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O doente oncológico em fase

terminal
Doente terminal

Pessoa com uma doença evolutiva irreversível, cuja


morte é uma consequência directa e para breve.
LEONE et al (2001)

Alívio da dor
A assistência a este doente
deve ser dada até ao último Boa ventilação
instante de vida
Compreensão
Cancro

Termo geral para vários crescimentos malignos


em muitas partes do corpo.
O crescimento é sem propósito, parasitário,
invasivo e desenvolve-se às custas de um
hospedeiro.
DUNCAN (1995)
Os cuidados prestados a um doente oncológico, que se
encontra em fase terminal chamam-se cuidados
paliativos

“Recurso a preparados analgésicos apoiados por uma


ajuda espiritual, religiosa, social e psicológica”
LEONE et al (2001)

Contribuem para o processo de humanização do acto


de morrer, melhorando a qualidade de vida do
paciente em fase terminal
Sintomas mais frequentes:

Dor
Cansaço fácil

Astenia
Anorexia

Perda de peso
Obstipação
Secura da boca

Depressão
Dispneia
Naúseas
Odor
Tosse
DOR EM ONCOLOGIA

“é aquilo que o doente diz que é, ocorre quando ele diz que
ocorre e magoa tanto como ele diz que magoa.”
McCaffery

“é uma experiência sensorial e emocional complexa


desagradável associada a lesões tecidulares reais ou
possíveis, ou expressada como se essas lesões existissem”
Centeno (1998;p.85), citando a Associação Internacional para o
Estuda da Dor
Em 1967, C. Saunders, firmou um termo para
definir a dor crónica de origem neoplásica:
Em oncologia a dor:
subjectiva;

deve ser entendida como uma sensação somatopsíquica que


está modulada por uma multiplicidade de elementos distintos
de indivíduo para indivíduo ;

é o sintoma mais frequente;

encontra-se em todas as fases da doença, especialmente


nas etapas intermédias e avançadas;
a sua frequência depende:
estádio da doença
tipo de tumor

deve-se conhecer a causa da dor para a tratar;

as causa podem ser:


invasão directa dos diferentes estruturas que
provocam a dor (ossos, S.N.C., S.N.P., vísceras, tecidos
moles e vasos);
tratamentos aplicados;
cirurgia.
DOR NO PACIENTE ONCOLÓGICO

AGUDA - abordagem sintomática (cura com analgesia)

CRÓNICA - contínua e progressiva à medida que a doença


evolui, frequentemente esta dor é incapacitante
Classificação Etiopatológica Da Dor
Oncológica:

DOR NOCICEPTIVA - dor somática e visceral


ex. metáteses ósseas;
cancro do pâncreas
DOR NEUROGÉNICA/NEUROPÁTICA -dor central,
(estimulação directa do SNC ou SNP) encontra-se em todas as
fases da doença,
especialmente nas etapas
intermédias e avançadas;

ex. tumores cerebrais com HIC;


tumores pélvicos
DOR PSICOLÓGICA OU IDIOPÁTICA - dor psicossomática
ex. sintomas de conversão psiquíca
AVALIAÇÃO DA DOR
-Tipos de dor e qualidade;

-localização e irradiação;

-intensidade;

-factores que a aumentam ou atenuam;

-duração e intervalos;

-presença de outras dores ou outros factores que a influenciam


Tipos e qualidade de dor:

-dor óssea- severa repentina;

-dor visceral- dor surda, contínua, profunda e relacionada


com zona tumural, que agrava à palpação;

-dor por compressão nervosa- tipo queimadura ou lacerante;

-dor cerebral- opressiva ou como zumbido, presente de


manhã ou em momentos de tensão;
-dor cólica- intermitente que ocorre em períodos
crescentes até ao máximo e volta em intervalos
regulares;

-dor muscular ou articular- aparece tipicamente com a


mobilização de um grupo muscular e localiza-se na zona
afectada;

-dor neuropática- deve-se a infiltração tumural de um


nervo
Localização:

-em muitos casos o doente é capaz de localizar a


dor;

-a dor visceral é mais imprecisa;

-pode irradiar-se em função das zonas implicadas.


Intensidade:

-indica se o sintoma está ou não a ser controlado e ajuda a


estabelecer a terapêutica analgésica;

-instrumentos de avaliação:
escala categórica verbal
escala categórica numérica
escala analógica visual
Duração da dor e outros factores que
modificam a sua intensidade:

-início da dor;

-instalação espontânea ou lenta;

-prazo de dias ou semanas ou se surgiu através de um


movimento e foi instantâneo e intenso;

-factores psicossociais, impacto emocional...


CLASSIFICAÇÃO DA DOR EM
PACIENTES ONCOLÓGICOS SEGUNDO
Foley (1984):

Grupo I - paciente com dor aguda relacionada com cancro


Grupo II - pacientes com dor crónica relacionada com cancro

Grupo IIa - associada à progressão da neoplasia


Grupo IIb - associada à terapêutica antineoplasica

Grupo III - pacientes com dor crónica preexistente


Grupo IV - pacientes terminais com dor de origem
neoplásica
Regras clínico-terapêuticas:

1. Acreditar no paciente;

2. Analgésicos são apenas parte de todo o tratamento;

3. A prescrição de analgésicos deve ser contínua;

4. As doses das drogas devem ser individualizadas;

5. Prefira a via oral de administração de drogas;


6. A “Escala Terapêutica” da OMS;

7. Combinar analgésicos com diferentes pontos de actuação


farmacológica;

8. Não permita que o seu paciente sinta dores;

9. Nem toda a dor e responsiva a analgesia;

10. Não esquecer as medidas adjuvantes.


Analgésicos Mais Comuns

1. Analgésicos não-opióides;
antiprostaglandínicos (salicilato, pirazolânico...)
não-opióide de acção central (acetaminofeno, vitaminol...)

2. Analgésicos opióides;
“fracos” - codeína, dextroproxifeno, tramadol
“fortes” - meperidina, buprenorfina, fentanil, morfina
3. Co-analgesia;

4. Psicotrópicos -neurolépticos, benzodiazepínicos,


antidepressivos;

5. Corticosteróides;

6. Anticonvulsionantes;
TRATAMENTO DA DOR

-Tratamento farmacológico;

-Tratamento não farmacológico


Tratamento farmacológico

Princípios básicos:
- assegurar que na equipe exista capacidade,
conhecimento, atitudes e comunicação adequadas;

- não esperar que o doente se queixe;

- diagnosticar com precisão a causa da dor;

- estabelecer uma estratégia terapêutica e


objectivos realistas;

- explicar calmamente ao doente a causa da dor, o


tratamento a estabelecer, fazendo-o participar nas
decisões;
- monitorizar o controlo dos sintomas (escalas, registos),
reavaliar repetidamente;

- trabalhar em equipe.

Objectivos:
- obter analgesia;

- minimizar os efeitos secundários;

- proporcionar conforto e melhorar a qualidade de vida


Tratamento de acordo com o tipo de dor

- Dor nociceptiva -> anti-inflamatórios, analgésicos de acção


periférica e analgésicos de acção central;

- Dor visceral -> analgésicos de acção periférica, anti-


espasmódicos e analgésicos de acção central e adjuvantes se
necessário;

- Dor nervosa -> analgésicos de acção periférica,


anticonvulsionantes (carbomazepina), antidepressivos
tricíclicos e outros adjuvantes
Tratamento não farmacológico

Objectivos:
- diminuir a intensidade da dor;
- aumentar o nível de tolerância à dor;

- romper o círculo dor-mal-estar-dor;


- reforçar a auto-estima e a autonomia;

- permitir a participação da família;


- dotar o doente e família de mais recursos para
controlar a situação dolorosa;
- reforçar a relação doente/cuidador.
Tratamento não farmacológico:

- Informação sobre a dor -> como profissionais de saúde


devemos manter uma comunicação total com o paciente
oncológico, fazendo ao doente o ensino sobre técnicas de
autocontrole;

- Medidas ambientais organizativas -> medidas que


visam aumentar a tolerância à dor, mediante o respeito
pelo seu ritmo de actividades quotidianas e a consecução
do máximo conforto, tais como:
->favorecer o descanso e relaxamento tanto durante
o noite como nalguns momentos do dia para evitar fadiga;
-> adaptar a medicação às necessidades e desejos do
doente;
-> adaptar a dieta à situação e necessidades do doente;

-> adaptação e flexibilidade dos horários de visitas,


atendendo à particularidade de cada caso;

-> adaptação dos espaços físicos;

-> promoção da integridade e participação familiar;

-> promoção de distracções e actividades lúdicas;

-> as nossas atitudes como profissionais de saúde e a


relação que estabelecemos com os pacientes também
influenciam a experiência da dor e de outros sintomas.
- Medidas físicas -> para alívio da dor, favorecer a
aproximação do cuidador ao doente e fornecer formas
de comunicação através do relaxamento corporal, tais
como:
- aplicação de calor e frio;
- aplicação de mentol;
- massagens suaves;
- mobilizações activas e passivas;
- estimulação nervosa eléctrica e transcutânea

- Medidas de relaxamento psicológico


CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO
DOENTE COM DOR ONCOLÓGICA:

1. Avaliação da dor do doente, verificando com ele a


localização,a intensidade, as características, início e
duração;

2. Administrar analgésicos prescritos a horas fixas;

3. Reduzir o estímulo doloroso sempre que possível;

4. Alterar a percepção da dor;


5. Adoptar medidas complementares para tratamento da
dor;

6. Estabelecer uma comunicação adequada:


- com o doente demonstrando interesse por ele e pelas
suas queixas;
- com a família, fornecendo-lhe a informação
necessária;
- com a equipe, devendo a informação que fornece ao
doente estar de concordância com a dos demais colegas,
estabelecendo objectivos consensuais;

7. Monitorizar a resposta do doente à analgesia.


O cancro e a Nutrição/
Desnutrição
O Impacto do cancro na nutrição depende
de:

Tipo de cancro;

Localização;

Alterações do metabolismo;
Perda de Peso;
Anorexia;
A Terapia Nutricional tem como
objectivos:

Atingir e manter o peso desejável;


Diminuir sintomas decorrentes da doença e
tratamento, através da adaptação dos alimentos ou
métodos de alimentação;

A desnutrição compromete a terapêutica


e a qualidade de vida
Caquexia

Alterações metabólicas;

Anorexia;

Náuseas e Vómitos; Ansiedade;

Secura da boca; Disfagia;

Perda de paladar e olfacto


Alterações do Metabolismo

O metabolismo da glicose e lípidos sofre


alterações:

Intolerância à glicose com resposta de insulina


diminuída;
Predomínio do metabolismo Anaeróbio- Ciclo de Cori
Gliconeogenese Hepática Aumentada;

Aumento da Lipólise

Perda de Massa magra


Anorexia

Depressão;

Produção de neurotransmissores- suprimem o apetite;

Estimulação de glicorreceptores por hiperglicémia


e elevação do ácido lácteo- diminui o apetite

Alteração do paladar e olfacto;


Anorexia
Acções de Enfermagem:

Ter em conta as preferencias do doente;

Ingerir pequena quantidades de líquidos e nutrientes após


longos períodos de jejum ou crise de vómitos;

Evitar atitudes autoritária por parte de familiares


/profissionais;

Proporcionar exercício leve ou uma pequena caminhada antes da


refeição;
Anorexia
Acções de Enfermagem:

Após uma crise vómitos explicar ao doente a possível


existência de “aversão induzida”;

Proporcionar um ambiente calmo e agradável;

Misturar e esconder sabores desagradáveis;

Alterações na forma e ritmo da oferta


das refeições, podem minorar os
sintomas desagradáveis.
Diarreia

Infecção;
Terapêutica oncológica
Acções de Enfermagem:

Ingestão de alimentos obstipantes;

Proporcionar uma boa hidratação;

Ingestão de alimentos ricos em K+;


Obstipação

Terapêutica ( ex.: codeína)


Insuficiente ingestão de líquidos;
Diminuição do
Imobilidade; peristaltismo

Acções de Enfermagem:
Ingestão de alimentos ricos em fibras ;
Aumento da ingestão de líquidos;

Estimular a mobilização;
Uso de laxantes, clisteres e enemas, se necessário;
Náuseas e Vómitos

Quimioterapia;
Radioterapia;
Fármacos;
Ansiedade;
Irritação Gástrica;
Náuseas e Vómitos

Acções de Enfermagem:

Identificar as características e intensidade


dos vómitos;

Identificar sinais de desidratação, fraqueza e


prostração;

Fazer o balanço hídrico;


Descansar após as refeições;

Ingerir alimentos à temperatura ambiente;

Evitar alimentos com grande teor em gorduras;


Secura da Boca

Desidratação;
Radioterapia local;
Terapêutica;
Acções de Enfermagem:

Limpeza e hidratação oral;

Ingestão de alimentos que estimulem a salivação ( sumos


de frutas, batidos, rebuçados, pastilhas...)
Disfagia

Alt. Neurológicas;
Obstrução mecânica;
Infecções orais;

Acções de Enfermagem:

Proporcionar alimentos moles em doses pequenas e


fraccionadas;
Proporcionar cuidados de higiene oral;
Quando o doente não se consegue
alimentar

Terapia Nutricional Artificial

Nutrição Enteral;

Nutrição Parentral;
Nutrição Enteral:

A dieta deve ter em conta as necessidades do


utente;

Acções de Enfermagem:

Manutenção da sonda;
Preparar e armazenar as soluções correctamente;

Administrar de forma lenta e cuidadosa;


Estar atento aao surgimento de estase
gástrica , distênção abdominal, dor, obstipação
e diarreia;
Nutrição Parenteral:

Quando não é possível uma nutrição entérica;

Instalação de um cateter central

Técnica asséptica

O cateter também pode ser utilizado para Radioterapia;


Nutrição Parenteral:

Acções de Enfermagem:
Vigiar sinais de infecção;

Cuidados relativamente à dieta a administrar;

O fim deste tipo de nutrição, é ditado pelo


quadro clínico do doente.
Segundo Sotto-Mayor cuidados terminais são:

Cuidados dispensados ao doente quando já não é possível


melhorar o prognóstico fatal da sua doença, ou da sua
situação clínica, com os métodos terapêuticos acessíveis;

Cuidados de saúde quando a morte se aproxima.


Os doentes têm o direito a cuidados de saúde
terminais humanizados, e a morrer com
dignidade

Requisito:
Que sejam criados os meios necessários
Os cuidados ao doente oncológico em fase terminal,
devem estar organizados em três fases:

Histórico de Enfermagem

Desenvolvimento de um plano
de cuidados e/ou actividades

Avaliação da situação
Histórico de Enfermagem:
Deve incluir uma boa anamnese onde pesquisam
dados relativos a:

Dados pessoais História Clínica

Capacidades funcionais e realização de actividades


da vida diária

Estado nutricional
Medicação
Dor
Os registos precisos, claros e
concisos são da máxima
importância pois permitem
estabelecer futuras comparações
e fornecer informações
importantes aos restantes
membros da equipa
Planeamento:
Esta fase, inicia-se após a identificação dos problemas
e necessidades tanto do paciente como da sua família

É necessário considerar os seguintes factores:

Ajudar o doente e família a identificarem problemas


específicos

Ajudar o doente e família a identificarem os serviços ou


recursos necessários

Estabelecer o estado económico do doente


Elaborar o plano de cuidados em conjunto com o
paciente e família

Obter o consenso do doente e família para obter


os recursos necessários

Estabelecer critérios de avaliação do plano realizado


Avaliação
Trata-se de verificar os resultados do
plano de cuidados executado.

Mediante os critérios de avaliação estabelecidos na fase


anterior pode acontecer esta ser

Positiva Negativa
Domicílio do doente
com familiares Melhor
Hospital qualidade
com amigos de vida
com pessoal de
saúde

Grande desafio físico e emocional


Programação da alta

É fundamental antecipar alguns problemas que poderão surgir

Família preparada para enfrentar esses problemas

IMPORTANTE:
Dialógo entre:
 doente

 família

 pessoal de saúde
Questionar o doente:
Existe vontade em ir para casa?
Tal decisão desperta-lhe receios?(sobrecarga
para a família; insegurança face a problemas
clínicos intercorrentes,...)

Conflito de sentimentos:
Desejo de ter alta
Insegurança face ao apoio domiciliário

Pessoal de saúde hospitalar:


Esclarecer as duvidas
Transmitir confiança
Estabelecimento de um plano de controlo
sintomático do doente no seu domicílio (
queixas actuais e previsíveis no futuro)

Prever a sua Exequibilidade:


• Existe capacidade física e emocional
dos familiares para o acompanhar, tendo
em conta que pode durar desde semanas
a meses.
Questões face à exequibilidade do plano proposto

Existe espaço suficiente?

A família tem capacidade física?

Existe disponibilidade de um ou mais familiares para essas tarefas?

Existe condições de privacidade

Os familiares estão preparados psicologicamente?/ São


capazes de dar apoio psicológico?

Existem estruturas de saúde na área de residência


do doente?
É importante que o doente e a sua familia saibam que:

Médico/pessoal de Não estão a esquivar-se


saúde hospitalar ao seguimento do doente

Continuam disponíveis para apoiar o


doente, seus familiares e os
profissionais de saúde que vão seguir o
doente
Médico de família e Os mais bem posicionados
pessoal de enfermagem para a prestação de
do C.S. cuidados se saúde a estes
doentes

Terapêutica Paliativa

comunicação
Pessoal hospitalar Pessoal do C.S.

Desde o início da doença


O doente deve manter
consultas no seu centro de
Saúde
Médico de família Terapêutica paliativa

Diversidade
Conhecimentos
Complexidade
Prática dos problemas
O ideal seriam as equipes multidisciplinares para seguir o
doente terminal no seu domicilio:

doente Médico de família


• familiares Pessoal de enfermagem
• amigos • Fisioterapeuta
•Terapeuta ocupacional
• Psicólogo
• Assistente social
• Assistente espiritual
• Nutricionista
• Oncologista
• Especialista na terapêutica
da dor
No entanto não existem estas estruturas pelo que
grande parte dos problemas são colmatados pelos
técnicos de saúde dos C.S.
Ao planear-se a alta :

Equipe médica + enfermagem + assistente social

Apoiar familiares para obter material necessário (cama


articulada, oxigenoterapia, aspiradores...)
Transporte no dia da alta

Rever rotinas diárias

Necessidades do doente e o modo de as suprimir


A família deve ser integrada na equipe de enfermagem para
assistir o modo como se presta os cuidados ao doente:

Mobilizações, prevenção de escaras;

Cuidados de higiene...

Administração de medicamentos

O doente deve ter:


plano minucioso da medicação prescrita, da dieta e
de outros cuidados propostos.
informação escrita detalhada do seu estado clínico
Lista de problemas actuais
médico responsável no hospital e a quem vai ser
referenciado
Em casa:

O doente deve escolher o local e o modo como vai ficar


acomodado
Se tiver naúseas e vómitos afastar-se da cozinha

Importante ficar perto da casa de banho

se o doente quiser ter papel activo na vida familiar


poder-se-á colocar a cama na sala

Papel fundamental do médico de família e do


enfermeiro de família no aconselhamento
Considerar cada sintoma como genuíno e valorizado como tal

Até prova em contrário, a queixa do doente tem causa física

Dar especial relevo ao diálogo equipe de saúde/doente

O doente está frequentemente polissintomático (sintomas


moderados/ graves)
Em geral o doente toma mais que um fármaco pelo que se
deve fazer um plano escrito minucioso da terapêutica
instituida e da cronologia da sua aplicação

Fármaco Indicações
Dexametasona Anorexia, astenia, fadiga,
depressão, dispneia,dor

Naproxeno Dor

Opiáceos Dor, dispneia, tosse,


ansiedade
Acetato de megestrol
Anorexia, perda de peso
Metoclopramida
Naúseas, vómitos
Codeína
Tosse irritativa, dor
Clorpromazina
Ansiedade, naúseas, dispneia
Efeitos secundários mais frequentes
diarreia

desconforto abdominal
tonturas
naúseas

sonolência

alterações visuais
dispneia

cefaleias
euforia

obstipação depressão respiratória


Em cada visita médica:

- Avaliação dos progressos alcançados


- Fazer eventuais ajustes
terapêuticos

Tendo sempre em atenção se o


doente está a comprir e a
aderir bem á terapêutica
Ainda em relação à terapêutica:

 preferir a via oral


 antecipar os eventuais efeitos colaterais de modo a
preveni-los
 Ter em atenção:
• idade;
• Estado proteíco;
• Função cardíaca, renal, hepática
• outros parâmetros que possam influenciar a
eficácia da terapêutica

 procedimentos invasivos só se outras medidas não


resultarem
 deve-se sempre ponderar entre os beneficios e os efeitos
indesejáveis
A comunicação entre técnicos de saúde e doente/família é
muito importante, devendo-se estabelecer uma linguagem
de equipe.

• determinar o grau de conhecimentos que o doente e


família têm sobre a doença.

• Deve-se nomear um “porta voz”


Evitar deturpação de
factos
Certificar-se que o indivíduo tem
competências

No entanto toda a informação prestada deve ficar registada


Cuidados ao doente que está a morrer

Interromper qualquer terapêutica não necessária ao alívio


sintomático

Evitar qualquer exame complementar

Instituir a terapêutica sintomática necessária “sem receios”

Em caso de eficácia, não interromper a terapêutica paliativa,


mesmo em face de alterações do ritmo respiratório, sedação
marcada ou hipotensão

Avisar os familiares do fim próximo do doente


(colorário de uma preparação anterior) = não esquecer o apoio
posterior
Sinais de morte:
Paragem respiratória
Paragem cardíaca

Ausência de pulso, TA, reflexos


Midríase fixa
Embaciamento da córnea

Amolecimento do globo ocular

Arrefecimento do corpo
Rigor mortis
Cuidados post-mortem

A finalidade destes cuidados é, para além de prestar uma


última homenagem, continuar a respeitar a sua originalidade
e personalidade.

Deve tentar respeitar-se a última vontade de quem


partiu, conciliando-a com a dos familiares.
De um modo prático, quando se detecta a morte
do paciente, deve-se:

- colocá-lo em decúbito dorsal

- não utilizar substâncias desodorizantes

- fazer múmia

- identificar o cadáver
A situação pela qual o doente canceroso, em fase
terminal, passa, representa um enorme desafio para a
Enfermagem.

Assim, alguns diagnósticos são passíveis de serem


elaborados, embora não se resumam aos apresentados:

Alteração da NHB de segurança, relacionada com a mudança


do estado de saúde (ou risco de morte/preocupações socio-
económicas), manifestada por:
sentimentos de inadequação insónia
desespero comportamentos de auto - referência
medo
Alteração da NHB de abrigo, relacionada com a percepção da
perda da vida e pessoas significativas manifestada por:
raiva tristeza
retraimento mudança dos padrões alimentares e de sono

Alteração da NHB de repouso, relacionada com dor,


manifestada por:
insónia; desconforto;
queixas verbais; máscara de dor.
Segundo TABER (2000), é importante que “todos os
membros da equipa trabalhem em colaboração uns com os
outros e também com o paciente e sua família”

É da competência do membro de Enfermagem:

Psicologicamente :

Instruir o paciente e família sobre o processo de doença,


seu progresso, tratamento e desfecho

Apoiar o paciente e sua família

Incentivar o paciente e família a verbalizar os seus temores

Diminuir o grau de temor pela doença e sua impotência


Fisicamente:

Manter o equilíbrio de líquidos e electrólitos

Manter o estado nutricional

Manter a eliminação

Manter uma higiene pessoal o mais cuidada possível


“É essencial que as enfermeiras que trabalhem com
pacientes terminais estejam conscientes dos seus
próprios temores e sentimentos relacionados à
morte e à agonia da morte”
TABER (2000)

Assim, as filosofias de vida e as


próprias experiências afectam
directamente o modo como um
enfermeiro lida com o seu
doente
Durante a relação enfermeiro/paciente, este último
espera encontrar determinadas atitudes no primeiro.
São elas:

Compaixão – sentimento envolto de ternura, compreensão e


desejo de ajudar

Integridade – que compreende honestidade,


responsabilidade e confiabilidade

Mutualidade – é o saber compartilhar, estar aberto e sem


preconceitos
Constância – é a persistência, confiança, disponibilidade e
responsabilidade

Positivismo – é o apoiar, incentivar e restaurar a


vitalidade e força interior do doente, levando sempre
em consideração a realidade e gravidade da doença

Espiritualidade – é o respeito pela dimensão espiritual


de cada doente

Escuta activa – é o saber ouvir (muito mais do que falar)


aquilo que o doente tem a expressar

Relação horizontalizada – é saber trocar de lugar com o


doente e imaginar o que ele sofre e sente nesse momento
Eutanásia
- Activa
Voluntária
É o acto de, - Passiva
invocando
compaixão, matar
intencionalmente
uma pessoa Involuntária

Embora o termo eutanásia seja usado


indiscriminadamente, há ainda o chamado
suicídio assistido
Suicídio Assistido
Usa-se este termo, quando uma
pessoa ajuda outra a acabar com a
própria vida

Distanásia (intensificação terapêutica ou obstinação


terapêutica)
Consiste em atrasar o mais possível o momento da
morte usando todos os meios, ainda que não haja esperança
alguma de cura. Não há intenção de debelar ou diminuir a
doença, mas assiste-se à satisfação do pedido de familiares
que não querem que o paciente morra ou com vista à
experimentação médica.
“Cuando creé que estaba aprendiendo a vivir, no
estaba sino aprendiendo a morrir.”
Leonardo da Vinci
Bibliografia

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