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INFECÇÕES CONGÊNITAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CMRV


BASES DAS PRÁTICAS MÉDICAS III – OBSTETRÍCIA
PROFª: CAROLINE
ZIKA VÍRUS
ETIOLOGIA
ZIKA

• Vírus Zika (ZIKV) é um flavivírus transmitido por mosquitos relacionado ao vírus da febre amarela,
vírus da dengue (DENV) e vírus do Nilo Ocidental (WNV).
• É um vírus de RNA positivo de cadeia simples (genoma de 10,794-nt) e é transmitido por
muitos Aedes spp. e Ae.aegypti .
• O vírus foi identificado em macacos rhesus durante a vigilância da febre amarela sylvatic na floresta de
Zika em Uganda em 1947 e foi relatado em humanos em 1952.
ETIOLOGIA
COMO O ZIKA VÍRUS PENETRA NA POPULAÇÃO HUMANA

https://www.cfr.org/backgrounder/zika-vírus
FORMAS DE TRANSMISSÃO

(FENASAUDE, 2016)
EPIDEMIOLOGIA
CASOS PROVÁVEIS DE FEBRE PELO ZIKA VÍRUS , BRASIL 2016 E 2017
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Não há evidências de aumento da suscetibilidade das Infecção pode ser sintomática ou


mulheres grávidas; assintomática
 Sinais e sintomas → consistentes com os descritos
na população em geral (2-7 dias):
 Erupções cutâneas (até 14 dias);
Sintomas breves e autolimitados;
 Febre;
 Artrite e/ou artralgia;
Poucas complicações:
 Conjutivite;
 Sintomas menos comuns: mialgia, cefaleia, dor • Síndrome de Gillain-Barré;
retrorbital, edema, êmese. • Outras síndromes neurológicas.

Definições de caso de doença do vírus Zika


(OMS, 2016)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

(FENASAUDE, 2016)
REPERCUSSÕES OBSTÉTRICAS

• A infecção pelo ZIKV durante a gravidez, em especial no primeiro trimestre não é


necessariamente sintomática;
• Aumento da frequência de abortos, natimortos e mortalidade precoce, além da microcefalia.

 EXAME FÍSICO DOS RECÉM-NASCIDOS COM SÍNDROME DA INFECÇÃO CONGÊNITA


PELO ZIKV

Microcrfalia,
geralmente grave, com Acentuada Excesso de pele e/ou Hérnia umbilical
Fontanelas fechadas ao
importante protuberância óssea dobras de pele no frequentemente
nascer
desproporção occipital escalpo observadas
craniofacial
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

 RT-PCR:


Soro materno;
7 dias após aparecimento dos sintomas.
Definições
 Análise de amostras de sangue total → fase aguda; provisórias de casos:
 Anticorpos IgM → fase de convalescença;
 ARN
 Urina (supressão até 3 semanas após início dos
sintomas); Caso Caso Caso
 Líquido amniótico e saliva. suspeito; provável; confirmado.
 Reação cruzada.

(OMS, 2016)
TRATAMENTO

• AINEs devem ser


evitados, pois antes de
• Não há tratamento específico; saber o diagnóstico, o
• Cuidados gerais a infecções virais e sintomático; tratamento deve ser
direcionado à dengue.
• Não há vacinas;
• Além disso, o uso de
AINEs em gestantes com
Repouso e > 32 semanas aumenta os
Medidas de riscos de fechamento
Hidratação Oral Medidas de
arrefecimento precoce do ducto arterial.
Proteção Pessoal

Emolientes
Acetaminofeno
tópicos e anti-
(paracetamol)
histamínicos
MANEJO

 SOCIEDADE AMERICANA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Gestante com sorologia positiva ou inconclusiva e/ ou sintomas de infecção por zika

<20 semanas no momento dos sintomas >20 semanas no momento dos sintomas
ou sorologia ou sorologia

USG a cada 2 a 4 USG a cada 2 a 4


semanas a partir semanas a partir
da 18º semana do diagnóstico
MEDIDAS PREVENTIVAS

Uso de
repelentes
deet

Vestuário
Relações
que cubra
sexuais
todo o
protegidas
corpo Medidas
de cunho
Individual BRASIL, 2017

Uso de
Uso de
malhas nas
mosquiteiros
janelas e
de cama
portas
WHO, 2016
MEDIDAS PREVENTIVAS

Campanhas
de limpeza

Formação de
Saneamento
grupos de
básico
trabalho
Intervenções
de Base
Comunitária

Tampa nos
Controle do
reservatórios
Vetorial
de água

WHO, 2016
PARVOVÍRUS
ETIOLOGIA

 Parvovírus B19 , é um vírus DNA de fita simples que pertence a família parvoviridae , subfamília parvovirinae.

 Morfologia esférica e não apresenta envoltório.


MODOS DE TRANSMISSÃO

Contato c/
Via Respiratória sangue
contamidado

Transplacentária
INFECÇÃO FETAL

 Incidência anual na gravidez 1/400 gestações

 A transmissão vertical ao feto varia entre 17 e 33% dos casos

 No 1º trimestre morte embriofetal PB19 em 2-3% de abortamentos espontâneos

(MACHADO, 2008)
INFECÇÃO FETAL
 Assintomáticos e autolimitados
anemia, hidropsia fetal e óbito
intra-uterino (5-10%)

 Fisiopatologia: Tropismo viral por células precursoras de eritrócitos

Decrescente quantidade
de antígenos P na
 Aumento da idade gestacional placenta

DimuniuçãoTransferênci
a passiva de antígenos
da mãe para o feto (ZUGAIB, 2012)
INFECÇÃO FETAL

 A taxa de transmissão vertical, em lactentes expostos a mães infectadas durante a gestação (confirmada pela
positividade de IgG nestas crianças) é relatada em:

 16% se expostas durante as primeiras 20 semanas


 35% depois das 20 semanas de gestação

O risco de desenvolver hidropsia fetal por anemia hemolítica é 10% e esta taxa decresce conforme avança a gravidez.

7. Scott LA; Stone MS. Viral exanthems. Dermatol Online J. 9(3).


INFECÇÃO FETAL
Lesão direta de
hepatócitos
 Fase hepática
Depósitos de
hemossiderina

 Fase cardíaca:

 antigénio P é expresso nos miócitos cardíacos fetais miocardite


(MACHADO, 2008)
(ZUGAIB, 2012)
DIAGNÓSTICO

Ascite
fetal

Placento-
Polidrâmnio USG megalia

Hipertrofia
Figura: Imagens utrassonograficas. Seta amarela: ascitemiocárdica
fetal e Seta rosa: placentomegalia
(ZUGAIB, 2012)
DIAGNÓSTICO
O método diagnóstico mais moderno e sensível disponível atualmente é a identificação do DNA viral na
medula óssea ou no sangue periférico usando
 PCR-ELISA (polymerase chain reaction - enzyme-linked immunosorbent assay) e
 Técnicas de hibridização.
muito embora anticorpos IgM sejam detectados após o terceiro dia e o pico esteja na segunda semana após a
infecção.

 Deste modo, o protocolo para diagnóstico laboratorial mais apropriado consta de PCR-ELISA para
determinar a presença do DNA viral juntamente com IgM e IgG específica para o B19V
DIAGNÓSTICO

Infecção materna recente


IgM +
Acompanhamento: 12sem com USG

Sorologia
IgG + Gestante immune
IgM - Sem risco de infecção

IgG - Gestante susceptível


IgM - Repetir após 1 semana
Verificar artéria
cerebral média (ZUGAIB, 2012)
DIAGNÓSTICO

Sangue fetal / Pesquisa do


Cordocentese Líquido amniótico DNA viral

Aloimunização eritrocitária Realizar até 35 semanas

(ZUGAIB, 2012)
TRATAMENTO
Suspeita de Transfusão
Cordocentese
anemia fetal uterina

Refazer
Hidropsia fetal
US
Realizar parto se
estiver a termo
Corticoterapia Reversão dos
(até 34s) achados
(MACHADO, 2008)
(ZUGAIB, 2012)
TRATAMENTO

 O tratamento da infecção pelo B19V ainda é, na maior parte das vezes, sintomático.

 Pacientes com anemias hemolíticas que desenvolvem crise aplástica transitória


precisam ser tratados dos sintomas da anemia e podem necessitar de transfusão
sanguínea
PROGNÓSTICO
Maiores Supressão da
Estudos: Anemia grave
riscos eritropoietina
- Casos descritos: Insuf. Hepática, miocardite,
anomalias do SNC (MAKERSON, 1998); Persistência:
(YOTO, 1994); (COHEN, 1995) Pior prognóstico
- Estudo de caso: 16 crianças sobreviventes da
 Melhoras estatísticas desde Hidrópsia Fetal
hidrópsia fetal por PB19: 5 com
o advento de técnicas invasivas
desenvolvimento nervoso anormal (NAGEL,
 Sem evidência de déficit no
2007) Desfecho
desenvolvimento
(ZUGAIB, 2012)
neurológico
(GRADIA, 1998) desfavorável
(MACHADO, 2008)
PREVENÇÃO

Identificação de gestantes susceptíveis

Aconselhamento e monitorização

Vacina recombinante com proteínas do capsídeo viral


Tratamento com antivirais e Ig’s (Indisponível)

(ZUGAIB, 2012)
(ZUGAIB, 2012)
HERPES
SOBRE O HERPES

DNA
EUA BR
vírus 500 – 2000
RN/ano, maioria
22 – 42%
HSV-1 e HSV-2 gestantes com
de mães
anti-HSV-2
assintomáticas

Apresentações: Primoinfecção Ausência anti-HSV-1 e anti-HSV-2.


Assintomática ou não. Incubação até 20 dias.
Vesículas com resolução de até 20 dias.

Primeiro episódio Adquire um vírus já tendo anticorpos para


outro. Resolução mais rápida.
(não primário)
Recorrente Reativa vírus genital de infecções prévias.
Sintomas mais genitais que sistêmicos.
Transmissão, mesmo se for assintomática.
(ZUGAIB, 2011)
HERPES

- Neonatal: canal de parto contaminado.


Maioria: lesões orais, de pele - leves.
Letal: atinge SN ou sistêmica
(mortalidade de 15-57%).
Transmissão:
http://infectionnet.org/cold-sore/
Primoinfeccção >>> 1º ep. Não primo
>> recorrente.
Ausência de anticorpos: disseminação
hematogênica, prematuridade,
malformações.

http://tanksbytigman.com/is-aciclovir-effective-for-
herpes-viral-infection/

(ZUGAIB, 2011)
DIAGNÓSTICO

• Detecção de partículas virais através de analise por microscopia eletrônica ou


cultura de vírus. ;
• Reação em cadeia de polimerase e métodos de hibridização vem sendo utilizados;
• ELISA ( Não diferencia HSV-1 e HSV-2);
• Testes de Western-Blot: Pouco viáveis devido ao alto custo;
• Na presença de história de doença recorrente , o diagnóstico é clinico.

(ZUGAIB, 2011)
TRATAMENTO

 Episódios recorrentes devem ser tratados com


Medicamento Via Oral: terapia de supressão profilática de longa
duração;
 Antivirais tópicos não são utilizados;
Aciclovir Fanciclovir Valaciclovir  Uso seguro durante a gravidez;
200mg, 5x 250mg, 3x 500mg, 2x  Medidas de suporte:
ao dia , por 5 ao dia, por 5 ao dia, por 5
dias; dias; dias; Banho de Gel de
Analgésicos;
assento; lidocaína.

10 dias de tratamento para pacientes com HIV


(ZUGAIB, 2011)
CONDUTA OBSTÉTRICA

• A cesárea está indicada em mulheres que apresentaram a infecção primária com


lesão ativa no momento do parto ou que referem no terceiro trimestre da gravidez,
e será realizada até 4 h após a ruptura das membranas (ACOG, 2007; SOGC, 2008)
• Se não houver lesão, poderá ser permitido o parto vaginal se a mulher fez uso oral
de aciclovir, a partir de 36 semanas da gravidez, por pelo menos 4 semanas (ACOG,
2007).

(REZENDE, 2014)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL; Ministerio da Saude. Protocolo de vigilância das microcefalias relacionadas ao virus Zika Rio de Janeiro, 32(7):e00047716, jul, 2016.
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ZUGAIB, Marcelo – Obstetrícia. Ed. Manole, 2a edição, 2012.
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Monitoramento integrado de alterações no crescimento e desenvolvimento relacionadas à Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. 5. ed. – Brasília : Editora
infecção pelo vírus Zika e outras etiologias infecciosas, até a Semana Epidemiológica 28/2017. do Ministério da Saúde, 2010.

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Hill, 2006.
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INFECTOLOGIA, Sociedade Brasileira. Guia de Manejo da infecção pelo vírus Zika. Associação Margonato et al. Toxoplasmose na gestação: diagnóstico, tratamento e importância de
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MACHADO, Ana Paula. Infecção congénita por parvovírus B19. Acta Obstet Ginecol Port, Porto,FIGUEIRÓ-FILHO, Ernesto Antonio et al. Toxoplasmose aguda: revisão de métodos
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