DIREITO DO CONSUMIDOR

Por Heloísa Santos

Prof. UNINASSAU/GARANHUNS
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• Conceito: é o conjunto de normas e princípios que regulam e protegem
as relações estabelecidas entre fornecedores e consumidores.

• Legislação aplicável Constituição Federal – Art. 5º, 170, V;

Lei 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor
(CDC)

• Sujeitos das Relações Consumidor – Art. 2º

Consumeristas Fornecedor – Art. 3º
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• Consumidor:
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

• Fornecedor:
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.
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• Produto:
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel
ou imóvel, material ou imaterial.
• Serviço:
§ 2° Serviço é qualquer atividade
fornecida no mercado de consumo,
mediante remuneração, inclusive as
de natureza bancária, financeira, de
crédito e securitária, salvo as
decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
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• Direitos Básicos do Consumidor – (Art. 6º, CDC):
– Proteção à vida, à saúde e a segurança contra os riscos provocados por
produtos e serviços perigosos;
– Educação e divulgação sobre o consumo adequado de produtos e
serviços;
– Informações claras sobre o produto e serviço, com as especificações
técnicas de quantidade, qualidade, riscos, tributos incidentes sobre o
preço;
– Proteção contra publicidade enganosa e abusiva;
– A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais
– O acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à
prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais.
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• Publicidade Enganosa
X
Publicidade Abusiva
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• Publicidade Enganosa: qualquer modalidade de informação
ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da
natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades,
origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e
serviços.
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• Publicidade Abusiva: a publicidade discriminatória de qualquer
natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição,
se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança,
desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o
consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua
saúde ou segurança.
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• Danos Causados ao Consumidor:
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• Exemplos de Danos Causados ao Consumidor:

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• Responsabilidade Civil no CDC (Art. 12):
– Objetiva Independe de culpa
– Subjetiva Depende de culpa (profissionais liberais)

Fato do Produto ou Serviço (risco à saúde ou segurança

do consumidor; é o “acidente de consumo”)
– Espécies
Vício do Produto ou Serviço (defeito restrito ao bem ou
serviço; relativo ao mau funcionamento.)
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FATO DO PRODUTO OU SERVIÇO VÍCIO DO PRODUTO OU SERVIÇO
• Bateria de celular que explode e • Aparelho de TV novo que não
causa ferimento ao consumidor; funciona;
• Uma bebida contaminada por • Maquina de lavar nova que não
larvas e vem a ser ingerida pelo centrifuga;
consumidor;
• Uso de medicamento que foi • Fogão novo cuja pintura está
vendido e já estava fora do prazo descascando;
de validade;

• Uma dedetização realizada com • Conserto mal executado de um

quantidade de veneno superior ao ventilador que faz com que o mesmo
permitido e causa intoxicação ao não funcione;
consumidor;
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• Responsabilidade Civil Por Vício do Produto (Art. 18):
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis e
não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade
ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao
consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor , assim como
por aqueles decorrentes da disparidade, com indicações constantes
dos recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem
publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza,
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
• Reparação do Vício (Art. 18, § 1º):
– Substituição do produto;
– Restituição imediata da quantia paga
– O abatimento proporcional do preço
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• Prazo para Reclamação dos Vícios Aparentes (Art. 26):
– 30 dias – bens não duráveis (alimentos, por ex.)
– 90 dias – bens duráveis (eletrodomésticos, por ex.)
– A contagem inicia-se a partir da entrega efetiva do produto
– É a chamada “garantia legal”. Existem ainda a “garantia contratual”
(Art. 50, CDC) e a “garantia estendida”.
• Troca de Produtos (Art. 18):
– O fornecedor tem obrigação de trocar produtos com defeitos.
– Produtos sem defeitos dependerá de acordo entre as partes.
• Direito de Arrependimento (Art. 49):
– Prazo de 7 dias;
– Compras fora do estabelecimento comercial
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• Responsabilidade Civil Pelo Fato do Produto (Art. 12):
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
estrangeiro e o importador respondem, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

• O direito de buscar a reparação civil pelo fato do produto

prescreve em 5 anos, a contar da data do fato e de sua autoria (Art.
27, CDC).
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• Quando o Fornecedor NÃO responderá pelos danos causados ao
consumidor? (Art. 12, §3º):
– Não colocou o produto no mercado
– Que o defeito inexiste
– A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro
• Responsabilidade do Comerciante (Art. 13):
– O fabricante, construtor, produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
– O produtor for fornecido sem identificação clara de seu fabricante,
construtor, produtor ou o importador;
– Não conservar adequadamente os produtos perecíveis.

• Ação de Regresso (Art. 13, parágrafo único)

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• Práticas Abusivas (Art. 39):
– Condicionar a venda de produto ou serviço ao
fornecimento de outro produto ou serviço,
bem como, sem justa causa, a limites
quantitativos;
– Enviar ou entregar ao consumidor, sem
solicitação prévia, qualquer produto ou
fornecer qualquer serviço;
– Exigir do consumidor vantagem
manifestamente excessiva;
– Executar serviços sem a prévia autorização do
consumidor;
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• Cobrança de Dívidas (Art. 42):
Art. 42. Na cobrança de débitos o
consumidor inadimplente não será
exposto à ridículo, nem será submetido a
qualquer tipo de constrangimento ou
ameaça.
Parágrafo único. O consumidor
cobrado em quantia indevida tem direito
à repetição do indébito, por valor igual
ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros
legais, salvo hipótese de engano
justificável.
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• Banco de Dados e Cadastro de

Consumidores (Art. 43):
– É lícito;
– Informações negativas não podem
ser superior a 5 anos
– Ao consumidor é permitido o
acesso e o pedido de correção, se
houver erros em seus dados.
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• Defesa do Consumidor (Art.
55):
– Extrajudicial – órgãos
administrativos. Ex.:
PROCON.
– Judicial – ações judiciais.
Ex: Juizados Especiais
Cíveis.
– Redes Sociais.
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• Infrações Contra as Relações de Consumo (Art. 61):
– Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou
periculosidade de produtos, nas embalagens, recipientes,
publicidade. Pena: detenção de 6 meses a 2 anos, e multa.
– Fazer publicidade enganosa ou abusiva. Pena: detenção de 3
meses a 1 ano, e multa.
– Empregar na reparação de produtos, peças ou componentes de
reposição usados, sem autorização do consumidor. Pena:
detenção de 3 meses a 1 ano, e multa.
– Utilizar na cobrança de dívidas, de ameaça, coação,
constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou
enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o
consumidor à ridículo ou interfira com o seu trabalho, descanso
ou lazer. Pena: Detenção de 3 meses a 1 ano, e multa.
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• Situações Interessantes:

 Couver Artístico ou Comida de Graça (Art. 39, III, CDC)

 Perda da comanda (Art. 39, V, CDC) e Consumação mínima (Art. 39, I,

CDC)

 Taxa de Serviço do Garçom (10%)

 Alimentos no cinema (Art. 39, I, CDC)

 Direito de Arrependimento para compras realizadas fora do espaço

físico da loja -> prazo de 7 dias (Art. 49, CDC)

 Planos de saúde – limite dias/internação (Súmula nº 302,

STJ)
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• Situações Interessantes:

 Placas de supermercados e estacionamentos: “Não nos

responsabilizamos por objetos deixados no interior do veículo”

 Valor mínimo de compras para pagar com cartão de crédito (Art. 39,
IX, CDC)

 Pagamento maior que o devido -> Ressarcimento em dobro (Art. 49,

CDC)

 Passagem de Ônibus -> Validade de 01 ano -> Remarcação (Lei

11.975/09)

 Ligação de telefone móvel “cair” -> 120 segundos para ligar

novamente sem custo adicional (Resolução 604, ANATEL).
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• A Defesa do Consumidor
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