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OS MAIAS

Episódios da Vida Romântica - O Passeio Final

Eça de Queirós
 É neste ambiente monótono, amolecido e de clima rico, que Eça faz a sua crítica
social, onde domina a ironia.

 A crónica de costumes da vida lisboeta da segunda metade do século XIX


desenvolve-se num certo tempo, projeta-se num determinado espaço e é ilustradas
por muitas personagens intervenientes em diferentes episódios, que neste caso é
o episódio do Passeio Final.
 Sociedade da alta burguesia
Toda a acção decorre em ambientes com personagens identificáveis com a alta
burguesia, ou com a elite portuguesa. Trata-se sempre de gente que não precisa de
trabalhar para viver, e que vive sem problemas de ordem material.

 O diletantismo, a incapacidade de efetuar algo útil


Explicitamente mencionado por Eça, o diletantismo atinge quase todos as
personagens que não sofrem de avareza, ou seja, Ega e Carlos.
O mal do diletantismo impede que se fixe a atenção num trabalho sério sem se
deixar desviar por solicitnas veias o veneno do ações acidentais.
Carlos “tinha diletantismo” (Capitulo IV).
 A apreciação do estrangeiro
A apreciação perante tudo o que é estrangeiro atinge praticamente todos:
desde Afonso que viveu em Inglaterra e não esconde a sua admiração por ele, a
Carlos, que acaba por se fixar em Paris, a Dâmaso que exageradamente admira tudo
o que é francês. Verificamos que o vocabulário das personagens está cheio de
termos estrangeiros.

 Indiferença pelo português


O país é sistematicamente depreciado: no Capítulo IV, Ega e Carlos “com
ferocidade e à uma malharam sobre o país”. A ideia prevalecente encontra-se
resumida na expressão do Marquês (capítulo XI): “Em Portugal é tudo pieguice e
companhia”.
 Imitar o que é estrangeiro
A mania de copiar o estrangeiro, consequência da apreciação do mesmo e
da indiferença pelo português: “aqui importa-se tudo. Leis, ideias, filosofias, teorias,
assuntos, estéticas, ciências, estilos, indústrias, modas, maneiras, tudo vem em
caixotes pelo paquete” (capítulo IV).
Esta mania de copiar vai de par com a incapacidade de adaptar capazmente
o que nos vem de fora : “tendo abandonado o seu feitio antigo… este desgraçado
Portugal decidira arranjar-se à moderna: mas sem originalidade, sem força, sem
carácter para criar um feitio seu, um feitio próprio, manda vir modelos do
estrangeiro… exagera o modelo, deforma-o, estraga-o até à caricatura” (Capítulo
XVIII).
 O romantismo
O mal do romantismo, interpretado não como estética, mas com atitude
perante a vida: “Que temos nós sido desde o colégio, desde o exame de latim?
Românticos, isto é, indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento e
não pela razão” (Capítulo XVIII).
 A inatividade da sociedade
Uma certa falta de fibra, uma certa tendência para a inatividade, uma certa
“moleza no agir”. Numerosos exemplos, de que se destaca o vendedor de bilhetes
com “duas mãos brutas e moles” a arranjar troco (capítulo XI), mas principalmente
no capitulo final, onde o próprio Carlos fica admirado da abundância de jovens
ociosos : “que fazem ali, às horas de trabalho, aqueles moços tristes de calça
esguia?” (capítulo XVIII).

 Falta de fôlego nacional para acabar os grandes empreendimentos.


“Ora aí tens tu essa Avenida! Hem?... Já não é mau! (…) E ao fundo a colina
verde, salpicada de árvores, os terrenos de Vale de Pereiro, punham um brusco
remate campestre àquele curto rompante de luxo barato – que partira para
transformar a velha cidade, e estacara logo, com o fôlego curto, entre montões de
cascalho.”

 Provincianismo da sociedade
“…com uma curiosidade de província, examinavam aquele homem de tão
alta elegância…”, realçando a maneira de agir da sociedade portuguesa.

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