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A EDUCAÇÃO

n’OS MAIAS
Dois modelos de educação opostos:

Educação tradicional Educação à Inglesa


(“À portuguesa”)

Pedro da Maia Carlos da Maia

Eusebiozinho
 Educação “à Portuguesa” valoriza:

 Primado da cartilha:"(...) sobretudo a


cartilha (...)“

A memorização de conhecimentos;
A moral do catecismo e da devoção
religiosa com a concepção punitiva do
pecado:
"(...) — Quantos são os inimigos da alma?
E o pequeno, mais dormente, lá ia
murmurando:
— Três. Mundo, Diabo e Carne... (...)“
 Desvalorização do contacto com a
Natureza:"(...) tinha medo do vento e das
árvores (...)“

 Estudo do Latim, considerada uma língua


morta: "O Vasques ensinava-lhe as
declinações latinas (...)"
 Educação “à Inglesa” valoriza:

 “Mente sã, em corpo são”;

O desenvolvimento da inteligência, graças


ao conhecimento prático e experimental;

 O “amor
da virtude” e da “honra” que
convém a um cavalheiro e a “um homem de
bem”;
 Aprendizagem de línguas vivas;

 Exercício físico;

 Vida ao ar livre, contacto com a Natureza.


Educação tradicional Educação à Inglesa

Quem aprova: Quem aprova:

Vilaça (pai) Afonso e o narrador

Padre Vasques Quem desaprova:

A gente da casa dos Maias e a gente Vilaça (pai)


de Resende
Padre Vasques
Quem desaprova:
A gente da casa dos Maias e a gente
Afonso e o narrador de Resende
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O bom Vilaça, no entanto, dando estalinhos aos dedos, preparava - valorização das línguas mortas
uma observação. Não se podia decerto ter melhor prenda que
montar a cavalo com as regras... Mas ele queria dizer se o Carlinhos (uso do diminutivo: traduz a ideia de
já entrava com o seu Fedro, o seu Tito Liviozinho...
— Vilaça, Vilaça — advertiu o abade, de garfo no ar e um sorriso
pequenez, mesquinhice…)
de santa malícia — não se deve falar em latim aqui ao nosso
nobre amigo... Não admite, acha que é antigo... Ele, antigo é...
— Ora sirva-se desse fricassé, ande, abade — disse Afonso — -valorização da componente física,
que eu sei que é o seu fraco, e deixe lá o latim...
O abade obedeceu com deleite; e escolhendo no molho rico os
o corpo deve ser desenvolvido, para
bons pedaços de ave, ia murmurando: que depois se desenvolva a mente:
— Deve-se começar pelo latinzinho, deve-se começar por lá... É
a base; é a basezinha! “Mente sã em corpo são”
— Não! latim mais tarde! — exclamou o Brown, com um gesto
possante. Prrimeiro forrça! Forrça! Músculo...
E repetiu, duas vezes, agitando os formidáveis punhos:
— Prrimeiro músculo, músculo!...
Afonso apoiava-o, gravemente. O Brown estava na verdade. O -a erudição ultrapassada vs.
latim era um luxo de erudito... Nada mais absurdo que começar a
ensinar a uma criança numa língua morta quem foi Fábio, rei dos a experiência, o contacto
Sabinos, o caso dos Gracos, e outros negócios de uma nação extinta,
deixando-o ao mesmo tempo sem saber o que é a chuva que o
com a natureza (conhecimento
molha, como se faz o pão que come, e todas as outras coisas do universo empírico)
em que vive...
— Mas enfim os clássicos — arriscou timidamente o abade.
— Qual clássicos! O primeiro dever do homem é viver. E para
isso é necessário ser são, e ser forte. Toda a educação sensata consiste
nisto: criar a saúde, a força e os seus hábitos, desenvolver -a dimensão espiritual é
exclusivamente o animal, armá-lo de uma grande superioridade
física. Tal qual como se não tivesse alma. A alma vem depois... A
menosprezada
alma é outro luxo. É um luxo de gente grande...
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Os noivos tinham chegado de uma pitoresca e perigosa viagem,
e Carlos parecia descontente de sua mulher; comportara-se de uma
maneira atroz; quando ele ia governando a mala-posta, ela quisera
empoleirar-se ao pé dele na almofada... Ora senhoras não viajam
na almofada.
- imaginação
— E ele atirou-me ao chão, titi!
— Não é verdade! Demais a mais é mentirosa! Foi como quando
chegámos à estalagem... Ela quis-se deitar, e eu não quis... A gente,
quando se apeia de viagem, a primeira coisa que faz é tratar do - visão crítica
gado... E os cavalos vinham a escorrer...
A voz de D. Ana interrompeu, muito severa:
— Está bom, está bom, basta de tolices! Já cavalaram bastante.
Senta-te aí ao pé da senhora viscondessa, Teresa... Olha essa travessa - energia
do cabelo... Que despropósito!
Sempre destestara ver a sobrinha, uma menina delicada de dez
anos, a brincar assim com o Carlinhos. Aquele belo e impetuoso
rapaz, sem doutrina e sem propósito, aterrava-a; e pela sua imaginação
de solteirona passavam sem cessar ideias, suspeitas de - dinamismo
ultrajes que ele poderia fazer à menina. Em casa, ao agasalhá-la
antes de vir para Santa Olávia, recomendava-lhe com força que
não fosse com o Carlos para os recantos escuros, que o não deixasse
mexer-lhe nos vestidos!... A menina, que tinha os olhos muito
langorosos, - inocência (Carlos) /
dizia: «Sim, titi.» Mas, apenas na quinta, gostava de abraçar
o seu maridinho. Se eram casados, porque não haviam de fazer perversidade (D. Ana)
nené, ou ter uma loja e ganharem a sua vida aos beijinhos? Mas o
violento rapaz só queria guerras, quatro cadeiras lançadas a
galope, viagens a terras de nomes bárbaros que o Brown lhe ensinava.
Ela, despeitada, vendo o seu coração mal compreendido, chamava-
lhe arrieiro; ele ameaçava boxá-la à inglesa; — e
separavam-se sempre arrenegados.
Mas quando ela se acomodou ao lado da viscondessa, gravezinha
e com as mãos no regaço — Carlos veio logo estirar-se ao pé dela,
meio deitado para as costas do canapé, bamboleando as pernas.
— Vamos, filho, tem maneiras — rosnou-lhe muito seca D. Ana.
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— Ó filho, diz tu aqui ao Sr. Vilaça aqueles lindos versos que - carácter passivo, sem energia
sabes... Não sejas atado, anda!... Vá, Eusébio, filho, sê bonito...
Mas o menino, molengão e tristonho, não se descolava das saias
da titi: teve ela de o pôr de pé, ampará-lo, para que o tenro prodígio - dependência exagerada da
não aluísse sobre as perninhas flácidas; e a mamã prometeu-lhe protecção feminina
que, se dissesse os versinhos, dormia essa noite com ela...
Isto decidiu-o: abriu a boca, e lassa veio
de lá escorrendo, num fio de voz, um recitativo lento e babujado:
- fragilidade física
É noite, o astro saudoso
Rompe a custo um plúmbeo céu,
Tolda-lhe o rosto formoso -ausência de vontade própria
Alvacento, húmido véu...
(só reage a promessas doentias,
Disse-a toda — sem se mexer, com as mãozinhas pendentes, os inadequadas)
olhos mortiços pregados na titi. A mamã fazia o compasso com a
agulha do crochet; e a viscondessa, pouco a pouco, com um sorriso
de quebranto, banhada no langor da melopeia, ia cerrando as pálpebras.
— Muito bem, muito bem! — exclamou o Vilaça, impressionado, - registo ultra-romântico
quando o Eusebiozinho findou coberto de suor. — Que memória!
Que memória!... É um prodígio!...
- valorização da memorização
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De repente, porém, de um salto, precipitou-se sobre o Eusebiozinho.
Queria-o levar à África, a combater os selvagens; e puxava-o já pelo seu
belo plaid de cavaleiro da Escócia , quando a mamã acudiu aterrada:
— Não, com o Eusebiozinho não, filho! Não tem saúde para - super-proteccionismo
essas cavaladas... Carlinhos, olhe que eu chamo o avô!
Mas o Eusebiozinho, a um repelão mais forte, rolara no chão,
soltando gritos medonhos. Foi um alvoroço, um levantamento. A
mãe, trémula, agachada junto dele, punha-o de pé sobre as perninhas
moles, limpando-lhe as grossas lágrimas, já com o lenço, já
com beijos, quase a chorar também. O delegado, consternado, apanhara
o boné escocês, e cofiava melancolicamente a bela pena de
galo. E a viscondessa apertava às mãos ambas o enorme seio, como
se as palpitações a sufocassem.
O Eusebiozinho foi então preciosamente colocado ao lado da
titi; e a severa senhora, com um fulgor de cólera na face magra, - ser abúlico, passivo, inexpressivo
apertando o leque fechado como uma arma, preparava-se a repelir
o Carlinhos, que, de mãos atrás das costas e aos pulos em roda do
canapé, ria, arreganhando para o Eusebiozinho um lábio feroz. Mas
nesse momento davam nove horas, e a desempenada figura do
Brown apareceu à porta.
Apenas o avistou, Carlos correu a refugiar-se por detrás da viscondessa,
gritando:
— Ainda é muito cedo, Brown, hoje é festa, não me vou deitar!
Então Afonso da Maia, que se não movera aos uivos lancinantes
do Silveirinha, disse de dentro, da mesa do voltarete, com severidade:
— Carlos, tenha a bondade de marchar já para a cama.
- método, rigor, hábitos saudáveis,
— Ó vovô, é festa, que está cá o Vilaça! disciplina
Afonso da Maia pousou as cartas, atravessou a sala sem uma
palavra, agarrou o rapaz pelo braço, e arrastou-o pelo corredor —
enquanto ele, de calcanhares fincados no soalho, resistia, protestando
com desespero:
— É festa, vovô... É uma maldade!... O Vilaça pode-se escandalizar...
Ó vovô, eu não tenho sono!
Uma porta fechando-se abafou-lhe o clamor.
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— E agora? — perguntou-lhe o Sequeira, depois de um
momento de silêncio em que Carlos estivera bebendo o seu conhaque
e soda. — Agora que tencionas tu fazer?
— Agora, general? — respondeu Carlos, sorrindo e pousando o
copo. — Descansar primeiro e depois passar a ser uma glória nacional!
IDEALISMO DE CARLOS:
Ao outro dia, com efeito, Afonso veio encontrá-lo na sala de
bilhar — onde tinham sido colocados os caixotes — a despregar, a
desempacotar, em mangas de camisa e assobiando com entusiasmo.
Pelo chão, pelos sofás, alastrava-se toda uma literatura em rumas - Grandes projectos
de volumes graves; e aqui e além, por entre a palha, através das
lonas descosidas, a luz faiscava num cristal, ou reluziam os vernizes, - Vontade
os metais polidos dos aparelhos. Afonso pasmava em silêncio
para aquele pomposo aparato do saber.
- Entusiasmo
— E onde vais tu acomodar este museu?
Carlos pensara em arranjar um vasto laboratório ali perto no
bairro, com fornos para trabalhos químicos, uma sala disposta para
estudos anatómicos e fisiológicos, a sua biblioteca, os seus aparelhos,
uma concentração metódica de todos os instrumentos de estudo...
Os olhos do avô iluminavam-se ouvindo este plano grandioso.
— E que não te prendam questões de dinheiro, Carlos! Nós fizemos
Apoio de Afonso (a educação havia
nestes últimos anos de Santa Olávia algumas economias... resultado)
— Boas e grandes palavras, avô! Repita-as ao Vilaça.
As semanas foram passando nestes planos de instalação. Carlos
trazia realmente resoluções sinceras de trabalho: a ciência como
mera ornamentação interior do espírito, mais inútil para os outros
que as próprias tapeçarias do seu quarto, parecia-lhe apenas um
luxo de solitário: desejava ser útil.
Pedro da Maia:
 Superprotecção materna;
 Refúgio no colo das criadas;
 Influência religiosa: Padre Vasquez;
 O estímulo do espírito boémio do romantismo;
 Sofre com a morte da mãe e com a traição de Maria.

 Não encontra solução para a sua vida

FALHA NA VIDA
Suicídio
Eusebiozinho:
 Desde o berço que mostrava interesse pelo saber;
 Ainda gatinhava e já gostava de folhear livros e permanecer
imóvel;
 Quando crescido, permanecia inactivo numa cadeira a desenhar
letras;
 Recitava versos sem qualquer expressividade.

Um casamento infeliz e uma vida de corrupção

FALHA NA VIDA
 Carlos da Maia:

 Dormia só antes dos cinco anos;


 Tomava banho em água fria todas as manhãs;
 Tinha um dieta alimentar rigorosa;
 Podia correr livremente, pular, cair, subir às
árvores.
 NO ENTANTO, Carlos da Maia:
 Educação inadequada para o meio social
em que irá mover-se, alta sociedade
lisboeta;
 Romântico, apesar da educação “britânica”;
 Vida ociosa;
 Viola as leis morais ao praticar incesto
voluntário com a irmã, Maria Eduarda

FALHA NA VIDA
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Carlos mobilou-o com luxo. Numa antecâmara, guarnecida de
banquetas de marroquim, devia estacionar, à francesa, um criado
de libré. A sala de espera dos doentes alegrava com o seu papel
verde de ramagens prateadas, a plantas em vasos de Ruão, quadros
de muita cor, e ricas poltronas cercando a jardineira coberta O luxo do consultório era mais
de colecções do Charivari, de vistas estereoscópicas, de álbuns de
actrizes seminuas, para tirar inteiramente o ar triste de consultório,
propício ao ócio, às actividades
até um piano mostrava o seu teclado branco. lúdicas do que ao trabalho.
O gabinete de Carlos ao lado era mais simples, quase austero,
todo em veludo verde-negro, com estantes de pau-preto. Alguns
amigos que começavam a cercar Carlos, Taveira, seu contemporâneo
e agora vizinho do Ramalhete, o Cruges, o marquês de Souselas,
com quem percorrera a Itália — vieram ver estas maravilhas.
O Cruges correu uma escala no piano e achou-o abominável;
Taveira absorveu-se nas fotografias de actrizes; e a única aprovação
franca veio do marquês, que depois de contemplar o divã do
gabinete, verdadeiro móvel de serralho, vasto, voluptuoso, fofo,
experimentou-lhe a doçura das molas e disse, piscando o olho a
Carlos:
— A calhar.
Não pareciam acreditar nestes preparativos. E todavia eram
sinceros. Carlos até fizera anunciar o consultório nos jornais; Maior preocupação com a
quando viu, porém, o seu nome em letras grossas, entre o de uma
engomadeira à Boa Hora e um reclamo de casa de hóspedes — aparência do que com a verdadeira
encarregou Vilaça de retirar o anúncio. finalidade.
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O seu gabinete, no consultório, dormia numa paz tépida entre
os espessos veludos escuros, na penumbra que faziam os estores de
seda verde corridos. Na sala, porém, as três janelas abertas bebiam
à farta a luz; tudo ali parecia festivo; as poltronas em torno da jardineira O ócio, a indolência
estendiam os seus braços, amáveis e convidativos; o teclado
branco do piano ria e esperava, tendo abertas por cima as Canções
de Gounod; mas não aparecia jamais um doente. E Carlos — exactamente
como o criado que, na ociosidade da antecâmara, dormitava
sob o Diário de Notícias, acaçapado na banqueta — acendia
um cigarro «Laferme», tomava uma revista, e estendia-se no divã.
A prosa, porém, dos artigos estava como embebida do tédio moroso
do gabinete: bem depressa bocejava, deixava cair o volume.
Do Rossio, o ruído das carroças, os gritos errantes de pregões, o
rolar dos americanos, subiam, numa vibração mais clara, por aquele A influência do meio:
ar fino de Novembro: uma luz macia, escorregando docemente do
azul-ferrete, vinha dourar as fachadas enxovalhadas, as copas mesquinhas o meio circundante
das árvores do município, a gente vadiando pelos bancos: e
essa sussurração lenta de cidade preguiçosa, esse ar aveludado de
ocioso e estagnado, pouco
clima rico, pareciam ir penetrando pouco a pouco naquele abafado dinâmico, o clima ameno e
gabinete e resvalando pelos veludos pesados, pelo verniz dos
móveis, envolver Carlos numa indolência e numa dormência... Com agradável acabavam por
a cabeça na almofada, fumando, ali ficava, nessa quietação de sesta,
num cismar que se ia desprendendo, vago e ténue, como o ténue e
influenciar Carlos
leve fumo que se eleva de uma braseira meio apagada; até que, com
um esforço, sacudia este torpor, passeava na sala, abria aqui e além
pelas estantes um livro, tocava no piano dois compassos de valsa,
espreguiçava-se — e, com os olhos nas flores do tapete, terminava
por decidir que aquelas duas horas de consultório eram estúpidas!
— Está aí o carro? — ia perguntar ao criado.
Acendia bem depressa outro charuto, calçava as luvas, descia, Pouca persistência e dedicação
bebia um largo sorvo de luz e ar, tomava as guias e largava, murmurando
consigo:
— Dia perdido!
Porque falhou Carlos?

Hereditariedade

Meio
Fracasso
existencial
Educação

Determinismo, de Taine

Característica naturalista da obra


Pag. 713

Então Ega perguntou, do fundo do sofá onde se enterrara, se,


nesses últimos anos, ele não tivera a ideia, o vago desejo de voltar
para Portugal...
Carlos considerou Ega com espanto. Para quê? Para arrastar os
passos tristes desde o Grémio até à Casa Havanesa? Não! Paris era
o único lugar da Terra congénere com o tipo definitivo em que ele Carlos enquanto ser absolutamente
se fixara: «o homem rico que vive bem». Passeio a cavalo no Bois;
almoço no Bignon; uma volta pelo boulevard; uma hora no clube ocioso, parasita dos rendimentos da
com os jornais, um bocado de florete na sala de armas; à noite a
Comédie Française ou uma soirée; Trouville no Verão, alguns tiros
família, um perfeito diletante, em nada
às lebres no Inverno; e através do ano as mulheres, as corridas, útil à sociedade.
certo interesse pela ciência, o bricabraque, e uma pouca de blague.
Nada mais inofensivo, mais nulo, e mais agradável.
— E aqui tens tu uma existência de homem! Em dez anos não O anti-herói
me tem sucedido nada, a não ser quando se me quebrou o faetonte
na estrada da Saint-Cloud... Vim no Figaro.

Ega ergueu-se, atirou um gesto desolado:


O desencanto de uma existência
— Falhámos a vida, menino!
perfeitamente falhada (Anagnórise — Creio que sim... Mas todo o mundo mais ou menos a falha.
existencial). Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou
com a imaginação. Diz-se: «Vou ser assim, porque a beleza está em
ser assim.» E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado, como
dizia o pobre marquês. Às vezes melhor, mas sempre diferente.
Ega concordou, com um suspiro mudo, começando a calçar as
luvas.
 Concluindo:

 Carlosfracassou não pela educação, mas


apesar dela.

 Foia sociedade que o conduziu ao


fracasso, pela ausência de motivações, e
pela paixão romântica que o seduziu.

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