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DESERÇÃO – ENCAMINHAMENTO DE

AUTOS DE DESERÇÃO À JME


Art. 187 (CPM) – Ausentar-se o militar, sem
licença, da unidade em que serve, ou do lugar
em que deve permanecer, por mais de de 8
(oito) dias:

Pena – detenção, de 6 (seis) meses a dois anos;


se oficial, a pena é agravada.
(Princípio da Isonomia).
Consumação (Prazo de Graça) – Art. 451, § 1º,
CPPM.

A contagem dos dias de ausência, para efeito da


lavratura do termo de deserção, inciar-se-á à
zero hora do dia seguinte àquele em que for
verificada a falta injustificada do militar.
CRIME DE DESERÇÃO. LAVRATURA DO RESPECTIVO TERMO.
INÍCIO DA CONTAGEM DOS DIAS DE AUSÊNCIA.

A contagem dos dias de ausência, para efeito da lavratura do


termo de deserção, iniciar-se-á a zero hora do dia seguinte
àquele em que for verificada a falta injustificada do militar (art.
451, § 1º, do CPPM – redação dada pela Lei nº 8.236/91). ‘In
casu’, o ora paciente faltou à Revista do Recolher do dia
11.01.05. Portanto, correto o entendimento da Administração
Militar em iniciar a contagem dos dias de ausência a partir de
zero hora do dia 12.01.05. Conhecido do pedido e denegada a
Ordem, por falta de amparo legal. Decisão unânime (HABEAS
CORPUS Nº 2005.01.034006-8/RS, Relator Ministro FLÁVIO DE
OLIVEIRA LENCASTRE, Sessão de 31/03/05.)
Exemplo: Policial Militar faltou o serviço de
policiamento ordinário no estádio do
Mangueirão do dia 01.01.13 em que deveria
estar presente no local às 20:00h,
permanecendo ausente desde então. Pergunta-
se: Quando estará consumado o crime de
deserção previsto no art. 187 do CPM ?
Objetividade Jurídica: Quais os bens jurídicos a
norma penal inserta no art. 187 do Código Penal
Militar (Deserção) visa proteger:

“Objeto da tutela penal é o serviço militar diante da conduta do


militar que o abandona, apesar do dever legal de cumpri-lo até
sua desvinculação na forma estabelecida em lei. A norma penal
tem, ainda, em vista o interesse da instituição castrense em
contar com o efetivo estabelecido em lei, o que não acontece,
se ficar a critério do militar, ausentar-se da corporação, em
desacordo com preceito legal que trata da cessação do serviço
militar.” Célio Lobão. Direito Penal Militar. P. 298.
Efeitos da Consumação do Crime de Deserção:

-Lavratura do Termo de Deserção (Art. 451,


CPPM).

-Sujeição do Desertor à Prisão (Art 5º, LXI, CF c/c


Art. 452, CPPM).
2) Base Legal para a Prisão do Desertor: CF/88 e
CPPM.

Art. 5º, inciso LXI, da CF/88:


“Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada de autoridade judiciária
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
crime propriamente militar, definidos em lei.”

Art. 452, CPPM:


“O termo de deserção tem o caráter de instrução provisória e
destina-se a fornecer os elementos necessários à
propositura da ação penal, sujeitando, desde logo, o
desertor à prisão.” (Redação determinada pela Lei
8.236/91).
Decisões do Supremo Tribunal Federal acerca da
compatibilidade das disposições do CPPM com a
Carta da República:

-Habeas Corpus nº 94.367-5- Rio de Janeiro

-Habeas Corpus nº 84.330-1- Rio de Janeiro


Observações Importantes:

-efetivada a captura do militar desertor, este a quem for


apresentado, sob pena de responsabilidade, deverá reduzir a
temo as declarações que o indiciado ou acusado fizer, além de
necessariamente observar as garantias elencadas nos incisos
XLIX, LXII, LXIII e LXIV do Art. 5o da Constituição Federal, sob
pena da prática de abuso de autoridade;
- o oficial a quem for apresentado o militar desertor capturado a
também deverá oficiar ao Centro de Perícias a fim de submetê-lo
a exame de lesão corporal, e após, encaminhá-lo ao
estabelecimento prisional onde ficará custodiado;

- não sendo possível o militar desertor ficar custodiado em


quartel, deverá ser encaminhado à penitenciária “Cel Anastácio
da Neves”, com a apresentação dos seguintes documentos: cópia
do Termo de Deserção; cópia da comunicação à Justiça Militar do
Estado e cópia do ofício que providenciou a perícia de lesão
corporal; (Possibilidade de concessão de liberdade provisória no
dia seguinte – Art. 242 do CPPM.
- Questão Polêmica:

O comparecimento espontâneo do Desertor:


obsta a sua prisão (Art. 262, CPPM) ?
SEGUNDA TURMA

Deserção e crime permanente

A natureza do crime de deserção, previsto no art. 187 do CPM, é permanente e o


marco prescricional inicia-se com a cessação da referida permanência, ou seja, com a
captura ou a apresentação voluntária do militar. Com base nesse entendimento, a 2ª
Turma denegou habeas corpus em que se pleiteava o reconhecimento da prescrição
por possuir o paciente menos de 21 anos quando se afastara das fileiras do Exército.
Consignou-se que o réu teria mais de 21 anos quando se apresentara ao batalhão e,
portanto, não haveria direito à redução do prazo prescricional do art. 129 do CPM
(“São reduzidos de metade os prazos da prescrição, quando o criminoso era, ao tempo
do crime, menor de vinte e um anos ou maior de setenta”).

HC 112511/PE, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2.10.2012. (HC-112511)


Precedentes do STF que reconhece o Crime de
Deserção como Crime Permanente:

HC 80.540 – AM: relator Min. Sepúlveda


Pertence, 1ª T, julgamento 28.11.2000;

HC 82.075, relator Min. Carlos Velloso, 2ª T,


julgamento 10.09.2002;

HC 90.105, relatora Min. Carmen Lúcia.


Posicionamento Doutrinário:

“O desertor que for capturado ou se apresentar


voluntariamente é recolhido à prisão porque se
encontra em plena consumação do delito, em
pleno estado de flagrância, isto é, no
cometimento do crime permanente de
deserção.” Célio Lobão. Direito Processual Penal
Militar. p. 326.
“Segundo a valoração feita pelo legislador, até mesmo se o
desertor apresenta-se voluntariamente, não será tal fato óbice
para a medida constritiva, isso porque a sua captura ou a
apresentação se equiparam, para o delito de deserção, impondo
a prisão daquele que estava em estado delinquencial (art. 243 do
CPPM), submentendo-o, após preenchidas as formalidades, ao
processo-crime consequente. Para o legislador, a apresentação
voluntária do desertor não deve ser um estímulo à impunidade,
até porque era a autoria delituosa conhecida, daí ser impositiva
a sua prisão (...)”

RONALDO JOÃO ROTH. Confissão Espontânea e os seus Efeitos, publicado na


obra Temas de direito militar, Suprema Cultura, São Paulo, p. 47-48 sobre o
comparecimento espontâneo no delito de deserção.
- Inaplicabilidade do § 4º do Art. 456 do CPPM na
PMPA:
“Consumada a deserção de praça especial ou praça sem
estabilidade, será ela imediatamente excluída do
serviço ativo. Se praça estável, será agregada, (...)”

Justificativa: Art. 5º, LIV e LV, CF/88


Lei nº 6.626/04 (Lei de Ingresso na PMPA)

“Se a PMPA observa o princípio do concurso público


evidentemente que o servidor somente poderá perder
seu cargo mediante Processo Administrativo Disciplinar.”
Autos de Deserção – Problemática na
Administração Militar.

-Ocorrência de Dano ao Erário pela


inobservância do direito posto.
-Remessa de Autos de Deserção (Termo de
Deserção) à Corregedoria para Homologação.
Ausência de previsão legal. Lapso Temporal.
-Responsabilização da OPM.
-O Termo de Deserção faz as vezes do APFD.
Padronização de Procedimento na PMPA:

-Advento da Instrução Normativa nº 004/13


publicada no Adit. ao BG 163.
-Observação das regras estabelecidas no CPPM
pela PMPA.
Consequências:
Incidência da Lei 8.429/92 (Improbidade
Administativa)
Incidência dos Arts. 319 ou 324 do CPM.
CONTATOS:

corregedoriapmpa@gmail.com

Corregedoria da PMPA - (91) 3222 8568


Corregedor Geral - (91) 8883 1338
Oficial Corregedor de Dia - (91) 8886 1027

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