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a) Introdução
Antes de iniciarmos, vamos definir algumas siglas que serão utilizadas em todo
curso de Matemática Financeira:
𝑃𝑉 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐹𝑉 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑓𝑢𝑡𝑢𝑟𝑜
𝑃𝑀𝑇 − 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑛 − 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠
𝑖 − 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙
𝐽 − 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠
𝑁𝑃𝑉 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑉𝑃𝐿)
𝐼𝑅𝑅 − 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 (𝑇𝐼𝑅)
b) Operações Comerciais
OPERAÇÕES COMERCIAIS são as operações feitas com mercadorias com a
finalidade de lucro. Ex.: compras, vendas, permutas, etc.
O ramo da Matemática que lida com as operações comerciais é a Matemática
Comercial.
c) Porcentagem
A expressão por cento é indicada por %, e pode ser entendida como centésimo,
isto é, dividido por cem. Assim, 30% significa 30 dividido por 100.
Quando se diz que 30% de uma população de 80 milhões são analfabetos,
30
significa que os analfabetos representam uma fração igual a = 0,30 = 30%.
100
Assim, 30% de 80 milhões é 0,30 ∗ 80 = 24 milhões.
80 milhões é chamado PRINCIPAL.
24 milhões é chamado PORCENTAGEM.
0,30 é a razão entre a porcentagem e o principal. É chamada de TAXA DE
PORCENTAGEM.
Quando a Taxa de Porcentagem é escrita na forma de fração (0,30) é chamada
de TAXA UNITÁRIA. Quando a Taxa de Porcentagem é multiplicada por 100 e seguida do
símbolo % (30%) é chamada de TAXA CENTESIMAL OU PERCENTUAL.
Indicando por P o principal e por p a porcentagem, a taxa unitária i será:
𝑝
𝑖=
𝑃
Já a taxa centesimal ou percentual r será:
𝑝
𝑟= ∗ 100
𝑃
d) Acréscimos
É a porcentagem que deve ser acrescida ao valor inicial.
Chamando
𝑃0 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑖 − 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜
Δ𝑃 − 𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 (𝑝𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚)
𝑃 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
Temos:
∆𝑃 = 𝑃0 𝑖
𝑃 − 𝑃0 = 𝑃0 𝑖
𝑃 = 𝑃0 + 𝑃0 𝑖
𝑃 = 𝑃0 (1 + 𝑖)
𝑃
𝑃0 =
(1+𝑖)
∆𝑃
𝑖=
𝑃0
𝑃
𝑖= −1
𝑃0
∆𝑃 = 𝑃0 𝑖
𝑃0 − 𝑃 = 𝑃0 𝑖
𝑃 = 𝑃0 − 𝑃0 𝑖
𝑃 = 𝑃0 (1 − 𝑖)
𝑃
𝑃0 =
(1−𝑖)
∆𝑃
𝑖=
𝑃0
𝑃
𝑖= 1−
𝑃0
Exemplo: Qual o preço de uma mercadoria que com desconto de 20% está sendo
oferecida por R$20,64?
𝑃 20,64
𝑃0 = = = 25,80
(1−𝑖) (1−0,20)
Exemplo: Uma fábrica remarcou os preços das mercadorias com defeito com 30%
de abatimento. Sobre esse preço remarcado, os revendedores que comprassem várias
unidades teriam 20% de desconto sobre o preço remarcado. Qual a taxa total de
desconto? Quanto pagou se o total devido era R$1.852,00?
𝑖 = 1 − 1 − 𝑖1 1 − 𝑖2
𝑖 = 1 − 1 − 0,30 1 − 0,20 = 0,44
𝑃 = 𝑃0 1 − 𝑖1 (1 − 𝑖2 ) = 1852 1 − 0,30 (1 − 0,20) = 1037,12
𝐿 = 𝑃𝑣 − 𝑃𝑐
𝐿 𝑃𝑣 − 𝑃𝑐 𝑃𝑣
𝑖𝑐 = = = −1
𝑃𝑐 𝑃𝑐 𝑃𝑐
𝐿 𝑃𝑣 − 𝑃𝑐 𝑃𝑐
𝑖𝑣 = = =1−
𝑃𝑣 𝑃𝑣 𝑃𝑣
𝑃𝑣 1 1 − 1 + 𝑖𝑣
𝑖𝑐 = − 1 = −1=
𝑃𝑐 1 − 𝑖𝑣 1 − 𝑖𝑣
𝑖𝑣
𝑖𝑐 =
1 − 𝑖𝑣
Reordenando, temos:
𝑖𝑐
𝑖𝑣 =
1 + 𝑖𝑐
𝑖𝑣 0,40
𝑖𝑐 = = = 0,6667
1 − 𝑖𝑣 0,60
g) Operações Financeiras
OPERAÇÕES FINANCEIRAS são as operações feitas com dinheiro com a
finalidade de fazer evoluir ao longo do tempo. O ramo da Matemática que lida com
operações financeiras é a Matemática Financeira.
Podem ser ATIVAS, isto é, aquelas que visam rendimentos (ex.: aplicações em
letras de câmbio, ações, imóveis, ouro, moeda estrangeira, caderneta de poupança, etc.)
Podem ser PASSIVA, isto é, aquelas que visam captação de recursos (ex.:
empréstimos, financiamentos, descontos de títulos de crédito, etc.)
g.1) Capital
Qualquer quantia de dinheiro, disponível em certa data, para ser aplicado numa
operação financeira. Também chamado de valor atual ou valor presente. A notação do
capital é PV.
g.2) Juros
O capital é um fator de produção. Todos os fatores de produção são remunerados.
Por exemplo:
(i) trabalho – salário;
(ii) terra – aluguél;
(iii) tecnologia – royalty;
(iv) capacidade administrativa – lucro;
(v) arte e cultura – direitos autorais;
(vi) CAPITAL – JUROS.
A notação dos juros é J.
g.4) Montante
É o valor inicial acrescido dos juros devidos. Também chamado de valor futuro. A
notação é FV.
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 + 𝐽
𝐽 = 𝐹𝑉 − 𝑃𝑉
𝐽 𝐹𝑉 − 𝑃𝑉 𝐹𝑉
𝑖= = = −1
𝑃𝑉 𝑃𝑉 𝑃𝑉
g.6) Rendas
Às vezes, o investidor aplica um capital para ter seu retorno em várias parcelas
em datas diferentes. Outras, o investimento é feito em parcelas, aplicadas em datas
diferentes, com um único retorno final ou com retorno parcelado. Em qualquer dos casos,
a série de capitais disponíveis em datas diferentes se chama RENDA. Cada capital que
compõe a série recebe o nome de TERMO DA RENDA (ou PRESTAÇÃO ou
PAGAMENTO). A notação é PMT.
g.7) Fluxo de Caixa
É um conjunto de entradas e saídas, dispostas ao longo do tempo. É representado
por uma linha horizontal (que é o tempo), tendo acima as entradas e abaixo as saídas. A
unidade de tempo deve ser escolhida, sempre que possível, de acordo com o período de
capitalização de juros.
0 1 2 3 4 trimestres
30.000
AULA 01 – CAPITALIZAÇÃO SIMPLES E COMPOSTA
a) Capitalização Simples
No regime de capitalização simples (ou juros simples), os juros incidem sempre
sobre o capital inicial e, dada uma taxa para certo período de tempo, os juros para esse
período são calculados como 𝑃𝑉𝑖.
Se o capital for aplicado por n períodos iguais, os juros para cada um desses
períodos serão iguais a
𝐽1 = 𝐽2 = ⋯ 𝐽𝑛 = 𝑃𝑉𝑖
Os juros totais para os n períodos serão
𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛
O montante por definição é a soma do capital com os juros
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 + 𝐽
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 + 𝑃𝑉𝑖𝑛
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 + 𝑃𝑉𝑖𝑛
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖𝑛)
𝐹𝑉
𝑃𝑉 =
(1 + 𝑖𝑛)
Exemplo: Durante quanto tempo um capital de $1.000 ficou aplicado a 25% a.t.
para render 1.750 de juros?
𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛
𝐽 1750
𝑛= = = 7 trimestres (tempo igual a unidade de tempo da taxa)
𝑃𝑉𝑖 1000∗0,25
Exemplo: Qual o capital que, aplicado à 27,6% a.a., durante cinco meses, deu um
retorno de $9.477,50?
𝐹𝑉 9477,50
𝑃𝑉 = = = 8500
(1 + 𝑖𝑛) [1 + 027,6 ∗ 5 ]
12
ou ainda
𝑖1 𝑛2
=
𝑖2 𝑛1
𝑖1 𝑛1 = 𝑖2 𝑛2
Exemplo: Um investidor depositou $200.000,00 num banco, a prazo fixo, por dois
meses, à taxa de 2% a.m. Sabendo que, sobre os juros, incide 30% de Imposto de Renda,
determine: o valor dos juros? O IR retido? O valor líquido de resgate? A taxa efetiva
mensal de rendimento?
𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛 = 200000 ∗ 0,02 ∗ 2 = 8000
𝐼𝑅 = 0,30 ∗ 8000 = 2400
𝑅𝑒𝑠𝑔𝑎𝑡𝑒 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜: 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 + 𝐽 = 200000 + 8000 = 208000
𝑅𝑒𝑠𝑔𝑎𝑡𝑒 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜: 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 + 𝐽 − 𝐼𝑅 = 200000 + 8000 − 2400 = 205600
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 1 + 𝑖𝑛 ⇒ 205600 = 200000 1 + 𝑖 ∗ 2 ⇒ 𝑖𝑚 = 0,014 𝑜𝑢 1,4% 𝑎. 𝑚. efetiva
24
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠: 𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛 = 500 ∗ 0,027 ∗ =9
360
24
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝐸𝑥𝑎𝑡𝑜𝑠: 𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛 = 500 ∗ 0,027 ∗ = 8,88
365
0,30
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝐸𝑥𝑎𝑡𝑜: 𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛 = 10000 ∗ ∗ 92 = 766,67
360
0,30
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝐶𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙: 𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛 = 10000 ∗ ∗ 90 = 750,00
360
0,30
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝐸𝑥𝑎𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝐸𝑥𝑎𝑡𝑜: 𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛 = 10000 ∗ ∗ 92 = 756,16
365
0,30
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝐸𝑥𝑎𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝐶𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙: 𝐽 = 𝑃𝑉𝑖𝑛 = 10000 ∗ ∗ 90 = 739,73
365
b) Capitalização Composta
No regime de capitalização composta (ou juros compostos), no fim do primeiro
período os juros incidem sobre o capital inicial, e nos períodos seguintes os juros incidem
sobre o montante constituído no período anterior.
Se o capital for aplicado a um taxa i dada para certo período, os montantes
constituídos no fim de cada um dos n períodos serão:
𝐹𝑉1 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖)
𝐹𝑉2 = 𝐹𝑉1 1 + 𝑖 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖)2
𝐹𝑉3 = 𝐹𝑉2 1 + 𝑖 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖)3
𝐹𝑉𝑛 = 𝐹𝑉𝑛−1 1 + 𝑖 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖)𝑛
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖)𝑛
15916,30 = 15000(1 + 0,007)𝑛
Resolvendo a equação exponencial, temos:
ln 15916,30 = ln[15000 1 + 0,007 𝑛 ]
ln 15916,30 = ln 15000 + 𝑙𝑛 1 + 0,007 𝑛
ln 15916,30 = ln 15000 + 𝑛𝑙𝑛(1 + 0,007)
ln 15916,30 − ln(15000) = 𝑛𝑙𝑛(1 + 0,007)
15916,30
ln = 𝑛𝑙𝑛(1,007)
15000
ln(1,0611)
𝑛= = 8,5 meses.
ln(1,007)
CAPITALIZAÇÃO MISTA
𝐹𝑉 = 150000(1 + 0,084)6 = 243.369,95 parte inteira (composto)
17
𝐹𝑉 = 243369,95 1 + 0,084 ∗ = 254.954,36 parte fracionária (simples)
30
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
𝐹𝑉 = 150000(1 + 0,084)6 = 243.369,95 parte inteira (composto)
17
𝐹𝑉 = 243369,95(1 + 0,084) = 254.751,58
30 parte fracionária (simples)
(1 + 𝑖1 )𝑛1 = (1 + 𝑖2 )𝑛2
Exemplo: Qual a taxa anual acumulada equivalente a uma inflação de 7,5% a.m.?
(1 + 𝑖𝑎 )1 = (1 + 0,075)12
𝑖𝑎 = 1,3818 𝑜𝑢 138,18% 𝑎. 𝑎.
Se as capitalizações forem por minuto, segundo, enfim, por períodos cada vez
menores, temos:
0,24 𝑚
𝐹𝑉 = 10000(1 + ) em m é tão grande quanto se queira
𝑚
Generalizando:
𝑖 𝑚
𝐹𝑉 = lim 𝑃𝑉 (1 + )
𝑚→∞ 𝑚
𝑖 𝑚
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 lim (1 + )
𝑚→∞ 𝑚
𝑖 1
Fazendo = , o que implica 𝑚 = 𝑖𝑘, temos:
𝑚 𝑘
1 𝑖𝑘
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 lim (1 + )
𝑚→∞ 𝑘
𝑚 → ∞ implica k → ∞, assim:
1
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 lim (1 + )𝑖𝑘
𝑘→∞ 𝑘
1 𝑘 𝑖
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 lim [(1 + ) ]
𝑘→∞ 𝑘
1 𝑘 𝑖
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 [lim(1 + ) ]
𝑘→∞ 𝑘
1
Como lim (1 + )𝑘 = 𝑒 ≅ 2,71828 temos:
𝑘→∞ 𝑘
a) Desconto Simples
Inicialmente, vejamos o conceito de título de crédito.
TÍTULO DE CRÉDITO é o documento comprobatório de uma dívida. No Brasil
existem diversas espécies de títulos de crédito, todos regulados por legislação específica.
Alguns exemplos de títulos de crédito são: nota promissória, duplicata, letra de câmbio,
cheque, CDB, RDB, caderneta de poupança, títulos público, etc.
Alguns títulos de crédito podem sofrer a operação de DESCONTO, que consiste
em o portador resgatar o título antes do vencimento, recebendo por ele um valor menor do
que aquele que receberia se aguardasse a data de seu vencimento.
Os títulos de crédito que podem ser descontados são a nota promissória, a
duplicata e a letra de câmbio. Esses títulos têm um valor declarado chamado VALOR
NOMINAL (ou VALOR DE FACE ou VALOR DE RESGATE) que corresponde ao valor que
poder ser recebido pelo título na data de vencimento.
(i) Nota Promissória: documento comum entre pessoas físicas, podendo ser
emitida por PJ ou em favor de uma instituição.
(ii) Duplicata: documento emitido por PJ contra seu cliente (PF ou PJ) para quem
vendeu mercadorias ou prestou serviços a prazo. A duplicata decorre da emissão de uma
nota fiscal-fatura.
(iii) Letra de Câmbio: documento emitido por PJ, com aceite de uma sociedade de
crédito, financiamento e investimento. É colocada no mercado com a finalidade de captar
recursos para serem aplicados no próprio mercado em forma de financiamentos, pelos
quais são cobrados taxas de juros maiores do que aquelas pagas aos portadores das
letras de cambio.
𝑉𝐴 = 𝑉𝑁 − 𝐷
O VA corresponde ao PV. O VN corresponde ao FV. O D corresponde ao J.
Existem duas sistemáticas para se calcular o DESCONTO SIMPLES de um título:
DESCONTO COMERCIAL e o DESCONTO RACIONAL.
𝐷𝑐 = 𝑉𝑁𝑖𝑛
𝑉𝐴𝑐 = 𝑉𝑁 − 𝐷𝑐
𝑉𝐴𝑐 = 𝑉𝑁 − 𝑉𝑁𝑖𝑛
𝑉𝐴𝑐 = 𝑉𝑁(1 − 𝑖𝑛)
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖𝑛)
𝐹𝑉 = 50000 1 + 0,05 ∗ 6 = 65.000 VN
𝐷𝑟 = 𝑉𝐴𝑟 𝑖𝑛
𝐷𝑟 = (𝑉𝑁 − 𝐷𝑟 )𝑖𝑛
𝐷𝑟 = 𝑉𝑁𝑖𝑛 − 𝐷𝑟 𝑖𝑛
𝐷𝑟 + 𝐷𝑟 𝑖𝑛 = 𝑉𝑁𝑖𝑛
𝐷𝑟 (1 + 𝑖𝑛) = 𝑉𝑁𝑖𝑛
𝑉𝑁𝑖𝑛
𝐷𝑟 =
(1 + 𝑖𝑛)
𝑉𝑁𝑖𝑛 𝑉𝑁
𝑉𝐴𝑟 = 𝑉𝑁 − 𝐷𝑟 = 𝑉𝑁 − =
1+𝑖𝑛 1+𝑖𝑛
A operação de DESCONTO RACIONAL SIMPLES é a operação inversa da
CAPITALIZAÇÃO SIMPLES.
𝑉𝑁
𝑉𝐴𝑟 =
1 + 𝑖𝑛
𝐹𝑉
𝑃𝑉 =
1 + 𝑖𝑛
Exemplo: O emitente de uma nota promissória $25.600,00, para daqui três meses,
se propôs a pagar imediatamente se seu portador concordasse em calcular seu valor atual
por desconto racional, à taxa de 8% a.m. Quanto o devedor deverá pagar?
𝑉𝑁 25600
𝑉𝐴𝑟 = = = 20.645,16
1 + 𝑖𝑛 1 + 0,08 ∗ 3
a.3) Equivalência de Capitais
No regime de capitalização simples, dois ou mais capitais são EQUIVALENTES,
em certa data, com uma taxa dada, se seus valores calculados nessa data, com essa
taxa, forem iguais. A data dada é chamada de DATA FOCAL ou DATA DE
EQUIVALÊNCIA.
Existem dois tipos de equivalência: CAPITAIS EQUIVALENTES COM
DESCONTO COMERCIAL SIMPLES ou CAPITAIS EQUIVALENTES COM DESCONTO
RACIONAL SIMPLES.
Quando a data focal é anterior às datas de disponibilidade dos capitais que estão
sendo comparados, seus valores calculados serão Valores Atuais ou Valores Presentes.
𝑉𝐴2
𝑉𝐴1
𝑉𝑁1 𝑉𝑁2
0 𝑛1 𝑛2
Se 𝑉𝑁1 e V𝑁2 são equivalentes, tem-se que:
𝑉𝐴1 = 𝑉𝐴2
Se são equivalentes com desconto comercial simples na data 0, com taxa i, então
essa igualdade pode ser escrita como:
𝑉𝑁1 (1 − 𝑖𝑛1 ) = 𝑉𝑁2 (1 − 𝑖𝑛2 )
Se são equivalentes com desconto racional simples na data 0, com taxa i, então
essa igualdade pode ser escrita como:
𝑉𝑁1 𝑉𝑁2
=
1 + 𝑖𝑛1 1 + 𝑖𝑛2
𝑉𝑁2
𝑉𝐴1 𝑉𝐴2
𝑛1 𝑛2 n
𝐷𝑐 = 𝑉𝑁 − 𝑉𝐴𝑐
𝐷𝑐 = 𝑉𝑁 − 𝑉𝑁(1 − 𝑖)𝑛
𝐷𝑐 = 𝑉𝑁[1 − 1 − 𝑖 𝑛 ]
𝐷𝑟 = 𝑉𝑁 − 𝑉𝐴𝑟
𝐷𝑟 = 𝑉𝑁 − 𝑉𝑁(1 + 𝑖)−𝑛
𝐷𝑟 = 𝑉𝑁[1 − 1 + 𝑖 −𝑛 ]
𝑉𝐴2
𝑉𝐴1
𝑉𝑁1 𝑉𝑁2
0 𝑛1 𝑛2
Exemplo: Um título no valor de $50.000,00 para 30 dias foi trocado por outro de
$60.000,00 para 90 dias. Qual a taxa de desconto comercial composto que foi utilizada
para que esses títulos fossem considerados equivalentes?
𝑉𝑁1 (1 − 𝑖)𝑛1 = 𝑉𝑁1 (1 − 𝑖)𝑛2
50000(1 − 𝑖𝑚 )1 = 60000(1 − 𝑖𝑚 )3
𝑖𝑚 = 0,0871 𝑜𝑢 8,71% 𝑎. 𝑚.
Quando a data focal é posterior às datas de disponibilidade dos capitais que estão
sendo comparados, seus valores calculados serão Valores Nominais ou Valores Futuros.
𝑉𝑁1
𝑉𝑁2
𝑉𝐴1 𝑉𝐴2
𝑛1 𝑛2 n
Se 𝑉𝐴1 e V𝐴2 são equivalentes, tem-se que:
𝑉𝑁1 = 𝑉𝑁2
Se são equivalentes com desconto comercial composto na data 0, com taxa i,
então essa igualdade pode ser escrita como:
𝑉𝐴1 (1 − 𝑖)−𝑛1 = 𝑉𝐴2 (1 − 𝑖)−𝑛2
Se são equivalentes com desconto racional composto na data 0, com taxa i, então
essa igualdade pode ser escrita como:
𝑉𝐴1 (1 + 𝑖)𝑛1 = 𝑉𝐴2 (1 + 𝑖)𝑛2
Até o momento foram estudas operações financeiras em que um único capital era
aplicado para a formação de um montante, ou uma dívida assumida era saldada com um
único pagamento. Agora estudaremos operações financeiras que serão várias aplicações
feitas em datas diferentes para constituir um montante ou várias prestações que pagarão
uma dívida assumida hoje.
Essas séries de capitais disponíveis ou pagamentos vencíveis em datas diferentes
se chamam RENDAS.
Cada um dos pagamentos da dessa série (ou renda) se chama TERMO
(PRESTAÇÃO ou PAGAMENTO) DA RENDA.
Os intervalos de tempo entre os vencimentos de dois pagamentos consecutivos se
chamam PERÍODOS DA RENDA.
As rendas podem ser CERTAS ou ALEATÓRIAS. Certas são aquelas cujos
pagamentos têm vencimentos e valores preestabelecidos e a taxa de juros fixada.
Aleatórias são aquelas cujos pagamentos têm vencimentos e valores aleatórios ou a taxa
variável (ex.: ações). Apenas as rendas CERTAS serão tratadas aqui, com a denominação
genérica de RENDAS.
VALOR PRESENTE (ou VALOR ATUAL) de uma renda é a soma dos valores
presentes de cada um dos pagamentos, calculados em certa data, anterior às datas de
disponibilidade desses pagamentos, com uma taxa fixada.
VALOR FUTOR (ou MONTANTE) de uma renda é a soma dos valores futuros de
cada um dos pagamentos, calculados em certa data, posterior às datas de disponibilidade
desses pagamentos, com uma taxa fixada.
𝑃𝑉𝑛
𝑃𝑉2
𝑃𝑉1
𝑃𝑀𝑇1 𝑃𝑀𝑇2 𝑃𝑀𝑇𝑛
0 1 2 𝑚−1 𝑚
𝐹𝑉1
𝐹𝑉2
𝐹𝑉𝑛
𝑃𝑀𝑇1 𝑃𝑀𝑇2 𝑃𝑀𝑇𝑛
0 1 2 𝑚−1 𝑚
a) Classificação das Rendas
0 1 2 𝑛
0 1 𝑛−1 𝑛
As RENDAS DIFERIDAS caracterizam-se por terem o primeiro pagamento
efetuado no fim do próximo período, após o prazo (m) de carência ou diferimento.
0 1 2 𝑛
Tem-se que:
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇(1 + 𝑖)−1 +𝑃𝑀𝑇(1 + 𝑖)−2 + ⋯ + 𝑃𝑀𝑇(1 + 𝑖)−𝑛
Ou
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇[ 1 + 𝑖 −1 + 1+𝑖 −2 + ⋯+ 1 + 𝑖 −𝑛 ]
Assim, temos:
𝑎𝑛𝑖 ۀ = 𝑎−1 + 𝑎−2 + ⋯ + 𝑎−𝑛+1 + 𝑎−𝑛
Multiplicando por 𝑎 e subtraindo a própria igualdade, temos:
1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝑎𝑛𝑖 ۀ = 1+𝑖−1
1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝑎𝑛𝑖 ۀ = 𝑖
Voltando à expressão de PV, temos:
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇[ 1 + 𝑖 −1 + 1+𝑖 −2 + ⋯+ 1 + 𝑖 −𝑛 ]
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 ∗ 𝑎𝑛𝑖 ۀ
1− 1+𝑖 −𝑛
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 ∗
𝑖
Ou
𝑖
𝑃𝑀𝑇 = 𝑃𝑉 ∗
1− 1+𝑖 −𝑛
𝑖 0,055
𝑃𝑀𝑇 = 𝑃𝑉 ∗ = 54,40 ∗ = 10,89
1− 1+𝑖 −𝑛 1− 1+0,055 −6
1− 1+𝑖 −𝑛
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 ∗
𝑖
−𝑛 1− 1+𝑖 −𝑛 1
Quando 𝑛 → ∞, tem-se que 1 + 𝑖 →0e lim = . Assim,
𝑛→∞ 𝑖 𝑖
1
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 ∗
𝑖
Exemplo: Uma pessoa quer comprar um imóvel para viver com a renda de seu
aluguel. Calcula que poderá alugá-lo por $2.000 por mês. Quanto estará disposta a pagar
no imóvel se a taxa de mercado está em torno de 1% a.m.?
1
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 ∗
𝑖
1
𝑃𝑉 = 2000 ∗
0,01
𝑃𝑉 = 200.000,00
Exemplo: Comprei uma calculadora para pagar em três vezes de $24,00 sendo a
primeira no ato da compra e as demais com 30 e 60 dias. Qual o preço da calculadora à
vista, se a loja cobrou 8,5% a.m. de juros?
1 − 1 + 0,085 −3
𝑃𝑉 = 24 ∗ ∗ 1 + 0,085 = 66,51
0,085
Exemplo: Um empréstimo de $8.000,00 deve ser pago com juros de 4,5% a.m. em
seis vezes, vencendo a primeira 120 dias do empréstimo. De quanto serão as parcelas?
𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎: 𝑚 = 3
Ou seja, 90 dias para que no próximo período ocorra o pagamento
0,045
𝑃𝑀𝑇 = 8000 ∗ = 1.769,98
[1 − 1 + 0,045 −6 ] ∗ 1 + 0,045 −3
0 1 2 𝑛
Tem-se que:
𝐹𝑉 = 𝑃𝑀𝑇(1 + 𝑖)𝑛−1 +𝑃𝑀𝑇(1 + 𝑖)𝑛−2 + ⋯ + 𝑃𝑀𝑇
Ou
Assim, temos:
𝑠𝑛𝑖 ۀ = 𝑠 𝑛−1 + 𝑠 𝑛−2 + ⋯ + 1
(1 + 𝑖)𝑛 −1
𝑠𝑛𝑖 ۀ = 1+𝑖−1
(1 + 𝑖)𝑛 −1
𝑠𝑛𝑖 ۀ = 𝑖
1+𝑖 𝑛 −1
𝐹𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 ∗
𝑖
Ou
𝑖
𝑃𝑀𝑇 = 𝐹𝑉 ∗
1+𝑖 𝑛 −1
Exemplo: A fim de construir um patrimônio, uma pessoa deposita $100,00 em um
investimento, no fim de cada mês, recebendo 2,2% a.m. de juros. Qual será o montante no
fim do ano, após o 12º depósito?
1 + 0,022 12 − 1
𝐹𝑉 = 100 ∗ = 1.356,39
0,022
a) Sistema do Montante
Por este sistema, o devedor paga, no final do prazo, o montante da dívida
calculada em regime de juros simples ou compostos.
Exemplo: Um empréstimo de $100.000,00 deve ser pago após quatro meses com
juros compostos de 10% a.m. Qual o montante final?
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖)𝑛
𝐹𝑉 = 100000(1 + 0,10)4 = 146.410
b) Sistema de Juros Antecipados
Por este sistema, o devedor paga o total dos juros, simples ou compostos, na data
do empréstimo.
Exemplo: Um empréstimo de $100.000,00 deve ser pago após quatro meses com
juros compostos de 10% a.m. Se os juros são cobrados antecipadamente, qual o valor
liberado do empréstimo, o valor final a ser pago e a taxa efetiva?
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉(1 + 𝑖)𝑛
𝐹𝑉 = 100000(1 + 0,10)4 = 146.410
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑜𝑠: 𝐹𝑉 − 𝑃𝑉 = 146410 − 100000 = 46.410
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑏𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜: 𝑃𝑉 − 𝐽 = 100000 − 46410 = 53.590
𝑛 𝐹𝑉 4 100000
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎: 𝑖𝑒 = −1= − 1 = 0,1688 𝑜𝑢 16,88% 𝑎. 𝑚.
𝑃𝑉 53590
c) Sistema Americano
Por este sistema, o devedor paga os juros periodicamente. O valor emprestado é
pago no final do prazo.
Os juros em cada período são iguais e calculados como
𝐽 = 𝑃𝑉𝑖
Terminado o prazo, o devedor, no último pagamento, além dos juros, paga o
capital emprestado.
Exemplo: Um empréstimo de $100.000,00 deve ser pago após quatro meses com
juros de 10% a.m. Qual o desembolso mensal se o empréstimo for feito pelo SA com juros
pagos mensalmente?
𝑆𝐷0 = 100.000,00
𝐽1 = 𝑆𝐷0 𝑖 = 100000 ∗ 0,10 = 10.000
𝐴1 = 𝑃𝑀𝑇 − 𝐽1 = 31547,08 − 10000 = 21.547,08
𝑆𝐷1 = 𝑆𝐷0 − 𝐴1 = 100000 − 21547,08 = 78.452,92
𝐽2 = 𝑆𝐷1 𝑖 = 78452,92 ∗ 0,10 = 7.845,29
𝐴2 = 𝑃𝑀𝑇 − 𝐽2 = 31547,08 − 7845,29 = 23.701,79
𝑆𝐷2 = 𝑆𝐷1 − 𝐴2 = 78452,92 − 23701,79 = 54.751,13
𝐽3 = 𝑆𝐷2 𝑖 = 54751,13 ∗ 0,10 = 5.475,11
𝐴3 = 𝑃𝑀𝑇 − 𝐽3 = 31547,08 − 5475,11 = 26.071,97
𝑆𝐷3 = 𝑆𝐷2 − 𝐴3 = 54751,13 − 21547,08 = 28.679,16
𝐽4 = 𝑆𝐷3 𝑖 = 28679,16 ∗ 0,10 = 2.867,92
𝐴4 = 𝑃𝑀𝑇 − 𝐽4 = 31547,08 − 2867,92 = 28.679,16
𝑆𝐷4 = 𝑆𝐷3 − 𝐴4 = 28679,16 − 28679,16 = 0,00
N Pagamento Juros Amortização Saldo Devedor
0 - - - 100.000,00
1 31.547,08 10.000,00 21.547,08 78.452,92
2 31.547,08 7.845,29 23.701,79 54.751,13
3 31.547,08 5.475,11 26.071,97 28.679,16
4 31.547,08 2.867,92 28.679,16 0,00
𝑆𝐷0 = 100.000,00
𝐽1 = 𝑆𝐷0 𝑖 = 100000 ∗ 0,10 = 10.000
𝑃𝑀𝑇1 = 𝐴 + 𝐽1 = 25000 + 10000 = 35.000,00
𝑆𝐷1 = 𝑆𝐷0 − 𝐴 = 100000 − 25000 = 75.000,00
𝐽2 = 𝑆𝐷1 𝑖 = 75000 ∗ 0,10 = 7.500,00
𝑃𝑀𝑇2 = 𝐴 + 𝐽2 = 25000 + 7500 = 32.500,00
𝑆𝐷2 = 𝑆𝐷1 − 𝐴 = 75000 − 25000 = 50.000,00
𝐽3 = 𝑆𝐷2 𝑖 = 50000 ∗ 0,10 = 5.000,00
𝑃𝑀𝑇3 = 𝐴 + 𝐽3 = 25000 − 5000 = 20.000,00
𝑆𝐷3 = 𝑆𝐷2 − 𝐴 = 50000 − 25000 = 25.000,00
𝐽4 = 𝑆𝐷3 𝑖 = 25000 ∗ 0,10 = 2.500,00
𝑃𝑀𝑇4 = 𝐴 + 𝐽4 = 25000 + 2500 = 27.500,00
𝑆𝐷4 = 𝑆𝐷3 − 𝐴 = 25000 − 25000 = 0,00
N Pagamento Juros Amortização Saldo Devedor
0 - - - 100.000,00
1 35.000,00 10.000,00 25.000,00 75.000,00
2 32.500,00 7.500,00 25.000,00 50.000,00
3 30.000,00 5.000,00 25.000,00 25.000,00
4 27.500,00 2.500,00 25.000,00 0,00
SPC SAC
N Pagamento Juros Amortização Saldo Devedor N Pagamento Juros Amortização Saldo Devedor
0 - - - 100.000,00 0 - - - 100.000,00
1 31.547,08 10.000,00 21.547,08 78.452,92 1 35.000,00 10.000,00 25.000,00 75.000,00
2 31.547,08 7.845,29 23.701,79 54.751,13 2 32.500,00 7.500,00 25.000,00 50.000,00
3 31.547,08 5.475,11 26.071,97 28.679,16 3 30.000,00 5.000,00 25.000,00 25.000,00
4 31.547,08 2.867,92 28.679,16 0,00 4 27.500,00 2.500,00 25.000,00 0,00
SAM
N Pagamento Juros Amortização Saldo Devedor
0 - - - 100.000,00
a) Payback
O método PAYBACK (PB) consiste em calcular quanto tempo será necessário
para que o fluxo de caixa líquido se iguale ao investimento inicial.
Existem três tipos de Payback: EFETIVO, MÉDIO e o DESCONTADO.
Suponha o seguinte fluxo de caixa:
$50.000 $25.000 $55.000 $20.000
0
1 2 3 4 anos
$100.000
37500 − 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
25000 − 𝑥 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
25000 ∗ 12
𝑥= = 8 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
37500
41322,31 − 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
33884,30 − 𝑥 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
33884,30 ∗ 12
𝑥= = 9,84 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
41322,31
1 − 30 𝑑𝑖𝑎𝑠
0,84 − 𝑥 𝑑𝑖𝑎𝑠
0,84 ∗ 30
𝑥= = 25 𝑑𝑖𝑎𝑠
1
Assim, o retorno do presente investimento se dará em 3 anos, 9 meses e 25 dias.
A partir daqui que as entradas significarão lucro. Até o momento, o caixa apenas quitou o
investimento.
σ𝑛𝑖=1 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠𝑖
𝐼𝐿 =
σ𝑛𝑖=1 𝑆𝑎í𝑑𝑎𝑠𝑖
𝐼𝐿 ≥ 1 Investimento atraente
𝐼𝐿 < 1 Investimento não atraente
Suponha o fluxo de caixa abaixo à taxa de 10% a.a.:
$50.000 $25.000
0 3 4
1 2 anos
$55.000 $20.000
50000 25000
σ𝑛𝑖=1 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠𝑖 σ +
(1 + 0,10) (1 + 0,10)2 45454,54 + 20661,16 66.115,70
𝐼𝐿 = = = = >1
σ𝑛𝑖=1 𝑆𝑎í𝑑𝑎𝑠𝑖 σ
55000 20000 41322,31 + 13660,27 54.982,58
+
(1 + 0,10)3 (1 + 0,10)4
𝑉𝑃𝐿 = 𝐹𝐶𝑖
𝑖=1
𝑉𝑃𝐿 ≥ 0 Investimento atraente
𝑉𝑃𝐿 < 0 Investimento não atraente
Quando vários investimentos estão sendo avaliados, o mais interessante é aquele
com maior VPL. Quando estivermos comparando custos de empréstimos, o mais
interessante é aquele com menor VPL.
Quando as alternativas possuem vidas diferentes, deverão ser repetidos,
tomando-se um múltiplo comum do número de períodos das vidas de cada investimento.
Igualando o tempo útil de cada investimento para fins de uma avaliação adequada:
1 2 24 25 26 48 49 50 72 meses
1 2 36 37 38 72 meses
1 2 anos 1 2 3 4 anos
$100.000 $100.000
Calculando os VPU com o auxílio da HP, temos:
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴:
100000 𝑃𝑉
10𝑖
2𝑛
𝑃𝑀𝑇 = 57.619,04
𝑉𝑃𝑈𝐴 = 22.380,96 (que é a diferença $80.000 - $57.619,04)
Logo, o investimento A é o mais atraente por possuir um maior VPU, que nesse
caso é a receita periódica uniforme.
OBS1) Caso o investimento A pudesse ser repetido para ter a mesma vida de
quatro anos do investimento B, o fluxo de caixa seria alterado, mas o VPU continuaria com
o mesmo valor.
OBS2) Agora, caso o investimento A não pudesse ser repetido, mas tivesse a
mesma vida de quatro anos, o seu fluxo de caixa teria dois pagamentos de 80.000 e dois
pagamentos de 0. Para calcular o 𝑉𝑃𝑈𝐴 , deve-se calcular o 𝑉𝑃𝐿𝐴 e, em seguida, distribuí-
lo uniformemente pelos quatro anos no fluxo de caixa. Ao se fazer os cálculos, utilizando o
exemplo anterior, o investimento B agora possuirá um VPU maior.
1 2 3 4 anos 1 2 3 4 anos
$100.000 $100.000
1 2 12 meses 3 6 9 12 meses
$100.000 $150.000
Calculando a TIR, temos:
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴:
100000 𝑃𝑉
18000𝑃𝑀𝑇
12𝑛
𝑖 = 𝑇𝐼𝑅𝐴 = 14,43 taxa mensal
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐵:
150000 𝑃𝑉
85000𝑃𝑀𝑇
4𝑛
𝑖 = 𝑇𝐼𝑅𝐵 = 43,18 taxa trimestral
Calculando a taxa mensal de B, temos:
143,18𝐹𝑉
100𝑃𝑉
3𝑛
𝑖 = 𝑇𝐼𝑅𝐵 = 12,71 taxa mensal
Logo, o investimento A é mais atraente que o investimento B.
OBS* A análise foi feita sem levar em consideração o INVESTIMENTO
INCREMENTAL, isto é, a diferença dos $50.000 do capital de B em relação ao capital de
A. O investidor deixa de aplicar os $50.000 à taxa de mercado de 8% a.m.
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑐𝑟𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙:
50000 𝑃𝑉
8𝑖
12𝑛
𝐹𝑉 = 125.908,51 retorno incremental
Considerando o incremento no investimento A, temos:
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴:
150000 𝐶𝐻𝑆 𝑔𝐶𝐹0
18000 𝑔𝐶𝐹𝑗 11 𝑔𝑁𝑗
143908,51 𝑔𝐶𝐹𝑗
𝑓𝐼𝑅𝑅 = 𝑇𝐼𝑅𝐴 = 11,31 taxa mensal
Com o advento do Plano Real em 1995, as taxas mensais já não tinham mais
como parâmetro a expectativa de inflação. Desse modo, era razoável uma volta aos
parâmetros anuais dos juros, mesmo que as operações fossem diárias. Hoje, as taxas de
juros são sinalizadas pelo BACEN, levando em conta a política monetária e não a
remuneração da inflação passada.
Suponha que o BACEN sinalizou uma taxa efetiva de 2,7% para o mês de janeiro
de 1996 com 20 dias úteis.
1
𝑖𝑎.𝑑.𝑢. = (1 + 0,027)20 −1 = 0,00133 𝑜𝑢 0,133% 𝑎. 𝑑. 𝑢. 𝑜𝑢 4,00% 𝑎. 𝑚. 𝑜.
Se essa mesma taxa for mantida para o mês de fevereiro, com 17 dias úteis,
temos:
1
𝑖𝑎.𝑑.𝑢. = (1 + 0,027)17 −1 = 0,001568 𝑜𝑢 0,1568% 𝑎. 𝑑. 𝑢. 𝑜𝑢 4,71% 𝑎. 𝑚. 𝑜.
𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜
32
𝐹𝑉 = 200000(1 + 0,2480)360
𝐹𝑉 = 203.977,57
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜
𝑅𝐵 = 𝐹𝑉 − 𝑃𝑉
𝑅𝐵 = 203977,57 − 200000 = 3.977,57
𝐼𝑅 𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒
𝐼𝑅 = 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 ∗ 𝑅𝐵
𝐼𝑅 = 0,225 ∗ 3977,57 = 894,95
𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐹𝑉 ∗ = 𝐹𝑉 − 𝐼𝑅
𝐹𝑉 ∗ = 203977,57 − 894,95
𝐹𝑉 ∗ = 203.082,62
d.2) Pós-Fixados: o investidor não sabe a rentabilidade que irá receber, pois esses
títulos estão atrelados a dois indexadores: Selic (taxa básica de juros) e IPCA (taxa de
inflação). Assim, a rentabilidade é composta por um desses indexadores e uma taxa pré-
definida.
Os títulos pós-fixados possuem as seguintes modalidades:
d.2.1) Tesouro Selic (antiga LFT);
d.2.2) Tesouro IPCA+ (antiga NTN-B principal)
d.2.3) Tesouro IPCA+ com juros semestrais (antiga NTN-B)
e.5.3) Debêntures
A debênture é um título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor. Ou
seja, o mesmo terá direito a receber uma remuneração do emissor (geralmente juros) e
periodicamente ou quando do vencimento do título receberá de volta o valor investido
(principal). No Brasil, as debêntures constituem uma das formas mais antigas de captação
de recursos por meio de títulos.
Todas as características das debêntures são descritas na sua escritura de emissão que,
entre outras questões, poderá estabelecer, inclusive, em quais projetos a companhia irá
aplicar os recursos captados.
As debêntures são emitidas por sociedades anônimas de capital aberto ou
fechado e utilizadas para financiar projetos ou reestruturar dívidas da empresa, tendo
como vantagens na captação de recursos a diminuição do seu custo médio, o
alongamento e a adequação do seu perfil e a diminuição significativa das garantias
utilizadas.
Desta forma, uma companhia em vez de tomar um empréstimo junto ao banco,
pode realizar uma emissão de debêntures para captar recursos e aplicar em projetos que,
por exemplo, aumentarão a sua capacidade produtiva ou permitirão a sua entrada em um
novo segmento de negócios.
A companhia pode realizar várias emissões e cada emissão pode ser dividida em
séries. As debêntures da mesma série têm o mesmo valor nominal e conferem aos seus
titulares os mesmos direitos. Adicionalmente, a companhia pode incluir nas suas
debêntures características para atrair mais compradores como, por exemplo,
conversibilidade em ações e participação nos lucros.
e.5.4) Letra Financeira
A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa emitido por instituições
financeiras com a finalidade de captar recursos de longo prazo, dado que tem vencimento
superior a dois anos. Em contrapartida, oferece aos investidores melhor rentabilidade do
que outras aplicações financeiras com liquidez diária ou com prazo inferior de vencimento.
Desta forma, a LF beneficia tanto as instituições financeiras que necessitam captar
recursos quanto os investidores que possuem montante relevante para aplicações de
longo prazo.
A LF não pode ser emitida com valor nominal unitário inferior a:
(i) R$150.000,00, se não contiver cláusula de subordinação; ou
(ii) R$300.000,00, se contiver cláusula de subordinação.
No caso da LF emitida com cláusula de subordinação, seus detentores têm seu
direito de crédito condicionado ao pagamento de outras dívidas da instituição emissora em
caso de falência ou inadimplência. Contudo, este tipo de LF oferece benefícios contábeis
aos emissores e, por esse motivo, tende a proporcionar uma melhor remuneração quando
comparada com a LF sem cláusula de subordinação.
e.6) Títulos da Dívida Externa
São eles: GLOBAL BONDS e US TREASURY.
[3]: VIEIRA SOBRINHO, J. D. Matemática financeira. São Paulo: Atlas. Atlas, São
Paulo, 2000.