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1.

PLANEJAMENTO URBANO
PLANEJAMENTO URBANO

O Urbanismo

Planejamento Urbano - Princípios

Planejamento Urbano - O Produto

Planejamento Urbano - O Processo, Análise e


Diagnóstico

Modelos de Desenvolvimento Urbano


1. O URBANISMO

Urbanismo corresponde ao planejamento urbano, ou o


planejamento dos componentes físico-territoriais da cidade, como
o parcelamento do solo, as vias de circulação, as edificações, os
jardins públicos,...

O urbanista é o profissional, arquiteto ou engenheiro, que exerce


atividades relacionadas ao urbanismo.

Urbanizar é fazer um território adquirir qualidade urbana, como


lotear, abrir vias de circulação, aterrar, desaterrar, ajardinar.
Aglomerado urbano é o conjunto de componentes com
características próprias: pessoas, terrenos, edificações,
instalações, vias de circulação e atividades.

Cidade é aglomerado urbano que dispõe de governo próprio


podendo, dessa forma, decidir os assuntos de interesse local.

As cidades classificam-se pelo potencial econômico, pela


localização geográfica, pelo aspecto paisagístico, pela
dimensão, pela quantidade e qualidade de seus problemas.
Componentes do aglomerado urbano, conforme sua natureza;
a) Componentes físico-territoriais ( habitat urbano):
- O território ou solo urbano, com suas características geo-
morfológicas, a cobertura vegetal, a rede hidrográfica;
- a superestrutura urbana (edificações, instalações de superfície);
- a infra-estrutura (redes de serviços públicos, vias de circulação);
- atmosfera, clima, temperatura, ventos, chuvas, umidade, pressão.
b) Componentes sócio-econômicos:
- as pessoas que vivem no aglomerado urbano;
- as atividades sociais, formas de convívio e de relacionamento ;
- as atividades econômicas: produção, prestação de serviços e
comercialização.
c) Componentes político-administrativos:
- a forma de governo, a legislação;
- a administração responsável pela aplicação das leis e pela
gerência dos assuntos públicos no Município.
2. PLANEJAMENTO URBANO -PRINCÍPIOS

1.º Princípio Fundamental


Objetivo de todas as intervenções do planejamento
urbano : melhorar a qualidade de vida da população
no aglomerado urbano.

2.º Princípio do Equilíbrio


Os componentes do aglomerado urbano: meio
ambiente, meio sócio-econômico e meio político-
administrativo, são interdependentes e interativos,
em uma relação de equilíbrio.
3.º Princípio de Eficácia
O planejamento urbano deve ser um processo
dinâmico e permanente, conduzido e implantado
com competência e seriedade.

4.º Princípio da Prioridade


O planejamento urbano requer sempre uma avaliação
de custo-benefício, sendo prioritárias as intervenções
que produzem o máximo benefício à população, ao
menor custo relativo.

Os Princípios do Planejamento Urbano constituem o


padrão de referência do urbanista na definição de
critérios e na orientação de propostas.
3. PLANEJAMENTO URBANO - PRODUTOS

a) Plano: é a definição das diretrizes, da política do


desenvolvimento urbano, dentro de padrões pré-estabelecidos.

Pode abranger todos os componentes do aglomerado urbano -


o Plano Diretor.

Pode ter caráter setorial, detalhando um setor funcional


específico (Plano de Saúde, Plano Habitacional, Plano Viário),
ou um setor territorial limitado (Plano da Área Central, Plano da
Região Leste do Município).

O Plano não tem finalidade executiva, serve apenas para


balizar os produtos subseqüentes ao processo de planejamento:
um Relatório acompanhado de mapas, um Ante-Projeto de Lei.
b) Programa: é o dimensionamento das parcelas do
Plano no tempo, com caráter setorial.

Cada Programa é acompanhado por uma lista de Projetos, com a


discriminação dos recursos financeiros a eles destinados, da
ordem de prioridades e dos prazos de implantação.

O Programa é apresentado na forma de Relatório, podendo ser


acompanhado de Ante-Projetos de Lei, ou
de Decretos (Programa Viário, Programa Social).

O Programa Orçamentário do Município ou o Orçamento-


Programa, se constitui em Programas Setoriais, enfeixados em
um documento ou relatório.
c) Projeto: é o dimensionamento no espaço das
parcelas do Programa, tendo caráter setorial e
finalidade executiva.

O Projeto designa uma intervenção individualizada:


projeto do Viaduto A, projeto do Hospital B, projeto da
Escola C.

O aglomerado urbano é um organismo vivo, sempre


em evolução.

Os resultados obtidos no Planejamento Urbano devem ser


avaliados. O Plano aferido e revisto, novos Programas
elaborados, novos Projetos preparados.
4. PLANEJAMENTO URBANO - O PROCESSO

1. O planejamento urbano deve ser integral e


integrado.

2. O planejamento urbano deve ter completa elaboração


técnica, dos planos até a execução dos projetos.

3. A metodologia utilizada em cada etapa do processo, deve ser


simples, homogênea e coerente.

4. Os resultados do planejamento urbano devem ser avaliados


com freqüência, para permitir revisões e correções.
Etapas metodológicas do processo

1a. Etapa - Levantamento da situação

2a. Etapa - Estudo de modelos alternativos

3a. Etapa - Proposição do Plano Geral

4a. Etapa - Preparação dos Planos Setoriais

5a. Etapa - Preparação dos Programas Setoriais

6a. Etapa – Elaboração dos Projetos


Etapas metodológicas do processo
1a. Etapa - Levantamento da situação
Coleta de informações
Análise das informações coletadas
Diagnóstico da situação.
Produtos a obter:
- Lista qualificada e quantificada dos problemas
urbanos, tendências do desenvolvimento urbano.

2a. Etapa - Estudo de modelos alternativos


Formulação de hipóteses de evolução urbana
Proposição de modelos de desenvolvimento urbano
Comparação dos modelos propostos, com a escolha do
modelo mais favorável.
Produto a obter:
- Um modelo desejável de desenvolvimento urbano.
3a. Etapa - Proposição do Plano Geral
Proposição de um Plano Diretor abrangendo todos os
componentes do aglomerado urbano.
Implementação do Plano Diretor

Produtos a obter:
- Proposta de Plano Diretor, contendo critérios, padrões
e diretrizes gerais do desenvolvimento urbano, ante-
projetos de lei e decretos.
- Discussão com a Comunidade das propostas contidas
no Plano Diretor.
4a. Etapa - Preparação dos Planos Setoriais
Plano de Uso do Solo, Plano Viário, Plano de
Desenvolvimento Social, Plano de Desenvolvimento
Econômico, Plano de Reestruturação Administrativa.
Implementação dos Planos Setoriais.

Produtos a obter:
- Propostas de Planos Setoriais, contendo critérios,
padrões e diretrizes setoriais do desenvolvimento
urbano; anteprojetos de lei e de decretos.
- Debates com setores da Comunidade mais
diretamente envolvidos em cada Plano Setorial.
5a. Etapa - Preparação dos Programas Setoriais
Programas Setoriais a curto, médio e longo prazos;
compreendendo eventuais Programas de Ação e
Orçamentos-Programa.
Implementação dos Programas Setoriais.

Produtos a obter:
- Propostas de Programas Setoriais, contendo
listas de Projetos, com estimativas de recursos e
prazos necessários à implantação de cada Projeto, e
ao preparo de anteprojetos de leis e de decretos.
6a. Etapa – Elaboração dos Projetos
destinados à execução.
Implementação dos Projetos

Produtos a obter:
Projetos executivos detalhados com determinação
dos recursos humanos, administrativos e financeiros
necessários à implantação de cada Projeto e ao
preparo de normas, regulamentos, portarias e
decreto.
- Avaliação dos resultados obtidos com a
implantação dos Programas e Projetos, resultando na
obtenção de informações sob a nova situação.
- Reinicio do processo.
Planejamento Reiterativo

O processo de planejamento urbano não tem a rigidez de um


esquema de etapas sucessivas, sendo possível antecipar
produtos, como alguns projetos executivos.

O método utilizado é o planejamento reiterativo e de


primeira aproximação, chegando-se rapidamente à
identificação de tendências do desenvolvimento e de
alguns problemas urbanos inequívocos.

Com os resultados em primeira aproximação na etapa


inicial, providencia-se estudo expedito de modelos
urbanos de desenvolvimento, um dos quais será
provisoriamente adotado.
Procede-se da mesma forma com as etapas seguintes do
processo, sempre visando extrair, de cada etapa, conclusões
que justifiquem a seleção imediata dos projetos prioritários.

Estudos mais aprofundados de cada etapa sucederão aos


procedimentos expeditos, detalhando os resultados obtidos
em primeira aproximação, através de método de
planejamento reiterativo.
LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO - 1a. Etapa
- o levantamento da situação não deve exceder a 20%
do prazo e dos recursos financeiros disponíveis.

Coleta de informações

Dados obtidos mediante pesquisa junto às fontes primárias


(censo demográfico): população e meio ambiente.

Dados obtidos de fontes secundárias: bibliografia, documentos,


relatórios, pesquisas anteriores, consulta à internet.

Como a pesquisa urbana constitui atividade altamente


especializada, recomenda-se que seja executada por pessoal
técnico qualificado.
Lista de informações essenciais:
a) Pesquisa físico-territorial

- Mapa do Município, contendo limites, relevo, rede hidrográfica,


cobertura vegetal e rede viária, escala 1:20.000.

- Mapa de área urbana, contendo rede viária e elementos


cadastrais disponíveis, escala 1:5.000 ou 1:10.000.

- Nos mapas assinalar: cadastro das edificações ou as


manchas edificadas (com áreas verdes, usos predominantes
do solo, intensidade de ocupação do solo, tipos de
parcelamento do solo, pavimentação das vias de circulação,
redes de infra-estrutura).
- Informações sobre o sistema viário: dimensionamento,
estado de conservação do pavimento e passeios.

- Informações relativas a sistemas de transporte.

- Informações relativas ao trânsito de veículos e pedestres:


intensidade, pontos de congestionamento, estacionamento de
veículos dentro e fora da via pública; estatísticas de acidentes,
com localizações.

- Informações referentes à infra-estrutura;


escoamento de águas pluviais; áreas inundáveis.

- Informações sobre clima: ventos dominantes, temperatura,


regime pluviométrico.

- Informações sobre a poluição ambiental: níveis, fontes


geradoras.
b) Pesquisa sócio-econômica
- Demografia: evolução demográfica; faixas etárias; natalidade e
óbitos; longevidade; mortalidade infantil.
- Densidade demográfica, assinalando em mapa a distribuição
da população sobre a área urbana.

- Níveis de escolaridade, saúde e cultura da população; principais


doenças endêmicas e epidêmicas.

- Equipamentos sociais existentes de educação, saúde, cultura


e lazer, com a correspondente localização.

- Organização social: hábitos de convivência social,


associações, atividades comunitárias.
- Atividades econômicas: localização das indústrias,
principais núcleos comerciais e
de prestação de serviços.

- Mercado de trabalho; níveis de emprego, faixas de renda da


população.

- Níveis habitacionais: assinalando as manchas homogêneas de


habitações de diferentes níveis.

- Níveis de segurança da população: criminalidade, ocorrências


policiais.
c) Pesquisa político-administrativa

- Organização administrativa municipal: estrutura e


funcionamento; pessoal técnico e administrativo.

- Orçamento municipal: programação orçamentária; receitas e


despesas; mapa de valores do solo urbano; cadastro de
contribuintes.

- Legislação municipal pertinente ao desenvolvimento urbano:


uso do solo, controle das edificações, tributações.

- Estudos, análises, planos, programas e projetos existentes,


obras públicas em andamento.
- A prestação de serviços públicos: água, esgotos, energia
elétrica, lixo, transporte coletivo, controle do trânsito,
comunicações, abastecimento de gêneros alimentícios,
segurança;
- A localização de equipamentos de serviço público: trajetos das
linhas e terminais de transporte coletivo, aterros sanitários,
cemitérios,...

Análise e Diagnòstico

Estudos sobre os dados colhidos nas pesquisas de análise


simples, cruzamentos de informações e sínteses.

Diagnóstico da situação, identificação das tendências do


desenvolvimento urbano e problemas setoriais:
a) Diagnóstico físico-territorial
- Tendências da evolução da mancha urbana: qualidade
ambiental; deterioração de áreas urbanas.

- Anomalias na organização do espaço urbano e suas


conseqüências;
efeitos da poluição sobre o meio ambiente e a população;
efeitos da ocupação urbana sobre o meio ambiente;
inundações, erosão e deslizamentos, impermeabilização do solo;
deficiências do sistema de áreas verdes;
deficiências do sistema de circulação;
deficiências do saneamento básico.

- Identificação dos padrões existentes, comparando com os


padrões mínimos desejáveis.
b) Diagnóstico sócio-econômico

- Tendências da evolução demográfica, com projeções a curto,


médio e longo prazos;
evolução das atividades econômicas e do mercado de trabalho.

- Anomalias e deficiências setoriais em:


educação, saúde, cultura, lazer e habitação;
segregação no uso do solo;
mercado de trabalho e níveis de renda.

- Capacidade potencial de participação da Comunidade.

Comparar os padrões existentes com os padrões mínimos


desejáveis.
c) Diagnóstico político-administrativo

- Tendências de evolução da arrecadação tributária; com


projeções a curto, médio e longo prazos.

- Identificar as anomalias e deficiências da organização


administrativa municipal, da programação orçamentária e da
legislação vigente;

- Anomalias e deficiências dos serviços públicos de água,


esgotos, energia elétrica, limpeza urbana, cemitérios, transporte
coletivo, controle do trânsito, comunicações, abastecimento de
gêneros alimentícios, segurança.
Os fatores condicionantes

Na análise dos problemas urbanos, há fatores limitadores


das alternativas possíveis que devem ser priorizados para a
obtenção da solução.

Os fatores condicionantes fixos não podem ser alterados


(as dimensões, forma geométrica e orientação do terreno).

Os fatores condicionantes variáveis admitem alguma


elasticidade operacional (a declividade do terreno; a legislação,
os recursos financeiros, os materiais disponíveis).

Ao planejador urbano é atribuído o trabalho de análise para


identificar corretamente os fatores condicionantes do
problema em estudo.
5. MODELOS DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Modelo de desenvolvimento urbano é o conjunto de


características e padrões que se pretende aplicar ao
aglomerado urbano, visando dirigir seu processo de
desenvolvimento.

Antes da preparação de modelos de desenvolvimento urbano


selecionar e assumir hipóteses
quanto à evolução demográfica,
à evolução das atividades econômicas,
à evolução da receita municipal,
a possibilidade de captação de recursos não tributários.
Características e padrões do modelo:
a) Na organização físico-territorial
- parcelamento, uso, ocupação e aproveitamento do solo;
- setorização territorial, para fins operacionais e de planejamento;
- sistema de áreas verdes, sistema viário;
- superestrutura e infra-estrutura urbana;
- controle da qualidade ambiental.

b) Na organização sócio-econômica
- equipamentos sociais e de habitação;
- níveis de participação da comunidade no processo
do desenvolvimento urbano;
- dimensionamento e localização das atividades
econômicas.
Na organização sócio-econômica

- Segregação territorial e social das faixas de renda da


população nos bairros.

- Mescla territorial e social generalizada das faixas de renda.

- Estímulo às atividades não poluentes, com restrições ou


proibições às atividades poluentes: causando menor oferta de
emprego; crescimento econômico e demográfico mais lentos;
melhor qualidade ambiental.

- Estímulo a todas as atividades, poluentes ou não-poluentes:


maior oferta de emprego; crescimento econômico e demográfico
mais rápidos; pior qualidade ambiental.
c) Na organização político-administrativa
- organização administrativa da Prefeitura;
- operação dos serviços públicos.
Escolha do modelo mais favorável dentre as alternativas:

- o que menos violente as tendências naturais do


desenvolvimento urbano, identificadas no diagnóstico;

- o que exija menos intervenções diretas do poder


público sobre o tecido urbano existente;

- o que possa ser melhor conduzido através das


medidas legislativas e de controle;
- o que proporcione, a menor prazo e a menor custo, mais
ampla melhoria na qualidade de vida da população;
- o que seja mais flexível a futuras revisões e alterações.
Na organização político-administrativa

- Governo participativo: quando o maior número de pessoas,


participam do processo decisório;

- Governo autocrático: todo o poder de decisão se concentra


nas mãos de poucas pessoas ou de uma só pessoa, o Prefeito.

- Máquina administrativa auto-suficiente: o poder público


executa, diretamente, a maioria das obras e serviços públicos;
maior empreguismo político; provavelmente, menor eficiência e
maiores custos operacionais.

- Máquina administrativa compacta: o poder público empreita


com terceiros a maioria das obras e serviços públicos; tráfico de
influências; provavelmente, maior eficiência.
- Planejamento urbano implantado na forma de
processo permanente: bons resultados a médio e
longo prazos; menor espaço às decisões de
conveniência.

- Planejamento urbano implantado na forma de


projetos de impacto: resultados medíocres, mas
visíveis a curto prazo; maior espaço às decisões de
conveniência.
d) Na organização do espaço urbano

- Cidade horizontal: edificações baixas, pequeno


aproveitamento dos lotes, baixa densidade demográfica.

- Cidade vertical: edificações com muitos pavimentos, grande


aproveitamento dos lotes, alta densidade demográfica.

- Cidade médio-homogênea:edificações de altura média, médio


aproveitamento dos lotes, média densidade demográfica.

- Cidade médio-contrastante:manchas de baixa densidade e


manchas de alta densidade demográfica.

- Cidade de usos segregados: zonas de usos estritos


(residenciais, comerciais, industriais).
- Cidade com zonas de usos mistos.
- Cidade de zonas heterogêneas: zonas de usos
estritos e zonas de usos mistos.
- Cidade dormitório: predominância de espaços e
funções residenciais.
- Cidade com predominância de espaços e funções
comerciais.
- Cidade com predominância de espaços e funções
industriais.

- Cidade com distribuição equilibrada de espaços e


funções.
e) No sistema viário e no transporte coletivo

- Sistema rádio-concêntrico: as vias principais e o transporte


coletivo convergem para o Centro da cidade, interligando-se por
anéis que vão se ampliando, à medida que se afastam do Centro.

- Sistema em grelha: as vias principais e o transporte coletivo


formam um quadriculado, não cruzando o Centro da cidade.

- Sistema em linhas adensadas: as vias principais e o


transporte coletivo se estendem em linhas adensadas, cruzando
ou não o Centro da cidade.
QUALIDADE DE VIDA

As funções desempenhadas pelo planejamento devem se dar em


equilíbrio, garantindo a qualidade de vida no aglomerado urbano.

O desequilíbrio territorial ocorre com a distribuição irregular do


espaço urbano entre funções: moradia, trabalho, lazer, circulação,
faltando espaço para atividades econômicas, áreas verdes,
sistema viário ou habitações.

Esta anomalia rebaixa a qualidade de vida urbana, cabendo ao


planejamento corrigir o desequilíbrio.

Quando temos distribuição irregular da riqueza entre diferentes


camadas da população, formando bolsões de opulência e bolsões
de miséria, ocorre o desequilíbrio social, surgindo tensões
sociais e aumento de criminalidade.
Qualquer desequilíbrio no meio ambiente se reflete sobre
o meio sócio-econômico e vice-versa:

Anomalia na organização do espaço territorial, como a


falta de espaço para a expansão industrial, pode acarretar
desemprego e, em conseqüência, anomalias na
organização sócio-econômica como tensão social e
criminalidade;
Anomalia na organização do território, como falta de
espaço para a circulação de veículos, pode acarretar
congestionamentos e acidentes;
causando reflexos sobre os níveis de segurança e
conseqüente prejuízo de ordem econômica;
Anomalia econômica, como descontrole na expansão
industrial, pode acarretar poluição ambiental, com reflexos
sobre os níveis de saúde da população - anomalias
ambiental e social;

Portanto, os componentes do aglomerado urbano


são inter-dependentes e interativos. Qualquer
anomalia, por excesso ou carência em qualquer
componente, afeta os demais.
PLANO DIRETOR
Plano Diretor

Planejamento Setorial

Zoneamento
6. PLANO DIRETOR
O modelo de desenvolvimento urbano servirá de base para a
elaboração da proposta de um Plano Geral, que será
apresentado na forma de diretrizes e padrões:
a) No desenvolvimento físico-territorial

- Diretrizes e padrões de organização do espaço urbano:


zoneamento de massa;
parcelamento, uso, ocupação e aproveitamento do solo;
áreas de expansão e de renovação urbanas;
setorizações territoriais para fins administrativos, operacionais e
de planejamento.

- Diretrizes e padrões do sistema de áreas verdes urbanas e


reservas naturais não-urbanas.
- Diretrizes e padrões do sistema viário principal, coerentes com
a organização do espaço urbano.
- Diretrizes e padrões da estrutura urbana e da qualidade
ambiental.
As diretrizes do desenvolvimento físico-territorial podem ser
assinaladas esquematicamente em mapa-síntese do Plano
Diretor, escala de 1:20.000 a 1:50.000.

b) No desenvolvimento sócio-econômico

- Diretrizes e padrões para os setores de atendimento social da


população.
- Diretrizes visando estimular as atividades participativas da
Comunidade.
- Diretrizes e padrões do desenvolvimento econômico;
estímulos restrições às atividades econômicas.

As diretrizes do desenvolvimento sócio-econômico também


podem ser assinaladas em mapa-síntese do Plano Diretor.

c) No desenvolvimento político-administrativo
- Diretrizes e. padrões para o aperfeiçoamento da estrutura
técnico-administrativa da Prefeitura.

- Diretrizes e padrões para a operação dos serviços públicos.


7. PLANEJAMENTO SETORIAL

Cada componente do aglomerado urbano pode ser estudado de


forma individualizada. Para alguns componentes é possível
propor-se Planos Setoriais específicos.

A forma de agrupar os componentes do aglomerado urbano, visa


caracterizar setores especializados de estudo, de acordo com:
as circunstâncias,
os recursos disponíveis,
as equipes técnicas envolvidas no trabalho
(Plano Setorial de Educação, de Saúde, de Lazer, de Habitação).
Os arquitetos e engenheiros valorizam no planejamento os
aspectos físico-territoriais do aglomerado urbano, como:
organização do espaço urbano, sistema viário, infra-estrutura.

Planejamento urbano integral e integrado, tem como função


básica criar condições de equilíbrio entre os componentes do
aglomerado urbano: território, população e governo.

A atuação setorial isolada, embora não seja planejamento


urbano, pode trazer benefícios à população, mas pode acarretar
prejuízos ao aglomerado urbano.

O planejamento setorial deve ser desenvolvido, apenas, como


uma etapa do processo, conseqüência do planejamento geral.
Regras para classificar prioridades

Os recursos disponíveis podem não ser suficientes para o


atendimento de todas as necessidades.

Fatores objetivos como filosofia orientadora


dos Princípios do Planejamento Urbano:

1. Regra da economia: é prioritária a intervenção que, ao menor


custo relativo, gera maior volume de benefícios à população.

2. Regra da oportunidade: é prioritária a intervenção que pode


perder sua eficácia, no caso de ser adiada.

3. Regra da interferência: é prioritária a intervenção sem a qual


outras intervenções prioritárias perdem sua eficácia.
Programas e Projetos Setoriais

Na preparação dos Programas Setoriais, deve-se incluir:


a) Lista de Projetos para execução, indicando o grau de
prioridade de cada um.
b) Escopo de cada Projeto: problemas que vai atender, metas
ou resultados que se espera atingir, indicações necessárias à
elaboração e ao detalhamento de cada Projeto.
c) Estimativas de prazos, de custo financeiros, de recursos
técnicos e humanos; legislação e organização administrativa
necessárias à implantação de cada Projeto; indicação das fontes
de recursos previstas.

d) Indicação dos aspectos interativos dos diversos Projetos


que integram o Programa; interação e interfaces com outros
Programas Setoriais; cronograma físico-financeiro do Programa.
Cada Programa Setorial deve no mínimo:

- ser compatível com as diretrizes e padrões do Plano Geral e do


respectivo Plano Setorial, quando houver;

- ser preparado por equipe técnica qualificada.

A diversidade de tipos de Projetos Setoriais que integram os


Programas, dificulta estabelecer normas de procedimento
gerais aplicáveis:
projetos de arquitetura e engenharia,
de normatização técnica,
de organização administrativa,
de informática,
de assistência social,
de estímulos a diferentes atividades.
A elaboração dos Projetos deve ser sempre confiada a
especialistas:

- todos os dados qualificativos e quantitativos necessários à sua


perfeita compreensão e execução;

- indicação dos prazos, etapas e recursos financeiros, materiais e


humanos requeridos;

- indicação dos produtos e resultados, parciais e finais, que se


espera alcançar.
As intervenções
Classificação das intervenções sobre o aglomerado urbano:
a) As intervenções simples
- os fatores a considerar são bem conhecidos e
podem ser analisados com segurança;

- as decisões e as ações dependem de um número reduzido de


agentes, havendo consenso e coordenação;
- as ações podem ser programadas para execução em prazos
previsíveis, a custos previsíveis;

- a avaliação dos resultados é possível e confiável.


Incluem-se nesta categoria a maioria das obras de urbanização,
tais como as do sistema viário, da infra-estrutura e da
superestrutura.
b) As intervenções complexas

- os fatores a considerar são pouco conhecidos ou de


difícil controle;
- as decisões e as ações dependem de elevado número de
agentes, podendo incluir diferentes escalões de governo,
dificultando o consenso e a coordenação;
- Dificuldades na previsão de prazos e custos para a
programação das ações;

- a avaliação dos resultados pode ser pouco confiável.

Incluem-se nesta categoria muitas das intervenções voltadas para


a mitigação de conseqüências de fatores climáticos, controle do
crescimento urbano, combate à poluição ambiental.
Classificação das intervenções quanto a forma de atuação do
poder público sobre o aglomerado urbano
a) As intervenções diretas envolvem ações e decisões
que alteram, a curto prazo, a situação existente:

- os projetos de obras como vias públicas, de


desfavelamento e de promoção social;

- seu aspecto positivo é a obtenção de resultados


previsíveis, a curto prazo;
- seus aspectos negativos são os problemas sociais
e econômicos à população atingida e o pesado
impacto de seu custo financeiro sobre o orçamento
municipal.
b) As intervenções indiretas envolvem ações que também
alteram a situação existente, mas a longo prazo:
- são as leis, decretos e regulamentos, tais como o
zoneamento, o código de edificações e outros;

- seus aspectos positivos são:


impacto modesto sobre o orçamento público;
não provocam traumas,
nem deixam cicatrizes;
têm caráter educativo, orientando a população guiando as
atividades do setor privado;

- seus aspectos negativos são:


incerteza quanto a prazos e resultados;
a eficácia da intervenção depende muito da fiscalização.
Avaliação dos Resultados
A avaliação dos resultados obtidos com a execução dos
Programas Setoriais permite corrigir distorções e fornecer
indicações valiosas para novos Programas.

- Através de esquema permanente, os resultados devem ser


avaliados durante a execução do Programa e em sua conclusão.
- Aferir os valores qualitativos e quantitativos alcançados, com
relação às metas inicialmente estabelecidas no Programa.
- Constatar, analisar e avaliar os problemas surgidos durante, ou
em conseqüência da execução do Programa.
- Verificar e avaliar o impacto causado pela execução do
Programa, sobre outros Programas e sobre diferentes setores do
aglomerado urbano.
Os dados obtidos servem de insumo para novos diagnósticos,
inserindo-se continuamente no processo de planejamento urbano.
A eficácia do planejamento urbano
O planejamento urbano eficaz consegue atingir seu objetivo
integral: melhorar a qualidade de vida da população.
O objetivo integral pode ser fracionado em parciais ou setoriais,
como: a melhoria das condições ambientais; da situação
econômica; da saúde; da educação da comunidade.
Para avaliar a qualidade dos componentes do aglomerado
urbano, em dado momento, os planejadores estabelecem
indicadores e padrões de qualidade, aplicáveis a cada caso.
Indicador é uma relação numérica, utilizada para medir o nível
de qualidade de determinado componente do aglomerado.
Indicador utilizados no Setor de Saúde a taxa de mortalidade
infantil para crianças até 1 ano de idade e no Setor de Educação
o índice de alfabetização da população.
Padrão é o índice de qualidade recomendável para cada
componente do aglomerado.
A qualidade de vida em uma cidade, é avaliada considerando
separadamente cada componente urbano (meio ambiente, social,
econômico) e seus indicadores de qualidade no momento.

No planejamento urbano é comum serem adotados os padrões


estabelecidos por organizações, como os da ONU relativamente
a meio ambiente, que recomendam 12 m2 de área verde por
habitante como o mínimo desejável nos aglomerado urbanos.

- Formulam-se as propostas de desenvolvimento, fixando-se as


prioridades, estabelecendo-se, para cada Programa Setorial, os
padrões mínimos desejáveis e as metas que se pretende atingir
dentro de prazos determinados.
- Avalia-se os resultados obtidos, durante e após a execução dos
Programas. O nível de atendimento das metas evidenciará o grau
de eficácia obtido pelo planejamento, em cada setor.
8. ZONEAMENTO
Zoneamento é a síntese do planejamento físico territorial, é a
legislação que disciplina o uso e a ocupação do solo urbano,
sendo:

- uso é o tipo de função ou atividade desempenhada no lote:


residencial, comercial, de serviços, industrial, social.

- ocupação é a intensidade de utilização do lote;


quase sempre se expressa pela projeção da área construída
sobre o terreno (taxa de ocupação),
relacionada à área total do lote;
e pela soma dos pavimentos ou área total da edificação
(coeficiente de aproveitamento), também relacionada à área
total do lote.
-zona é um perímetro territorial, sobre o qual se aplicam
determinadas características de uso e ocupação:
-zona residencial,
-zona comercial,
zona industrial,
zona mista;
zonas de alta, média ou baixa densidade.
Houve tempo em que os urbanistas defendiam a necessidade de
segregar os diferentes tipos de uso em zonas de uso restrito,
compartimentos estanques, onde só se permitia a existência de
um único uso:
ou era zona residencial, ou zona comercial, ou zona industrial.
Como as vias de circulação que atendem a diferentes
funções urbanas devem ter características diferentes,
justifica-se a preocupação de que certos usos geram níveis
de incômodo (fumaça, poeira, ruídos), que rebaixam a
qualidade do ambiente, sendo desaconselhável sua
convivência com o uso residencial.
A evolução tecnológica, a mudança de hábitos e a
emergência de novas necessidades, são fatores que
contribuíram para modificar a opinião dos urbanistas.
Atualmente se admite que a segregação de usos é inconveniente,
sob o ponto de vista econômico, social e funcional.
Caracteriza-se as zonas de uso sob novos conceitos,
estimulando-se a convivência pacífica de diferentes tipos de uso,
dentro da mesma zona, ressalvando-se:
- que não se admite dentro da mesma zona usos que ainda
são considerados incompatíveis como residências e
indústrias poluidoras;
- que a intensidade de ocupação do solo seja uniforme,
dentro da mesma zona, para todos os usos;
- que os níveis de incômodo, gerados por diferentes
atividades, sejam mantidos sob controle, para evitar danos à
vizinhança.

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