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Três Canções de Beiramar

para soprano e piano Op. 21


Marlos Nobre
Marlos Nobre
• Recife, 18 de fevereiro de 1939
• Pianista, maestro e compositor
brasileiro
• 246 obras: música orquestral, música
de câmara, piano, violão, música coral,
música vocal
Três canções de Beiramar
• O ciclo (Beiramar) se inspira na música e na poesia
popular da Bahia, que canta Iemanjá. É possivelmente a
minha obra mais popular para canto. A característica
principal é que eu procurei manter o caráter direto e de
cunho popular da melodia (que é minha própria, baseada
na música popular dos candomblés da Bahia, que assisti
maravilhado quando muito jovem). A harmonia é simples,
mas ao mesmo tempo sofisticada, assim como a escritura
pianística, que sempre é muito rica em todas as minhas
canções. Marlos Nobre*

*http://www.virtuosi.com.br/2009/05/28/tres-noites-para-o-
aniversario-de-marlos-nobre/
O ciclo
• Composto em 1966
• Voz e piano
• Canções: Estrela do Mar, Iemanjá Ôtô, Ogum de Lê
• Escrito em português e línguas africanas
• Inicialmente composta para vozes médias
• Iemanjá como personagem principal: divindade
• Ambiente mítico: cenário praieiro
• Léxico : areia, peixe, afogar, pescar, rede, barco.
A linguagem e as religiões
afro-decententes
• Palavra como mecanismo de comunicação e
expressão primordiais

• Relação com tradição e memória dos indivíduos

• Língua como identidade e expressão: afirmação


Estrela do mar
Estrela do mar
• Âmbito da melodia vocal: dó2-fá4
• Ré dórico na partitura original (sem armadura),
• Piano: acordes estáticos, dobramentos da linha do canto,
ostinato rítmico em colcheias, acordes arpejados e linha
melódica no baixo: valorização do canto e da palavra
• Figura de linguagem: anáfora (repetição)
• Presença do Eu-lírico (caráter afirmativo) e de interlocutores
(incerteza)
Iemanjá Ôtô
Iemanjá Ôtô
• Âmbito da melodia vocal: ré2-sol4
• Canto Ritual coletado por Camargo Guarnieri em 1937

• Publicado por Oneyda Alvarenga no livro “Música


popular do Brasil “ (1945) com a notação do atabaque.

• Vocábulos com alteração na grafia: dificuldade de


tradução

• Idioma não identificado


• Único termo reconhecido: Orungã – é um filho de
Yemoja, mas não é oriÿa. O termo significaria “no
alto do céu”. Seria o ar (entre a terra e o céu).
• Paralelismos (repetições de termos)
• Metafórico: materialidade humana e da divindade
• Harmonicamente estruturada em A-B-A : ostinato
de 3 vozes na parte A e homorritmia na parte B.
Ogum de Lê
• Âmbito da melodia vocal: dó2 – sol4

• Canção estrófica com presença de refrão

• Figuras de linguagem: sem muita repetição de palavras

• Piano: acompanhamento dinâmico com colcheias,


acordes com caráter mais estático próximo ao recitativo

• Indicação do caráter de cada parte


Dificuldades
• Há uma pequena bibliografia sobre a música de câmara
com temática afro-brasileira

• Possibilidade de equívocos interpretativos:


– no que se refere à língua e à pronúncia

– contextualização histórica e social


Fonte
• LOPES, Robson. A afro-brasilidade na música
para canto e piano no Ciclo Beiramar, op. 21,
de Marlos Nobre. 2010. 151 f. Dissertação
(Mestrado em Música) – Escola de Música da
Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG,
Minas Gerais, 2010.

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