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Realidade, Contradição e Linguagem

- Os discurso são produtos da realidade. Para pensar a


construção da realidade e do discurso é preciso falar de
significação e identidade.

 IDENTIDADE = interação com o outro. Não existe


identidade sem interação social.
 IDEN = o mesmo.

 - Só se define o mesmo com relação ao outro.

 - identidade implica na relação de semelhança e diferença.


A alteridade é inevitável no estudo de identidade.
 - A idéia de identidade remete ao verbo SER. A palavra
É que vem deste verbo pode ser considerado um
processo de identidade que não se transforma. Mas na
realidade nada é tão fixo quanto parece, as coisas se
transformam e podem tem diversos sentidos.
 - Tanto quanto as águas dos rios e do mar, a identidade
muda, pois só existe matéria em movimento. Uma hora
estou dormindo, outra no trabalho, outra em uma festa e
não sou a mesma de quando estou dormindo.
 - Assim, posso dizer que não SOU, mas ESTOU. Sou
Danielle no nome, pois a criação desta identidade é
apenas uma forma de organização do mundo). Mas
quantas Danielles já fui até agora
 - Nome=ficção.
 - Essa discussão sobre identidade nos
remete aos primórdios da realidade. O que
deveremos entender é que a realidade é
múltipla e repleta de sentidos. Não existe
identidade fixa com um sentido único.
 - A única realidade que chega ao homem de
forma ordenada e objetiva é a realidade do
senso comum.
 - SOMOS UM FLUXO EM CONSTANTE
MUDANÇA.
 - Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socratico, falou do
mundo como um fluxo, onde as coisas se
transformam a partir de contradições. Ele acreditava
no DEVIR, vir a ser.
 - “O ser não é mais que o na-ser.” O SER não é
nada sem mudança, e para mudar precisa de ação,
de contradição com o Não- SER.
 - “ O homem não pode banhar-se duas vezes no
mesmo rio”
 - Para ele, a vida é uma harmonia de contrários:
frio/quente; grande/pequeno. Essa contradição gera
ação e conseqüentemente, vida. A única coisa sem
choque, sem contradição é a morte.
 - Parmênides de Eléia acredita na existência de um SER
único e que o devir não passava de uma aparência, não
poderia ser considerado realidade.

 - Entendia que só podia ser real o que era idêntico a si


mesmo, ou seja, perfeito, sem contradição. Para pensar era
preciso atribuir identidade as coisas.

 - Os filósofos se preocupavam com as contradições do


mundo e do que poderia ser verdade.

 - O pensamento de Parmênides é MONISTA, ou


seja,baseia-se em uma concepção de unidade ou totalidade
do real. O movimento, o devir para ele, é apenas aparência.
Se o homem seguir a via do pensamento e não da opinião
(mutável, variável), encontra a verdadeira realidade.
 - A dialética de Platão:

 Sugere a rejeição do corpo em detrimento de um mundo


perfeito, o mundo das idéias.

 - Platão reconhece em Heráclito a questão da mudança


permanente do mundo nas coisas materiais, mas para ele, isso
fazia parte apenas do mundo de aparência dada pelo mundo
das coisas e não uma realidade com essência.

 - Para Platão, Parmênides é quem fala sobre Verdade, pois a


identidade era imutável e única. O mundo sem contradição era o
mundo perfeito, o mundo das essências, da verdade, o mundo
das idéias.

 - Platão dizia que para o homem se libertar do mundo das


coisas, do material, e partir para o mundo perfeito, só poderia
ser através do diálogo, pois só assim se distinguiria o falso do
verdadeiro.
 - Mito da caverna (Sócrates explica a Glauco o
processo de afastamento do mundo da opinião, do
senso comum, em busca do saber).

 - Platão usa essa idéia para mostrar como sair da


Caverna e atingir o mundo das essências. Isso se
dá para ele, através da dialética.

 - Dialética é um debate entre opiniões contrárias.


Tenta superar o que é contraditório e chegar ao que
é sempre idêntico.
 - A dialética serviria para superar a contradição e
chegar ao que é idêntico a si mesmo.
 - A crítica de Aristóteles:

 - Considera desnecessária a divisão entre


aparência e essência. Para ele existe um
único mundo que contém tanto aparências
quanto essências. Não acreditava no
movimento côo ilusório.
 - Preferiu se preocupar com o uso da
dialética para a oratória, a construção da arte
retórica, uso da persuasão e do
convencimento.
 - A dialética e a escolha do que dizer por
uma formulação retórica, são importantes na
construção e formação da cultura humana. O
senso comum é resultado de diálogo entre
grupos sociais, que negociam o que pode ser
correto ou não no mundo.
 - Mas, a transformação dos sujeitos se á pela
contradição dos seus predicados:
 Sujeito + Verbo (ação) + Predicado =
realidades criadas e sujeita a mudanças.
 - A técnica retórica, como construção de diálogo,
pode ser elaborada para produzir sentidos, mas por
sua elaboração sistêmica, ela causa redução dos
sentidos que são múltiplos, contraditórios, diversos.
 - Devemos reconhecer o poder da linguagem no
elemento persuasivo que está totalmente ligado aos
discursos. Com o crescimento dos meios de
comunicação e a evolução nos métodos de
transmitir mensagens há uma tendência em
amenizar a contradição nos discursos.

 - A separação entre o que é certo e errado, justo ou


injusto se dá a partir de interesses próprios.
 Semiologia dos Discursos

Sentido / estudo

A tradição estruturalista:

 - Ferdinand Saussure (1857 – 1913)


 Ministrou o curso de Lingüística Geral (1907 -1911) que deu
origem à Lingüística Estrutural. Ainda no séc. XX, Saussure
definiu a Semiologia como estudo que envolvia a definição dos
signos.

 Semion do grego = signo

 - A linguagem produz sentido, significação a alguma coisa.

- Língua (langue) = código, sistema lingüístico.


- Fala (parole) = uso individual no sistema social; ato.
 - Sincronia = estudo da língua no tempo fixo.
(ATUALIDADE)

Ex.: Estudos da língua portuguesa no Brasil e na


Angola; Comparação dos dialetos de uma mesma
língua (RJ, SP, Recife, Ilhas Canárias, Luanda...)

- Diacronia = estudo da língua em tempos históricos


(comparação de um tempo com o outro;
EVOLUÇÃO)

Ex: Mudanças no tempo e na história da língua. O


português arcaico do séc. XVI e hoje; Incorporação
de gírias ao vocabulário, ou desusos de palavras e
expressões.
 - Para Saussure o objeto da Linguística é a língua no
tempo sincrônico. Ele percebe a língua como um
sistema de regras, privilegia, portanto, sua
ESTRUTURA.

 A significação e o valor de cada signo não vêm das


experiências sociais e culturais dos homens, mas do
sistema gramatical, da língua a qual ele pertence.
 Signo é uma unidade mínima de significação:

 Signo = Significante + significado =

IMAGEM ACÚSTICA + CONCEITO


 Sgte = conjunto sonoro ou fônico que torna o signo audível ou
legível.
 Sgdo = representação metal evocada pelo significante.

 m a ç ã = significante (aspecto concreto, conjunto sonoro)

 Sgte = conjunto sonoro ou fônico que torna o signo audível ou


legível.
 Sgdo = representação metal evocada pelo significante.

 m a ç ã = significante (aspecto concreto, conjunto sonoro)

 = significado (aspecto abstrato conceitual, imagem


mental)
 - Só existe significação para os SIGNOS se o
significado for somado ao significante. Assim, as
coisas, não podem se confundir com as palavras.
As palavras como signo não são iguais as coisas,
mas sim, cada uma em seu próprio lugar.
Significante e Significado.

 - O signo para Saussure é sempre


ARBITRÁRIO,depende da vontade de quem o
denomina. Não existe relação direta entre
significado e significante. A palavra MAÇÃ, por
exemplo, foi inventada e não tem nenhuma relação
direta com a imagem de uma maçã. Em outras
línguas é uma outra palavra como Apple.
 - Não existe para Saussure nada que ligue
NATURALMENTE o significante ao
significado, a não ser uma REGRA SOCIAL.

 Saussure desprezou o papel do contexto


social e dos signos não – verbais para o
estudo da língua em si.
 - Roland Barthes (1915 – 1980)

2 fases: Estruturalista e Pós- Estruturalista.

 - Amplia o sistema do signo de Saussure (sigte + sigdo)

 - Signo primário = sentido denotativo (símbolo, expressão)


 Signo secundário = sentido conotativo (sentido
subentendido)

 Ex: Africano bate continência para a bandeira francesa.

 Pensador Marxista, pensa a Semiologia dentro de um


contexto social e histórico. Marx pensa a ideologia como um
conjunto de idéias que tem a capacidade de convencer.
 Pós- Estruturalista:
Entrada das idéias de Bakhtin trazidas por Kristeva:

 Realizar uma crítica ideológica da linguagem da


cultura de massa

 Texto: “Retórica da Imagem” – A fotografia não é


apenas percebida e recebida, é lida.

 Conotação: Revelação de um acontecimento,


retrata alguma coisa.

 Denotação: Sentido figurado ou subentendido é


sempre ideológico.
 - Na fotografia percebemos signos
subentendidos além da própria imagem que
ela revela. Geralmente as mensagens estão
ligadas a situações sócio-culturais com
significados variados e globais.

 - A fotografia é objetiva e ideológica, é


cultural, pois carrega valores criados pelos
homens.
Mikhail Bakhtin: “ Marxismo e filosofia da linguagem”

- Todo signo é ideológico.

- “A palavra é o fenômeno ideológico por excelência. A


realidade toda da palavra é absorvida por sua função de
signo. A palavra não comporta nada que não esteja ligado
a essa função, nada que não tenha sido gerado por ela. A
palavra é o modo mais puro e sensível de relação social.”
P.36

-“ O centro organizador de toda enunciação, de toda


expressão, não é interior, mas exterior: está situado no
meio social que envolve o indivíduo”p.121
-A língua, ao contrário do que pensa Saussure, não se
apresenta de forma ordenada por um sistema que a
fecha em si.

- A língua é viva!

-A fala deve ser o principal objeto da língua.

-O sistema sincrônico NÃO demonstra a evolução da


língua, por isso, não constitui uma realidade.

- O significado não é invariável, depende de um


contexto extra-verbal ilimitado. A significação não é
dada (como mostra Saussure), mas é CONSTRUIDA.
-POLIFONIA: orquestra, reunião de vozes múltiplas
que tocam instrumentos diferentes, mas que na
junção deles provoca harmonia.

-O autor de um texto não é o único responsável por


todas as representações presentes no texto, pois no
seus discurso há além da sua voz, muitas outras.

-O DIALOGISMO tem a ver com a forma como essas


vozes dialogam em harmonia. É um elo de cadeia da
enunciação.

- O ser não se basta, precisa do outro para


sobreviver.
-Enunciados que antecedem:

O locutor não é um Adão bíblico perante objeto virgens”.


Não é o primeiro locutor que rompe pela 1ª vez o eterno
silêncio de um mundo mudo.

-Enunciados que sucedem:

É elaborado sob a idéia de ter uma possível resposta.

- Bakhtin reintroduz duas fontes fundamentais para se


pensar um NOVO-PARADIGMA para a Comunicação:

História e Sujeito Social.

Sujeito + linguagem + história + ideologia


Foucault : “A Ordem do Discurso.”

- A inquietação de Foucault sobre as palavras.


Palavras são usadas em diversos planos discursivos:
luta, vitória, sofrimento, dominação, servidão,
comemoração.

Questão:

-O que há de tão perigoso no discurso?

- Há um perigo: o poder. Toda sociedade entende que a


posse da palavra confere-lhes poder.
-Palácio (palavra) : lugar do rei = Hegemonia.

-Ao reconhecer o Poder da palavra, toda sociedade vai ter


mecanismos para controlar e organizar o discurso.

- Procedimentos:
-Normas, truques, regras, instrumentos.

Ex: Ordem do Discurso em sala de aula: imperativo da palavra do


professor.
Porque Lula irrita tanto quando fala bobagens? Ele fere as
convenções e regras do lugar daquele discurso. Regras
cristalizadas.

- Ex2: A “OAB” é uma sociedade fechada que tem regras próprias e


que é exclusiva de um grupo de pessoas que possui o diploma de
Direito. Uma sociedade fechada em seu discurso, portanto.
Ordem do Discurso: escola, família, twitter:

140 palavras; educa a ordem do discurso: como dizer


coisas curtas e impactantes em poucas palavras?

Comunidade do Orkut: “Pensei que era sorvete e era


feijão”. Frase curta de impacto que provoca o riso.
Ordem do discurso para o humor.

-Uns só tem que ouvir, outros falar. Nem todos podem


falar do mesmo lugar.

- 2 tipos de mecanismos/procedimentos de controle do


discurso, para evitar que todas as pessoas possam
falar a qualquer hora. Mecanismos Exteriores e
Interiores.
Exteriores: regras de fora que atuam sobre os discursos.
Mecanismos de exclusão, proibição.

- Existem 3 níveis de exclusão:

1 – Interdição: (palavra proibida)

“Sabe-se que não se tem o direito de dizer tudo, que não


se pode falar de tudo em qualquer circunstância e que
qualquer um não pode falar de qualquer coisa” p.09

Pq? Porque o discurso é o lugar de poder. Existem


privilégios do discurso.
Ex:
-OAB. Pela Ordem só advogados podem falar.
-Sala de aula: alunos podem falar tudo, mas não é em qualquer
circunstância. O professor não pode falar tudo, pois existem regras
para ele.
-Fala de Lula: “Crise é para brancos de olhos azuis” para o Ministro
Inglês.
-Ofensa ao pai; Xingar o chefe: situações de direito, mas tem
penalizações.

2 – Criação de oposição cultural entre razão, loucura e segregação


da palavra louca.

Ex:
- “Gentileza gera gentileza.” Frase conhecida como loucura para o
mundo capitalista.
- Comunista; Hippie: discurso desautorizado, louco.
3 – Separação entre verdade e mentira. (vontade de verdade)
“Achismos”: status de verdade.

Ex:
- Divórcio. Hoje é normal, mas durante séculos as pessoas
sofreram com isso. Mulheres segregadas, vistam como
fracassadas, prostitutas.

“Uma força doce universal” p.20


Verdade = força moral

b) Mecanismos internos: princípios que limitam o discurso.


Impedem que o discurso dê escapulidas.

1 – Comentários: quando uso um discurso para reforçar meu


próprio discurso.
Ex:
- Segundo Veja....
- Retrato Falado, programa do Fantástico. Cenas atravessadas por
falas de especialistas que dão reforço ao discurso. Ex.: Pivô.
-Matérias jornalísticas são recheadas de comentários, de falas
autorizadas.

2 – Autor:

- peso do dono da fala


- lugar moral que este ocupa
-figura pública: herói, dinheiro, poder, fama.

Ex: Mensagens de internet com assinaturas de Veríssimo, Jabor.


3 – Disciplinas: todo discurso é disciplinado por uma ordem.

-O professor não fala em sala de aula, como fala na mesa do bar.

-A ordem do discurso limita a liberdade da fala e muda o seu jeito


de ser.

- As realidades são múltiplas porque os discursos são múltiplos.


-Ninguém entrará na ordem do discurso se não satisfizer certas
exigências e se não for qualificado. p. 36/37

- Além disso, nem todas as regiões do discurso são penetráveis:

Ex: concursos públicos; entrevista de empregos.

- Todos esses procedimentos realizam uma dupla coesão: Sujeitos


que falam discursos x discursos que são falados pelos sujeitos.
Nem todo mundo pode falar e nem tudo pode ser falado.
-Pq? Respondendo a pergunta inicial:

Porque a sociedade tem tanta preocupação em


controlar o discurso?

-Para Foucault, todos esses mecanismos de controle


revelam um enorme medo por parte daqueles que
controlam o discurso.

“Medo do que pode haver de violento, de descontínuo,


de combativo, de desordem e de perigo nesse grande
Zumbido incessante e desordenado do discurso.” P.50
-Norman Fairclough: “Discurso e mudança social”

Concorda com Foucault no sentido de que o discurso tem


mecanismos de controle. Mas vai mostrar que o discurso também
tem seu caráter de resistência, pois pode se organizar para
desarmar esse poder.

Para provar esta teoria, ele vai usar Foucault, Bakhtin e o filósofo
Antony Gramsci.

-Todo tipo de discurso tem uma dupla face:

Modo de representação e AÇÃO

- Forma das pessoas agirem sobre o mundo e sobre as próprias


pessoas.
Ação – o discurso move o mundo gera mudança
por ser uma prática.
-Existe uma dialética entre Discurso e Estrutura social:

O discurso contribui tanto para reproduzir como para transformar.


-Foucault privilegia o lugar da ordem em detrimento do lugar dos
sujeitos.

-Ex. Carlos Guinsburg - Menóquio em “Os queijos e os vermes”

-Fairclough propõe a junção dos dois conceitos: Ordem do discurso e


Mecanismo de poder (Foucault) + Polifonia e dialogismo (M.Bakhtin)
ou Intertextualidade + conceito de HEGEMONIA ( Gramsci)

- Para Gramsci, toda vez que um grupo social está lutando pelo
poder, ele busca alcançar e manter seu discurso de forma
hegemônica. O discurso hegemônico esmaga os adversários e
impede que seja contrariado.
-O controle do discurso é uma forma de hegemonia. Luta
estratégica fundamental.

-Gramsci vai dizer que: Toda hegemonia implica numa contra-


hegemonia.

Ex.: Sala de aula da PUC. Sexualidade livre + orelha de


coelho.

-Na hegemonia usam estratégias, na contra – hegemonia,


táticas.

Ex.: Carnaval na Id. Média: deboche, riso. Não era a mesma


festa da cultura oficial, ao contrário surgiu para escarnecê-la.

Ex: grifes Daslu e Daspu

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