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O Ensino de Música da
Colonização
aos Dias Atuais
Prof.Me Ivan Veras Gonçalves
São Luís-2017
A música nos séculos XVI e XVII:
Os registros iniciais de atividade musical coincidem com a chegada dos padres da Companhia
de Jesus em 1549.
No século XVII, as Missões no sul do país, fundadas por jesuítas espanhóis, alcançaram
grande desenvolvimento musical. Muitas obras eram traduzidas para a língua dos Guaranis,
para tanto os Jesuitas criaram uma linguagem chama NHEEGHATU.
No filme A Missão (1986), um drama histórico real é possível ver esse fascínio na cena em que o
Pe. Gabriel ( Jeremy Irons) toca oboé em um rio e tem seu primeiro contato com os Guaranis.
Fonte:<http://dicasdefilmespelascheila.blogspot.com.br/2015/04/filme-missao-1986.html>
O Brasil Setecentista:
O Brasil do século XVIII produziu riquezas difícil de ser mensurada por falta de dados precisos.
Nesse período colonial Pernambuco se destacou em face de sua economia e alcançou grande
destaque. A riqueza da capitania possibilitou o surgimento de uma elite opulenta.
Mas entre as obras que se salvaram e chegaram até os nossos dias até os nossos dias
destaca-se o trabalho de Luís Alvares Pinto. Compositor e mestre-de-capela, ele foi também
o primeiro grande nome do ensino de música no Brasil.
O Brasil Setecentista: Capa do Métodos
Outro nome importante do período, e que, também, usa o solfejo Heptacordal em sua obra
“ A Escola do Canto de Orgão “ (1759-1760) é o Pe. Caetano de Melo Jesus.
O sistema criado por Guido de Arezzo foi pensado como forma de simplificar e facilitar
a leitura musical.
Mas podemos supor que fosse uma tentativa de evitar o Trítono ( o intervalo de 4ª aumentada
formado por FÁ-SÍ ) , que na Idade Média era proibido pela igreja.
O motivo é totalmente justificável pois o Trítono é uma das mais complexas dissonâncias
da música ocidental.
Na Idade Média considerava-se o
TRÍTONO uma obra
do demônio.
Ele era conhecido
como “diabolus in musica”.
O Brasil Setecentista:
Esas peças na velha Recife possibilitavam uma prática coletiva de leitura musical.
Ele influenciou uma grande geração de músicos e cantores pernambucanos.
A música no Brasil: do século XVIII ao final do século XIX.:
Mas analisando a obra de alguns discípulos desses padres observa-se um estilo que se
afasta do Barroco. A música baiana fica mais próxima do estilo operístico italiano. São os
primeiros sinais do aparecimento do estilo pré-clássico no Brasil.
A música no Brasil: do século XVIII ao final do século XIX.:
Com a descoberta do Ouro das Minas Gerais, irá surgir uma sociedade
enriquecida e com essa riqueza virá cultura, arte e, é claro, música. Música
de qualidade. Era uma música essencialmente religiosa.
Em Minas Gerais vemos surgir pela primeira vez no Brasil uma classe de
músicos profissionais de qualidade, empregados pelas irmandades
religiosas.
A música no Brasil: do século XVIII ao final do século XIX.:
O mais expressivo representante da música colonial mineira foi José Joaquim Emerico
Lobo de Mesquita, mulato de origem humilde, do qual chegaram até os nossos dia apenas
90 composições de um total estimado de mais de 500 obras. Ele além de compositor e
mestre-de-capela foi também professor.
Fonte:<https://painelsesc.sesc.com.br/Partituras.nsf/viewCompositores/15C2A3AB9EF7146583257FC40070071B?OpenDoc>
A música no Brasil: do século XVIII ao final do século XIX.:
O Rio de Janeiro nas últimas décadas do século XVIII ainda não havia alcançado
o mesmo nível de qualidade musical que outros centros do país, estando muito
aquém de Minas e dos centros nordestinos. Esse quadro só irá mudar no século
XIX.
Foram nesses últimos anos do século XVIII que nasceu José
Maurício Nunes Garcia, que se tornaria um dos nomes mais
significativos da música brasileira de todos os tempos e foi,
com certeza, o maior compositor do século XIX.
Em 1784, ele funda com outros músicos a Irmandade de Santa Cecília, sendo um dos
seus membros mais jovens. A Irmandade não era apenas um grupo de amantes da
música, era na verdade uma confraria de professores de música que teve durantes vários
anos o monopólio as atividade no Rio de Janeiro. A irmandade está registrada no Arquivo
Nacional com data de 8 de Outubro de 1787, no registro podemos ver todas as
obrigações que os membros estavam obrigados a cumprir. O material pode ser acessado
in:<http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid
=233&sid=37>
A Irmandade de Santa Cecília atuava nos moldes das
modernas entidades de classe e vetava o exercício da
profissão para profissionais que não fizessem parte dela.
Santa Cecília é uma santa cristã,
padroeira dos músicos e da música
sacra, pois quando ela estava
morrendo ela cantou a Deus. Não se
tem muitas informações sobre a sua
vida.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Cec%C3%ADlia
A música no Brasil: do século XVIII ao final do século XIX.:
Em relação ao ensino de música o fato mais expressivo ocorrido no século XIX foi, sem dúvida
alguma, a criação em 1841 do Imperial Conservatório de Música por decreto imperial, mas
as aulas só começaram efetivamente em Agosto de 1848. O conservatório foi um pedido de
Francisco Manuel da Silva ao Imperado Dom Pedro I que havia sido colega nas aulas de
música ministradas por Sigismund von Neukomm.
Outras instituições de ensino de ensino musical
criadas no século XIX foram:
Um fato inegável é que o Sistema de Educação Musical através do Canto Orfeônico foi o
mais amplo programa de pedagogia musical já realizado no Brasil. E foi, acima de tudo, uma
proposta que visava permitir o acesso da população em geral à música e sua fruição.
FIM DA UNIDADE I
Bibliografia
ALMEIDA, Renato. História da Música no Brasil. Rio de Janeiro:F. Briquiet Editores, 1942.
ROHL, Alexandre C. de Oliveira. Os métodos de solfejo de Luís Alvares Pinto: uma análise comparada da Arte de Solfejar e
Muzico e Moderno Systema para Solfejar.Lisboa:Atas do Congresso Internacional,2013.Disponível in:
<http://www.caravelas.com.pt/atas.html>
NORONHA. Lina Maria Ribeiro de.O Canto Orfeônico e a construção do conceito de identidade nacional. São Paulo, Simpósio
Internacional Villa-Lobos, USP,2009.Disponível in: < http://www2.eca.usp.br/etam/vilalobos/resumos/CO001.pdf>