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Sistema sexo/gênero

• “um conjunto de arranjos através dos quais uma sociedade transforma a sexualidade
biológica em produtos da atividade humana, e nas quais estas necessidades sociais
transformadas são satisfeitas” (RUBIN, 1993, p. 01).
• “À teoria da reciprocidade primitiva Lévi-Strauss acrescenta a ideia de que os casamentos
são a mais fundamental forma de troca de presentes, na qual as mulheres são os mais
preciosos dentre eles” (RUBIN, 1993, p. 9)
• É a partir daí que Rubin vai dizer que “o tabu do incesto divide o universo da escolha sexual
em categorias de parceiros sexuais permitidos e proibidos. Especificamente, através da proibição de
uniões dentro de um grupo, ele obriga à troca marital entre grupos” (Ibid.). É importante ter
todas essas informações em mente porque, no limite, Lévi-Strauss está nos dizendo
(e Rubin está possessa com isso) que a troca de mulheres é fundamental para que
exista cultura; é preciso que mulheres (objetos de troca) sejam dadas de presente a
homens de outros grupos parentais (sujeitos de troca) para que o sistema de dádiva
opere e haja, enfim, uma organização social. E Rubin nos diz: “O parentesco é
organização, e organização confere poder. Mas quem é organizado?” (Ibid). Seguindo o
pensamento dela, são somente os homens que se beneficiam com esse sistema de
trocas, pois ele sempre exige que a pessoa tenha algo pra doar. Se as mulheres são os
objetos de troca, ou seja, estão sempre à disposição dos homens para doação, elas
não podem dispor de si mesmas para se dar.
• “a troca de mulheres é uma abreviação para expressar que as relações sociais de um
sistema de parentesco especificam que os homens têm certos direitos sobre suas parentes e
que as mulheres não têm os mesmos direitos sobre si mesmas ou sobre seus parentes do sexo
masculino” (RUBIN, 1993, p. 10).
• “A supressão do componente homossexual da sexualidade humana e, como corolário, a
opressão dos homossexuais é, portanto, um produto do mesmo sistema cujas regras e
relações oprimem as mulheres” (Ibid).
• É na sua explicação da aquisição da ‘feminilidade’ que Freud emprega os conceitos de
inveja do pênis e de castração que enfureceram as feministas desde que ele os introduziu. A
menina afasta-se da mãe e reprime os elementos ‘masculinos’ da sua libido como resultado
do seu reconhecimento de que ela é castrada. Ela compara seu pequeno clitóris ao pênis
maior, e diante da evidente capacidade superior deste para satisfazer a mãe, se enreda na
inveja do pênis, e num sentimento de inferioridade ela desiste da sua luta pela mãe e
assume uma posição feminina passiva frente ao pai” (p. 15).
• Para Lacan, a ausência ou a presença do phallus exarceba as diferenças entre
os dois status sexuais, que são o “homem” e a “mulher”. Em tempo, é preciso
definir o conceito de phallus segundo este autor. Para ele, o phallus é o conjunto de
significados que são conferidos ao pênis. “A diferenciação entre phallus e pênis, na
terminologia psicanalítica francesa contemporânea, enfatiza a ideia de que o pênis não poderia e
tampouco desempenha o papel que lhe é atribuído na terminologia clássica do complexo de
castração” (RUBIN, 1993, p. 16). A “alternativa” (mil aspas) apresentada para a
criança, portanto, é a alternativa entre ter ou não ter o phallus. E essa presença ou não
traz um significado de poder, de dominação dos homens sobre as mulheres, e a
“inveja do pênis” por parte das mulheres é o reconhecimento disso.
• Entretanto, Rubin vai além. Ela diz que enquanto os homens tiverem direito sobre as
mulheres que elas não têm sobre si mesmas, o phallus será o divisor de águas entre o
sujeito da troca e o objeto da troca. Por isso, o phallus seria mais do que uma
simples diferenciação entre os sexos, mas sim a personificação do status de
“macho”, ao qual os homens têm o direito, entre outras coisas, a uma
mulher. Seguindo a linha de pensamento de Rubin, é preciso mencionar que Freud
diz que existem três caminhos para a mulher sair do complexo edipiano: ou ela
enlouquece, reprime sua sexualidade e torna-se assexuada; ou pode protestar,
apegando-se ao seu desejo, e tornar-se homossexual; ou ela pode aceitar o contrato
sexual e atingir a “normalidade”.
Crítica de Rubin a Freud e Levi Strauss
• . Ela diz que “A precisão com a qual Freud e Lévi-Strauss se combinam é tocante. Os
sistemas de parentesco requerem uma divisão dos sexos. A fase edipiada divide os sexos.
Os sistemas de parentesco incluem conjuntos de regras governando a sexualidade. A crise
edipiana é a assimilação dessas regras e tabus. A heterossexualidade obrigatória é o
produto do parentesco. A fase edipiana constitui o desejo heterossexual. O parentesco
baseia-se numa diferença radical entre os direitos dos homens e das mulheres. O complexo
edipiano confere direitos masculinos ao menino, e obriga a menina a contentar-se com seus
direitos diminuídos” (RUBIN, 1993, p. 20).
Critica de Rubin a Freud e Strauss
• Primeiro - nenhum dos dois questionam o “sexismo endêmico” presente na
obra de ambos, e por isso as questões colocadas por ela em seu ensaio são
extremamente óbvias e necessárias.
• O segundo é que “seus trabalhos nos permitem isolar sexo e gênero de ‘modos de
produção’, e contrapor-nos a uma certa tendência a explicar a opressão de sexo como
refletindo forças econômicas” (RUBIN, 1993, p. 22). Para ela, é preciso uma
mudança no contexto social) que seja mais profunda do que as feministas
socialistas estavam propondo.
• “uma revolução profunda libertaria mais do que as mulheres. Ela libertaria formas de
expressão sexual, e libertaria a personalidade humana da camisa de força do
gênero” (RUBIN, 1993, p. 21).

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