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Lembre:
1°. ONG não tem personalidade jurídica de
direito internacional público, e seus atos
instituidores são celebrados entre particulares, com
ou sem a interveniência de órgãos públicos.
2°. ONGs são criadas por normas internas,
sendo assim, também são regidas por elas.
Espécies/denominações
1. Convenção: refere-se a atos multilaterais assinados em
conferências internacionais e que versam sobre assuntos de
interesse geral. Ex.: Convenção de Haia de 1980, que versa sobre
o sequestro internacional de crianças e adolescentes. Seu objetivo
é evitar os efeitos prejudiciais provocados pelo deslocamento
ilegal de menores de seu país de residência habitual;
2. Tratado: atos solenes que versam sobre assuntos de interesse
global ou regional; também pode ser denominado Pacto (Pacto de
San José da Costa Rica);
3. Acordos: estabelecem a base institucional que orienta a
cooperação entre dois ou mais países. Os acordos costumam ter
número reduzido de participantes. Um exemplo é o acordo entre
o governo do Brasil e da Dinamarca, em vigor desde março de
2011, para o enfrentamento da pobreza na área de transporte
marítimo e intercâmbio cultural bilateral.;
4. Protocolo: designa acordos bilaterais ou
multilaterais menos formais do que os tratados
ou acordos complementares. O Protocolo de
Quioto, do qual o Brasil é signatário, estabelece
compromissos por parte dos países para a
redução da emissão de gases de efeito estufa;
5. Carta: costuma designar tratados
constitutivos de OI’s (ONU, OEA);
6. Concordata: compromissos firmados entre o
Vaticano/Santa Sé e um Estado.
7. Estatuto: designam a regulamentação de um
Tribunal Internacional. Ex.: Estatuto de Roma,
da CIJ.
8. Acordos em forma simplificada, acordos
executivos ou executive agreements - são os
tratados concluídos pelo chefe do Poder
Executivo, de forma direta, sem aprovação
parlamentar. Não existem no Brasil.
9. Gentlemen´s Agreement - ou Acordo de
Cavalheiros, era um tratado de normas de
efeito moral e não estabelecem uma
obrigação jurídica ente os agentes. É
transitório e provisório, dissipando sua
existência com o simples desaparecimento
de um de seus agentes.
Requisitos/condições de validade
As condições de validade que deve ostentar um
tratado são semelhantes aos requisitos dos
contratos no direito civil, a saber:
⇨ Importante:
O Presidente da República não necessita
autorização do Congresso Nacional para
denunciar um tratado.
O Brasil fez duas reservas em relação à Convenção de Viena
sobre Direito dos Tratados, de 1969, a saber:
Artigo 25
Aplicação Provisória
1. Um tratado ou uma parte do tratado aplica-se
provisoriamente enquanto não entra em vigor, se:
a)o próprio tratado assim dispuser; ou
b)os Estados negociadores assim acordarem por outra forma.
2. A não ser que o tratado disponha ou os Estados
negociadores acordem de outra forma, a aplicação provisória
de um tratado ou parte de um tratado, em relação a um Estado,
termina se esse Estado notificar aos outros Estados, entre os
quais o tratado é aplicado provisoriamente, sua intenção de não
se tornar parte no tratado.
Artigo 66
Processo de Solução Judicial, de Arbitragem e de Conciliação
Se, nos termos do parágrafo 3 do artigo 65, nenhuma solução
foi alcançada, nos 12 meses seguintes à data na qual a objeção
foi formulada, o seguinte processo será adotado:
a)qualquer parte na controvérsia sobre a aplicação ou a
interpretação dos artigos 53 ou 64 poderá, mediante pedido
escrito, submetê-la à decisão da Corte Internacional de Justiça,
salvo se as partes decidirem, de comum acordo, submeter a
controvérsia a arbitragem;
b)qualquer parte na controvérsia sobre a aplicação ou a
interpretação de qualquer um dos outros artigos da Parte V da
presente Convenção poderá iniciar o processo previsto no
Anexo à Convenção, mediante pedido nesse sentido ao
Secretário-Geral das Nações Unidas.
Denúncia, ou Retirada, por parte de um Estado, de um
Tratado que não Contém Disposições sobre Extinção,
Denúncia ou Retirada
Conforme a CVDT/1969, artigo 56:
1. Um tratado que não contém disposição relativa à sua
extinção, e que não prevê denúncia ou retirada, não é
suscetível de denúncia ou retirada, a não ser que:
a)se estabeleça terem as partes tencionado admitir a
possibilidade da denúncia ou retirada; ou
b)um direito de denúncia ou retirada possa ser
deduzido da natureza do tratado.
2. Uma parte deverá notificar, com pelo menos doze
meses de antecedência, a sua intenção de denunciar ou
de se retirar de um tratado, nos termos do parágrafo 1.
Registro do tratado
O registro é requisito estabelecido pela Carta da ONU e tem
como finalidade fazer com que o Estado que celebrou o tratado
possa invocar para si, junto à organização, os benefícios do acordo
celebrado. O registro deve ser requerido ao secretário-geral da
ONU, que fornece, a cada Estado, um certificado redigido em
inglês e Francês.
Vale registrar a previsão do art. 80, da Convenção de Viena sobre
o Direito dos Tratados e o art. 102 da Carta da ONU:
Art. 80 Registro e Publicação dos Tratados:
1. Após sua entrada em vigor, os tratados serão remetidos ao
Secretariado das Nações Unidas para fins de registro ou de
classificação e catalogação, conforme o caso, bem como de publicação
2. A designação de um depositário constitui autorização para este
praticar os atos previstos no parágrafo anterior.
Artigo 102
1.Todo tratado e todo acordo internacional,
concluídos por qualquer Membro das Nações
Unidas depois da entrada em vigor da presente
Carta, deverão, dentro do mais breve prazo
possível, ser registrados e publicados pelo
Secretariado.
2. Nenhuma parte em qualquer tratado ou acordo
internacional que não tenha sido registrado de
conformidade com as disposições do parágrafo 1º
deste Artigo poderá invocar tal tratado ou acordo
perante qualquer órgão das Nações Unidas.
O texto a seguir é uma verdadeira aula sobre
Direito dos Tratados
ADI 1480 / DF – 2.001 – Rel. Min. Celso de Mello