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I

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 8 9

A Carta de 1988 qualificou a organização do Estado brasileiro como político-


administrativa

As entidades integrantes da República Federativa do Brasil, sujeitam-se as


diretrizes e normas constitucionais compulsoriamente (Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário)

Organização espacial ou territorial do poder do Estado sob tríplice


perspectiva:

• forma de governo - monarquia ou república;


• sistema de governo - presidencialista ou parlamentarista; e
• forma de Estado - federação, confederação ou Estado unitário.
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FEDERAÇÃO
Federação, do latim foedus, foederis, significa pacto, interação, aliança, elo
entre Estados-
membros.

Trata-se de uma unidade dentro da diversidade. ou seja, uma pluralidade de


Estados dentro da unidade que é o Estado Federal.

Origem do modelo: constituinte norte-americano de 1787.


(mas nos EUA, o movimento é CENTRÍPETO, ou seja, confederação)
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CARACTERÍSTICAS COMUNS AS
FEDERAÇÕES
• Pacto entre unidades autônomas
• Impossibilidade de secessão
• Extrai sua força da Constituição
• Descentralização político-administrativa
• Participação dos Estados no Poder Legislativo Federal
• Órgão representativo dos Estados-membros
• Repartição de competências entre os entes federados
• Possibilidade de intervenção federal
• Formação de Estados-membros
• Previsão de um órgão de cúpula do Poder Judiciário

É a federação, portanto, uma genuína técnica de distribuição do poder


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OUTRAS FIGURAS POLÍTICO-


INSTITUCIONAIS
Estado unitário
• Estado unitário puro (o poder político é fortemente centralizado)
• Estado unitário descentralizado administrativamente (o governo
nacional transfere encargos e serviços para pessoas descentralizadas)
• Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente (as
decisões são tomadas de forma compartilhada entre o governo central,
que as concebe, e o povo)

Estado regional

Confederação
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O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO


A federação brasileira formou-se de dentro para fora, num movimento
CENTRÍFUGO, pois tínhamos um Estado unitário que se descentralizou.

 Princípio da indissolubilidade do pacto federativo (CF, arts. 1º, caput, e


18, caput)

 Princípio implícito da simetria federativa


(busca pelo padrão, modelo, isonomia jurídica)

 Federalismo assimétrico (CF, arts. 23; 43; 151, I; 155, I, b, § 2º, VI e XII, g)
(busca do equilíbrio, da cooperação, do entendimento)
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ENTIDADES COMPONENTES DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA
CRFB, art. 18, caput
União -
UNIÃO NA ACEPÇÃO INTERNA OU NACIONAL - legisla, executa e gerencia serviços
públicos federais. Coopera para a feitura de leis federais, realizando obras e serviços
públicos no âmbito de suas atribuições. Afigura-se sujeito de direitos e deveres,
integrando os polos ativo e passivo de relações jurídicas, de modo a suportar os encargos
decorrentes de sua conduta. Por meio de órgãos e agentes, pode assumir o posto de
autora, ou de ré, em demandas judiciais.

UNIÃO NA ACEPÇÃO EXTERNA OU INTERNACIONAL - representa a República Federativa


do Brasil nas suas relações exteriores, embora não seja uma pessoa jurídica de Direito
Internacional, coisa que só o Estado brasileiro o é. Apenas detém a competência exclusiva
para representar o Brasil em matéria de soberania, afinal Estados-membros, Distrito
Federal e Municípios não atuam nessa seara. Mesmo em sentido externo, é entidade
componente da nossa federação, não se confundindo com ela.

A União é autônoma em relação aos Estados, Distriro Federal e Municípios, não se


confundindo com a República Federativa do Brasil.
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BENS DA UNIÃO (CF, art. 20, I a XI)

conceitos:
terras devolutas - são terras públicas sem destinação pelo Poder Público
e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular,
ainda que estejam irregularmente sob sua posse.

mar territorial - faixa de águas costeiras que alcança 12 milhas náuticas


(22 quilômetros) a partir do litoral de um Estado, que é considerado
parte do território soberano daquele Estado.
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PARTICIPAÇÃO EM RECURSOS
MINERAIS (CF, art. 20, §1º)

As constituições brasileiras passadas não distinguiam participação de


compensação.´

PARTICIPAÇÃO produz benefícios, provenientes da exploração

COMPENSAÇÃO ocorre nas hipóteses de prejuízos advindos da exploração,


sendo compreensível, nesses casos, que a entidade federativa não sofra
investidas dentro do seu próprio território
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FAIXA DE FRONTEIRA (CF, art. 20, § 2º)


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REGIÕES ADMINISTRATIVAS OU DE
DESENVOLVIMENTO (CF, art. 43, caput, §§
1º a 3º)
São organismos regionais ou unidades geográficas, com composição
populacional própria, desligadas dos Estados-membros, mas que se
encontram submetidas à égide do princípio federativo (CF, art. 1º, caput)

Exemplos:
• Composição da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA)
- Lei Complementar n. 68, de 13/6/1991.
• Agência de Desenvolvimento do Nordeste (ADENE) - Decreto n. 4.253, de
31/5/2002.
• Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA) - Decreto n. 4.254, de
31/5/2002.
• Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste - SUDECO - Lei
Complementar n. 129, de 8/1/2009.
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ESTADOS
Os Estados federados, Estados-membros ou Estados constituem ordenações
jurídicas parciais, que atuam como núcleos autônomos de poder, com
legislação, governo e jurisdição próprios.

Inserem-se na estrutura do Estado Federal - o único dotado de soberania.

A soberania, ou superioridade do Estado Federal sobre os Estados-membros


reflete-se, por exemplo, na (1) técnica de distribuição de competências, no
(2) direito de intervenção, na (3) relação entre Poderes, na (4) resolução de
pendências judiciais, no (5) controle de constitucionalidade das leis e atos
normativos etc.
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ASPECTOS INDISSOCIÁVEIS DA POSIÇÃO DOS


ESTADOS:

• PARTICIPAÇÃO - os Estados influem de modo ativo, tomam decisões e


solicitam mudanças; e

• AUTONOMIA - os Estados exercem capacidade de ação e vontade própria,


dentro de um círculo preestabelecido pela Constituição Federal.
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AUTONOMIA ESTADUAL (CF, art. 25)


Autonomia, do grego autos (próprio) e nomos (norma), é a capacidade de
editar normas próprias dentro de um círculo preestabelecido pela CF 88.

V. (arts. 18, 25, §1º, 27, 28 e 125).

A autonomia dos entes federativos exterioriza-se mediante QUATRO


CAPACIDADES:

 Capacidade de auto-organização (CF, art. 25, caput)


 Capacidade de autolegislaçáo (CF, art. 25, caput)
 Capacidade de autoadministraçáo (CF, art. 25, § 1º)
 Capacidade de autogoverno (CF, arts. 27, 28 e 125)
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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


ESTADUAIS (CF, arts. 27, 28 e 125)
Regras:
 Composição do Poder Legislativo Estadual (CF, art. 27, § 1º)
 Número de deputados estaduais - (CF, art. 27, caput, 1ª parte)
 Número de deputados estaduais - Exceção (CF, art. 27, caput, 2ª parte)
se for atingido, excepcionalmente, o número de 36 deputados estaduais, será
acrescido de tantos quantos forem os deputados federais acima de 12 . É o caso do
Estado de São Paulo. Ele tem 36 deputados estaduais e 70 deputados federais.
Somando 36 com 70, obteremos o total de 106 deputados. Diminuindo 12 de 1 06,
chegaremos à composição máxima da Assembleia Legislativa Paulista, isto é, 94
deputados estaduais.

 Remuneração dos deputados estaduais (CF, art. 27, § 2º - redação dada pela EC n.19/98)
 Processo legislativo estadual (CF, art. 27, § 4º)
 Eleição do Poder Executivo estadual (CF, art. 28, caput - redação dada pela EC n. 16/97)
 Perda do mandato executivo estadual (CF, art. 28, § 1º - renumerado pela EC n. 19/98)
 Remuneração do Poder Executivo estadual (CF, art. 28, § 2º - acrescentado pela EC n.
19/98)
 Organização das Justiças estaduais (CF, art. 125)
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BENS DOS ESTADOS (CF, art. 26, I a IV)


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FORMAÇÃO DE ESTADOS
(CF, art. 18, § 3º)
1. Fusão (ou incorporação)

2. Subdivisão

3. Desmembramento por anexação (não teremos uma nova


entidade federativa, mas simples ajuste de limites
territoriais)

4. Desmembramento por formação (parte desmembrada do


Estado-membro originário pode constituir um novo Estado)
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REGIÕES METROPOLITANAS,
AGLOMERAÇÕES URBANAS E
MICRORREGIÕES (CF, art. 25, § 3º)
• A criação de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas
e microrregiões é matéria integrante da competência
exclusiva do Estado-membro, permitindo-lhe otimizar o seu
território, além de oferecer respostas para certas questões
específicas.

• Regiões metropolitanas são o conjunto de Municípios


limítrofes, reunidos em torno do Município-mãe.
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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


MUNICIPAIS (CF, arts. 29 e 29-A)
a) Eleição e posse de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores (CF, art. 29, I a IlI)
b) Remuneração de prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais (CF, art. 29, V)
e) Prefeito - perda do mandato (CF, art. 29, XIV)
d) julgamento do prefeito - foro especial por prerrogativa de função (CF, art. 29, X)
d.1) Com petência dos Tribunais de Justiça (TEMA ABORDADO QUANDO DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES)
d.2) Com petência das Câmaras de Vereadores

Compete às Câmaras de Vereadores julgar os crimes de responsabilidade próprios, cometidos por prefeitos.

Os crimes de responsabilidade próprios ou propriamente ditos são autênticas infrações político-


administrativas que acarretam a perda do mandato executivo e a suspensão dos direitos políticos, nos
termos do art. 42 do Decreto-Lei n. 201/67.

d.3) Competência dos Tribunais Regionais Eleitorais (TEMA ABORDADO QUANDO DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES)
d.4) Competência dos Tribunais Regionais Federais (TEMA ABORDADO QUANDO DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES)
d.5) Competência dos juízes de direito (TEMA ABORDADO QUANDO DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES)

e) Crime de responsabilidade do prefeito (CF, art. 29-A, § 2º)


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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


MUNICIPAIS (CF, arts. 29 e 29-A)
e) Crime de responsabilidade do prefeito (CF, art. 29-A, § 2º)

Pelo art. 29-A da Carta Maior, modificado pela Emenda Constitucional n.


58/2009, constituem crimes de responsabilidade próprios do prefeito
municipal:

• efetuar repasse que supere os limites definidos no art. 29-A, I a VII ;


• não enviar o repasse até o dia 20 de cada mês; ou
• enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na lei orçamentária
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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


MUNICIPAIS (CF, arts. 29 e 29-A)

f) Número de vereadores por Município (CF, art. 29, IV) (EC n.58/2009)
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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


MUNICIPAIS (CF, arts. 29 e 29-A)
g) Remuneração de vereadores (CF, art. 29, VI e VII)
Atualmente, encontra-se em vigor a regra da legislatura, cuja
autoaplicabilidade é indiscutível. E, como dispõe o art. 8º da Emenda
Constitucional n. 41 /2003, até que seja fixado o teto remuneratório geral a
que alude o art. 37, XI, da Constituição, aplica-se, como limite máximo para a
remuneração de vereadores, o subsídio atual dos prefeitos municipais.

A regra da Legislatura = conteúdo do art. 29, VI, a, b, e, d, e, f (tetos


remuneratórios)

O total da despesa com a remuneração dos vereadores não pode exceder o


montante de 5 % da receita do Município (CF. art. 29, VII)
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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


MUNICIPAIS (CF, arts. 29 e 29-A)
h) Imunidade material dos vereadores (CF, art. 29, VIII)

A inviolabilidade dos vereadores, como toda e qualquer imunidade


substancial parlamentar, engloba as responsabilidades civil , penal,
disciplinar e política, porquanto diz respeito a uma cláusula de
irresponsabilidade geral de Direito Constitucional material.

Como se configura essa inviolabilidade?


Configura-se pelo aferimento do nexo de causalidade entre as opiniões,
palavras e votos, expendidos no exercício do mandato, e os limites da
circunscrição municipal - terminologia que abrange os atos da edilidade
(edil = vereador) praticados, em razão do oficio, dentro ou fora do
recinto da Câmara de Vereadores, pouco importando o local de sua
manifestação
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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


MUNICIPAIS (CF, arts. 29 e 29-A)

i) Proibições e incompatibilidades dos vereadores (CF, art. 29, IX)

v. CF, art. 54 + Normas estaduais


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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


MUNICIPAIS (CF, arts. 29 e 29-A)

j) Crime de responsabilidade do Presidente da Câmara de Vereadores (CF,


art.29-A, § 3º)

Se o Presidente da Câmara Municipal permitir que os gastos


ultrapassem um valor superior a 70% da receita da folha de
pagamentos, incluindo-se aí os subsídios pagos à vereança, cometerá
crime de responsabilidade.
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ORGANIZAÇÃO DOS GOVERNOS


MUNICIPAIS (CF, arts. 29 e 29-A)

k) Funções legislativas e fiscalizatórias da Câmara Municipal (CF, art. 29, XI)

l) Cooperação no planejamento do Município (CF, art. 29, XII)

m) Iniciativa popular de projetos de lei (CF, art. 29, XIII)


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FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO (CF, art.


31, §§ 1º a 4º)
CONTROLE EXTERNO - realizado pela Câmara de Vereadores,
com auxilio dos Tribunais de Contas estaduais e municipais, ou,
ainda, dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios,
onde houver; e

CONTROLE INTERNO - desempenhado pelo Poder Executivo


Municipal, na forma da lei ordinária.

O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o


prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de
2/3 dos vereadores. A exigência desse quorum já existia na Emenda
Constitucional n. 1/69 (art. 16, § 2º).
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FORMAÇÃO DE MUNICÍPIOS (CF, art.


18, §4º - redação dada pela EC
n.16/96)
A criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios far-se-ão
por lei ordinária estadual, desde que se observem as seguintes exigências
constitucionais:

1) Imprescindibilidade de lei complementar federal


2) Necessidade de "Estudos de Viabilidade Municipal"
3) Indispensabilidade de plebiscito
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EMENDA CONSTITUCIONAL n.57/2008


Com o intuito de convalidar atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de
Municípios, veio a lume a Emenda Constitucional n. 57, de 18 de dezembro de 2008, que
acrescentou o art. 96 ao Ato das Disposições Transitórias da Carta de 1988.

O Supremo Tribunal Federal, na ADI por omissão 3.682, condenou a demora legislativa do
Congresso Nacional em não elaborar a lei complementar federal, exigida pelo art. 18 , § 4º, com
redação dada pela EC n. 15/96. Resultado: para evitar que 56 Municípios brasileiros, criados a
partir de 1996, sumissem do mapa, pelo simples fato de o Congresso Nacional não ter feito a
lei complementar federal necessária para regularizá-los, o Supremo fez apelo ao legislador a
fim de que ele elaborasse a lei no prazo razoável de 18 meses (STF, ADln por omissão 3.682/ MT,
Rel. Min. Gilmar Mendes, D] de 6-9-2007). Mas, em vez de editar a lei complementar federal, a
EC n. 57/2008, num único dispositivo, convalidou o estado de inércia legislativa, algo que,
formalmente falando, não poderia ser feito, porque não é dado a emendas constitucionais a
atribuição de invadirem o campo reservado às leis complementares. Do ponto de vista técnico,
pois, há uma reserva de lei complementar, consagrada no art. 18, § 42, da Carta Magna, que, em
rigor, não pode ser preenchida por nenhuma outra espécie normativa, inclusive emenda à
Constituição.

EC n. 57/2008 teve a virtude de impedir que 56 Municípios fossem extintos, algo que
ocasionaria prejuízos irreparáveis para as comunidades formadas ao seu derredor.
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DISTRITO FEDERAL
Distrito federal é a entidade político-administrativa, dotada de autonomia
parcialmente tutelada pela União, integrante da federação brasileira.

NATUREZA - Ou seja, não é Estado, não é Município, nem autarquia


territorial.
1) Em algumas hipóteses, é mais do que os Estados e os Municípios, pois exercita
competências específicas, que não são estendidas a eles (arts. 32, § 1º e 147)
2) Noutras situações, porém, é menos do que os Estados e os Municípios, em virtude
de sua autonomia parcialmente tutelada:
2.1) É uma 'cidade planejada' mas não se enquadra no conceito tradicional de
cidade, porque não é sede de Município algum, mas sede da República Federativa do
Brasil, de um lado, e sede do governo do Distrito Federal, de outro.
2.2) Brasília é civitas (modo de habitar) e polis (dela partem as deliberações decisivas
e mais graves para a vida do País)
2.3) Brasília e Distrito Federal não se confundem
• Brasília - Capital da União; e
• Distrito Federal- circunscrição territorial ou pessoa política de Direito Público
Interno, cujo território hospeda Brasília.
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AUTONOMIA
a autonomia do Distrito Federal é parcialmente tutelada:

1) Interferência na capacidade de autogoverno - quem regula as instituições


fundamentais do Distrito - Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria
Pública e Polícia - é a União
2) é autonoma no tocante à:
2.1) Capacidade de auto-organização (possui a propria lei organica)
2.2) Capacidade de autolegislaçáo (possui leis distritais próprias feitas pelo
poder legislativo distrital (CF, art. 32, §1º)
3) Capacidade de autoadministraçáo (CF, art. 25, §1º)
4) Capacidade de autogoverno - atributo consubstanciado no poder-dever de
o Distrito Federal eleger o governador e o vice-governador distritais,
mediante o voto de seu povo (CF, art. 32, §2º)
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

PODER LEGISLATIVO - corresponde à Câmara Legislativa Distrital

PODER EXECUTIVO - exercido pelo governador

PODER JUDICIÁRIO - União organiza o Poder Judiciário do Distrito Federal


(sem contudo esvaziar os interesses locais e distintos)
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TERRITÓRIOS FEDERAIS
Territórios Federais são circunscrições administrativas, integrantes de parcela
do território nacional, que não pertencem aos Estados, ao Distrito Federal,
nem aos Municípios, sendo gerenciados e administrados pela União.

NATUREZA JURÍDICA - autarquias, sem qualquer capacidade de auto-


organização, autolegislação, autoadministração e autogoverno.

Não mais existem Territórios Federais no Brasil

os três Territórios que ainda existiam passaram a ser:


• Território de Roraima - convertido no Estado de Roraima (art. 14 do ADCT);
• Território do Amapá - convertido no Estado do Amapá (art. 14 do ADCT); e
• Território de Fernando de Noronha - extinto, sendo sua área reincorporada ao
Estado de Pernambuco (art. 15 do ADCT) .

É possível serem criados novos Territórios Federais no Brasil (CF, art. 18 , § 2º)
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COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS
Competências federativas são parcelas de poder atribuídas, pela soberania
do Estado Federal, aos entes políticos, permitindo-lhes tomar decisões, no
exercício regular de suas atividades.

a) Princípio da predominância do interesse

• à União competem as matérias de interesse geral ou nacional (CF, art. 21)


• aos Estados-membros competem os temas de interesse regional (CF, art. 25, § 1º)
• aos Municípios competem os assuntos de interesse local (CF, art. 30, 1) e
• ao Distrito Federal compete a temática de interesse regional e local (CF, art. 32, §
1º) .
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COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS
b) Técnicas de repartição de competências federativas

• técnica dos poderes enumerados - aplicada à União (arts. 21 e 22) e aos Municípios (art. 30);
• técnica dos poderes remanescentes - aplicada aos Estados (art. 25 § 1º);
• técnica da reserva especial de competência - aplicada ao Distrito Federal (art. 32, § 1º);
• técnica da delegação legislativa - lei complementar federal pode autorizar os Estados a legislar
sobre assuntos correlatos à competência privativa da União (art. 22, parágrafo único);
• técnica da atuação administrativa paralela - aplicada, simultaneamente, a todos os entes
federativos (art. 23);
• técnica da atuação legislativa concorrente - aplicada à União, aos Estados e ao Distrito Federal
(art. 24);

• técnica da atuação exclusiva - aplicada ao Município (art. 30, I);


• técnica da atuação suplementar - aplicada ao Município (art. 30, lI); e
• técnica da atuação residual - aplicada à União (arts. 145 a 162)
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COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
é a capacidade do ente político estabelecer normas imperativas, gerais e abstratas,
com base nos limites estatuídos na Constituição Federal
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COMPETÊNCIAS DA UNIÃO
1) Competências administrativas da União (CF, art. 21, I a XXV)
2) Competências legislativas da União (CF, art. 22, I a XXIX)

COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS


1) Competência remanescente ou reservada (CF, art. 25, § 1º)
2) Competência enumerada (CF, arts. 18, § 4º, e 25, §§ 2º e 3º)
3) Competência delegada (CF, art. 22, parágrafo único)
4) Competência concorrente (CF, art. 24, I a XVI)

COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL


1) sua esfera de atuação é aferida pela somatória de competências estaduais e
municipais (CF, art. 32, § 1º)
OBS.: exceto a competência para a organização de sua Justiça, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, encargo conferido à União (CF, art. 22, XVII).

COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS


1) tarefas administrativas e legislativas (CF, art. 30, I a IX)
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COMPETÊNCIA COMUM DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO


FEDERAL E MUNICÍPIOS
(CF, art. 23, I a XII)

COMPETÊNCIA CONCORRENTE DA UNIÃO, ESTADOS E


DISTRITO FEDERAL (CF, art. 24, § 1º)

COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR DOS ESTADOS, DO DISTRITO


FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS (art. 24)
- União estabelece normas gerais/diretrizes essenciais de comportamento,
responsáveis pela convivência harmônica
- em caso de omissão, cumpre aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
suprir a lacuna
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INTERVENÇÃO (CF, arts. 34 a 36)

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