ABORDAGEM TEORICA

 O efeito túnel ou tunelamento: é o nome dado ao fenômeno

de penetração de barreiras de potencial por partículas
microscópicas com energia total menor que o potencial da
barreira.
 Analisando este mesmo fenômeno é possível constatar que
o que ocorre com partículas que tem energia menor que a
barreira de potencial , não se enquadra no formalismo
clássico, pois partículas microscópicas, com energia têm
probabilidade de atravessar a barreira e aparecer do outro
lado. Esse é o efeito túnel ou tunelamento.

 Com o objetivo de explicitar a validade da teoria quântica e Figura 1 – Energia da partícula menor que o potencial (a);
representação das funções de onda para o elétron nas três
uma de suas aplicações práticas (o Microscópio de deferentes regiões definidas pela barreira (b).
Varredura por Tunelamento),

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 Como o interesse é detalhar o principio de funcionamento
de um STM, as partículas que interessam são elétrons e na
figura 1, será considerado um feixe de elétrons incidindo
pela esquerda na barreira. Portanto, a partir de agora, nesta
demonstração, sempre que houver referência a uma
partícula, essa partícula será um elétron. Será mostrado aqui
o coeficiente de transmissão de elétrons através de uma
barreira de potencial para um feixe de elétrons com energia
menor que o potencial da barreira (E<V) e incidindo pela
esquerda.
 Calcular o coeficiente de transmissão deve-se
primeiramente resolver a equação de Schröedinger
independente do tempo para as três regiões diferentes pelas
Figura 2 - Modelo de barreira retangular, mostrando a partcula de massa m
quais a partícula pode ser localizada na figura 2.
(bola, modelo classico) e a onda associada a partcula (modelo qu^antico)
que sofre tunelamento nesta barreira. A barreira tem altura Vm e a energia
da partcula e E < Vm.

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Na região não há outra barreira que possa provocar reflexão. Então , pois todas as partículas transmitidas
continuarão movendo-se apenas na direção positiva do eixo x. 3
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Já que estamos considerando o caso de um incidente de partículas na barreira do esquerda, na região à direita da barreira pode haver apenas uma
onda transmitida como não há nada nessa região para produzir uma reflexão. Assim, podemos definir D = 0

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O resultado mais interessante do cálculo é a relação T, do fluxo de
probabilidade transmitido através da barreira para a região x> a, para o
incidente fluxo de probabilidade sobre a barreira. Este coeficiente de
transmissão é encontrado.
 Em um STM, quando a ponta da sonda está a apenas alguns
Onde
Se os expoentes são muito grandes, esta fórmula reduz para
Esse resultado é surpreendente para a concepção clássica
dos fenômenos, pois ele diz que um elétron com energia E
que incide em uma barreira de potencial V > E e largura a ,
tem probabilidade finita de atravessar a barreira e ser
detectado do outro lado da mesma.
angstroms da superfície da amostra e é aplicada uma
diferença de potencial entre elas, surge uma pequena
corrente elétrica. Essa corrente é chamada corrente de
tunelamento pelo fato de a corrente surgir graças ao efeito
túnel que ocorre com os elétrons da superfície analisada ou
da ponta, dependendo da polaridade da diferença de
potencial aplicada.