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Resenha Crítica:

Viver a Velhice em Ambiente


Institucionalizado

FERRET TI, F. ET AL. VIVER A VELHICE EM AMBIENTE


INSTITUCIONALIZADO. ESTUD. INTERDISCIPL.
ENVELHEC., V. 19, N. 2, P. 423 -437, 2014.
Sobre o Artigo
Título: Viver a Velhice em Ambiente Institucionalizado;
Revista: Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento;
Qualis B2 para a área interdisciplinar;
Publicado em 2014;
Autores: Fátima Ferretti, Bruna Fernanda Soccol, Débora
Cristina Albrecht e Lucimare Ferraz.
Introdução
OBJETIVO: conhecer o processo de viver a velhice num ambiente
institucionalizado segundo o olhar do idoso;
JUSTIFICATIVA: é importante escutar os idosos quanto ao
processo de viver a velhice em uma ILPI, pois por meio dos
resultados encontrados é possível dar maior visibilidade sobre a
realidade da vida de idosos institucionalizados;
A cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população
brasileira, sendo que desses, a maior parte possui doenças
crônicas e limitações funcionais;
Por um lado as instituições prestam os cuidados necessários e
assistência à saúde dos idosos, mas por outro, há também um
isolamento do convívio em sociedade.
Metodologia
Análise qualitativa;
Estudo de caso;
Mini Mental State Examination;
Entrevista semiestruturada;
Questões norteadoras para entender o processo de
institucionalização, problematizando sobre os motivos da
institucionalização, o viver neste espaço, sua história de
vida, familiares, rotinas da instituição e sociabilidade.
Resultados e Discussão
Participaram da pesquisa oito idosos, sendo cinco homens e três
mulheres, com idade média de 77,62 anos. Sete tinham o grau
fundamental e um deles era analfabeto;
Após análise de conteúdo identificou-se as três categorias
analíticas: 1) conviver com perdas e quebras dos laços
familiares; 2) viver sem autonomia, dependente e com privação
da liberdade; 3) ter acesso a serviços e cuidados.
1) Os depoimentos reforçam que a quebra de laços para o idoso é
impactante e alguns apresentam dificuldade em falar sobre o
assunto ou reconhecer o quadro de abandono.
“Lá em casa o que queria eu ajeitava, da minha maneira, né, aqui não se faz
nada, eu quero qualquer dia varrer as calçadas, porque se eu chegar em
casa não vou mais saber varrer e logo, logo eu volto pra casa, né!”
Resultados e Discussão
2) Diante das falas dos idosos, os autores perceberam que a vida
sem autonomia, rodeada de regras e limites, pode reduzir os
idosos institucionalizados a indivíduos desinteressados e sem
muitas expectativas.
“A gente vive até que bem, só aqui às vezes sinto muita falta de sair
caminhar, ver as coisas lá fora, mas aí a gente não pode, não vai, não sai e
vive desse jeito [expressão de tristeza]! (M.N., 70 anos).”
3) Por meios de seus depoimentos, os idosos se mostram
satisfeitos por terem os cuidados que precisam atendidos pelos
cuidadores.
“O que mudou na vida... muitas coisas, agora eu sou bem tratado, bem
cuidado, lá fora eu tinha que fazer tudo, lavava a casa, a roupa, e aqui eu
não preciso fazer isso. (O.R.A., 79 anos).”
Considerações Finais
Os autores concluem que para os idosos, viver a velhice nesse
ambiente é conviver com a perda e a quebra dos laços familiares,
sem liberdade, autonomia e independência e, por outro lado, ter
acesso a serviços de saúde e cuidados diários que não possuíam
fora da ILPI;
Como limitações apontam o curto período de tempo que
permaneceram na ILPI e não inclusão na pesquisa, dos
profissionais que trabalham na instituição;
Consideram por fim, que é muito importante trabalhos dessa
natureza para que possam chamar atenção dos órgãos
competentes para essa parcela da população.
Opinião Sobre o Artigo
O artigo tinha como objetivo conhecer o processo de viver a
velhice em um ambiente institucionalizado, acredito que
este objetivo foi atendido, tanto pela pesquisa bibliográfica,
bem como pela própria visão apresentada pelos idosos que
participaram do presente estudo;
Os autores apresentaram no texto os depoimentos dos
idosos que moravam na ILPI e trouxeram para o leitor
resultados de outros trabalhos que corroboravam com os
resultados ora encontrados.
Opinião Sobre o Artigo
Não concordo, porém, ou melhor, não compreendo totalmente,
dois resultados que são apresentados ao longo do texto. Primeiro
quando, baseados em citações de outras pesquisas, os autores
afirmam que o fato da maioria dos residentes na instituição
serem do sexo masculino pode ser explicado devido à falta de
cuidadores e o abandono;
O segundo ponto de não compreensão é quando o artigo
apresenta considerações que apontam que o grau de instrução
do idoso contribui para o processo de internação na ILPI. A
pesquisa traz este dado no sentido de que, pelo fato da baixa
remuneração, teoricamente recebida, traria dificuldades de
manutenção das questões básicas na velhice no que tange aos
cuidados, medicação, alimentação, entre outros.
Opinião Sobre o Artigo
De modo geral, acredito que o presente trabalho trouxe
uma boa abordagem do que significa para o idoso viver a
velhice em um ambiente institucionalizado. O artigo se
apoia nos depoimentos dos usuários, e traz dados de
pesquisas anteriores, deixando o leitor melhor situado no
histórico de trabalhos sobre o tema. Por fim, concordo com
os autores que indicaram como limitações o pouco tempo
da pesquisa e a não inclusão dos funcionários da ILPI, tendo
em vista que estes poderiam trazer grandes contribuições.
Referências
FERRETTI, F. et al. Viver a velhice em ambiente institucionalizado.
Estud. interdiscipl. envelhec., v. 19, n. 2, p. 423-437, 2014.

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