Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
MONTESQUIEU
Fantasia de Compensação , 2004 , Rodrigo Braga O Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli
Registro fotográfico Sérgio Guerini/Itaú Cutural Ano: 1483 (535 anos)
Técnica: têmpera sobre tela
BIOGRAFIA
• Montesquieu nasceu em 18 de janeiro de 1689, em Bordeaux, na França, no Castelo de La
Brède, propriedade de sua família.
• Seu aprendizado inicial foi em casa e somente aos onze anos entrou para o Colégio Juilly. Era
um colégio que tinha como alunos os filhos das mais ricas famílias, comandado por padres
oratorianos que ensinavam os alunos utilizando a doutrina iluminista da época. Aos 16 anos
entrou para a faculdade de Direito da Universidade de Bordeaux,, formou-se em direito em
1708 e foi para Paris prosseguir em seus estudos. Com a morte do pai, cinco anos depois,
voltou à cidade natal, La Brède. Em 1715 casou-se com a rica Jeanne de Lartigue. Um ano
depois, com a morte de um tio, herdou uma fortuna, assumiu a presidência do parlamento de
Bordeaux e foi nomeado Barão de Montesquieu.
• Faleceu em fevereiro de 1755, e encontra-se sepultado na L'eglise Saint-Sulpice, Paris na França.
O GOSTO
Montesquieu
O GOSTO
MONTESQUIEU
A alma desfruta de três espécies de prazeres
• Extraído de sua existência (da alma).
• Resultado de sua união com o corpo.
• Vem de inclinações e preconceitos que certas instituições, certos usos, certos hábitos lhe
impuseram.
• Arte
• São esses prazerem da alma que formam os objetos do gosto
• Se sinto prazer em ver uma coisa que nos é útil, dizemos que se trata de uma coisa boa
• Se sinto prazer em ver algo sem nele reconhecer uma real utilidade, dizemos tratar de algo
belo
GOSTO
• o natural: o gosto natural não é um conhecimento teórico, sendo sim, uma aplicação direta de
regras as quais não conhecemos bem.
• o adquirido: indiretamente ao gosto natural, uma vez que o gosto adquirido afeta, muda,
aumenta e diminui o gosto natural, tanto quanto o gosto natural também, afeta, muda, aumenta
e diminui o gosto adquirido
CARACTERÍSTICAS DO GOSTO
• Curiosidade
• Ordem
• Variedade
• Simetria
• Contraste
• Surpresa
CURIOSIDADE
• A alma foi feita para pensar
• O prazer proporcionado por um objeto nos faz querer ver outro, é por isso que a alma sempre
procura coisas novas e nunca se cansa de faze-lo.
• Sempre daremos prazer à alma quando lhe dermos a ver várias coisas, ou mais coisas do que ela
esperava ver.
Esculturas hiper-realistas de Ron Mueck
ORDEM
• Não basta mostrar muitas coisas à alma: é preciso fazê-lo numa ordem, pois assim nos
lembramos do que vimos e começamos a imaginar o que veremos.
• Por isso, os pintores agrupam suas figuras, os que pintam batalhas põem no primeiro plano
de suas telas as coisa que o olho deve distinguir, deixando a confusão para o fundo e o
distante.
A Liberdade guiando o povo. Autor, Eugène Delacroix
VARIEDADE
• É necessário que exista a variedade, sem a variedade, a alma se abate: as coisas que se
parecem surgem como se fosse uma só. Não proporciona prazer algum.
• a alma procura coisas que ela não viu.
Romero Britto 800 × 630
SIMETRIA
• Uma das maiores causas dos prazeres da alma é a facilidade
de perceber as coisas e a simetria facilita isso, poupando-lhe
esforços.
• Regra geral: onde a simetria é útil à alma, se torna agradável,
mas onde for inútil, torna-se enfadonha, porque elimina a
variedade.
• É da natureza da alma que um todo seja algo completo, por
isso um edifício com apenas uma única ala mais curta que a
outra é como um corpo humano sem braço é imperfeito.
[...] a pintura de gênero apresenta quase todas as dificuldades da pintura histórica, que ela exige o
mesmo tanto de talento, da imaginação, até mesmo de poesia, igual conhecimento do desenho, da
perspectiva, da cor, das sombras, da luz, dos caracteres, das paixões, das expressões, dos
drapejados, da composição; uma imitação mais fiel da natureza, uma grande atenção aos detalhes;
e que, mostrando-nos as coisas mais conhecidas e mais familiares, seus juízes são mais
numerosos e de superior qualidade. (DIDEROT, 1993, p.122)
Greuze considerado pintor de gênero é apresentado como um
pintor de entusiasmos, é marcadamente talentoso, seus
trabalhos versam sobre todos os lugares: igrejas, mercados,
casas, ruas etc., recolhe da natureza, no cotidiano, as ações,
paixões e expressões
• Toda arte está compreendida nessas três palavras: solidez ou resistências, adequação e simetria
• Miguel Ângelo era um excelente desenhista
MAS O QUE SIGNIFICAM TODOS ESSE
PRINCÍPIOS, SE O GOSTO É UMA
QUESTÃO DE CAPRICHO E SE NÃO HÁ
NENHUMA REGRA ETERNA, IMUTÁVEL DO
BELO?
• O único contraste que o gosto possa aprovar, aquele que resulta da variedade das energias e
dos interesses, nela encontrar-se-á.
• Se o gosto é uma questão de capricho, se não há nenhuma regra do belo, de onde provém,
então, essas emoções deliciosas que se alçam tão subitamente, tão involuntariamente, tão
tumultuosamente do fundo de nossa almas, que as dilatam ou as oprimem e que obrigam
nossos olhos a verterem lágrimas de alegrias, de dor, de admiração, quer á vista de um
fenômeno físico, quer ao ouvir uma máxima moral admirável.
GOSTO
• Montesquieu • Diderot
• Relaciona o gosto ao prazer • A visão tem um domínio maior sobre a alma do que
• As fontes do belo, do bom, do agradável os outros sentidos
• Consciência desse prazer( algo subjetivo) • belo artístico esta em imitar a natureza
• Alma • O gosto pela natureza embalada na observação
cotidiana e a verdade
• a vantagem de descobrir com sutileza e presteza a
medida do prazer que cada coisa deve dar às pessoas • Simetria
• Curiosidade • O verdadeiro, o bom e o belo( o verdadeiro será
belo, e o bom será belo)
• Ordem
• Experiencias continuas, para captar o verdadeiro e o
• Variedade bom, com a circunstancia que o torna belo, e ser por
• Simetria ele imediata e intensamente comovida
• Contraste
• Surpresa
• O gosto nos liga a algo por meio do sentido.
REFERÊNCIAS
• MONTESQUIEU, Charles de Secondar, Baron de. O gosto. Tradução e posfácio Teixeira Coelho.
São Paulo: Iluminuras, 2005.
• DIDEROT, Denis. Ensaios sobre a pintura. Tradução Enid Abreu Dobránszky. Campinas, SP:
Papirus: 1993. 148p.