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Marli T.

Deon Sette - 2013 1


Competência material,
legislativa e jurisdicional em
matéria ambiental

Professora: Ms. Marli Deon Sette – 2013.1


e-mail marlids@hotmail.com
Web: www.marli.ladesom.com.br
Foto do rio do Papagaio - Sapezal
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COMPETÊNCIAS AMBIENTAIS
CF/88 (regras de competência):
Art. 23 adminstrativa
Art. 24 legislativa
Art. 30 municípios
Art. 109 jurisdicional

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Competências ambientais

 Competência: Por competência entende-se a


capacidade – legitimidade para gerir
determinado assunto, quer seja legislando,
fiscalizando, materializando atos, exercendo
poder de polícia, judicando, etc.

 Em matéria ambiental estuda-se a competência


material (administrativa), a competência
legislativa e a competência jurisdicional.

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Competência Legislativa.
(artigos 24 e 30, da CF/88)

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Competências ambientais
 Classificação das competências:
 B.1 – exclusiva: CF, art. 25, §§ 1° e 2° (constituição de um
Estado) e 29 (Lei Orgânica) – reservada a uma entidade com
exclusão das demais – indelegável.
 B.2 – privativa: art. 22 e parágrafo único, da CF (Art. 22. Compete
privativamente à União legislar sobre: Parágrafo único. Lei
complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo) –
enumerada como própria de uma entidade, porém possível de
delegação e suplementação de competência.
 B.3 – concorrente: art. 24 CF (Art. 24. Compete à União, aos
Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre) –
possibilidade de União, Estados, Municípios e DF disporem sobre
o mesmo assunto ou matéria, sendo que a União legisla sobre
normas gerais.
 B.4 – suplementar: correlata à concorrente, é a que atribui
competência a Estados, DF (art. 24, § 2°, CF) e municípios (art. 30,
CF) para legislarem sobre as normas que suplementem o conteúdo
de princípios e normas gerais.
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Competências ambientais

 Observação:

 Quando o estado legisla de forma


privativa (B.2), ele faz de forma
derivada (por delegação), e quando
legisla de forma concorrente (B.3),
está legislando de forma primária.

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Competências ambientais

 Competência legislativa ambiental na CF/88:


 “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre: (...)
 I - direito (...) urbanístico;
 VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo
e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
 VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico;
 VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens
e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
 § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
 § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados.
 § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
 § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.”
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Competências ambientais

 “Art. 30. Compete aos Municípios:


I - legislar sobre assuntos de interesse local e,
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber.”

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Competências ambientais

 EM SUMA:

 Quando ocorrer norma posterior da União, se ela


der:
 Maior proteção ambiental  Suspende a eficácia
da norma Estadual,
 Menor proteção ambiental  Mantém a eficácia
a norma Estadual.

 Ou seja: Prevalece a norma que conferir melhor


proteção ao meio ambiente, seja ela federal ou
estadual (municipal, se houver interesse local).
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Competências ambientais
 Exceções em relação à competência legislativa em matéria Ambiental
(exemplificativamente – pontos mais relevantes).
 Artigo 22 da CF/88 – dá competência privativa para a União legislar sobre
águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; jazidas, minas,
outros recursos minerais e metalurgia; e atividades nucleares de qualquer
natureza (incisos IV, XII e XXVI, respectivamente).
 Artigo 49 da CF/88 – dá competência exclusiva ao Congresso Nacional
para aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares e
autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos
hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais (incisos XIV e XVI).
 Artigo 220, § 3º, II, da CF/88 - aduz que compete à Lei Federal dispor
sobre meios legais que garantam às pessoas e à família a possibilidade de se
defenderem da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser
nocivos à saúde e ao meio ambiente.
 Artigo 91, § 1º, III - dispõe que compete ao Conselho de Defesa Nacional
propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à
segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente
na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos
recursos naturais.

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Competência Administrativa.
(artigo 23, da CF/88, incisos III,
VI e VII)

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Competências ambientais
 A) Competência Material (administrativa
ou executiva): é a competência de praticar
atos materiais. Pode ser exclusiva ou comum.

 A.1 – exclusiva: reservada a uma entidade


com exclusão das demais. Ex.:Art. 21.
Compete à União:VII - emitir moeda.
 A.2 – comum: competência atribuída a todos
os entes federados, onde todos a exercem, sem
excluir-se um ao outro. É cumulativa.
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Competências ambientais

 Em matéria ambiental, a competência material


é comum, em que a tônica é a cooperação entre
as várias unidades políticas para, em conjunto,
executarem diversas medidas visando, entre
outros aspectos, a proteção de bens de uso
comum, senão vejamos:

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Competências ambientais
 Competência Material ambiental na CF/88:

 “Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios:

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,


artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis
e os sítios arqueológicos;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de


suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de


pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus
territórios”. Marli T. Deon Sette - 2013 15
Competências ambientais
 Quem deve atuar administrativamente: Lei 9.605/98, Art. 70 - § 1º São
autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e
instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA,
designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.

 Todos têm competência para fiscalizar (poder de polícia) lavrar auto de


infração, instaurar processo administrativo, etc., observadas as regras do
artigo 17 e seus §§, da |Lei Complementar n. 140/2011, que definiu que o
órgão responsável pelo licenciamento ou autorização é que deve lavrar
auto de infração e instaurar processo administrativo para a apuração de
infrações à legislação ambiental.
 Também colocou a obrigação aos entes federativos de tomarem medidas
para fazer cessar o dano e facultou à qualquer pessoa representar à
autoridade competente quando tiver conhecimento de dano.
 E, ainda, manteve a regra da competência comum na autuação, definindo
regra para o caso de haver mais de uma autuação.
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Competências ambientais

 Observação:
 No caso de dois órgão ambientais, ligados à níveis distintos da
administração, se apresentarem para atuar em determinado
caso de infração administrativa, deve prevalecer a autuação
daquele que concedeu a licença ou autorização (artigo 17 e §
3º, da Lei Complementar n. 140/2011).

 E, se não há licença ou autorização? Pensamos que deve ser


interpretado junto com a leitura do art. 12 do Decreto
6.514/2008 ”O pagamento de multa por infração ambiental
imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou
Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária
pelo órgão federal, em decorrência do mesmo fato,
respeitados os limites estabelecidos neste Decreto”.
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Competências ambientais
 Exceções em relação à competência material na esfera Ambiental
(exemplificativamente - pontos mais relevantes – CF/88).

 Artigo 21, dá competência material exclusiva à União para:


 IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do
território e de desenvolvimento econômico e social;
 XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e
definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
 XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive
habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
 XXIII – explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer
natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o
enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados (observados os princípios e
condições assinalados de: a) até d) do inciso; e,
 XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade
de garimpagem, em forma associativa.
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Competências ambientais

 Exceções relativas aos Municípios:

 Artigo 30, VIII e IX, da CF/88, atribui


competência exclusiva aos municípios para
promoverem, no que couber, adequado
ordenamento territorial, mediante planejamento
e controle do uso, do parcelamento e da
ocupação do solo urbano; e, promover a
proteção do patrimônio histórico cultural local.

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 Regra infraconsticucionl acerca da competência
administrativa em matéria ambiental

 A CF/88 em seu artigo 23, Parágrafo único dispõe


que:

 “Leis complementares fixarão normas para a


cooperação entre a União e os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio
do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito
nacional”.

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 A Lei Complementar n. 140/2011, revogou os
§§ 2º, 3º e 4º do art. 10 e o § 1o do art. 11 da
Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981 e dispôs
sobre as competências de cada ente federado,
conforme se afere nas próximas quatro
transparências (não houve revogação expressa
das Resoluções que tratam do assunto, mas, é
certo que foram revogadas naquilo que
contrariam a Lei).

 Também esclareceu que os empreendimentos e


atividades são licenciados ou autorizados,
ambientalmente, por um único ente federativo
(artigo 13).

 E, ainda, deu competência supletiva e


subsidiária aos demais órgãos (artigos 15 e
16).
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 Art. 7o São ações administrativas da União:
 I - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a Política Nacional do Meio Ambiente;
 II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;
 III - promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio Ambiente nos âmbitos nacional e internacional;
 IV - promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à
proteção e à gestão ambiental;
 V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio à Política Nacional do Meio Ambiente;
 VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos;
 VII - promover a articulação da Política Nacional do Meio Ambiente com as de Recursos Hídricos, Desenvolvimento Regional, Ordenamento Territorial e outras;
 VIII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades da administração pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema Nacional de
Informação sobre Meio Ambiente (Sinima);
 IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional;
 X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;
 XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção do meio ambiente;
 XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na
forma da lei;
 XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida à União;
 XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:
 a até e) localizados ou desenvolvidos: no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; em terras indígenas; em
unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); em 2 (dois) ou mais Estados;
 f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas,
conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999;
 g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de
suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou
 h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;
 XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em: florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservação
instituídas pela União, exceto em APAs; e b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pela União;
 XVI - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção e de espécies sobre-explotadas no território nacional, mediante laudos e estudos técnico-
científicos, fomentando as atividades que conservem essas espécies in situ;
 XVII - controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente invasoras que possam ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies nativas;
 XVIII - aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora em ecossistemas naturais frágeis ou protegidos;
 XIX - controlar a exportação de componentes da biodiversidade brasileira na forma de espécimes silvestres da flora, micro-organismos e da fauna, partes ou produtos deles
derivados;
 XX - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas;
 XXI - proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na relação prevista no inciso XVI;
 XXII - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional;
 XXIII - gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicional associado, respeitadas as atribuições setoriais;
 XXIV - exercer o controle ambiental sobre o transporte marítimo de produtos perigosos; e
 XXV - exercer o controle ambiental sobre o transporte interestadual, fluvial ou terrestre, de produtos perigosos.
 Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja localização compreenda concomitantemente áreas das faixas terrestre e marítima da zona costeira será de
atribuição da União exclusivamente nos casos previstos em tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional,
assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade
ou empreendimento.
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 Art. 8o São ações administrativas dos Estados:
 I - executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Nacional do Meio Ambiente e demais políticas nacionais relacionadas à
proteção ambiental;
 II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;
 III - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Estadual de Meio Ambiente;
 IV - promover, no âmbito estadual, a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental;
 V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente;
 VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, divulgando os resultados
obtidos;
 VII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, o Sistema Estadual de Informações sobre Meio
Ambiente;
 VIII - prestar informações à União para a formação e atualização do Sinima;
 IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade com os zoneamentos de âmbito nacional e regional;
 X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;
 XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção do meio
ambiente;
 XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a
qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;
 XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente,
for cometida aos Estados;
 XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e
9o;
 XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de
conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
 XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em:
 a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
 b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7o; e
 c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Estado;
 XVII - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção no respectivo território, mediante laudos e estudos
técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas espécies in situ;
 XVIII - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas destinadas à implantação de criadouros e à pesquisa
científica, ressalvado o disposto no inciso XX do art. 7o;
 XIX - aprovar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre;
 XX - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito estadual; e
 XXI - exercer o controle ambiental do transporte fluvial e terrestre de produtos perigosos, ressalvado o disposto no inciso XXV
do art. 7o. Marli T. Deon Sette - 2013 23
 Art. 9o São ações administrativas dos Municípios:
 I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente e demais políticas
nacionais e estaduais relacionadas à proteção do meio ambiente;
 II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;
 III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio Ambiente;
 IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos e entidades da administração pública federal,
estadual e municipal, relacionados à proteção e à gestão ambiental;
 V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Meio
Ambiente;
 VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção e à gestão ambiental, divulgando os
resultados obtidos;
 VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio Ambiente;
 VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização dos Sistemas Estadual e Nacional de
Informações sobre Meio Ambiente;
 IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais;
 X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos;
 XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção
do meio ambiente;
 XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para
a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei;
 XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,
ambientalmente, for cometida ao Município;
 XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o
licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:
 a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos
Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;
ou
 b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
 XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, aprovar:
 a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas municipais e unidades
de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e
 b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras em empreendimentos licenciados ou
autorizados, ambientalmente, pelo Município. Marli T. Deon Sette - 2013 24
 PARA LER E PENSAR:

 PROCESSUAL CIVIL E DIREITO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL.


NULIDADE DE LICENCIAMENTO. INSTALAÇÃO DE RELAMINADORA
DE AÇOS. LEIS NºS 4.771/65 E 6.938/81. ATUAÇÃO DO IBAMA.
COMPETÊNCIA SUPLETIVA.
I - Em razão de sua competência supletiva, é legítima a presença
do IBAMA em autos de ação civil pública movida com fins de
decretação de nulidade de licenciamento ambiental que permitia a
instalação de relaminadora de aços no município de Araucária,
não se caracterizando a apontada afronta às Leis nºs 4.771/65 e
6.938/81.
II – ‘A conservação do meio ambiente não se prende a situações
geográficas ou referências históricas, extrapolando os limites
impostos pelo homem. A natureza desconhece fronteiras políticas.
Os bens ambientais são transnacionais’ (REsp nº 588.022/SC, Rel.
Min. JOSÉ DELGADO, DJ de 05/04/2004).
III - Recurso parcialmente conhecido e, nessa parte, improvido
(REsp. n. 818.666/PR, Rel. Min. Francisco Falcão, in DJU de
28/09/06).
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COMPETÊNCIAS
AMBIENTAIS

LEGISLATIVA
ADMINISTRATIVA/FISCALIZAÇÃO

CONCORRENTE COMUM
(ART. 24 DA CF) (art. 23 da CF)

UNIÃO
Normas gerais União Estados e DF Municípios

ESTADOS
peculiaridades

MUNICIPIOS
Interesse local
Art. 30 CF

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Competência Jurisdicional
(art. 109, da CF/88)

Marli T. Deon Sette - 2013 27


Competência Jurisdicional

 CF/88 - Art. 109. “Aos juízes federais compete processar e julgar: (...).
 I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

 IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou


interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral”.

 Ou seja: a competência jurisdicional se dá por exclusão, competindo à justiça estadual apreciar


todas as situações não excepcionadas pelo artigo 109.

 As exceções são:
a) as situações que envolvem interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas
públicas, em que a competência é da Justiça Federal;
b) As que envolvem descumprimento de norma relativas ao meio ambiente do trabalho, em que a
competência é da Justiça do Trabalho; e,
c) Aquelas chamadas de contravenções, em que, mesmo envolvendo bens, serviços ou interesse da
União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, a competência é da Justiça Estadual.

Marli T. Deon Sette - 2013 28


Pesquisas no capítulo 04 da obra:

• DEON SETTE, MARLI T. Manual de Direito


ambiental. 2ª Edição. Curitiba: Juruá, 2013. 624p. ISBN
978-85-362-4160-9.

 Devidamente atualizado pela Lei Complementar n


140/2011.

Marli T. Deon Sette - 2013 29

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