3- Trump anunciou a saída do Protocolo de Paris (COP-21) 4- Crise dos refugiados 5- FARC e o acordo com o governo colombiano 6- Crise da saúde no Brasil 7- Governo Trump e a antiglobalização 8- Crise penitenciária 9- Ação do Estado de São Paulo e a luta do grafite como arte 10- Crise Venezuelana 11- Crescimento da extrema direita na Europa 12- Operação carne fraca 13- Reforma previdenciária 14- Morte de Fidel Castro Luta entre “rebeldes” e o governo ditatorial de Bashar Al Assad Atualmente, a Síria é cenário de um dos conflitos mais brutais do Oriente Médio contemporâneo. A Síria hoje encontra-se devastada e conta com um saldo de milhões de mortos desde o começo da guerra. O ponto de partida para entendermos a questão é o fato de que a família Al-Assad governa a Síria há mais de 40 anos. Isso sem que os presidentes tenham sido empossados por meio de eleições presidenciais democráticas. O poder foi passando de pai para filho, como se fosse uma herança. Além disso, o que acontece é que os Al- Assad tomam suas decisões baseadas em princípios religiosos alauistas, corrente xiita do islamismo. Isso desagrada muito a maioria da população, que se considera sunita - uma linha muçulmana mais branda. Em meados de 2011, por conta dos protestos da Primavera Árabe, civis sírios decidiram fazer manifestações contra do governo de Bashar Al-Assad, o atual presidente do país. Mesmo que todas as manifestações tenham sido pacíficas, o governante decidiu investir violentamente contra os civis. A partir daí, uma parte dos cidadãos sírios decidiu se organizar no Exército Livre da Síria para lutar contra as tropas militares de Bashar Al- Assad. Outros países começaram a apoiar um dos lados da disputa e o Estado Islâmico busca expandir seu domínio no território sírio. No meio dessa guerra generalizada, temos os civis que não estão envolvidos de forma alguma no conflito e fogem para outros territórios próximos buscando formas de sobreviver. Por conta da Guerra na Síria, milhões de civis sírios optaram por fugir do país na tentativa de encontrar algum local onde possam sobreviver aos ataques do conflito. Boa parte deles decide buscar refúgio em países vizinhos. Estes são os locais que mais recebem migrantes sírios. Segundo pesquisas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), entre 2011 e 2015, 1.9 milhão de refugiados sírios chegaram à Turquia. Enquanto isso, outros 1,1 milhão migraram para o Líbano. Uma minoria corajosa procura ir além. Alguns refugiados se arriscam ao atravessar o Mediterrâneo na incerteza de conseguir chegar na costa do continente europeu. É um ato que também representa muito desespero dessas pessoas em sair da Síria. As travessias são feitas em botes superlotados e buscam chegar à costa da Itália e da Grécia. Porém, um número considerável dessas embarcações naufraga e estima-se que 3.800 pessoas tenham morrido neste percurso. Os dados também são do ACNUR. Eventualmente, alguns refugiados chegam à Europa vivos. Eles tentam migrar para países que têm uma política de imigração mais aberta, como Alemanha e Suécia. Esse intenso fluxo migratório está acontecendo concomitantemente ao processo de expansão do Estado Islâmico. O grupo se declarou responsável por vários ataques terroristas que aconteceram na Europa nos últimos dois anos. O espaço entre esses eventos foi curto, o que deixou a comunidade europeia extremamente assustada. Inconscientemente, as pessoas associam os ataques aos refugiados, que não tem nada a ver com isso. Esse é um dos principais motivos pelo aumento da islamofobia na Europa, o que dificulta a integração de refugiados que conseguiram chegar a esses países. Protecionismo econômico, medidas migratórias restritivas e saídas de pactos comerciais O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sustentou toda a sua campanha presidencial durante o ano de 2016 com promessas sobre “devolver a América para os americanos”. Porém, as medidas que o empresário expunha contemplavam apenas uma parcela dos americanos. No caso, os eleitores brancos conservadores que representam, hoje, uma minoria em um país composto principalmente por famílias de imigrantes. A eleição de Trump representa o desejo dos republicanos de terem suas propostas melhor representadas no governo americano. Durante os oito anos de governo Obama, as fronteiras dos Estados Unidos estiveram mais abertas para os estrangeiros. Exatamente o que o atual presidente e seus eleitores temem. Trump está implementando uma política de protecionismo: restringindo a atividade econômica americana apenas a território nacional, dificultando processos de imigração, incitando uma corrida armamentista e cancelando programas de políticas públicas, como o Obama care - plano de saúde acessível. Trump procurar isolar seu governo da agenda internacional, porém suas medidas são extremas. Uma das promessas feitas em campanha era de construir uma muralha entre a fronteira dos Estados Unidos e México, para conter a imigração ilegal entre os dois países. Porém, o presidente parece esquecer que cerca de 17% da população norte americana é composta por cidadãos hispânicos. Vale aguardar e acompanhar os rumos que o empresário pretende guiar o seu mandato. Crise política - aumento do autoritarismo do governo Maduro - e crise econômica - queda do petróleo e crise de abastecimento interno A Venezuela declarou estado de emergência em maio de 2016. Desde então, a situação piorou drasticamente. Não há comida nos supermercados, o índice de violência é altíssimo nas grandes cidades e a inflação alcançou 249% neste ano. Um país não chega a essa situação e um dia para o outro. A crise na Venezuela pode ser explicada por duas vias que confluíram para o caos: o político e o econômico. Vamos explicar primeiro o viés político. Durante 14 anos, a Venezuela foi governada pelo militar populista Hugo Chávez. O ex-presidente era muito carismático e conseguiu a simpatia das classes mais baixas com um discurso de combate à pobreza e corrupção. Não é à toa que o político foi reeleito diversas vezes. Porém, em 2013, Chávez veio a falecer de um câncer e quem assumiu o governo foi seu sucessor, Nicolás Maduro. Acontece que Maduro não tem o mesmo carisma que o seu antecessor, tampouco é um gestor nato. Sem apoio popular ou político, Maduro adotou uma postura ditatorial em seu governo. Uma das suas medidas foi empossar, sem aviso prévio, uma Assembleia Constituinte para escrever uma nova constituição que seria usada nas próximas eleições. Claramente, o povo foi às ruas protestar. Lógico que Maduro não deixou barato e enviou tropas militares para investirem contra os manifestantes. Paralelamente a esses combates, o país enfrenta uma crise econômica por conta da queda do preço do petróleo. Este commodity é uma das bases da economia venezuelana e afetou drasticamente a relevância do bolivar no cenário internacional. A moeda perdeu praticamente todo o seu valor e, hoje, 82% da população venezuelana se encontra em um estado de pobreza. Maduro passa a ser cada vez menos querido pela população e não se mostra flexível em mudar de postura. Entre essa e outras razões, uma solução para a crise se mostra cada vez mais distante de ser Crescimento do déficit do Estado e as mudanças nas regras de contribuição e no tempo de serviço Uma das propostas mais polêmicas do governo Temer é a Reforma da Previdência – programa de seguro público oferecido como direito pelo governo federal. Os tópicos do texto base sugerem que o brasileiro terá que trabalhar muito mais para poder se aposentar. Isso também sem a garantia de que irá poder aproveitar de um período de inatividade justo. As justificativas para a revisão do programa seria a de que a inflação cresceu sensivelmente nos dois últimos anos e que a expectativa de vida média do brasileiro subiu, o que possibilita que os trabalhadores possam trabalhar mais para conter o rombo econômico. Hoje, os trabalhadores podem se aposentar por dois critérios: tempo de contribuição - mínimo de 35 para homens e 30 para mulheres - e idade - 65 anos para homens e 60 para mulheres. A reforma sugere que não haja mais a regra de aposentadoria por tempo de contribuição. Todos deverão trabalhar, no mínimo, 25 anos para se aposentar. Enquanto isso, a idade mínima para sugerida seria de 65 anos para os homens e 62 anos para mulheres. Outra proposta seria que todos os trabalhadores precisariam trabalhar 49 anos para poder receber uma aposentadoria integral. Independentemente da idade do contribuinte. Uma idade pouco condizente com a expectativa de vida do brasileiro, que é de 74 anos. Até agora, a medida não é muito bem recebida pela população. O texto-base da reforma ainda não foi aprovada pelo Congresso. Testes da Coreia da Norte com mísseis e armas nucleares, além de sua política extremamente fechada, causam tensão e medo de uma guerra nuclear. Segundo o governo da Coreia do Norte, o país fez cinco lançamentos experimentais de mísseis entre 2006 e 2016. No começo de 2017, o presidente Pyongyang afirmou que o país também fez teste com armas nucleares. Porém, um destes testes chegou ao território marítimo japonês, o que aumentou a tensão entre os países da Ásia Oriental. O míssil em questão é um projeto de armamento que poderá atravessar o Oceano Pacífico! A preocupação é ainda maior por conta da política internacional extremamente fechada da Coreia do Norte. O país não costuma prestar contas à comunidade internacional, independente do quão perigosa sejam as suas ações. Os testes seguem a países vizinhos, como o Japão e a Coreia do Sul. Porém, estes e outros países vizinhos não podem revidar por não terem o mesmo armamento nuclear que o país de Pyongyang. Mas outros países contrários ao posicionamento da Coreia do Norte têm. Um deles é os Estados Unidos, que poderia proteger o Japão diante de um ataque mais grave. Essa tensão generalizada faz com que os países que se sintam ameaçados de alguma forma também procurem desenvolver seu próprio armamento nuclear. Isso é algo que os Estados Unidos tenta evitar desde a Guerra Fria. Tanto que o governo Trump está buscando apoio no governo chinês, dono de um armamento nuclear imenso. Essa tentativa, por sua vez, não funcionou muito bem até agora. A China tem um bom relacionamento com a Coreia do Norte e está muito relutante em ceder aos apelos norte americanos. Tudo isso conflui para uma iminente guerra nuclear que pode começar no momento em que alguém decidir atacar primeiro para valer. Tensão nuclear com a Coreia do Norte Testes da Coreia da Norte com mísseis e armas nucleares, além de sua política extremamente fechada, causam tensão e medo de uma guerra nuclear Um acordo de paz lendário, levando o presidente ao Prêmio Nobel, envolveu a entrega de armas e é o caminho para o fim das atividades do grupo narcotraficante. A questão das FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, não vem de hoje. Este movimento de guerrilha vem da década de 60, quando a situação colombiana era extremamente desigual economicamente. A questão das FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, não vem de hoje. Este movimento de guerrilha vem da década de 60, quando a situação colombiana era extremamente desigual economicamente. Porém, a forma que as FARC encontrou para pôr em prática a sua causa foi muito violenta. O grupo agia pelo terror. Sequestros, estupros e intenso tráfico de drogas eram usados para conseguir poder financeiro. A dinâmica do país continuou como uma guerra civil por mais de 50 anos. Eis que no segundo semestre de 2016, depois de muita discussão, o atual presidente da Colômbia e o líder das FARC concordaram em assinar um acordo de paz. Houve uma votação e, por uma mínima diferença, a proposta foi negada. Mesmo diante da rejeição popular, os dois líderes concordaram em manter relações pacíficas. Ainda no ano passado, ambos os líderes assinaram um novo acordo aprovado, desta vez, pelo congresso colombiano. O documento afirma que as FARC irá cessar suas ações violentas. O grupo guerrilheiro também irá ceder todas as suas armas à ONU. Santos, atual presidente da Colômbia, foi vencedor do prêmio Nobel da Paz por sua atividade em prol de um país mais pacífico para todos. As ondas de violência que começaram no dia 1º de Janeiro evidenciaram as condições e o poder das facções criminosas, que atuam em um sistema totalmente inoperante do Brasil Nos primeiros dias de 2017, detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, entraram em conflito. A briga entre facções rivais resultou em 56 presidiários mortos - maior número desde o massacre de Carandiru, em 1992. Os acontecimentos no Compaj reacenderam o debate sobre a crise penitenciária que vem assolando as prisões brasileiras. Segundo dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, o número de presos no Brasil aumentou 168% entre 2000 e 2014 e, apesar de existir um déficit de aproximadamente 200 mil vagas nas prisões (são 375 mil vagas para 580 mil presos), o país é um dos que mais prendem pessoas - atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia. Alguns dos fatores que estão por trás da crise penitenciária no Brasil são: presos “provisórios” por lentidão no julgamento - cerca de 200 mil detentos são presos sem terem sidos condenados à prisão ou julgados; uso de regime fechado em casos em que penas alternativas (como regime semiaberto ou aberto) seriam possíveis; presos com penas e crimes diferentes na mesma cela e/ou mesmo presídio; agentes penitenciários despreparados, e falta de estrutura nos presídios, entre muitas outras questões. Questões dos refugiados, aumento dos casos de terrorismo e ondas partidárias extremistas fazem parte do cenário, com presença recorde de políticos que representam posturas de extrema direita na Europa Nos últimos anos, tem sido observado um extenso avanço e aumento da aceitação e popularidade de políticos de extrema direita ao redor do mundo, mas principalmente na Europa. O cenário de crise dos refugiados, ataques terroristas recorrentes e crise econômica contribuiu para uma grande adesão do eleitorado europeu à ideias, partidos e políticos com discurso nacionalista, conservador e de caráter radical. O movimento extremista na Europa tem como algumas de suas principais pautas o fechamento de fronteiras, o fim de acordos comerciais internacionais e instauração de políticas econômicas protecionistas. Seus representantes também fazem forte oposição aos imigrantes - o que, em alguns casos, pode chegar a discursos e atitudes xenófobos - e à minorias de maneira geral, como LGBTs e mulheres. Na França, a ultranacionalista Marine Le Pen, do partido Frente Nacional, apareceu como favorita na maioria das pesquisas de intenção de voto das eleições presidenciais – apesar disso, o presidente eleito foi Emmanuel Macron, líder do partido A Républica em Marcha, de esquerda. Já na Holanda, Geert Wilders, conhecido por ser antimuçulmano, anti-imigrante e anti-União Europeia, causou preocupação na disputa presidencial por ter ganho bastante expressividade no eleitorado holandês. Na Alemanha, partidos de esquerda formaram uma grande aliança para combater o partido Alternativa para a Alemanha, de extrema-direita. Questões dos refugiados, aumento dos casos de terrorismo e ondas partidárias extremistas fazem parte do cenário, com presença recorde de políticos que representam posturas de extrema direita na Europa 26 de Novembro de 2016: morre o grande líder da Revolução Cubana e símbolo do socialismo no mundo Em Novembro de 2016, faleceu de causas naturais, aos 90 anos, Fidel Castro – expresidente de Cuba e líder da Revolução que instaurou o regime comunista na ilha. A morte foi anunciada pelo seu irmão e presidente do Conselho de Estado de Cuba, Raúl Castro, na rede de televisão estatal. Fidel é o líder não pertencente a uma monarquia que permaneceu mais tempo no poder de um país - foram 49 anos governando Cuba. Ele assumiu o comando em 1959, derrubando a ditadura de Fulgêncio Batista, e renunciou em favor de Raúl em Fevereiro de 2008, por motivo de saúde e idade avançada. Durante o governo de Fidel Castro, Cuba tornou-se referência mundial em políticas públicas de qualidade. Atualmente 98% da população é alfabetizada e, desde a Revolução, 10 mil novas escolas foram criadas. O sistema de saúde cubano é universal e gratuito e a mortalidade infantil diminuiu para 11 a cada mil nascidos vivos. Apesar disso, o período em que Fidel passou no poder também foi marcado por disputa com os Estados Unidos, como o embargo econômico e as polêmicas envolvendo a base militar de Guantánamo. Donald Trump anuncia a saída dos Estados Unidos de um dos mais importantes acordos climáticos da história e ameaça luta contra o aquecimento global Em 1º de Junho de 2017, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, durante a COP 21 - cúpula da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas - a saída do país do Acordo de Paris. O tratado determina que os países participantes devem conter o aquecimento global em até 2º C em relação aos níveis pré industriais, sendo o principal objetivo do Acordo fazer com que o aumento da temperatura mundial não ultrapasse os 1,5º C até 2100. Os EUA havia assinado o documento em 2015, na gestão de Barack Obama, que comprometeu-se em reduzir em 28% a produção de gases de efeito estufa do país e em transferir 3 bilhões de dólares para países pobres para apoiá-los na luta contra mudanças climáticas. Segundo Trump, a versão atual do Acordo de Paris desfavorece a economia norteamericana ao afetar sua geração de energia e prejudica os EUA para criar vantagem para outros países. O presidente, que já declarou anteriormente que o aquecimento global foi “inventado” pelos chineses para tornar a indústria americana menos competitiva, decidiu interromper de maneira imediata todas as ações relacionadas ao tratado que fossem legalmente permitidas. Apesar do anúncio da saída do Acordo, a retirada só será definitiva em Novembro de 2020, já que o documento prevê um longo processo de desligamento das responsabilidades firmadas pelo país em 2015. A falência dos Estados e a incapacidade de pagar as contas faz com que a falta de verba nos hospitais gerem um caos na saúde Não é de hoje que o Sistema Único de Saúde, o SUS, não consegue cumprir de maneira satisfatória sua missão de atender emergências de saúde, realizar consultas, exames, internações, campanhas de vacinação e prevenção de vigilância sanitária de toda a população brasileira. Em pesquisas recentes, 70% dos entrevistados que buscaram o SUS disseram estar insatisfeitos com o atendimento e 29% afirmaram estar aguardando a marcação de um exame ou procedimento há mais de seis meses. Além disso, elas indicam que 64% dos hospitais da rede pública estão constantemente superlotados. Essa situação emergencial da saúde pública brasileira é o reflexo da falta de investimento público na área por décadas. A Constituição de 1988 determinava que 30% do orçamento da Seguridade Social seria destinado à Saúde. No entanto, essa diretriz foi cumprida apenas até 1992, quando o governo Collor investiu uma taxa abaixo da determinada e, a partir de então, o percentual de 30% nunca mais foi repassado para a área da Saúde. Indo de encontro à falta de investimento, o envelhecimento gradual da população brasileira tende a aumentar os gastos da saúde pública, já que mais pessoas passarão a usar e depender dele com frequência. Além disso, com a crise econômica que o Brasil vem enfrentando, mais pessoas tiveram que cancelar seus planos de saúde privados e contar apenas com o SUS, inchando ainda mais um sistema já sobrecarregado. Prefeito da cidade pintou um dos maiores painéis de grafite da cidade, levantando o debate sobre a expressão artística por trás do movimento do grafite No começo deste ano, o recém-eleito prefeito da cidade de São Paulo decidiu “declarar” guerra aos pichadores da cidade. João Dória optou por pintar os muros da Avenida 23 de Maio, cobrindo um dos maiores painéis de grafite da cidade com tinta cinza. A medida foi uma das primeiras ações da gestão do político tucano, o que suscitou o seguinte debate: o que é ou não arte - levantando o debate sobre o que pode ser considerado arte. Segundo a lei, existe uma diferença entre “picho” e “grafite”. O primeiro é considerado crime independente da circunstância. Enquanto o segundo é considerado uma expressão artística, desde que seja feito com a autorização do proprietário do imóvel. Porém, tanto grafiteiros quanto pichadores consideram os dois movimentos formas de arte. O prefeito reforçou o discurso de que sua questão é contra os pichos que poluem visualmente a cidade, enquanto irá se esforçar para promover a arte de rua da melhor forma possível. Além disso, outra provocação surgiu no meio do debate. De fato, a cidade tem muitos pichos. Mas seria essa a principal preocupação em meio a tantos outros problemas na esfera pública? Não seria mais coerente começar uma gestão implementando medidas para melhorar os serviços de saúde, de educação e de segurança pública? Prefeito da cidade pintou um dos maiores painéis de grafite da cidade, levantando o debate sobre a expressão artística por trás do movimento do grafite No começo deste ano, o recém-eleito prefeito da cidade de São Paulo decidiu “declarar” guerra aos pichadores da cidade. João Dória optou por pintar os muros da Avenida 23 de Maio, cobrindo um dos maiores painéis de grafite da cidade com tinta cinza. A medida foi uma das primeiras ações da gestão do político tucano, o que suscitou o seguinte debate: o que é ou não arte - levantando o debate sobre o que pode ser considerado arte. Segundo a lei, existe uma diferença entre “picho” e “grafite”. O primeiro é considerado crime independente da circunstância. Enquanto o segundo é considerado uma expressão artística, desde que seja feito com a autorização do proprietário do imóvel. Porém, tanto grafiteiros quanto pichadores consideram os dois movimentos formas de arte. O prefeito reforçou o discurso de que sua questão é contra os pichos que poluem visualmente a cidade, enquanto irá se esforçar para promover a arte de rua da melhor forma possível. Além disso, outra provocação surgiu no meio do debate. De fato, a cidade tem muitos pichos. Mas seria essa a principal preocupação em meio a tantos outros problemas na esfera pública? Não seria mais coerente começar uma gestão implementando medidas para melhorar os serviços de saúde, de educação e de segurança pública? Escândalos envolviam a produção de carne em péssimas condições, estragadas e até misturadas com elementos estranhos, causando forte queda nas vendas A Operação Carne Fraca foi deflagrada pela Polícia Federal brasileira em Março de 2017 com o objetivo de investigar o escândalo de carnes adulteradas pelas maiores empresas do segmento, como JBS (dona das marcas Seara, Swift, Friboi e Vigor) e a BRF (dona da Sadia e da Perdigão). Elas são acusadas de comercializar carnes estragadas e com datas de vencimento trocadas, disfarçar o aspecto desses produtos, usar produtos químicos para conseguir revendê-los e até injetar água na carne para aumentar seu peso - o caso mais conhecido do escândalo foi o de papelões encontrados em lotes de frango. As carnes adulteradas eram comercializadas tanto nacional quanto internacionalmente. A Operação também investiga o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em um esquema de propina para liberar licenças e emitir certificados sanitários de frigoríficos sem fiscalização. O Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, também foi citado na operação - ele foi gravado em conversas e identificado como um dos líderes do esquema. A Operação também investiga o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em um esquema de propina para liberar licenças e emitir certificados sanitários de frigoríficos sem fiscalização. O Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, também foi citado na operação - ele foi gravado em conversas e identificado como um dos líderes do esquema. O escândalo resultou em graves consequências para o setor alimentício brasileiro: diversos países que importam carnes restringiram a entrada de carne brasileira e as ações no mercado das empresas envolvidas caíram de maneira significativa - a JBS teve queda de 11% e a BRF de 8%.