Direito do Trabalho II

Aula 7
Profa. Élia Farias
 OBJETIVOS DA AULA

 Permitir ao discente:

 Compreender o Direito Comunitário e o Mercosul;

 Estudar o Direito do Trabalho nos Blocos
Econômicos.

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EMENTA:

 2.3 – Mercosul

 2.4 – Direito do Trabalho nos Blocos Econômicos e

declarações internacionais.

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DIREITO COMUNITÁRIO

A Constituição Federal de 1988 no seu art. 4º, trata

das Relações Internacionais. O Parágrafo único
disciplina que:

“A República Federativa do Brasil buscará a

integração econômica, política, social e cultural
dos povos da América Latina, visando à formação de
uma comunidade latino-americana das nações”.

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Com isso surge a ideia de se estabelecer uma

comunidade econômica, a fim de que haja mais
integração em países da América Latina.

Em 1991, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai,

tornaram-se signatários do Tratado de Assunção, que
criava o Mercado Comum do Sul – MERCOSUL.

Essa aliança comercial entre os 4 países integrantes

do MERCOSUL, tinha por objetivo:

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a) dinamizar a economia da região por meio da

circulação de mercadorias, pessoas, capitais e força de
trabalho.

b) Atuar conjuntamente para resolver os problemas

dos 4 Estados-membros, bem como mostrar
desempenho mais forte no comércio internacional.

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Órgãos do MERCOSUL:

I – Conselho mercado Comum

II – Grupo Mercado Comum

III – Comissão Parlamentar Conjunta

IV – Secretaria.

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O Conselho Mercado Comum - CMC, é órgão

competente para atribuir a um pais, o status de
associado do Mercosul.

Para adquirir esse status, é necessário a aprovação

e assinatura prévia de Acordos de Complementação
Econômica (Decisão do CMC n. 18/004).

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Avanços do MERCOSUL

1 - Zona de Livre Comércio.

Nesta modalidade de comércio, não havia tributação

nas transações de importação e exportação entre os
países membros.

2 - Transformação da Zona de Livre Comércio

em União Aduaneira, em 1995.

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União aduaneira é uma zona de livre comércio que

adotou uma Tarifa Externa Comum – TEC. Tarifa que
objetiva taxar os produtos oriundos de países que não
fazem parte dos blocos.

Com isso, o preço dos produtos entre os países-

membros são reduzidos. Em contrapartida, são
elevados os preço dos produtos dos países que não
fazem parte do bloco.

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Com a criação da união aduaneira, os 4 países

(Brasil Argentina, Paraguai e Uruguai) passaram a
cobrar tarifa externa comum nas transações com
países de fora do grupo.

- Em 1996, o Chile e a Bolívia passaram a fazer

parte desse grupo. Em 2003, foi a vez do Peru. E em
2004 foi a vez da Colômbia e Equador fazerem parte
da associação desses países.

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Nesses acordos, se estabelece um cronograma para

a criação de uma Zona de Livre comércio com os
Estados-partes do Mercosul.

A Zona de livre comércio é um acordo comercial e

consiste na diminuição ou eliminação das tarifas
alfandegárias dos produtos comercializados entre os
países-membros.

Exemplo: Dentre outros, o NAFTA–Tratado de Livre

Comércio das Américas; CAN – Comunidade Andina.

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Em 2012, alguns países manifestaram interesse em

associar-se ao MERCOSUL, porém, somente a
Venezuela conseguiu incorporar-se ao bloco e isso
ocorreu em 12 de agosto de 2012.

Entretanto, houve resistência e críticas com a

entrada da Venezuela no Mercosul.

Críticos e pensadores acusavam os governos de

Hugo Chaves e Nicolás Maduro de antidemocrético.

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A Venezuela foi suspensa do Mercosul em dezembro

de 2016, por tempo indeterminado.

Vale ressaltar que a Venezuela encontra-se entre os

maiores produtores e exportadores de Petróleo no
mundo.

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Presidência Pro-Tempore do MERCOSUL

A Presidência do Mercosul ocorre de forma rotativa.

De 2 em 2 anos, o Brasil, por meio do Ministério da
Justiça, organiza e presidi encontros técnicos e a
reunião com os ministros.

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Direito da Integração
A integração (conforme parágrafo único do art. 4º
da CF/88), caracteriza-se pela aproximação e união
entre Estados que compartilham algumas afinidades,
como os aspectos geográficos, econômicos, históricos
e cultural e que decidem oferecer uns aos outros
determinados benefícios e vantagens no cenário
internacional.
Exemplo: União Europeia e Mercosul.

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2.4 – Direito do Trabalho nos Blocos

Econômicos e declarações internacionais.

Por: Thiago Deiglis De Lima Rufino

A falta de normas específicas de regulamentação no
âmbito dos blocos econômicos (blocos econômicos é
a formação dos acordos regionais), como o MERCOSUL
e UNIÃO EUROPEIA gera certa instabilidade econômica
e social.

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A falta de legislação específica traz efeitos sociais

negativos no MERCOSUL. E isto é agravado pela
disparidade de desenvolvimento econômico e social
entre os países que fazem parte do Mercado Comum
do Sul.
Ou seja, a falta de regulamentação trabalhista
nesses blocos ou nesses acordos regionais gera
desconforto aos trabalhadores, vez que enfraquecem
seus direitos.

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Vale salientar que a flexibilização trabalhista é um

instrumento que pode comprometer os direitos e
garantias conquistadas ao longo do século XX e, de
certa forma, causar retrocesso no cenário sócio-laboral
da Revolução Industrial do Século XVIII.

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 BIBLIOGRAFIA
BÁSICA:
1. CALVO, Adriana. Manual de Direito do Trabalho. 2ª ed.
São Paulo: Saraiva, 2014;
2. MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho . 5ª
ed. São Paulo: Saraiva, 2014. 1ª ed. São Paulo: Saraiva,
2014 (digital).
3. GUIMARÃES, Guilherme Feliciano. Curso Crítico de
Direito do Trabalho. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013
(digital).

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 BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR:
1. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 28ª ed. São
Paulo: Atlas, 2006;
2. SUSSEKIND, Arnaldo. Direito Constitucional do Trabalho.
2ª ed. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Renovar, 2001;
3. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do
Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2014;

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