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Curso de Homeopatia

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Zap 021 98360-0915

Módulo 6 – Sintomas
Sintomas

• Os sintomas expressam as tentativas do organismo em se curar a si próprio.


Em homeopatia há que distinguir os inerentes à própria doença, dos sinais ou
condições que pertencem caracteristicamente ao doente enquanto indivíduo.
Pode acontecer, que um determinado medicamento cubra todos os
sintomas da doença e não seja o escolhido como simillimum, perante a
falta de correspondência com as condições gerais do paciente.
Como já se mencionou, em homeopatia não existem doenças, só
doentes. Não é o reumatismo, a depressão, a ansiedade, a artrite ou a
enxaqueca que são curados, embora se vise a supressão da sintomatologia
associada à patologia de que se padece. Cura-se sim, o paciente que sofre
de artrite, reumatismo ou enxaqueca .
• Sintomas característicos do paciente são mais importantes que os sintomas e sinais da
doença.
• O que caracteriza no essencial um indivíduo são as suas características mentais, aversões e
desejos, comportamento e reação aos elementos naturais.
Hahnemann, percebeu que os sintomas importantes são os característicos, peculiares, raros,
raríssimos, repetitivos e inexplicáveis.
Incluem-se ainda os sintomas mentais – que também podem ser categorizados mediante as
premissas acima referenciadas –, que deverão ser sempre utilizados para a seleção final do
medicamento.

Os sintomas que nos devem guiar na escolha criteriosa do simillimum, são os
individualizantes do doente, que devem ter correspondência na patogenesia do
medicamento.
• Os sintomas característicos, individualizam ou caracterizam o paciente no âmbito
da totalidade sintomática, estando geralmente associados a modalidades de
melhoria ou agravamento.
Os peculiares são sintomas característicos, específicos de alguns medicamentos –
ex.: o medo da morte com agitação entre a uma e as três horas de Arsenicum Album,
de apoplexia (ou Acidente Vascular Cerebral é uma afecção cerebral que surge
inesperadamente, acompanhada da privação do uso dos sentidos e/ou da
suspensão dos movimentos)ao anoitecer de Pulsatilla – ou do próprio doente e do
seu caso clínico – ex.: febre alta sem sede, calafrio com sede de água fria .

Os raros, como o próprio nome indica, só muito raramente se verificam e no
repertório são constituídos por rubricas com um número igual ou inferior a três
medicamentos – medo de passar por esquinas: Argentum Nitricum e Kali-Bromatum.
Os raríssimos, também denominados Keynotes, encontram-se em rubricas com
apenas um medicamento – a sensação como se o corpo fosse frágil, de vidro, de
Thuya.
• Pode dizer-se em síntese, que os sintomas característicos, peculiares, raros e estranhos ou
absurdos, são os que definem o paciente e os que em regra mais atraem a nossa atenção,
podendo conduzir ao esclarecimento por via diferencial.
• Macete:
• um bom sintoma ou sinal o que pode ser encontrado num organismo vivo, mas não num
cadáver: uma úlcera ou fratura é visível num ser desprovido de vida, mas
o medo da morte ou da multidão, não. Os primeiros são de importância secundária, enquanto
que os segundos assinalam a manifestação da vida através da matéria. Por outro lado, um
sintoma explicável é um mau sintoma: uma criança que tem aversão a doces porquanto
produtores de enormes dores dentárias. Um sintoma inexplicável, como desfazer-se em
lágrimas sem saber porquê, é manifestamente um bom sintoma. Na mesma
hierarquia devemos colocar os inconscientes, as múltiplas manifestações do sono.
• Os sintomas mais comuns e indefinidos, tais como tristeza, ansiedade, medo, perda de
apetite, sono agitado, desconforto, cefaleias, não merecem em especial a nossa atenção,
porque são observados em quase todas as doenças e elencam o quadro sintomático de grande
número de medicamentos.
Os sintomas gerais, que respeitam ao corpo na sua integralidade, têm um valor superior aos
locais. Um só sintoma geral, bem marcante, é mais importante que o conjunto de locais ou
particulares.
Quando o doente fala na primeira pessoa do singular, podemos estar
quase certos que se refere a um sintoma geral: eu tenho frio; eu tenho sede.


• Por outro lado, a importância dos sintomas mentais não
pode ser descurada. Os mais importantes são os que
manifestam a vontade e a afetividade do paciente.
Depois, vêm os relativos à inteligência, seguidos pelos
atinentes à memória.
Há sempre que reconhecer quais os sintomas comuns à
doença e os que
são característicos do doente, estes sim de vital
importância.
• Segundo Hahnemann:
1. O paciente fornece uma história detalhada dos seus padecimentos(Deve descrever
exatamente o que sente e de que sintomas está mais ansioso de se
libertar. Se for acompanhado, as pessoas que o rodeiam relatam as suas queixas, o seu
comportamento e o que percebem nele, enquanto o homeopata vê, ouve e observa o que
há no doente de fora do comum (§ 84 do Organon). É necessário que o homeopata não se
deixe induzir em erro pelos relatos das pessoas que possam acompanhar o enfermo (§98
do Organon). )
2. Então a cada sintoma em particular obtendo informações mais precisas, sem que formule
questões de forma sugestiva ou que possam ser respondidas com um simples sim ou não (§ 86
e § 87 do Organon).
3. Se nos padecimentos voluntariamente mencionados, houver lacunas sobre várias partes,
funções do organismo e estado mental, o homeopata deve questionar o paciente no que a tal
respeitar (§ 88 do Organon).
4. Deverá também anotar tudo o que observar no doente (§ 90 do Organon).
5. No caso de doença crônica, há que reconhecê-la na sua forma original, devendo para tanto
o doente ser privado por alguns dias dos medicamentos que toma, procedendo-se à
anotação cuidada das mais pequenas peculiaridades ou sintomas mínimos (§ 91 e § 95 do
Organon).
6. Nas doenças agudas, não obstante o homeopata tenha de inquirir menos, porquanto os
sintomas estão bem presentes na memória do enfermo, deverá ser feito um quadro completo
da doença (§ 99 do Organon).
• Durante o interrogatório devem ser sempre tomadas em
consideração:
As modalidades que provocam, agravam ou melhoram os sintomas, alternâncias ou
concomitâncias sintomáticas, todos os fatores subjetivos e sensações associadas à
doença ou ao próprio paciente como entidade global, a lateralidade, horários de
agravamento e melhora e os fatores etiológicos que geraram a morbicidade do
quadro.
A anamnese compreende um período prévio em que o paciente mencionará a sua
queixa principal e relatará mesmo que parcialmente, a história pregressa da doença.
A todo o momento, o homeopata deve atentar nas características peculiares e únicas
do seu paciente. Desde o momento em que ele entra no consultório até à sua
partida, o homeopata tem obrigação de constatar todo e qualquer sinal pertinente
para a procura do medicamento correto.
• A modalidade homeopática determina em que circunstâncias melhora ou agrava o
sintoma ou a totalidade sintomática do paciente. São as modalizações que tornam o
sintoma característico.

Alguns exemplos:
Alimentares: agravações ou melhoras por efeito de determinados alimentos ou
bebidas.
Atmosféricas e ambientais: andando ao ar livre, desejo ou aversão dos grandes
espaços, lugares fechados, chuva, neblina, humidade, tempestade, sazonalidade, luz
– natural ou artificial –, ruído, música, odores.
Banho e lavagens: frio, quente, mar, aversão a lavagens.
Corpos celestes: Sol, Lua, estações do ano.
Horárias: dia, manhã, tarde, noite, anoitecer, uma qualquer hora específica.
Lateralidade: direita, esquerda.
Locomoção e posição: andar, andar de carro, barco, correr, dançar, deitado,
sentado, em pé, de joelhos, curvado.
Movimento e repouso: no começo do movimento, durante ou após o mesmo,
deitado ou sentado.
Roupas: apertadas ou não, cobrir-se, descobrir-se, nu.
Temperatura: calor, frio, mudança.
fases da anamnese
• 1. Queixa principal ou relato da história individual.
1.1 O paciente deve apresentar uma história o mais detalhada possível da doença.
1.2 Se possível, deverá referir os fatores etiológicos ou biopatográficos(é o
acontecimento que originou o estado patológico. Pode ser hereditário – causa
diatésica –, ter origem física – exposição ao frio húmido ou frio seco – ou
psicológica – desgosto de amor, ciúme, medo ou pânico).
1.3 Procederá à descrição do quadro sintomático.
• 2.1 Dados pessoais
Aqui, incluem-se todos os dados pessoais do paciente tais
como: nome, idade, profissão, agregado familiar, etc.
.
2.2 Fase interrogatória.
2.2.1 Sobre a mente e as ilusões.
2.2.2 Sobre o sono e os sonhos.
2.2.3 Cabeça e pescoço.
2.2.4 Olhos e visão.
2.2.5 Ouvidos e audição.
2.2.6 Nariz.
2.2.7 Face.
2.2.8 Boca, paladar e dentes.
2.2.9 Apetite, bebidas e alimentícios.
• Este deve ser efectuado com base nos sintomas que o paciente não aprofundou
O bom interrogatório,também depende da atenção dada a pormenores, ou fatores
predisponentes do quadro
patológico, que o paciente não mencionou – por embaraço, indolência, falta de
disposição ou esquecimento – e que o homeopata já conhece como essenciais a um
diagnóstico fiável e correto, especialmente em sede de doença crónica (§93 e §94 do
Organon)
• 2.2.10 Garganta, garganta externa.
2.2.11 Laringe e traqueia.
2.2.12 Tórax, peito.
2.2.13 Aparelho respiratório, respiração.
2.2.14 Tosse.
2.2.15 Expectoração.
2.2.16 Costas.
2.2.17 Aparelho cardiovascular.
2.2.18 Abdómen e estômago(Aqui se incluem todos os órgãos nobres abrigados na região
abdominal: baço, fígado,intestinos, vesícula biliar, etc).
.
2.2.19 Reto.
2.2.20 Rins e bexiga.
2.2.21 Excreções (urina e fezes).
2.2.22 Genitais.
2.2.23 Pele.
2.2.24 Aparelho locomotor.
2.2.25 Sistema nervoso.
2.2.26 Transpiração.
2.2.27 Dor.
2.2.28 Generalidades (Aqui se incluem as modalidades de agravamento ou melhora mais
gerais )
2.3 Interrogatório sobre os antecedentes do paciente.

• 2.3.1 Antecedentes familiares. (falecimentos, patologias e estados


mórbidos dos ascendentes e colaterais do paciente. )

2.3.2 Antecedentes pessoais.(antecedentes patológicos e tóxicos, imunizações, alergias


medicamentosas, outros tipos de alergia, tratamentos atuais. Não convém descurar os
fatores psicológicos que de alguma forma possam ser categorizáveis como antecedentes
pessoais. )

2.3.3 Antecedentes ginecológicos (menarca, menopausa, ciclo menstrual –


duração e frequência –, dispareunia, dismenorreia, síndrome pré-menstrual, incômodos
pélvicos, leucorreia – odor, cor, consistência, quantidade –, gravidezes – abortos, vivos
–, partos – cesarianas –, tratamentos hormonais e contraceptivos. )
2.4 Inspeção ou exame.

• 2.4.1 Sinais vitais.(pulso, temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca,


frequência respiratória. )

2.4.2 Aspecto geral.(magreza, desnutrição, excesso de peso, obesidade –, estado


sensório – estupor, confuso, alerta, obnubilado ou outros dados pertinentes –,
postura e atitude – colabora, não colabora, etc. –, hidratação – normal,
desidratação leve, moderada ou grave –, perfusão – palidez, cianose
)
2.4.3 Reavaliação e consolidação, a posteriori, por intermédio do exame, dos dados
obtidos na fase de interrogatório.
Repertório
• Em 1887, Kent fazia publicar o “Repertory of the Materia Medica”
com 540 medicamentos citados, podendo dizer-se, sem exagero, que está
na origem de todos os repertórios atualmente utilizados.
Os capítulos desta obra, formam 37 secções – v.g. 1 - Mente; 2 -
Vertigem; 3 - Cabeça; (...); 32 - Sono; (...); 37 - Generalidades – e alguns
são subdivididos anatomicamente - v.g. Cabeça: Fronte; Lados; Occipital;
Têmporas e Vértice.
Os medicamentos surgem pontuados de 1 a 3, isto de acordo com a
sua eficácia e confirmação na génese patogenica.
As referências cruzadas presentes na obra, destinam-se a prevenir
interpretações erróneas dos sinais patológicos expressos pelo paciente, isto,
ao remeterem para rubricas sinonimas as expressões ou palavras que este
emprega .
• Após longos anos de intenso trabalho, Ariovaldo Ribeiro Filho,
publicou em 1996 o “Novo Repertório de Sintomas Homeopáticos”,
estruturado nos princípios do de Kent.
Esta obra, com 1201 páginas e 1611 medicamentos citados, é
composta por 42 capítulos:
1. Mental.
2. Ilusões.
3. Vertigem.
4. Cabeça.
5. Olhos.
6. Visão.
7. Ouvido.
8. Audição.
9. Nariz e Olfato.
10.Face.
11.Boca.
12.Paladar.
13.Dentes.
14.Garganta.
15.Garganta externa.
16.Estomago.
17.Bebidas e Alimentícios.
18.Abdomem.
19.Reto.
20.Fezes.
21.Bexiga.
22.Rins.
23.Próstata.
• 24.Uretra.
• 25.Urina.
26.Genitais Masculinos.
• 27.Genitais Femininos.
28.Laringe e Traqueia.
29.Respiração.
30.Tosse.
• 31.Expectoração.
32.Peito.
33.Costas.
34.Extremidades.
35.Unhas.
36.Sono.
37.Sonhos.
38.Calafrio.
39.Febre.
40.Transpiração.
41.Pele.
42.Generalidades.
• Os capítulos estão divididos em rubricas – letra maiúscula em negrito – e estas:
• na primeira sub-rubrica ( ),
• segunda sub-rubrica ( ),
terceira sub-rubrica ( ),
• quarta sub-rubrica ( ),
• quinta sub-rubrica ( ),
• sexta sub-rubrica (sem sinal).
Os períodos do dia têm a seguinte
significação horária:


Manhã – 5 às 9h.
Antes do Meio-Dia – 9 às 12h.
Tarde – 13 às 18h.
Anoitecer – 18 às 21h.
Noite - 21 às 5h.
Os medicamentos citados foram
divididos em três graus diferentes:

Grau I – em negrito com valor de três pontos. Sintoma
registado pela maioria ou por todos os experimentadores,
confirmado em diferentes grupos de experimentação e cuja
eficácia foi comprovada na cura de casos clínicos.
Grau II – em itálico com valor de dois pontos. Sintoma
registado por uma parte dos experimentadores e comprovado
na clínica.
Grau III – em estilo romano com valor de um ponto. Sintoma
apresentado por um ou muito poucos experimentadores.
• A repertorização é o modo pelo qual o homeopata, transformando a
linguagem do paciente no que aos sintomas do caso respeita, em linguagem
repertorial, obtém um maior ou menor número de medicamentos ordenados
por cobertura ou pontuação.
A repertorização é meramente sugestiva. Ela indica-nos um conjunto
de substâncias que se podem assumir potencialmente como semelhantes do
caso. Mas a decisão caberá sempre em última instância, à comparação por
diferencial, da totalidade sintomática com as patogenesias descritas nas
Matérias Médicas.
É fundamental entender-se que a prescrição só será correta e coroada de sucesso se
o homeopata estiver habilitado a destrinçar os sentidos de rubricas similares ou
quase similares.
os métodos de repertorização
mais utilizados:

Repertorização Mecânica ou por
Extenso;
Repertorização com Sintoma Diretor;
Repertorização fundamentada na
Síndrome Mínima de Valor
Máximo.
Repertorização Mecânica ou por Extenso

• Neste método, identificam-se todos os sintomas do paciente – tabulação completa da totalidade


sintomática como preconizava Boeninghausen –, sem que se recorra a qualquer valoração ou
hierarquização.
Repertorizam-se os sintomas e no final procedem para o diferencial na Matéria Médica os dez ou doze
primeiros medicamentos que resultaram da atividade repertorial – estes podem ter sido obtidos por
cobertura e/ou pontuação(Os medicamentos resultantes da repertorização podem ser traduzidos
quer por “cobertura” quer por “pontuação”. Cobertura significa que determinado medicamento
engloba um número específico de sintomas que o homeopata repertorizou – o número de sintomas
cobertos pelo medicamento determinam a sua importância –. Pontuação refere os pontos
acumulados pelo medicamento, atendendo ao “Grau de pontuação” que este possui face a
determinado sintoma repertorizado – Boca, Calor – Belladona (Grau I) / Aconitum (Grau II)
/Mercurius Solubilis (Grau III) –. Quantos mais pontos forem atribuíveis ao medicamento, mais
importante ele será).
.
De qualquer modo, para efeitos de diagnóstico diferencial, não devem ser descurados os sintomas
característicos, peculiares, raros e raríssimos
• Este, é considerado por muitos o método de repertorização mais falível, por beneficiar os
medicamentos policrestos.
Repertorização com “Sintoma Diretor”

• Sintoma Diretor aquele que é o principal de um caso e que limita a pesquisa repertorial dos
restantes sintomas aos medicamentos que o englobam nas suas patogenesias.
Este método compreende duas fases:
A primeira, implica que se escolha um sintoma bastante característico e marcante ou
chamativo do caso clínico. A rubrica referente ao sintoma não deve ultrapassar os oitenta
nem possuir poucos medicamentos.
A repertorização cingir-se-á aos medicamentos apresentados pelo Sintoma Diretor. Destes
medicamentos escolhem-se os de maior pontuação.
Numa segunda fase, procede-se à repertorização de outros sintomas marcantes que
dependerão diretamente dos resultados obtidos da análise do S.D. A escolha destes sintomas
não depende de qualquer pressuposto hierárquico. Neste momento da atividade repertorial,
o critério de seleção do medicamento deixará de ser exclusivamente a pontuação passando a
ser também a cobertura, já que se incluíram vários novos sintomas.
Na fase final da repertorização, serão levados ao diferencial da Matéria Médica os dez ou
doze medicamentos que tenham tido maior pontuação
Repertorização Fundamentada na Síndrome
Mínima de Valor Máximo
• É denominado como método artístico.
Escolhem-se de 3 a 5 sintomas, devidamente hierarquizados,caracterizadores da
individualidade do paciente, em rubricas com um número médio de medicamentos –
50 a 80.
Neste tipo de repertorização não se atende à pontuação mas sim à
cobertura efetuada pelos medicamentos. O medicamento selecionado, é
aquele que por cobertura, engloba a totalidade ou a maior quantidade dos
sintomas selecionados.
A parte consideravelmente mais difícil deste método, é a fixação da
S.M.V.M. – seleção dos sintomas mais individualizantes e representativos do caso.
Experimentação

• As Matérias Médicas têm por principal fonte a experimentação.


Os efeitos mais característicos dos medicamentos, para serem
corretamente obtidos, foram desde Hahnemann administrados
experimentalmente em indivíduos sãos e em doses moderadas, para além
das experimentações próprias dos homeopatas que com liberdade de
espírito e apurada sensibilidade as efetuaram no seu corpo.
Pode assim dizer-se que as Matérias Médicas nascem dos testes de
medicamentos realizados em organismos sadios.
• Em pessoas doentes ou fragilizadas, as alterações de saúde inerentes a cada
medicamento, misturar-se-iam com os sintomas da doença, originando confusão,
falseando os resultados e os verdadeiros efeitos patogénicos .
• Hahnemann ressaltava que a investigação da totalidade – ou quase –
dos poderes medicinais das substâncias, passava pela ingestão em jejum de
4 a 6 glóbulos da trigésima potência pelo experimentador, humedecidos
com um pouco de água, mantendo-se este regime durante vários dias.
A utlilização da 30ª CH na experimentação é uma escolha criteriosa,
já que os sintomas se estruturam numa realidade energética, não molecular.
Para obter a patogenesia do medicamento pode utilizar-se a dose glóbulos – 1 gr. de
glóbulos constituídos por uma parte de lactose e duas de sacarose, impregnados pela
substância a experimentar – ou partir de 2 a 5 grânulos – ou gotas –, aumentando um
grânulo – ou gota – por dia até ao aparecimento dos sintomas, mantendo o
experimentador em observação por um ou dois meses.
• Este, submetido a uma rigorosa dieta e a uma inatividade psíquica
propícia à auto-observação, deve anotar todos os sintomas na ordem do
seu aparecimento , descrevendo-os na sua linguagem e sem recorrer a
justificações, comparações ou interpretações.
Preferencialmente e quando possível, deve modalizar os sintomas,
sendo advertido que a dose subsequente pode curar sintomas causados pela
dose anterior ou desenvolver um efeito oposto ao desta – daí a importância
da anotação sequencial –.
Na experimentação, verificamos que alguns sintomas são obtidos na
totalidade ou em quase todos os indivíduos, outros apenas numa parte e por
fim, aqueles que surgem num ou em raros experimentadores. Estes últimos experimentadores
são os idiossincrásicos ou aqueles que apresentam sintomas obtidos em raros organismos
sadios (§ 117 do Organon: Isto significa que a pessoa apresenta uma constituição física
especial, que conquanto sadia, possui uma disposição de ser levada a uma condição
patológica maior ou menor por certas coisas que parecem não produzir qualquer
impressão ou alteração na maioria dos indivíduos. Essa influência parece atuar apenas
em pequeno número de constituições sadias; tais agentes, no entanto, deixam a sua
impressão em todo o organismo sadio. Isto pode ser demonstrado quando eles são
utilizados como remédios homeopáticos, visto serem eficientes em todos os doentes com
sintomas semelhantes aos que eles parecem produzir apenas nos chamados indivíduos
idiossincrásicos. )
Matéria Médica

• A Matéria Médica é um registo de sintomas, contendo o resultado


das experimentações em organismos sãos, dos envenenamentos voluntários
ou involuntários e da prática clínica, sendo complementar do Repertório na
medida em que é auxiliada por este na escolha final do medicamento.
Nela vamos encontrar as alterações de saúde e os sintomas produzidos por uma
dada substância, sendo essencial o seu conhecimento para a prática da homeopatia.
A repertorização sugere-nos alguns medicamentos que vão ser sujeitos a uma análise
diferencial – nas Matérias Médicas –, com o intuito da descoberta do simillimum.
• As Matérias Médicas não devem ser inferiores
a três de modo a que o conteúdo de uma complemente as lacunas de outra.
• Grosso modo, as Matérias Médicas dividem-se em três tipos:
Puras.
Semi-Puras.
Clínicas.
Nas primeiras, os sintomas de cada medicamento são relatados
na
linguagem própria do experimentador.
Nas Semi-Puras, para além destes, estão descritos elementos
relativos à observação clínica do autor.
Por último, nas Clínicas, domina a observação clínica do autor,
sendo utilizadas expressões próprias deste e não do
experimentador .

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