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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Faculdade de Medicina de Botucatu


Bloco cirúrgico – Oncologia – 4º ano

O PROFESSOR QUE APRENDEU COM A


DOENÇA: MIELOMA MÚLTIPLO
PAULA NAOMI RENATO COLENCI

PEDRO PFAU VANESSA PAULA

MELISSA YOSHIDA VANESSA SUZUKI

MIGUEL OSSUNA YURI MACARI

NICHOLAS KOETZ
Quadro clínico/ Tratamento e Aspecto
Introdução Patologia
diagnóstico prognóstico biopsicossocial

APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO

• Identificação: Masculino, 60 anos, engenheiro agrônomo, professor


universitário
• QD: Dores na perna e nas costas há seis meses
• AP: Não tabagista, uso moderado de álcool
Quadro clínico/ Tratamento e Aspecto
Introdução Patologia
diagnóstico prognóstico biopsicossocial

DEFINIÇÃO:
 Proliferação neoplásica de um clone de plasmócito, envolvido na produção de
imunoglobulina monoclonal (forma única de imunoglobulina específica);

 Principal representante das neoplasias plasmocitárias;

 Proliferação na MO, com frequente invasão ao osso adjacente, produzindo extensa


destruição esquelética e resultando em dores ósseas e fraturas;
Quadro clínico/ Tratamento e Aspecto
Introdução Patologia
diagnóstico prognóstico biopsicossocial

CONCEITOS
• Imunoglobulinas normais:
• 2 cadeias leves (Kappa, Lambda)
• 2 cadeias pesadas (gama, alfa, mu, delta, épisolon)

• Imunoglobulinas monoclonais: Paraprotéina M


• Produtos do clone plasmocitário
• 1 cadeia leve e 1 pesada
• 1 cadeia pesada
• 1 cadeia leve (proteinúria de Bence-Jones)
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Introdução Patologia
diagnóstico prognóstico biopsicossocial

VARIAÇÕES DAS PARAPROTEÍNAS SECRETADAS


NO MIELOMA MÚLTIPLO
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Introdução Patologia
diagnóstico prognóstico biopsicossocial

EPIDEMIOLOGIA
• Doença de idade avançada, entre 65 e 75 anos;
• Afeta duas vezes mais negros do que brancos, e afeta mais homens do que
mulheres;
• Não se tem a estatística brasileira, mas nos EUA afeta 4 a cada 100 000
habitantes;
• Compõe 0,8% de todos os casos de cânceres nos EUA.
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

PATOGÊNESE
• Linfócito B de memória ou plasmobasto
(centros germinativos de tecidos
linfóides);

• Plasmócito alterado geneticamente no


microambiente medular;

Célula de Mott
Depósitos de imunoglobulina monoclonal
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

PATOGÊNESE

Componente M: imunoglobulina completa, cadeia


pesada ou cadeia leve

(Fonte: Hoffbrand , V - Fundamentos em Hematologia, 6a


Edição)
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FISIOPATOLOGIA

• Acometimento de múltiplos focos da medula óssea funcionante

• 80% dos casos: cadeia leve do componente M na urina (proteína de Bence Jones)  Lesões
tubulares proximais (síndrome de Fanconi) e amiloidose

• Síndrome da hiperviscosidade
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

FISIOPATOLOGIA
• Inibe proliferação de eritroblastos  Anemia e eventual pancitopenia
• Ativa osteoclastos (↓ OPG ↑RANK-L ) lise óssea e hipercalcemia
• Hipercalcemia e hipercalciúria: deposição de cálcio no parênquima renal, neuropatia

Fonte: Clínica Médica –HC/FMUSP - Volume 3, 1ªed)


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FISIOPATOLOGIA

• Susceptibilidade a infecções: hipogamaglobulinemia funcional


• Bactérias encapsuladas: Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae (fases precoces);
Staphylococcus aureus ou gram negativos entéricos (fases tardias)

PRINCIPAL CAUSA DE MORTE!


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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

QUADRO CLÍNICO
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EXAMES COMPLEMENTARES

1. História e exame clínico;


2. Hemograma completo;
3. Ureia, creatinina, sódio, potássio, cálcio, ácido úrico;
4. LDH, fosfatase alcalina, Beta-2-microglobulina;
5. Eletroforese de proteínas séricas com imunofixação;
6. Proteinuria de 24h, com imunoeletroforese e imunofixação;
7. Aspirado e biópsia de medula óssea (incluindo avaliação
citogenética).
8. Inventário radiológico do esqueleto (incluindo coluna, pelve,
crânio, úmero e fémur).
9. Dosagem sérica de cadeia leve livre (se disponível).

(Fonte: Davidson's principles and practice of medicine 21st edition) (Clínica Médica –HC/FMUSP - Volume 3, 1ªed)
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Critério OBRIGATÓRIO: Presença de >10% de plasmócitos monoclonais na medula óssea

+ PRESENÇA DE PELO MENOS UM DOS SEGUINTES:


1. Presença de alguma lesão de órgão-alvo.

C Cálcio > 1mg/dL do limite superior da normalidade


A Anemia - Hb <10g/dL ou 2g/dL abaixo do normal
R Rim - creatinina >2mg/dL
O Osso - lesões ósseas (líticas ou osteopenia)
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
2. Presença de algum "biomarcador".

• Dosagem de cadeias leves livres no soro com relação: “cadeias envolvidas"/cadeias "não-
envolvidas" > 100

• Presença de > 1 lesão focal vista por RNM


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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

PROGNÓSTICO
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TRATAMENTO
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

ASSPECTO BIOPSICOSSOCIAL
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

ASPECTO BIOPSICOSSOCIAL
• ASPECTOS PSICOLÓGICOS (FASES DO LUTO, MECANISMOS DE PROTEÇÃO)
“Sofria há seis meses de dores nas costas e nas pernas, ninguém encontrava o que era”.
• “A forma como o médico me passou a notícia (de sopetão), foi algo marcante”
• “O fato de ter câncer te lembra a todo momento de que você vai morrer”.
• “A pergunta era ‘porque eu?’ [...] Passei um tempo em depressão
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

ASPECTO BIOPSICOSSOCIAL

• IMPACTO DA DOENÇA NA FAMÍLIA/AMIGOS/SOCIEDADE


• “Assegurei a eles (família) que tudo ia dar certo, porque só havia duas opções. Ou eu
sarava — o que era dar certo — ou morria — o que também era dar certo, algo natural.
Eles sentiram o baque. Foi minha primeira lição: você precisa vencer a doença por você e
pela família. Mudei a postura, passei a adotar discurso positivo. Mas com medo”.
Quadro clínico/ Tratamento e Aspecto
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diagnóstico prognóstico biopsicossocial

ASPECTO BIOPSICOSSOCIAL
• GRAU DE INSTRUÇÃO X ENFRENTAMENTO DA DOENÇA
Paciente com alto nivel de instrução
Procurou todo o conhecimento sobre a doença

• IDADE X ENFRENTAMENTO DA DOENÇA


O paciente se sentia injustiçado
“Não fumo, só tomo cerveja no fim de semana. Tenho 60 anos, e doença ataca
geralmente quem tem mais de 70”
O professor que aprendeu com a doença:
“A doença me ensinou” • “Parei de reclamar de tudo ao ver crianças com câncer”

• “Aprendi muitas coisas. A importância de falar com as pessoas


e ouvi-las”.

“A doença me ensinou também que não


temos todas respostas ou controle sobre a
vida. E que é importante trabalhar, mas
também descansar”.
Palestra para a Turma do 4º Ano de Medicina
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/05/1633242-alerta-para-desacelerar-reitor-da-unesp-se-afasta-para-tratar-
cancer.shtml
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Clínica Médica –HC/FMUSP - Volume 3, 1ª Edição (Manole);
• Davidson's principles and practice of medicine, 21st edition;
• Hoffbrand ,V - Fundamentos em Hematologia, 6a Edição (Artmed);
• http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/05/1633242-alerta-para-desacelerar-reitor-
da-unesp-se-afasta-para-tratar-cancer.shtml

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