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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

FACULDADE DE QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA ORGÂNICA INDUSTRIAL

LUBRIFICANTES
Jair Sacramenta Leão Júnior
Jamile Silva da Costa
Merezilda Barreto Gonçalves
Patrick Luiz de Almeida Vieira
Renan Campos e Silva
Sara Mendes de Albuquerque
Definição e considerações gerais
 Lubrificantes são substâncias que quando aplicadas entre duas
superfícies moveis ou uma superfície móvel e outra fixa forma uma
película protetora que tem a função de reduzir o atrito entre as
mesmas.
Definição e considerações gerais
 Além dessa redução do atrito, outros objetivos são alcançados com
a lubrificação, se a substância lubrificante for selecionada
corretamente:
Definição e considerações gerais
Propriedades físicas de alguns lubrificantes

Fonte: Ribeiro Filho et al., 2016.


Definição e considerações gerais
 Os lubrificantes podem ser:

GASOSOS SEMI-SÓLIDOS

LÍQUIDOS SÓLIDOS

Contudo, os lubrificantes mais práticos e de uso diário são os líquidos


e os semi-sólidos, isto é, os óleos e as graxas.
Lubrificante líquido - óleos
Classificação dos óleos quanto a origem

Óleos minerais:
Óleos vegetais:
São substâncias
São extraídos de
obtidas a partir do
sementes
petróleo

Óleos sintéticos: Óleos animais:


São produzidos em São extraídos de
laboratório animais
Lubrificante líquido - óleos
Composição dos óleos lubrificantes

ÓLEO LUBRIFICANTE = ÓLEOS BÁSICOS (70-90%) + ADITIVOS (10-30%)

MINERAL I SEMI-SINTÉTICO I SINTÉTICO

← Aditivos
← Aditivos ← Aditivos
← Base
sintética
← Base ← Base
mineral sintética
← Base
mineral
Óleos básicos
 Mineral: Derivado de petróleo obtido pelo processo de refino;
 Sintético: substâncias sintéticas geradas por reações químicas;
 Graxo: Origem vegetal.
Óleos básicos
 Os óleos básicos de origem mineral são ainda os mais empregados
em lubrificação, sendo obtidos do petróleo;
 Suas propriedades depende do petróleo bruto que lhes deu origem e
ao processo de refinação empregado;
 Geralmente consistem de uma mistura de moléculas contendo de 18
a 40 átomos de carbono classificados em parafínicos, aromáticos e
naftênicos (cicloparafínicos);
 Podem conter uma pequena porcentagem de compostos contendo
heteroátomos como enxofre, nitrogênio ou oxigênio, substituídos em
várias estruturas hidrocarbônicas.
Óleos básicos
Óleos básicos naftênicos

Utilizados em óleos isolantes Óleos básicos parafínicos


para transformadores, graxas
lubrificantes, fluidos de corte,
óleos para compressores e
óleos para amortecedores.
Utilizado em lubrificantes
Óleos básicos aromáticos
automotivos, marítimos e
ferroviários, óleos industriais,
graxas lubrificantes e produtos
Utilizado como extensor
farmacêuticos, como o óleo
nas indústrias de pneus e
mineral.
borrachas sintéticas.
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Rota solvente: é a mais utilizada na produção de básicos minerais e
consiste em uma série de processos de separação física e uma etapa
final de hidroacabamento. Se divide nas seguintes etapas:
 Preparo da carga (matéria-prima) por destilação atmosférica;
 Destilação a vácuo;
 Desasfaltação a propano;
 Desaromatização;
 Desparafinação;
 Hidroacabamento.
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Fluxograma da obtenção do básico - rota solvente:
Spindle
Destilação Destilação a Neutro leve
atmosférica vácuo Neutro médio
Neutro pesado
Petróleo Resíduo de vácuo
Combustíveis
Óleo desasfaltado
Asfalto Desasfaltação (brick stock ou Desaromatização
cilindro)
Óleo
Óleo básico desaromatizado
acabado Óleo
desparafinado
Hidroacabamento Desparafinação Parafinas
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Rota solvente
 Destilação do petróleo atmosférica e a vácuo
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Rota solvente
 Desasfaltação a propano: consiste em separar o resíduo asfáltico do
óleo.
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Rota solvente
 Desaromatização: visa redução dos compostos aromáticos
presentes no básico.

 Os solventes mais comumente utilizados são o furfural, o fenol e a


n-metilpirrolidona (NMP).
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Rota solvente
 Desparafinação: extração das parafinas do óleo por meio de
solvente.
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Rota solvente
 Hidroacabamento (hidrogenação branda): Óleo básico
tem como objetivo reduzir ou remover os
compostos sulfurados, nitrogenados e
oxigenados, conferindo ao óleo uma
melhoria da cor e da estabilidade para a
oxidação. Hidroacabamento H2

 O hidroacabamento é feito em pressões


seletivamente baixas e emprega
catalisadores de Ni-Mo ou Co-Mo.
Óleo básico acabado
(produto final)
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Hidrorrefino: se baseia na conversão das moléculas indesejáveis
presentes no petróleo cru em outras mais adequadas à finalidade do
produto pela adição de hidrogênio na presença de um catalisador.
Existem várias rotas possíveis dependendo de quais moléculas se
deseja eliminar e do quanto se deseja converter em novas
substâncias. Dentre eles, se destacam:
 Rota de hidrotratamento (HDT);
 Rota de hidrocraqueamento severo (HCC).
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Hidrorrefino
Rota de hidrotratamento (HDT) e hidrocraqueamento severo (HCC):
 Operam em temperaturas entre 285°C e 400 °C;
 Utilizam catalisadores à base de combinações de cobalto e
molibdênio ou níquel e molibdênio em leito de alumina ou à base de
metais nobres;
 Diferente pressão parcial do hidrogênio em cada rota.
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Hidrorrefino
Rota de hidrocraqueamento severo
Rota de hidrotratamento (HDT)
(HCC)
 São retirados os compostos de
 Ocorre a desciclização dos
enxofre, nitrogênio e oxigênio;
hidrocarbonetos naftênicos e o
 Converter os compostos craqueamento catalítico
aromáticos em hidrocarbonetos controlado da carga;
naftênicos ou parafínicos.
 Maior pressão de hidrogênio no
reator.
Processo de obtenção de óleos básicos minerais
Hidrorrefino
 Para obter os óleos básicos é realizada uma etapa de
hidroisomerização na presença de catalisador Pt-Pd, e outra de
hidroacabamento.
 Os básicos obtidos por esta rota possuem alto índice de viscosidade
e baixo ponto de fluidez, sendo comparáveis aos básicos sintéticos.
Processo de obtenção de óleos básicos sintéticos
 Obtidos a partir de reações químicas;
 Possuem alta pureza e características químicas bem definidas.
 Vantagens: boa estabilidade química, alta resistência a temperaturas
extremas, resistência à oxidação, maior vida útil e maior índice de
viscosidade.
 Desvantagem: alto custo.
 São divididos em grupos como: hidrocraqueados, polialfaolefinas,
polisiloxanos, alquilaromáticos, alquilésteres.
Processo de obtenção de óleos básicos sintéticos
 Polialfaolefinas: são hidrocarbonetos saturados formados a partir
da reação de polimerização de olefinas contendo uma ligação dupla
terminal (α-olefinas).

 Ótima fluidez a baixa temperatura;  Estabilidade hidrolítica;


 Alto índice de viscosidade;  Baixos pontos de fluidez.
 Boa resistência a oxidação;
Processo de obtenção de óleos básicos sintéticos
 Polissiloxanos: são polímeros lineares que contem Si-O-Si ligados
a ramificações de hidrocarbonetos, sendo o grupo metil o mais
comum dentre os grupos alquila e o fenil.

 Baixa volatilidade;
 Baixa toxicidade;
 Alto índice de viscosidade;
 Alta resistência à oxidação;
 Alta estabilidade térmica.
Processo de obtenção de óleos básicos vegetais
 Podem ser obtidos por prensagem e extração por solvente.

VANTAGENS DESVANTAGENS
 Maior biodegradabilidade;  Baixa estabilidade
 Excelente lubricidade; oxidativa;
 Propriedades a baixa
 Boa relação viscosidade-
temperatura; temperatura aquém do
desejado.
 Baixa volatilidade;
 Não são tóxicos.
Aditivos
Produtos químicos que são misturados aos óleos lubrificantes a fim de
melhorar a eficiência ou proporcionar novas propriedades especiais.
Os principais aditivos são:
 Detergentes;
 Dispersantes;
 Antioxidantes;
 Anticorrosivos;
 Antiespumante;
 Antidesgaste;
 Extrema pressão.
Tipos de aditivos
 Detergentes: Propiciam a redução na tendência de se formarem
depósitos, auxiliando assim, na manutenção da limpeza das
superfícies metálicas. Também têm basicidade para neutralizar os
ácidos formados durante a combustão.

 Exemplo: sulfonados de cálcio, salicilatos de magnésio e fenatos de


sódio.
Tipos de aditivos
 Dispersantes: impedem formação de depósitos de produtos de
combustão (fuligem) e oxidação (borra) nas superfícies metálicas de
um motor, mantendo estes produtos indesejáveis em suspensão de
modo que sejam facilmente retidos nos filtros ou removidos quando
da troca do óleo.

 Exemplo: Succinimidas polialquências, polímeros de


hidrocarbonetos contendo grupos polares, sulfonatos de metal (Na,
Mg, Ba, Ca).
Tipos de aditivos
 Antioxidantes: retardam a oxidação do óleo, consequentemente,
prolongando a vida útil do óleo, podendo até funcionar como
passivador de metal.

 Exemplo: ditiofosfato de zinco, fenóis e aminas aromáticas, sulfetos


orgânicos, fosfitos orgânicos.
Tipos de aditivos
 Anticorrosivo: protegem as superfícies metálicas lubrificadas do
ataque químico pela água ou outros contaminantes.

 Exemplo: ditiofosfato de zinco, detergentes alcalinos, terpenos


fosforados ou sulfurados, imidazolina.
Tipos de aditivos
 Antiespumante: previnem e reduzem a formação de espuma estável.

 Exemplo: polímeros de silicone e polimetacrilatos.


Tipos de aditivos
 Antidesgaste: formam um filme protetor (a temperaturas pontuais de
até 300°C) nas superfícies metálicas, evitando o rompimento da
película lubrificante, quando o óleo é submetido a cargas elevadas.
 Exemplo: ditiofosfato de zinco, fosfatos orgânicos, ácidos graxos
sulfurizados.
 Extrema pressão: reagem com o metal das superfícies (a
temperaturas pontuais altas, cerca de 500°C) sob pressão superficial
muito elevada, formando um composto químico que reduz o atrito
entre as peças. Evitam o rompimento da película lubrificante, quando
o óleo é submetido a cargas elevadas.
 Exemplo: compostos de fósforo, enxofre e cloro.
Lubrificante semi-sólido - graxas
Composição das graxas

GRAXA = ESPESSANTE + FLUIDO LUBRIFICANTE + ADITIVOS

Tipos de graxas

São classificados com base no sabão utilizado em sua


fabricação.
 Graxa à base de alumínio;
 Graxa à base de cálcio;
 Graxa à base de sódio;
 Graxa à base de lítio;
 Graxa à base de bário;
 Graxa mista.
Lubrificante semi-sólido - graxas
Fluxograma de fabricação das graxas

 A graxa é fabricada formando-se o sabão em presença do óleo.


Lubrificante semi-sólido - graxas
Fabricação das graxas
 Processo de Tacho – por tradição, a fabricação de graxas tem sido
feita na forma de um processo de bateladas realizado em grandes
tachos.
 Processo Contactor – este processo é muito parecido com o de
tacho, com a vantagem de reduzir enormemente o tempo de
fabricação das graxas.
 Processo Contínuo – este processo nasceu em meados dos anos
60, é compacto e versátil, oferecendo vantagens sobre o processo
de bateladas, como sua homogeneidade e estabilidade ao
cisalhamento. É patente da Texaco.
Lubrificantes e o meio ambiente
 Óleo usado e contaminado (OLUC) é inadequado à sua finalidade
original.
 São recomendadas quatro formas de tratar adequadamente o OLU:
o recondicionamento/reprocessamento, a regeneração, a reciclagem
energética (incineração) e o rerrefino.
 No Brasil, a Resolução CONAMA n° 362/2005 estabelece que todo
OLUC deve ser destinado ao rerrefino, exceto em situações que for
comprovada a inviabilidade desse processo, sendo então necessário
licenciamento ambiental para o outro destino.
Lubrificantes e o meio ambiente
Rerrefino
 Tratamento dado aos óleos usados com o objetivo de remover
aditivos e contaminantes que foram incorporados a eles.
 O produto final é o óleo básico próprio para fabricação de
lubrificantes.
Rerrefino
É um processo físico-químico que transforma o OLUC em óleo básico
neutro rerrefinado, através das seguintes etapas:
 Termocraqueamento à vácuo  Ultrafiltração
 Sulfonização  Análise e controle de qualidade
 Neutralização e clarificação
 Filtração
 Desaeração
 Correção de viscosidade
Impactos ambientais
 Os óleos e graxas, em seu processo de
decomposição, reduzem o oxigênio
dissolvido elevando a demanda bioquímica
de oxigênio e a demanda química de
oxigênio causando alterações negativas no
ecossistema aquático.
 Essas substâncias quando em contato com
a água podem causar sérios danos ao meio
ambiente, pois formam uma película
impedindo a passagem de oxigênio para as
células bacterianas e assim causando a
morte de microrganismos.
Impactos ambientais
 Os óleos lubrificantes usados lançados diretamente no ambiente ou
quando queimados de forma não controlada provocam graves
problemas de poluição do solo, das águas e do ar.
 A queima indiscriminada do óleo lubrificante usado, sem tratamento
prévio de desmetalização, gera emissões significativas de óxidos
metálicos além de outros gases tóxicos, como dioxina e óxidos de
enxofre.

Dioxina
Referências bibliográficas
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Fundamentos da Lubrificação. Chevron do Brasil. Departamento de Tecnologia da Texaco Brasil


LTDA. 2005.

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Acesso em: 19 jun. 2018.
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Referências bibliográficas
RIBEIRO FILHO, P. R. C. F. et al. Propriedades físicas de óleos lubrificantes minerais e vegetais
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