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“Cristianização” e combate às

práticas pagãs

Prof. Bruno Uchoa


Poder clerical e sociedade

 Atribuía-se um caráter pastoral ao poder clerical

 Clérigos apresentados como aptos para conduzir os


fiéis à salvação

 Estabelecimento de normas e proibições como


prerrogativa do ofício eclesiástico
As “sobrevivências” pagãs

 “Pagão” como forma pejorativa de se referir ao pré-


cristão

 Não há documentos que apresentem a perspectiva


do fiel comum, só a do clero

 Não há uma “resistência pagã” organizada ou


sequer consciente

 Problemas quanto às fronteiras entre o paganismo e


o cristianismo
Estratégias para o combate ao paganismo

 Demonização

 Destruição / Proibição

 Ressignificação

 Substituição
Então o Diabo, ou os demônios seus ministros,
que foram expulsos do céu, vendo os homens
que por ignorância desprezaram a seu Criador,
começaram a servi-lo por meio das criatura, E
começaram a manifestarem-se em diversas
figuras, a falar com eles e lhes pedir que
oferecessem sacrifícios nos montes altos e nos
bosques frondosos, e a honrá-los como a Deus,
pondo-lhes os nomes de homens malfeitores,
que havia levada uma vida de toda classe de
crimes e maldades.
Martinho de Braga. Sobre a instrução dos rústicos.
E deste modo a um denominaram Júpiter, que era um mago e que
estava tão carregado com tantos adultérios, que teve por sua
esposa a sua própria irmã chamada Juno, que se dizia Juno, violou
as suas filhas, Minerva e Vênus, e, na sua torpeza, cometeu
também incestos com netas e com todos os seus aparentados,
enquanto que outro demônio se deu o nome de Marte e foi
instigador de litígios e de discórdia. De seguida, outro demônio
quis tomar para si o nome de Mercúrio, o qual foi um inventor
astucioso, em tudo o que era de furto e de fraude; a este, qual
deus do lucro, os homens gananciosos ao passarem pelas
encruzilhadas, atiram pedradas e oferecem-lhe montões de pedras
em sacrifício. Outro demônio ainda aplicou a si próprio o nome de
Saturno, o qual, vivendo de todo o gênero de crueldades, devorava
até os seus filhos logo ao nascerem. Outro demônio fingiu também
que era Vênus, que tinha sido uma meretriz que não só se
prostituiu com um sem número de homens, mas também com
Júpiter, seu pai, e com Marte, seu irmão.
Martinho de Braga. Sobre a instrução dos rústicos.
Embora no cume da alta montanha o povo,
na estúpida e perversa loucura da sua
cegueira, vivia impiedosamente e tolamente
venerando os terríveis altares dos demônios
(familiares), conforme os ritos pagãos. Esta
injuriosa obscenidade seria, finalmente,
destruída com a ajuda dos fiéis cristãos. E
com o auxílio do Senhor Todo-Poderoso
uma basílica seria (ali) edificada em nome
de São Felix Mártir.
Valério do Bierzo. Autobiografia.
Quando o homem de Deus Amando estava
pregando no condado de Beauvais, veio a
um lugar chamado Ressons, no Rio Aronde.
Havia uma mulher cega ali que perdera a
visão há muito tempo. Entrando em sua
casa, o homem de Deus perguntou-lhe
como aquela cegueira a acometera. Ela
disse que a única razão era que venerara
ídolos e augúrios. Indicou, então, o lugar
onde costumava rezar para seu ídolo, uma
árvore dedicada a um demônio. (Continua)
Anônimo. Vida de Santo Amando.
O homem de Deus disse: “Não me espanta que tenha se
tornado cega por essa tolice, mas maravilha-me que a
misericórdia de Deus a tenha sustentado por tanto tempo.
Pois quando devia adorar o Criador e redentor, você adora
demônios e ídolos tolos que não podem ajudar a você ou a
si próprios. Agora tome um machado e corte essa árvore
abominável pela qual perdeu sua visão física e a salvação
da sua alma. Tenho confiança que, se acreditar
firmemente, você poderá receber de volta do Senhor a
visão que já teve”. Com sua filha conduzindo-a pela mão, a
mulher apressou-se até a árvore e derrubou-a. Então, o
homem de Deus chamou-a até ele, fez o Sinal da Cruz
sobre seus olhos e, invocando o nome de Cristo, restaurou
sua antiga saúde.
Anônimo. Vida de Santo Amando.
De novo, quando numa determinada aldeia, São Martinho havia
demolido um templo muito antigo e decidido cortar um pinheiro,
que ficava perto do templo, o sumo-sacerdote daquele lugar e
uma multidão de outros pagãos começaram a se opor a ele. E
essas pessoas, no entanto sob a influência do Senhor, ficaram
quietas enquanto o templo era derrubado, mas não podiam
pacientemente permitir que a árvore fosse derrubada. Martinho
esclareceu cuidadosamente que não havia nada de sagrado no
tronco de uma árvore e exortou-os a honrar ao Deus que ele
mesmo servia. Acrescentou que havia uma necessidade moral
para o corte da árvore, porque era dedicado a um demônio. Em
seguida, um deles, que era mais ousado do que os outros, disse:
“Se você tem alguma confiança no seu Deus, a quem você diz
adorar, nós mesmos iremos derrubar esta árvore, cabendo a você
recebe-la quando cair; pois se, como você declara, o seu Senhor
está contigo, não será ferido”. (continua)

Sulpício Severo. Vida de Martinho de Tours.


Então Martinho, corajosamente, confiando no Senhor,
prometeu que cumpriria o pedido. (...) Mas ele, confiando
no Senhor e esperando corajosamente, enquanto agora o
pinheiro em queda estava prestes a bater nele (...) ele
simplesmente pôs sua mão na direção da árvore e fez o
sinal da salvação. Então, à maneira de um pião, ele rodou
para o lado oposto, de tal maneira que quase esmagou os
rústicos, que tinham tomado seus lugares onde
consideraram um local seguro. (...) Os pagãos firam
maravilhados com o milagre (...). O resultado bem
conhecido foi que naquele dia a salvação chegou naquela
região. Por lá foi difícil encontrar um daquela multidão de
pagãos (...) [que] abandonando seus erros ímpios, não
tenha feito a profissão de fé no Senhor Jesus.

Sulpício Severo. Vida de Martinho de Tours.


Certamente, antes de São Martinho, poucos, ou
melhor, quase ninguém havia recebido o nome de
Cristo nessas regiões; mas, através de suas
virtudes e exemplo, o nome tem prevalecido a tal
ponto que agora não há lugar algum que não
tenha sido preenchido ou com igrejas muito
frequentadas ou com mosteiros. Por onde quer
que ele tenha destruído templos pagãos, lá ele
imediatamente construiu igrejas ou mosteiros.

Sulpício Severo. Vida de Martinho de Tours.

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