.clicaseesquemas.blogspot.com

Fonte:http://www.esemgoldex.com/youtube/v/chkpW5-yf3s/

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 31


Manutenção das serras

Recalque

É o travamento dado ao dente por meio de um


achatamento da ponta do dente, o qual o torna mais
espesso que o corpo da lâmina, a fim de evitar o
atrito do mesmo no processo de desdobro.

Quanto mais dura a madeira, maior


Seu tamanho deverá ser o recalque do dente
depende:
Madeiras secas o recalque deve ser
menor e madeiras úmidas devem ter
recalque maior

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 32


Manutenção das serras

Recalque

O recalque depende
da madeira e da
espessura da lâmina

Para o corte de madeiras


macias o recalque deve
ser mais pronunciado
que para madeiras duras

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008.


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Manutenção das serras

Recalque

As lâminas de serras com dentes recalcados permitem


maior velocidade de alimentação do que aquelas com
dentes travados por torção.

O achatamento é geralmente realizado tendo a


ajuda de um aparelho manual (recalcador), para
lâminas onde a espessura é inferior 2mm.

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 34


Manutenção das serras

Ponta de dentes estelitados


Dente recalcado e Pronto para
igualado receber a
estelita

Fonte Vital, Benedito Rocha, 2008.

Fonte Vital, Benedito Rocha, 2008.

35
Manutenção das serras

Recalque Equipamento recalcador

36
Fonte: wolmer werke
Manutenção das serras

Recalque
Equipamento recalcador

37
Manutenção das serras

Travamento por torção

Consiste em inclinar a ponta do


dente para a direita ou para a
esquerda
As serras travadas por torção produzem
um fio de corte mais largo, mais
serragem e consomem mais energia

Fonte Vital, Benedito Rocha, 2008.


 Espessura da
A inclinação dos dentes depende:
lâmina
 Dureza da madeira

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 38


Manutenção das serras

Travamento por torção


Equipamento de travamento
 Em serra fita,
madeiras com
densidade superior
de 0,60 g/cm3,o
travamento deverá
ser feito até um
terço da altura do
dente

 Madeira macia ou
com densidade
inferior de 0,60g/cm3
até metade de sua
altura

Fonte: Vital, Benedito Rocha, 2008. 39


Manutenção das serras

Travamento por torção


Serras travadas

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Manutenção das serras

Sistema de refrigeração e limpeza da lâmina

Sistema de resfriamento do corpo de lâmina, que além de


resfriar o corpo de lâmina, serve para limpeza da mesma

41
Manutenção das serras

Tensionamento das serras

A tensão interna das lâminas de serra é necessária para


compensar a dilatação que elas sofrem do aquecimento do
atrito entre os dentes, o corpo da lâmina e a madeira

42
Manutenção das serras

Tensionamento das serras

Desempeno

Quando em uso, a serra fita pode empenar devido a


sobrecargas, o que pode afetá-la totalmente.

Para evitar seu


empenamento deve-se
suspendê-la de
maneira a formar um
laço ou suspendê-las
em suportes

Fonte Vital, Benedito Rocha, 2008. Fonte: Lira, J.N. 2011 43


Pode-se dizer que a busca por melhor qualidade e menor custo é uma
constante no setor industrial madeireiro.

Assim, o desempenho da ferramenta atinge rigorosamente a


produtividade da máquina, logo, a boa ferramenta para corte é
indispensável tanto nos equipamentos mais tradicionais quanto nos mais
tecnológicos, conferindo assim, qualidade final do produto, qualidade na
operação do processo e um grande rendimento.

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