Вы находитесь на странице: 1из 206

elnd

Dercio Fernandes
kal vachomer
• Timothy Doyght, primeiro diretor - chanceler da
universidade de Yale (Inicialmente, universidade
Cristã, como tantas universidades que por causa
do secularismo passaram a ser semi-cristãs). Com
o desenvolvimento do secularismo, os alunos não
queriam mais escutar da bíblia na escola. E, Dr
Timothy Levou a sua bíblia e foi ensinar Daniel.
Para ele, aprender Daniel era a única solução
para o problema do cepticismo (etc)
• .
• A escatologia é a antecipação das
multifacetadas obras históricas de Cristo da
salvação da criação à nova criação.
• Por isso, a soteriologia ( estudo da salvação
salvação) deve assumir e desenvolver à luz da
escatologia (das ultimas coisas). Em outras
palavras, devemos compreender a nossa
salvação na perspectiva do que vai acontecer
no futuro.
Situação em que o livro é escrito e o
proposito dele
• Apesar do fato de que o povo escolhido de Deus,
os judeus, foram enviados para o exílio
Por causa de suas atrocidades e transgressões,
Deus não pretendia que eles perecerem, mas
para aprender uma lição valiosa que é: A vitória
final será Concedido aos que permanecem fiéis a
Deus. Demonstrando Seu amor Cuidar de grupos
e indivíduos que permaneceram fiéis a Ele, Deus
nunca Excluíu os de ascendência gentia de Seu
cuidado.
Historias (1-6) & Profecia do fim (7-12)
• Historias: como viver no momento de Crise, como
viver no fim.
• Profecia: O povo estava em crise, por vezes se
perguntava se as promessas de Deus haviam
sumido e se perguntavam até quando (ad-
mathay), neste contexto, a profecia mostra que
podemos viver no presente com certeza da
vitória final, não tenhamos medo! Podemos ser
fiel agora sem medo, por que no final vencemos.
• As previsões das coisas por vir relacionado com o
estado da igreja em todas as idades: entre
os profetas antigos, Daniel é o mais distinto em
Ordem de tempo, e mais fácil de ser entendido:
E, portanto, nas coisas que se relacionam com a
os últimos tempos, ele deve ser feito a chave para
o resto (Isaac Newton, Observations upon the
Prophecy of Daniel, London, 16 (?) p.15)
• As profecias tem os seus símbolos
Do capitulo 2:4 – 7:28
• Esta em Aramaico, língua franca na época,
muito falada na época.
• O capitulo 1:1-2:3 e 7:29-12 estão em
hebraico, língua especifica do povo de Deus.
• Basicamente, há quatro visões no livro de
Daniel, cada uma das quais tinha a intenção
de responder a uma preocupação ou
necessidade imediata de Seu povo exilado.
Por que as profecias de Daniel?
• Daniel 12:4 “E tu, Daniel, fecha estas palavras
e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos
correrão de uma parte para outra, e a ciência
se multiplicará”.
• Esse é um livro do “tempo do fim” (Dan 11:40-
12:4).
• Só os sabios entenderão: Livro para “sabificar
o homem”. (Dan 12:9-10)
O que olhar em cada capitulo?
1. Compreender a pessoa de Deus
2. Compreender as relações que o povo de
Deus tem com Deus;
3. Compreender a relação que o povo inimigo
tem com Deus e o povo de Deus
Livro de Reversões
• Entre os dispositivos literários utilizados está a
"reversão", termo que Comum é
frequentemente entendido como indicativo
de uma Mudança de fortuna. Ou seja, é um
movimento enfrente em uma direção oposta."
Capitulo 1
Daniel (‫)דנִ יֵּאל‬
ָּ ELL – Deus e Dan Justiça (no contexto
judaico, a justiça de Deus é a favor do seu povo....
Justiça veio sobre Israel por pecar e desrespeitar os
mandamentos do senhor (Deut4:5; Lev 26:8,21,34)
Daniel 1:1. ‫( נ ַָּתן‬natan) Deus deu, entregou o povo,
a sua proteção foi retirada de Israel.
“Philip Yancey & Paul Brand. A Dádiva da Dor: Por
que sentimos dor e o que podemos fazer a
respeito”.
E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de
Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus,
(Dan 1:2 ARC)
O verbo natán, além de significar “entregar”, como
usado na versão Almeida Revista e Atualizada,
também significa “permitir, estabelecer, pôr em
marcha, dirigir, oferecer, conceder”, etc. O verbo
também indica algumas situações de retribuição,
“que assinalam explicitamente a Israel como
receptor dos juízos divinos por sua infidelidade,
implicando que o ‘entregar [alguém] nas mãos de’ é
uma ação de juízo Nelson Kirst, Nelson Kilpp, Milton
Schwantes, Acir Rayman e Rudy Zimmer, Dicionário
hebraico-português & aramaico-português (São
Leopoldo, RS: Editora Sinodal, 1988), 163.
(...) e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus,
e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus. (Dan 1:2 ARC)

Era um antigo costume dos conquistadores


tomar nobres como reféns para garantir a
lealdade do inimigo conquistado. A prática é
relatada nos registros de Tutmés III, do Egito,
que, após derrotar uma aliança entre
governantes sírios e palestinos na batalha de
Megido, no século 15 a.C., permitiu que os reis
derrotados permanecessem em seus tronos,
mas levou para o Egito um príncipe de cada um
de seus inimigos vencidos
‫ֶאצַּ֧ר‬
ַ ‫( נְ בּוכ ְַדנ‬Dan 1:1 WTT)
Nabucodonosor. Do heb. Nebukadne'ts,a
transliteração hebraica comum do babilônico Nabû-
kudurri -utsur, que significa "Que o [deus] Nabû
proteja meu filho" ou "Que Nabû proteja minha
pedra de limite". A forma Nehukadne'ts
(Nabucodonosor) ocorre com mais frequência na
Bíblia hebraica do que a ortografia mais correta
Nebukadre'ts (ver Jr 21:2; Ez 26:7; etc.). Fontes
gregas mostram a mesma troca do “n” e “r”. A LXX
traz Nabouchodonosor; mas nas obras de Estrabão
e como variante em Josefo se lê Nabokodrosoros .
A presença de Nabucodonosor na Palestina, em 605
a.C ., como indica Daniel 1:1, é confirmada por
meio de dois relatos babilônicos: (l) uma narrativa
do historiador Beroso, cuja obra perdida, foi citada
por Josefo, com relação a esse acontecimento, em
Contra Ápion (1.19); e (2) uma parte de uma crônica
babilônica até então desconhecida (D.]. Wiseman,
ed. , Chronicles of Chaldaean Kings, 1956), que
abarca todo o reinado de Nabopolassar e os
primeiros 11 anos de seu filho Nabucodonosor.
• A presença de Nabucodonosor na Palestina, em 605 a.C ., como indica Daniel 1:1, é confirmada
por meio de dois relatos babilônicos: (l) uma narrativa do historiador Beroso, cuja obra perdida foi
citada por Josefo, com relação a esse acontecimento, em Contra Ápion (1.19); e (2) uma parte de
uma crônica babilônica até então desconhecida (D.]. Wiseman, ed. , Chronicles of Chaldaean
Kings, 1956), que abarca todo o reinado de Nabopolassar e os primeiros 11 anos de seu filho
Nabucodonosor.
• Beroso, como cita Josefo, relata que Nabucodonosor recebeu a ordem de seu pai Nabopolassar
para conter uma rebelião no Egito, Fenícia e Celessíria. Depois de ter completado a missão,
estando ainda no oeste, ele recebeu a notícia da morte de seu pai. Deixou os cativos, entre os
quais alguns judeus, nas mãos de seus generais, e voltou para Babilônia pela rota mais curta do
deserto o mais rápido possível. A pressa se devia, sem dúvida, ao desejo de impedir que um
usurpador lhe tomasse o trono. Beroso diz que Nabucodonosor deixou judeus cativos com seus
generais quando voltou apressadamente a Babilônia. Talvez Daniel e seus amigos estivessem entre
esses cativos. A declaração de D aniel 1:1 e 2 e de Beroso eram os únicos registros antigos
conhecidos que falavam dessa campanha de Nabucodonosor até a descoberta dessa crônica
babilônica. A crônica feita de ano a ano proveu, pela primeira vez, datas exatas da ascensão e da
morte de Nabopolassar, da ascensão de Nabucodonosor e da captura de um rei de Judá,
obviamente Jeoaquim, oito anos mais tarde. Isso também possibilitou datar a morte de Josias em
609 e a batalha de Carquemis em 605.
V2 Terra de Sinar. Comentaristas antigos identificavam
este termo com mât Sumêri, "terra de Sumer", ou o sul
de Babilônia, mas essa interpretação foi descartada. Na
maioria das referências do AT, Sinar é simplesmente um
termo para designar Babilônia. A origem da palavra
"Sinar" ainda é obscura (ver com. de Gn 10:10). Porém,
em Gênesis 14:1 e 9, Sinar parece ser o nome de uma
área ao norte da Mesopotâmia chamada de Sanhar, em
textos cuneiformes. Como em Gênesis 11:2, Isaías 11:11 e
Zacarias 5:11, a Sinar de Daniel é definitivamente
Babilônia.
E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse
alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres,
(Dan 1:3 ARC)
• Jovens. Do heb. yeladim. Os jovens conselheiros
levados com o rei Roboão são chamados de yeladim
(lRs 12:8). O mesmo termo é aplicado a Benjamim,
com a idade de cerca de 30 anos, pouco antes de ir ao
Egito, e quando já era pai de l0 filhos (Gn 44:20; cf. Gn
46:21). Portanto, não é estranho ver a palavra que
pode significar "criança" ser aplicada a jovens, dos
quais pelo menos um, Daniel, tinha atingido a idade de
18 anos (T4, 570). Com relação a isso, deve-se
mencionar que, numa época posterior, Xenofonte disse
que nenhum jovem podia entrar no serviço dos reis
persas antes dos 17 anos (Cyropaedia, i.2).
E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse
alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres,
(Dan 1:3 ARC)
• Nobres. Do heb. partemim, um empréstimo do
antigo termo persafratama, que significa
basicamente "principais". Além desta passagem,
partemim ocorre na Bíblia somente em Ester 1:3;
e 6:9. A presença desse e de outros empréstimos
da língua persa, no livro de Daniel, pode ser
explicada pela razoável suposição de que o
primeiro capítulo de Daniel tenha sido escrito no
primeiro ano de Ciro, quando a influência persa
se tornou forte (ver Dn 1:21).
Daniel 1:4 jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e
instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento,
e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados
nas letras e na língua dos caldeus.
(Dan 1:4 ARC)
• Qual, possivelmente, era o conteúdo
acadêmico do programa que Daniel e seus
amigos estudaram na “Universidade de
Babilônia”?
• De acordo com algumas passagens (1:4, 17-20; 2:13 e
18), Daniel e seus amigos estavam sendo educados
para atuar como “sábios”, isto é, conselheiros do rei.
Ao mesmo tempo, era uma “prática comum no antigo
Oriente Próximo” oferecer treinamento especial para a
nobreza estrangeira conquistada, e eventualmente tais
pessoas poderiam ser usadas como escribas, enviados
especiais ou mesmo administradores, em seu próprio
lugar de origem. Jason A. Garrison, “Nebuchadnezzar’s
Dream: An Inversion of Gilgamesh Imagery”,
Bibliotheca Sacra 169 (April-June 2012): 175.
• Muito do que era ensinado nas escolas babilônicas seria hoje
classificado como ciência oculta, ou artes mágicas. Os textos que os
estudantes deveriam ler incluíam muitos lidando com presságios,
fenômenos astrológicos, ou métodos para combater os maus
espíritos. Segundo o CBA, o termo “caldeu” (Dn 1:4) pode ser
aplicado a “uma classe de eruditos da corte babilônica que eram os
principais astrônomos de seu tempo... que eram igualmente
especialistas em outras ciências exatas, como matemáticas, ainda
que incluíssem em suas atividades magia e astrologia”. Isto os
habilitaria a predizer eclipses lunares e solares por meio de cálculos
matemáticos. No entanto, como expressa Doukhan, a observação
do céu e de seus fenômenos tinha como objetivo final a predição
do futuro, ou seja, os astrônomos caldeus eram, acima de tudo,
astrólogos, e os “motivos religiosos eram predominantes na
astronomia babilônica”. E Beaulieu sugere que todos os astrônomos
de Babilônia eram “praticantes do ofício de exorcistas...” Em
conclusão, “o currículo dos aprendizes de escriba tinha uma
natureza essencialmente religiosa e era designada a tornar os
hebreus em genuínos sacerdotes caldeus, especialistas na ciência
da adivinhação.”
Comentaristas se dividem quanto à interpretação da frase "a
cultura e a língua dos caldeus".

• Caldeus. Este termo (do acadiano, Kaldu) designa


os membros de uma tribo de arameus que,
primeiramente, se estabeleceram na baixa
Mesopotâmia e que assumiram o governo de
Babilônia quando Nabopolassar fundou a dinastia
neobabilônica. O termo também se aplica a uma
classe de eruditos na corte babilônica que eram
os principais astrônomos da época. Esses sábios
também eram proficientes em ciências exatas,
como matemática, embora incluíssem magia e
astrologia em suas atividades.
• A opinião mais antiga, dos pais da igreja, interpreta
essa frase como um estudo da língua e da literatura
aramaica, ao passo que muitos comentaristas
modernos tendem a interpretá-la como o
conhecimento científico e linguístico dos caldeus.
Todos os conhecidos escritos científicos dessa época
foram feitos em tabletes de barro com escrita
cuneiforme, na língua babilônica. Portanto, deve-se
concluir que "a cultura e a língua dos caldeus" incluía
um treinamento na língua e na escrita clássica do país,
isto é, no idioma babilônico e na escrita cuneiforme,
além do aramaico coloquial.
V. 76 Entre eles, se achavam, dos filhos de Judá,
Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
• Entre eles. Esta expressão mostra que outros
jovens foram selecionados para o treinamento
além dos quatro mencionados por nome. Sem
dúvida, esses quatro foram mencionados devido
a sua experiência singular. Sua lealdade
inabalável a Deus lhes concedeu grandes
recompensas em forma de honra secular e
bênçãos espirituais (ver Dn 2:49; 3:30; 6:2;
10:11).
Outros nomes. Os nomes dados aos jovens hebreus
significavam sua adoção na corte babilônica, um costume
que tem muitos paralelos na história bíblica. José recebeu
um nome egípcio quando iniciou sua carreira na corte do
Egito (Gn 41:45). O nome de Hadassa foi mudado para
Ester (Et 2:7), provavelmente ao se tornar rainha.
Também se verifica esse costume entre os babilônios, em
fontes antigas. O rei assírio Tiglate-Pileser III adotou o
nome Pulu (o Pul bíblico) quando se tornou rei de
Babilônia (ver com. de lCr 5:26; vervol. 2, p. 125, 126), e
Salmaneser V parece ter usado o nome Ululai no mesmo
cargo.
Daniel. Isto é, "Deus é meu Beltessazar. Bêl-balâtsu-utsur, "Bel
juiz". proteja a vida do rei".

Hananias. Ou, "Yahweh é Sadraque. “orden de Aku” (o Deus


misericordioso sumeriano da lua). (Nome
não Babilonico)
Misael. Provavelmente o Mesaque o deus sumeriano Aku:
significado deste “Quem é como Aku”.
nome seja "quem (Nome não Babilonico)
pertence a Deus?"

Azarias . Ou, "Yahweh Abede-Nego. 'Ebed-Nebo, "servo do deus


ajuda". Nabu", um nome que se
encontra num papiro
aramaico encontrado no
Egito.
• “Os novos nomes destinavam-se a ajudá-los a esquecer o passado e a
lealdade a sua religião, adaptando-os à nova situação. Seus nomes antigos
continham o nome do Deus verdadeiro, ao passo que os novos continham
os nomes dos deuses babilônios.” G. Arthur Keough, Deus e nosso destino
– Lição da Esc. Sab., ed. do professor, jan.-mar. 1987, p. 32.

• “Os nomes de Daniel e seus companheiros foram mudados para nomes
que representavam divindades caldéias”. P.R., 480, 481.

• “O rei não compeliu os jovens hebreus a renunciarem sua fé em favor da
idolatria, mas esperava alcançar isto gradualmente. Dando-lhes nomes
significativos de idolatria, levando-os diariamente a íntima associação com
costumes idólatras e sob a influência de sedutores ritos do culto pagão,
ele esperava induzi-los a renunciar à religião de sua nação e unir-se ao
culto dos babilônios.” Ibid.
O grande conflito
Jerusalém X Babilônia
Cidade de Paz X Confusão
Elói X BelMarduk
Daniel X Belssazar

Elementos do Templo
Educação – Alimentação da mente com a educação
Babilônica, devia transformar a mentalidade dos Jovens
(Somos transformados pela contemplação 2 Cor 3:18) –
se perdemos a batalha da mente, perdemos a batalho do
corpo, por isso Prov 4:23.
O grande conflito
Jerusalém X Babilônia
Cidade de Paz X Confusão
Elói X BelMarduk
Daniel X Belsazar

Elementos do Templo
Educação – Alimentação da mente com a educação
Babilônica, devia transformar a mentalidade dos Jovens
(Somos transformados pela contemplação 2 Cor 3:18) –
se perdemos a batalha da mente, perdemos a batalho do
corpo, por isso Prov 4:23.
Isaak Wats
• Escritor de Hinos cristão bastante conhecido na
sua época em London, num concerto ele estava
no meio de pessoas e depois de ser apresentado
(estava muito velho), as pessoas disseram (uma
senhora): O que? Você é esse Isak?
• Ele disse, “Continuo a ser medido pela medida da
minha mente, por que a medida da mente é a
medida do homem”. Podia até estar velho, mas
estava novo na sua mente.
• Prov 23:6 “Assim como pensa na sua mente,
assim ele é”
8 Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do
rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que
lhe permitisse não contaminar-se.

• Há várias razões por que um judeu piedoso evitaria comer da


comida real: (1) os babilônios, como outras nações pagãs, comiam
carnes imundas (ver CRA, 30);
• (2) os animais não eram mortos de forma apropriada segundo a lei
levítica (Lv 17:14, 15);
• (3) uma porção dos animais era oferecida primeiramente como
sacrifício a deuses pagãos (ver At 15:29);
• (4) o consumo abundante de alimento e bebida insalubres era
contrário aos princípios de estrita temperança;
• e (5) Daniel e seus amigos desejavam uma alimentação isenta de
carne (ver Ellen G. White, Material Suplementar sobre Dn 1:8). Os
jovens hebreus se determinaram a não fazer nada que pudesse ser
prejudicial ao desenvolvimento físico, mental e espiritual.
Daniel decide se manter puro (1:8)
• Em vez de escolha
Comida (pat-bag) e bebida forte, estes quatro
jovens hebreus optaram por
Para uma dieta simples de "semente" (Zeroim, às
vezes traduzida "Vegetais“ - "alimento derivado
de plantas", como cereais e vegetais. De acordo
com a tradição judaica, frutas vermelhas e
tâmaras também se incluíam neste termo. Visto
que tâmaras são parte da dieta básica na
Mesopotâmia, é provável que estivessem
incluídas ) e de água natural (v. 12)
11 Então, disse Daniel ao cozinheiro-chefe, a quem o
chefe dos eunucos havia encarregado de cuidar de
Daniel, Hananias, Misael e Azarias:

• Cozinheiro-chefe. Do heb. meltsar, que, de


acordo com registros cuneiformes babilônicos,
deriva do acadiano matsaru, que significa
"guardião" ou "defensor". O artigo "o" no
hebraico indica que não se trata de um nome
próprio. Portanto, não se sabe o nome do
oficial subalterno que foi tutor imediato dos
jovens hebreus
12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e
que se nos deem legumes a comer e água a beber.
• Dez dias. Este parece ser um período curto para se produzir alguma
mudança visível na aparência e no vigor físico. Mas, graças a hábitos de
estrita temperança, Daniel e seus companheiros já tinham uma
aparência saudável (ver PR, 482) resultante dos benefícios de dieta
adequada. Sua recuperação dos rigores da longa marcha desde a
Judeia foi, sem dúvida, mais notável do que a de outros cativos que
não cultivavam hábitos saudáveis. No caso de Daniel e de seus três
companheiros, o poder divino se uniu ao esforço humano, e o
resultado era perceptível (cf. PP, 214). A bênção de Deus acompanhou a
nobre resolução dos jovens de não se contaminar com as iguarias do rei.
Eles sabiam que a indulgência para com alimentos e bebidas
estimulantes os impediria de assegurar pleno desenvolvimento físico e
mental. O cozinheiro-chefe "supunha que um regime de abstenção
tornaria esses jovens pálidos, de aparência doentia [...], ao passo que a
alimentação [...] da mesa do rei os tornaria corados e belos, dando-lhes
capacidade física superior" (CRA, 31), mas se surpreendeu quando viu
que os resultados eram contrários às suas suposições.
Deus reverte a Historia dos perdedores
• A reversão que ocorre neste caso envolve um
jogo no Número "dez". Os jovens hebreus
tiveram um teste “10-dias" com Uma dieta
especial e mais tarde demonstraram uma
superioridade Perspicácia mental quando
examinada pelo próprio rei no Período de
formação de três anos.
Teriam Daniel e seus companheiros
literalmente se tornado eunucos em Babilônia?
R. Esta é uma questão frequentemente levantada, e que tem sido longamente
debatida, o que demonstra que desperta algum tipo de preocupação em
algumas pessoas. Sendo assim, merece uma resposta honesta, baseada nos dados
disponíveis. É conhecido que os reinos orientais costumeiramente contavam com
eunucos a serviço dos reis, porque se acreditava que eles seriam menos inclinados
a conspirar contra o governante.
Os comentaristas se dividem entre aqueles que respondem afirmativamente à
questão e aqueles que respondem de forma negativa.
Entre estes últimos, pode-se mencionar Montgomery, que argumenta
extensivamente para sustentar sua posição. Sendo que Nabucodonosor solicitou
jovens sem nenhum defeito, não faria sentido tal exigência se ele planejasse
mutilá-los mediante a castração quando chegassem a Babilônia. Um argumento
linguístico é que saris, a forma singular do termo Hebraico traduzido “eunucos” no
v. 3, pode fazer referência a um oficial da corte que não era necessariamente um
eunuco. Argumenta-se que Potifar é denominado um saris ou “oficial” em Gênesis
37:36; 39:1, embora ele tivesse uma esposa. Para alguns, este seria um argumento
irrefutável, que comprovaria que Daniel não se tornou um eunuco da forma como
veio a ser entendida posteriormente.
• James A. Montgomery, A Critical and Exegetical Commentary on the Book of Daniel, S. 119.
• Charles H. H. Wright, Daniel and His Critics (London: Williams & Norgate, 1906), 5.
O argumento daqueles que afirmam que sim, Daniel e seus companheiros foram
castrados, baseia-se em algumas inferências do texto bíblico e análise linguística. Em
primeiro lugar, deve ser observado que Daniel e seus companheiros foram colocados
sob a autoridade de Aspenaz, o chefe dos eunucos (Dn 1:3).
Em segundo lugar, aponta-se para uma profecia de Isaías, na qual se declara que “dos
teus próprios filhos, que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no palácio do
rei de Babilônia” (Is 39:7). Esta foi uma mensagem dirigida ao rei Ezequias de Judá,
após a visita dos mensageiros de Babilônia, impressionados com o retrocesso de dez
graus observado nos relógios de sol de então (cf. Is 38:7, 8). O texto de Daniel informa
que Nabucodonosor deu ordens para que fossem levados para Babilônia “alguns dos
filhos de Israel,... da linhagem real [e] dos nobres” (Dn 1:3). É entendido que Daniel era
da linhagem real, “descendente direto de Zedequias”, rei de Judá, e que se cumpriu a
profecia de Isaías. O tornar-se “eunuco” é parte do juízo e, portanto, a palavra em si
implica humilhação. Se o significado fosse que os descendentes do rei Ezequias se
tornariam oficiais na corte babilônica, isto não seria de todo desagradável ao rei. Mas
a perspectiva de que eles seriam humilhados pela castração e, assim, incapacitados
para perpetuar sua linhagem, soaria realmente como uma sentença de juízo.
Cf. Ellen G. White, Educação, 9a ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), 54.
Jacques B. Doukhan, Secrets of Daniel, 16. Cf. Flávio Josefo, Antiquities 10. 186; Talmude b. Sanhedrin 93b.
Expressões importantes
Magos. Do heb. chartummim, palavra que ocorre apenas no
Pentateuco (Gn 41:8, 24; Êx 7:11, 22; 8:7, 18) e em Daniel (aqui e em
2:2). É um empréstimo do termo egípcio cheri-dem, no qual cheri
significa "chefe" ou "homem importante", e dem, "mencionar um
nome em magia". Portanto, um cheri-dem é um "chefe dos magos" ou
"mago principal". A palavra não era usada em Babilônia e não se
encontra em fontes cuneiformes. Com certeza Daniel aprendeu esse
termo com a leitura do Pentateuco, e não estaria necessariamente
familiarizado com termos técnicos egípcios. Daniel conhecia bem os
livros de Moisés e era um estudante ávdo dos escritos sagrados de seu
povo (ver Dn 9:2). O uso deste termo hebraico, emprestado do egípcio,
ilustra como o estilo do profeta e sua escolha das palavras eram
influenciados pelo vocabulário da Bíblia hebraica então disponível.
Expressões importantes
Encantadores. Do heb. 'ashafim, um empréstimo do acadiano ashipu,
"exorcista". Adivinhação, magia, exorcismo e astrologia eram comuns entre os
povos antigos; mas, em alguns lugares como Babilônia, eram praticados por
homens da ciência. Previam-se eventos futuros buscando por sinais nas
entranhas de animais sacrificados ou no voo dos pássaros. Praticava-se a
adivinhação inspecionando-se o fígado de animais sacrificados
(hepatoscopia), e comparandoo com fígados "modelos" de argila com
inscrições. Esses modelos, como os manuais modernos de quiromancia,
continham explicações detalhadas das diferenças de formas e instruções para
interpretação. Vários modelos de fígado de argila foram encontrados em
escavações na Mesopotâmia. Antigos adivinhos tinham muitos métodos.
Algumas vezes, buscavam conselho derramando óleo na água e interpretando
a forma como se espalhava (lecanomancia), ou sacudindo flechas na aljava e
observando a direção em que caía a primeira (belomancia; ver Ez 21:21).
Expressões importantes
• Magos. Do heb. charturmnim, um empréstimo do
egípcio (ver com. de Dn 1:20).
Encantadores. Do heb. 'ashafim, um empréstimo do
acadiano (ver com. de Dn 1:20).
Feiticeiros. Do heb. mekashefim, de uma raiz que
significa "usar encantamentos". Os babilônios os
chamavam pela palavra cognata kashapu. O
mekashefim professava ser capaz de produzir feitiços
(ver com. de Êx 7:11). A lei mosaica ordenava pena de
morte sobre os que praticavam magia negra (Lv 20:27;
cf. 1Sm 28:9).
Caldeus. Do heb. Kasdim (ver com. de Dn 1:4).
21 Daniel continuou até ao primeiro
ano do rei Ciro.
21. Até ao primeiro ano. Alguns comentaristas veem uma aparente contradição entre
este versículo e a declaração de Daniel 10:1 de que o profeta recebeu uma visão no
terceiro ano de Ciro. O texto, no entanto, não indica necessariamente que a vida de
Daniel não se estendeu além do primeiro ano de Ciro. Daniel pode ter se referido a
essa data por causa de eventos especiais ocorridos naquele ano. Alguns sugerem que
o evento foi o decreto do primeiro ano do rei Ciro que marcou o fim do exílio
babilônico (2Cr 36:22, 23; Ed 1:1-4; 6:3). Esse decreto foi o cumprimento de uma
importante profecia que Daniel estudara com atenção, a saber, a profecia de Jeremias,
de que o exílio duraria 70 anos (Jr 29:10; Dn 9:2). Daniel viveu no exílio desde o
primeiro cativeiro, em 605 a.C. até o tempo em que o decreto foi feito por Ciro,
provavelmente no verão de 537 a.C . (ver vol. 3, p. 86, 88). Daniel pode ter desejado
informar seus leitores que, embora tivesse sido levado no primeiro cativeiro, ainda
estava vivo na época em que o exílio terminou, cerca de 70 anos depois. Além disso,
parece lógica a conclusão de que o cap. 1 e talvez alguns outros capítulos não foram
escritos até o primeiro ano de Ciro. Essa data explica o uso de empréstimos do idioma
persa. Daniel, outra vez, ocupava um cargo oficial, sob o domínio persa, pouco depois
da queda de Babilônia (Dn 6:1, 2), e o contato com oficiais persas, sem dúvida, lhe
acrescentou ao vocabulário algumas palavras persas usadas na composição de seu
livro.
Chegamos aqui ao ano 536 a.C. quando Ciro
tornou-se o primeiro imperador da Pérsia como
império mundial. A antiga Pérsia é hoje ocupada
em parte pelo moderno Irã, que passou a adotar
esse nome a partir de 1935.
Deus em Dan 1
• É soberano sobre o seu povo;
• Protege os seus;
• Muda as circunstancias;
• O povo de Deus
• Encontramos um remanescente obediente e fiel a
Deus;
• Deus está em primeiro lugar, desprezam as
situações;
• Povo Contra de o povo de Deus
• Perde no Final
Daniel II
• Neste capítulo vemos predito o futuro do mundo gentílico
na era dos "últimos dias" (2.28). Isto alcança os tempos da
vinda de Jesus e o estabelecimento do Milênio: "Mas, nos
dias destes reis, o Deus do céu, suscitará um reino que não
será jamais destruído; este reino não passará a outro povo:
esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo
subsistirá para sempre" (2.44).
• A matéria profética deste capítulo é tão importante que
vem repetida no capítulo 7. Uma das diferenças é que aqui,
no capítulo 2, a revelação divina veio por meio de um
sonho profético de Nabucodonosor; e no capítulo 7, por
meio de uma visão profética concedida a Daniel.
Cap 2. A Visão: Onde estará o povo da
aliança?
• A primeira visão responde à pergunta: "O que
acontecerá ao reino de Judá? Sem este reino, eles
temiam que eles Identidade, ser dispersos entre
outras nações, e esaparecer do a Terra. A
primeira visão responde a esta preocupação
quando Deus demonstra O rei de Babilônia que
Ele está no controle de todos os reinos e que Sua
Reino finalmente seria estabelecido um dia e
duraria para sempre (2:44)
• Por causa dos bens do templo e o çerco que
houve, podia parecer aos Israelitas que a
promessa que Deus deu a Davi de que seus
descendentes se sentariam no seu trono para
sempre haviam sido quebrados (2 Sam 7: 14-
16, 29).
• Os sábios da Babilônia São envergonhados (v.2,4, 10).
Deus se comunica com o Rei e deixa o sonho em
impressões que ninguém o enganasse. O sonho era
acerca do historia das nações, do futuro (Dan 2:28
• Por que Deus se comunicou com Nabocudinosor? Duas
hipótese:
1. Deus encontra o pecador onde está!
2. Mecanismo de Exaltação dos verdadeiros filhos.
Facilitar a credibilidade da mensagem.... Ex: o sonho do
copeiro e do padeiro e a interpretação de José.... Se
tivesse sido Daniel a ter o sonho, talvez não tivesse
influenciado o Rei;
NB. O facto do Rei receber sonho, não o transforma em
Profeta, aquele que fala em Nome de Deus. Pois, quem
falou em nome de Deus, mesmo tendo sido sonho do
Outro foi Daniel.
O rei teria Esquecido o sonho?
• Embora o rei tivesse ficado impressionado
com o sonho, quando ele se despertou
percebeu que lhe era impossível recordar os
detalhes (ver PR, 491). Alguns sugeriram que
Nabucodonosor não se esqueceu do sonho e
que estava testando a habilidade dos supostos
sábios. Mas o rei parece preocupado demais
em saber do sonho e de sua interpretação
para usar a ocasião para testar os que
pretendiam ser seus intérpretes
5. O assunto me tem escapado (ACF). Alguns traduzem a
expressão como: "a coisa está certa comigo" ou "uma
coisa é certa" (ARA). Essas traduções alternativas se
baseiam na suposição de que o termo aramaico 'azda'
seja um adjetivo em vez de verbo. A tradução da ACF se
fundamenta na LXX e em Rashi [1040-1105, comentarista
bíblico judeu], que traduz 'azda' como "foi". Qualquer
que seja o significado adotado não há dúvida sobre a
incapacidade de Nabucodonosor de recordar os detalhes
do sonho (ver com. do v. 3). O sonho foi tirado do rei
propositadamente, para que os sábios não lhe dessem
uma falsa interpretação (ver FEC , 412).
Buscaram a Daniel. O profeta e seus amigos não teriam
sido procurados se ainda não fizessem parte do grupo dos
"sábios". Portanto, a opinião de que ainda estavam em
treinamento não é correta (ver com. de Dn 1:18). O fato
de terem concluído o treinamento havia pouco tempo é
suficiente para explicar por que não foram chamados
para interpretar o sonho. O monarca teria chamado
apenas os de mais experiência, representantes de todo o
conhecimento de sua arte. O rei e os próprios sábios não
chamaram Daniel e seus três amigos, assim como
médicos especialistas, diante de uma enfermidade do rei,
também não consultam colegas inexperientes e recém-
formados.
16 Foi Daniel ter com o rei e lhe pediu designasse o tempo, e ele
revelaria ao rei a interpretação.

Designasse o tempo. Uma das coisas que enfureceram o rei era que os
sábios estavam tentando adiar a resposta (ver com. do v. 8).
Obviamente o rei ainda estava perturbado com o sonho, e pode ter
ficado feliz com a perspectiva de uma solução para o mistério que lhe
incomodava. Visto que Daniel não tinha sido consultado previamente,
o rei deve ter julgado justo dar-lhe uma oportunidade. Em seu
contato prévio com esse jovem judeu cativo, com certeza
Nabucodonosor tinha ficado impressionado positivamente com a
sinceridade e habilidade de Daniel.
A fidelidade prévia de Daniel nas pequenas coisas abriu as portas para
as maiores. Interpretação. A solicitação de Daniel diferia do pedido dos
caldeus. Os sábios pediram que o rei lhes contasse o sonho.
Daniel pediu apenas tempo, e assegurou ao rei que a interpretação
seria dada.
Todo problema é um chamado a
oração
vs. 1-16 problema: Falta do conhecimento
relacionado com a revelação de Deus (que levou ao
decreto de Morte);
Vs. 18-19 Chamado a oração (solução);
v. 20-23 louvor a Deus: Tempo, Historia, Sabedoria;
v.26-28 há um Deus no céu;
v.29-36 descrição do sonho;
v. 37 interpretacao
Interpretação: Que reinos são simbolizados na estátua
de Daniel 2?
Há duas principais interpretações para os quatro impérios dos capítulos 2 e 7 de Daniel. Os eruditos
liberais interpretam os reinos como Babilônia, Média, Pérsia e Grécia. Como se percebe, tais
intérpretes defendem a presença de um Império Medo separado, seguido por um terceiro reino,
que seria a Pérsia. O principal argumento para sustentar esta posição é a referência a um rei
identificado como Dario, o Medo, em algumas passagens do livro (5:31; 11:1).
Esta posição é criticada pelo fato de que não existiu um Império Medo, como tal, mas tão-somente
um reino dos Medos que, em algum momento, rivalizava com Babilônia, mas que nunca chegou a
dominar um território comparável aos outros impérios. A história registra que Ciro derrotou Astíages,
o último rei da Média, por volta de 550 a.C., e fundiu os Medos e Persas em um único Império Medo-
Persa, antes de atacar Babilônia em 539. Além disso, no livro de Daniel encontramos alguns
marcadores que apontam para a existência de um reino unido de Medos e Persas: (1) o Império
Babilônico seria dividido e dado aos Medos e Persas (5:28);
(2) a referência à lei dos Medos e Persas (6:8), implicando a existência de uma só lei;
e (3) o símbolo de um carneiro para representar o império unido dos Medos e Persas (8:20) – os dois
chifres apontam para cada um dos povos.
Dispomos, portanto, de evidência interna conclusiva do texto que lança por terra a ideia de dois
impérios separados, e fortalece aquela mantida pelos conservadores, de que houve um reino
formado por dois povos, os Medos e Persas, sob a liderança deste último. A divisão do Império Medo-
Persa em dois impérios sucessivos é parte da tentativa dos intérpretes liberais em fazer coincidir o
personagem simbolizado pelo chifre pequeno com o rei selêucida Antíoco IV Epifânio. Mas, como
argumentado acima, não há base na Bíblia para sustentar esta posição.
• A segunda posição é aquela sustentada pelos eruditos conservadores,
seguindo a antiga tradição judaica e cristã, que consideram os quatro
reinos como “Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia (e suas divisões após a
morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C....) e Roma.

• Já os primeiros pais da igreja, em geral, identificavam os reinos


simbolizados na estátua desta forma. Estas identificações se tornam
virtualmente certas à luz de uma correlação dos dados do capítulo 2
com aqueles dos capítulos 7 e 8...” “Esta interpretação encontrou ampla
aceitação entre comentaristas antigos e recentes. É encontrada
consistentemente no Talmude (e.g., ‘Abod. Zar. 2b) e entre comentaristas
judeus medievais como R. Saadiah Gaon, R. Moshe ben Maimon, e R.
Moshe ben Nachman. Esta tendência tem sido seguida, no principal,
dentro do judaísmo tradicional.”

• Considerando que Roma somente aparece na história de Israel no ano


63 a.C., é forçoso admitir que a profecia dos quatro reinos é uma
predição real de eventos futuros, destacando mais uma vez a soberania
de Deus sobre os reinos deste mundo.
Babilônia
O reino. O território que Nabucodonosor governava tinha uma história longa e diversificada e
estava sob domínio de diferentes povos e reinos. Em Gênesis, a cidade de Babilônia fazia parte
do reino fundado por Ninrode, o bisneto de Noé (Gn 10:8-10). Existiram várias cidades-estados
nos vales do Tigre e do Eufrates em época muito antiga.
1) Dinastia Sumeriana
Mais tarde, alguns povos foram reunidos e formaram reinos sumérios.
2) Dinastia Acade
Depois do primeiro período de dominação de Sumer, surgiu o reino de Acade, com seus grandes
reis semitas, Sargão e Naram-Sin. Porém, esses semitas foram substituídos por diferentes
nações, como os guti, elamitas e sumérios.
3) Babilonico
Eles, por sua vez, tiveram que dar lugar aos semitas que fundaram o antigo império babilônico,
o qual floresceu na época dos últimos patriarcas.
Esse império amorreu, do qual Hamurábi foi o rei mais importante, chegou a incluir toda a
Mesopotâmia e a se expandir até a Síria, como o império acadiano de Sargão.
Mais tarde, a Mesopotâmia foi tomada pelos hurritas e cassitas, e Babilônia se tornou menos
importante do que os poderosos impérios heteu e egípcio.
3ª) Dominação dos Assírios
Então, ao norte da Mesopotâmia surgiu outra potência, o
império assírio, que outra vez uniu a Mesopotâmia e a
Ásia Ocidental ao Mediterrâneo.
4) Império Neo-babilônico
Após um período de domínio assírio, Babilônia se tornou
novamente independente sob o domínio caldeu e voltou
a assumir a liderança do mundo. Nabopolassar (626-605
a.C.) foi o fundador do chamado império caldeu ou
neobabilônico, que teve seu período áureo nos dias de
Nabucodonosor (605-562 a.C.) e durou até a conquista de
Babilônia pelos medos e persas, em 539 a.C.
• Animais do campo. Ver Jr 27:6; 28:14 cf. Gn 1:26. Uma representação
adequada do domínio babilônico na época de Nabucodonosor. O modo
como antigos reis incluíam o mundo animal em sua esfera de domínio é
ilustrado por uma declaração de Salmaneser III: "Ninurta e Palil, que
amam meu sacerdócio, me deram todos os animais do campo."
• A seguinte passagem da chamada inscrição da "East India House" (Casa da
Índia Oriental) é típica da evidência arqueológica que confirma a descrição
de Daniel sobre as conquistas de Nabucodonosor:
"Em seu [de Marduque] excelso serviço, percorri países distantes, montanhas
remotas desde o mar Superior [Mediterrâneo] até o mar Inferior [golfo
Pérsico], sendas íngremes, caminhos obstruídos, por onde não se pode
passar, [onde] não há lugar para pôr o pé, [também] rotas não traçadas, [e]
caminhos desérticos. Subjuguei o desobediente; capturei os inimigos,
estabeleci justiça na terra; exaltei o povo; bani para longe do meu povo os
maus."
Outro reino, inferior. Como a prata é inferior ao ouro, o
império medo persa seria inferior ao neobabilônico.

• Alguns comentaristas explicam que o termo "inferior"


significa "mais abaixo na imagem" ou "abaixo". A
expressão significa corretamente "para baixo", "para a
terra", mas neste versículo, Daniel fala, não da posição
relativa dos metais, mas de nações. Ao se comparar os
dois reinos, observa-se que embora o segundo
incluísse mais território, foi certamente inferior em
luxo e magnificência. Os conquistadores medos e
persas adotaram a cultura da complexa civilização
babilônica, pois a deles era bem menos desenvolvida.
Medo-Persa
• Esse segundo reino da profecia de Daniel é chamado, às vezes, de império medo
persa porque começou como uma coligação da Média e da Pérsia.
• Ele incluía o mais antigo império medo e as novas aquisições do conquistador
persa Ciro. O segundo reino não pode ser o império medo apenas, como
defendem alguns, para a Pérsia ser o terceiro. O império medo era contemporâneo
do neobabilônico, não seu sucessor.
• A Média foi conquistada por Ciro, o persa, antes da queda de Babilônia. O fato de
que, após a morte de Belsazar, Dario, o medo, "foi constituído rei sobre o reino dos
caldeus" (Dn 9:1) não significa que havia um império medo independente depois
do babilônico e antes de os persas assumirem o domínio (ver vol. 3, p. 33-41, 84-
87). Dario, o medo, governou Babilônia com permissão do verdadeiro
conquistador, Ciro (ver Nota Adicional a Daniel 6), como já sabia Daniel. O profeta
se refere repetidas vezes à nação que conquistou Babilônia, a qual Dario
representava, como os "medos e persas" (ver com. de Dn 5:28; 6:8, 28), e descreve
esse duplo império em outros lugares pelo uso de um só animal (ver com. de Dn
8:3, 4).
• Origem:
• A origem dos medos e persas não é clara, mas acredita-se que, por
volta do ano 2000 a.C .,
• 1) Os Persas
• Várias tribos arianas, conduzidas pelos madai (medos) começaram a
migrar do que é o atual sul da Rússia para o que, mais tarde,
tornou-se o norte da Pérsia, onde surgiram, pela primeira vez na
história, no 9° século (ver com. de Gn 10:2; ver vol. 3, p. 35, 36).
• Entre esses arianos estavam também os persas, que se
estabeleceram nas montanhas Zagros, na fronteira com Elão, mais
tarde, no 9° século a.C.
• Provavelmente por volta de 675 a.C., seu governante se
estabeleceu como rei da cidade de Ansan. Ali, ele e seus
descendentes governaram em relativa obscuridade.
• No começo do 6° século, eles eram vassalos do rei medo, e
governavam um estado fronteiriço relativamente insignificante no
grande império medo, que se estendia desde a parte oriental da
Ásia Menor pelo norte e leste do império babilônico
Em 553 ou 550 a.C., Ciro, que tinha se tornado rei da
Pérsia como vassalo do império medo, derrotou Astíages,
da Média. Assim os outrora subordinados persas se
tornaram o poder dominante no que havia sido o império
medo. Visto que eram o poder dominante desde o tempo
de Ciro, os persas são mencionados como império persa.
Mas o antigo prestígio da Média refletiu-se na frase
"medos e persas", aplicada aos conquistadores de
Babilônia nos dias de Daniel e mesmo depois (Et 1:19;
etc.). A posição honrosa de Dario, o medo, após a
conquista de Babilônia, demonstra o respeito de Ciro para
com os medos, mesmo quando ele próprio tinha
realmente o poder (ver vol. 3, p. 36-38, 85, 86).
Yawan
A palavra hebraica para Grécia é Yawan (]avã), que é o nome de
um dos filhos de Jafé.
Javã é mencionado na genealogia imediatamente depois de
Madai, o progenitor dos medos (ver com. de Gn 10:2). Por volta da
época em que os israelitas estavam se estabelecendo em Canaã,
essas tribos indo-europeias, mais tarde chamadas de gregos,
estavam migrando em ondas sucessivas para a região do mar
Egeu (a Grécia continental, as ilhas e costas ocidentais da Ásia
Menor), conquistando ou expulsando os habitantes mediterrâneos
anteriores. Esses deslocamentos estavam relacionados à migração
dos povos do mar (que incluíam os filisteus) à costa oriental do
Mediterrâneo. Os gregos jônicos se encontravam no Egito, na
época de Psamético (663-610 a.C.), e em Babilônia, durante o
reinado de Nabucodonosor (605-562 a.C .), como confirmam
registros escritos.
A Grécia estava dividida em pequenas cidades-
estados com um idioma comum, mas com pouca
ação unificada. Quando se pensa na Grécia antiga
visualiza-se principalmente a era áurea da
civilização grega, sob a liderança de Atenas, no 5°
século a.C. Esse florescimento da cultura grega
aconteceu após o período de maior esforço unido
das cidades-estados autônomas: a exitosa defesa da
Grécia contra a Pérsia por volta da época da rainha
Ester (sobre as guerras persas
"Grécia" (Dn 8:21) não se refere às cidades-estados
autônomas da Grécia clássica, mas ao reino macedônico
posterior que conquistou a Pérsia.
Imperio Macedonico
A Macedônia, uma nação consanguínea situada ao norte
da Grécia propriamente dita, conquistou as cidades
gregas e as incorporou pela primeira vez a um estado
forte e unificado. Alexandre o Grande, depois de ter
herdado de seu pai o recém-expandido reino
grecomacedônico, se pôs em marcha para estender o
domínio macedônico e a cultura grega em direção ao
Oriente, e venceu o império persa . A profecia representa
o reino da Grécia como vindo depois do da Pérsia, porque
a Grécia nunca se uniu para formar um reino até a
fundação do império macedônico, que substituiu a Pérsia
como o principal poder mundial daquela época
• O último rei do império persa foi Dario III
(Codomano), que foi derrotado por Alexandre
nas batalhas de Grânico (334 a.C.), Isso (333
a.C.) e Arbela ou Gaugamela (331 a.C.; sobre o
período de Alexandre e as monarquias
helenísticas,
Roma
Em cerca de 500 a.C.,
• O estado romano se tornou uma república e permaneceu assim por
aproximadamente 500 anos. Por volta de 265 a.C., toda a Itália
estava sob controle romano. Por volta do ano 200 a.C., Roma saiu
vitoriosa da batalha com seu pode roso rival norte-africano Cartago
(originalmente uma colônia feníci a).
• Desde então, Roma dominou o mediterrâneo ocidental e se tornou
mais poderosa do que qualquer um dos estados do Oriente,
embora ainda não os tivesse enfrentado. Daí em diante, Roma
primeiro dominou e depois absorveu, um após outro, os três reinos
que restaram dos sucessores de Alexandre (ver com. de Dn 7:6) e,
assim, tornou-se o poder mundial seguinte, depois do império de
Alexandre. Esse quarto império foi o que mais durou e o mais
extenso dos quatro, sendo que, no 2° século da era cristã, estendia-
se desde a Grã-Bretanha até o Eufrates
• Misturar-se-ão com semente humana (ARC). Muitos comentaristas aplicam isso
aos matrimônios entre membros da realeza, embora o significado da declaração
possa ser mais amplo (ver ARA). A palavra para humana é 'enash, "humanidade".
"Semente" significa descendentes. Portanto, pode também se tratar de uma
indicação geral de migrações de população, mas que mantêm fortes vínculos com
o nacionalismo. A LXX têm muitas variações do texto mas sorétíco. Os v. 42 e 43
dizem: "Os dedos dos pés certa parte de ferro e certa parte de barro, certa parte
do reino será forte e certa parte será quebrada. E como viste o ferro misturado
com o barro, haverá mistura entre nações [ou entre gerações] de homens, mas
eles não concordarão [literalmente, 'não pensarão o mesmo'], nem serão
amigáveis uns com os outros, assim como é impossível misturar ferro com barro."
A tradução que Teodócio faz de Daniel, que praticamente suplantou a LXX, é mais
parecida com o texto massorético; no entanto, mesmo essamostra variações: "Os
dedos dos pés certa parte de ferro e certa parte de barro, certa parte do reino será
for te e desta [uma parte] será quebrada. Porque viste o ferro misturado com o
barro, haverá mistura na semente dos homens, e não se fundirão este com aquele,
assim como ferro não se mistura com barro."
• Não se ligarão. A profecia de Daniel sobreviveu e sobreviverá à prova do tempo.
Alguns poderes mundiais têm sido fracos, outros fortes. O nacionalismo continua
com vigor. Tentativas de unir em um grande império as diferentes nações que
surgiram do quarto poder fracassaram. Temporariamente, algumas partes se
uniram , mas a união não se provou pacífica ou permanente. Também têm havido
muitas alianças políticas entre as nações. Estadistas visionários procuram de
diversas formas construir uma federação de nações que trabalhem com êxito, mas
todas essas tentativas têm sido frustradas .

A profecia não declara especificamente que não poderia haver uma união
temporária de diferentes elementos, por meio da força das armas ou dominação
política. Porém, declara que as nações constituintes, caso se realizasse tal união,
não se fundiriam de forma orgânica e permaneceriam mutuamente receosas e
hostis. Uma federação criada sobre tal fundamento está destinada à ruína. O êxito
temporário de algum ditador ou nação deve, portanto, não ser rotulado como uma
falha da profecia de Daniel. No final, Satanás conseguirá uma união temporária de
todas as nações (Ap 17:12-18; cf. Ap 16:14; GC, 624), mas esta será breve, e num
curto período os elementos que a compõem se voltarão um contra o outro (GC,
656; PE, 290).
• 44. Suscitará um reino. Muitos comentaristas têm
tentado fazer deste detalhe da profecia uma previsão
do primeiro advento de Cristo e a conquista
subsequente do mundo pelo evangelho. Este "reino",
porém, não existiria ao mesmo tempo em que qualquer
um dos demais reinos; ele sucederia a fase ferro e
barro, que ainda não tinha chegado quando Cristo
estava na Terra. O reino de Deus ainda estava no
futuro, como afirmou claramente a Seus discípulos na
última Ceia (Mt 26:29). Será estabelecido quando
Cristo vier no dia final para julgar os vivos e os mortos
(2Tm 4:1; cf. Mt 25:31-34).
λίθος ἐξ ὄρους (Dan 2:34 BGT)
45. Pedra. Do aramaico 'eben, idêntico ao heb. 'eben, "uma só
pedra", termo usado para se referir a lascas de pedras, pedras para
se atirar com fundas, pedras talhadas, vasilhas de pedra, pedras
preciosas. A palavra "rocha", com frequência usada em referência
a Deus (Dt 32:4, 18; 1Sm 2:2; etc.), vem do heb. tsur, em vez de
'eben. Não se pode afirmar que exista uma relação entre o símbolo
de Daniel para o reino de Deus e a figura de uma rocha ou pedra
usada em outra Escritura. A interpretação oferecida por Daniel é
suficiente para identificar o símbolo.

Sem auxílio de mãos. Esse reino tem origem sobre-humana. Será


fundado pela poderosa mão de Deus, e não pelas mãos
engenhosas do ser humano.
• O último reino mundial (2.44,45). Esse reino é proveniente do Céu.
Ele será implantado sem intervenção humana.
• O versículo 34 diz: "Uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos".
Essa pedra é Cristo (At 4.11; 1 Co 10.4; 1 Pe 2.4). Uma montanha
nada mais é do que barro sob diferentes formas. Isto fala de Jesus
que nasceria como homem aqui na terra (Is 53.3), sem intervenção
humana, isto é, sendo gerado pelo Espírito Santo, e não pelo
homem.
• Algo idêntico ocorrerá quando o reino de Deus for estabelecido
aqui brevemente, ou seja, sem auxílio humano. Jesus não será
nomeado e entronizado pelo homem. Sua conquista não será
efetuada por armas carnais. (Ler 2 Tessalonicenses 2.8.) Quanto à
expressão "sem o auxílio de mãos" (v. 45), isto é, sem o auxílio de
mãos humanas, o leitor deve ler Daniel 8.25 e Lamentações 4.6.
46. O rei [...] se inclinou. Do aramaico segad, palavra que
normalmente parece indicar adoração verdadeira. Pela ordem do texto
original, o rei já estava prostrado com o rosto em terra; então deve
significar mais que inclinar-se. Segad é usado no cap. 3 para descrever
a adoração à imagem de ouro exigida pelo rei, mas recusada pelos
hebreus. As palavras hebraicas para "oferta de manjares" e "suaves
perfumes", combinadas com a palavra para "oferta", também indicam
claramente adoração. Não se diz se Daniel permitiu esses atos sem
protestar. O registro diz apenas que Nabucodonosor ordenou que se
oferecessem a Daniel oferta de manjares e suaves perfumes, mas não
diz que isso foi realizado. Daniel pode ter, com tato, chamado atenção
ao que ele já tinha afirmado, que a revelação viera do Deus dos céus e
que ele não a tinha recebido por ser superior em sabedoria (Gn 17:3;
2Sm 9:6; 14:4).
Deus em Dan 2
• É soberano sobre a Historia e sobre as nações;
• A historia está nas mãos de Deus;
• Muda as circunstancias;
O povo de Deus
• Encontramos um remanescente obediente e fiel a Deus
chamado a ser interprete da sabedoria de Deus;
• Honrado pela sua diplomacia e respostas centradas em
Deus;
Povo Contra de o povo de Deus
• A sua sabedoria é dispresada por Deus;
• São incapazes de conhecer a ciência de Deus (1Car 2:13-14)
• A reversão principal neste episódio é encontrada
no fato de que Daniel conseguiu exatamente
onde falharam os sábios de Babilônia. A partir de
Surgiram outras reversões: uma notável mudança
de atitude na Parte de Nabucodonosor, e um
status novo e exaltado para Daniel E seus três
companheiros, um que deu a estes cativos a
autoridade Sobre o povo babilônico que os havia
levado cativos (2:46 ‫ ְסגַד‬cegid – homenagem,
muito proxima a adoração- Aramaic)!
Capitulo 3
Estatua de 27 h e 2,7 L.

Rebelião contra Deus para atender as suas ambições,


pois o fato de ser de Ouro louvava a
Nabocudonozzor e seus deuses (3:12)
3.1 O rei Nabucodonosor fez uma
estátua de ouro (Quando?)
Não se dá nenhuma data para os acontecimentos deste capítulo. O
nome do rei é a única indicação de quando ocorreram. A LXX e a
tradução grega de Teodócio datam os eventos no 18° ano de
Nabucodonosor. Eles concluem que os tradutores acreditavam que a
imagem colossal foi erigida para marcar a conquista final de
Jerusalém. No entanto, essa cidade não foi destruída no 18° ano de
Nabucodonosor, mas no 19° (2Rs 25:8-10). Por isso, alguns eruditos
consideram isso como uma interpolação
A data 580 a.C., sugerida por alguns, deriva da cronologia de Ussher
(ver vol. 1, p. 158, 175) e não tem base histórica adequada. Alguns
comentaristas colocam esta narrativa no período seguinte à loucura
de Nabucodonosor descrita no cap. 4, mas essa posição é
infundada, como se demonstrará.
A influência do sonho (Dn 2) sobre os eventos do cap. 3 (ver
PR, 504, 505) implica que os eventos do cap. 3 não podem ser
datados na última parte do reinado de Nabucodonosor.

Alguns sugerem a data 594/593, pela seguinte razão: essa


data coincide com o quarto ano de Zedequias, que nesse ano
viajou a Babilônia (Jr 51:59). É possível que a viagem tenha
sido feita em resposta à convocação de Nabucodonosor a
todos seus governadores e vassalos, "todos os oficiais das
províncias" (Dn 3:2), para estar em Babilônia para
homenagear a imagem que o rei tinha erigido. Como
Zedequias era de caráter fraco e vacilante, dificilmente era de
se esperar que tivesse zelo religioso como o que
impossibilitou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego de obedecer
à ordem do rei. Porém, datar o evento na época da visita de
Zedequias não passa de uma possibilidade (ver San, 27).
O que levou o rei a levantar a estatua?

Como sugerido por Calvino, foram os “conselheiros” do rei que o


incitaram e “elaboraram o plano... para a construção da estátua.”
Esta “suposição provável” é corroborada por Ellen White, quem
afirma que “os sábios do seu reino, tirando vantagem” da impressão
causada pelo sonho, e também pelo “retorno à idolatria”,
“propuseram-lhe que fizesse uma imagem semelhante àquela vista
em sonho, e a erguessem em lugar onde todos pudessem
contemplar a cabeça de ouro, que tinha sido interpretada como
representando o seu reino.”
E. G. White, Profetas e reis, 504.
O Tamanho da estátua

Críticos apontam as proporções da imagem, 60 x 6 côvados, cerca de 27 x 3


m, como evidência do caráter lendário da história, porque as proporções da
figura humana são inferiores a 5 x I. No entanto, não se sabe a aparência da
imagem. É bem possível que a parte da imagem em si medisse menos que a
metade da altura total e ficasse num pedestal de 30 côvados de altura ou
mais, de forma que toda a estrutura, pedestal e imagem, tivesse 60 côvados
de altura. A Estátua da Liberdade, em Nova York, tem uma altura total de 92
m , e metade disso é o pedestal; a imagem tem 46 m dos pés ao topo da
cabeça. J. A. Montgomery observa que a palavra aramaica tselem, traduzida
como "imagem", é usada numa inscrição aramaica do 7° século encontrada
em Nerab, próximo a Alepo, para descrever uma estela que está esculpida
parcialmente. Apenas a parte superior está decorada com o relevo do busto
de um corpo humano. Portanto, tselen, "imagem", não se limita à descrição
de uma figura humana ou outra representação, mas pode incluir também o
pedestal.
Sessenta côvados de altura. As medidas da imagem
testemunham do uso do sistema sexagesimal (um sistema
baseado no número 60) em Babilônia, uso confirmado
também por fontes cuneiformes. O sistema sexagesimal de
cálculo foi uma invenção dos babilônios. Esse sistema tem
algumas vantagens sobre o decimal. Por exemplo, 60 é divisível
por 12 fatores, ao passo que 100 é divisível por apenas nove
fatores. O sistema ainda é usado para algumas medidas, como
segundos, minutos, horas , dúzias. Portanto, era natural que os
babilônios construíssem essa imagem de acordo com medidas
do sistema sexagesimal. A menção deste detalhe confere um
verdadeiro tom babilônico à narrativa.
A quem representava a estátua? São duas as possibilidades:
(1) poderia representar a um homem, neste caso, o próprio rei
Nabucodonosor, posição mantida por alguns intérpretes;
e (2) poderia ser a representação de um deus, neste caso Marduk, o deus
principal de Babilônia. Esta é a posição assumida por, entre outros,
William H. Shea, que argumenta que a teologia babilônica considerava um
pecado para o rei pretender a divindade, e que tal pretensão resultaria
numa punição infligida pelos deuses.
Z. Stefanovic apresenta as seguintes razões: (a) considerando que o rei
estava fisicamente presente na cerimônia, não faria sentido exigir dos
súditos inclinar-se diante da estátua e não diretamente à própria pessoa
do rei; (b) o conceito de adoração a um rei não é encontrado nas histórias
registradas no livro de Daniel; e (c) na Mesopotâmia, exceto em uns
poucos casos, os reis eram considerados os pastores de seu povo a
serviço dos deuses.
E o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os
presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos
os governadores das províncias, para que viessem à consagração da
estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado. (Dan 3:2 ARC)

O porquê de não se mencionar Daniel na narrativa é uma


pergunta sem resposta. Não é possível saber se ele estava
enfermo ou ausente, por causa de importante missão.
Alguns conjecturam que, envergonhado por ter rejeitado a
mensagem do sonho, o rei teria feito arranjos para enviar
Daniel para longe, a fim de tratar de questões importantes.
Porém, há certeza de que, se fosse provado, Daniel teria se
mantido tão leal quanto seus companheiros.
Sátrapas. O termo aramaico 'achashdarpan, "príncipe" ou
"sátrapa", era antigamente considerado de origem persa. Essa
opinião foi abandonada, pois fontes cuneiformes mostram que
na form a satarpanu a palavra era usada desde a época de
Sargão II (722-705 a.C.). A origem deve ser hurrita. É evidente
que os persas importaram esse título oficial do Ocidente.
Portanto, o uso do título na época de Nabucodonosor não está
fora de lugar (ver mais sobre isso no com. de Et 3:12).

Prefeitos. A palavra aramaica segan pode ser traduzida como "prefeitos" ou


"governadores". Ela vem do acadiano shaknu, que tem o mesmo significado. Esses
oficiais administravam as províncias, seções nas quais as satrapias estavam
divididas.
No campo de Dura. O nome desta planície sobrevive no nome de
um afluente do Eufrates, chamado Nahr Düra, que desemboca no
Eufrates oito quilômetros abaixo de Hilla. Alguns montes vizinhos
também levam o nome de Dura. Segundo tradição corrente entre
os habitantes do atual Iraque, os eventos descritos em Daniel 3
aconteceram em Kirkuk, que hoje é o centro dos campos de
petróleo iraquianos. A tradição pode ter se originado porque antes
havia gases de ignição que escapavam de fissuras no solo em
vários lugares nessa região, e também porque havia ali grande
quantidade de material combustível como petróleo e asfalto. A
tradição, é claro, deve ser rejeitada. O incidente ocorreu próximo a
Babilônia. Dura fica "na província da Babilônia".

Dur é a palavra babilônica para “muro”. O significado, então, é


“planície do muro”. Que muro? Os muros da própria cidade de
Babilônia: os muros da antiga cidade, ou cidade interior, e a nova,
obra de expansão realizada por Nabucodonosor.
Trombeta. Sobre os instrumentos musicais hebreus, ver vol. 3, p. 14-27. Neste
caso, contudo, descreve-se uma orquestra babilônica, na qual vários instrumentos
diferem daqueles usados entre os antigos hebreus.

Pífaro. Do aramaico mashroqi, que designa a flauta, assim como a mesma palavra em
siríaco e mandeano
Harpa. Do aramaico qithros. Em geral, considera-se que qithros provém do grego kitharis ou
kithara, "cítara". Inscrições antigas não têm provido evidência de derivação acadiana ou
iraniana. No entanto, não seria estranho encontrar empréstimos de palavras gregas num
livro escrito em Babilônia. Sabe-se a partir de textos cuneiformes, da época de
Nabucodonosor, que jônios e lídios estavam entre os muitos estrangeiros que trabalhavam
nas construções. Esses carpinteiros e artesãos podem ter compartilhado com os babilônios
alguns instrumentos musicais antes desconhecidos ali.
Música. A música constituía uma parte importante do culto israelita e também
de outros povos do antigo Oriente próximo (1 Cro 25 – Davi compôs música
para a adoração de Deus). Música adiciona pompa e grandeza à cerimônia,
além de produzir o suspense que a ocasião requeria. O papel primário da
música neste contexto é produzir a ilusão do sentimento religioso. Este
fenômeno está presente até mesmo em comunidades religiosas. A música
propicia um estado de êxtase, onde os crentes gritam, numa manifestação de
entusiasmo delirante. Aqui a reflexão não é necessária. Mas o episódio da
planície de Dura adverte-nos contra uma religião calcada simplesmente nas
emoções dos adoradores. Sem dúvida, se se considera a grandeza da imagem,
brilhando sob o sol do Oriente, a quantidade de pessoas reunidas no lugar, e
uma orquestra executando a trilha sonora ao vivo, compreende-se que tudo foi
arquitetado para conduzir as pessoas a uma decisão favorável aos planos do
rei. Mas a religião aqui descrita não é o resultado de reflexão, de escolha, nem
uma expressão de fé ou de uma profunda experiência espiritual. Aqui, a
adoração é o resultado da imposição. Os joelhos se dobram, mas o coração
está distante.
17. Se. A frase introdutória deste versículo tem sido tema de debates
entre os comentaristas. As versões bíblicas concordam com o sentido
de: "Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, Ele nos
livrará" (ARA); ou : "Se assim for, o nosso Deus a quem servimos ,
pode livrar-nos" (T B). No entanto, alguns comentaristas interpretam a
passagem de forma literal: "Se o nosso Deus, a quem servimos, é
capaz de nos livrar." Esta última tradução não condiz com a fé dos três
judeus acusados. As duas primeiras versões refletem de forma fiel a
firme fé desses homens na onipotência de Deus e em Sua sabedoria
inescrutável. Deus poderia salvá-los se isso fosse o melhor para eles e
para a glória de Seu nome. O "se" não deve ser considerado como
sinal de dúvida no poder de Deus para salvar, mas como sinal de
incerteza se Deus os salvaria ou não.

A LXX não tem o "se", e a frase toda é uma declaração positiva (v. 16-1 8): "Pois o
Deus do céu é nosso único Senhor, a quem tememos, e que é capaz de nos livrar da
fornalha ardente; e das tuas mãos, ó rei." Contudo, os eruditos em gera l preferem
o texto massorético
Fogo na fornalha

Sete vezes mais. O aramaico chadshih'ah, literalmente, "um sete", cujo


significado é "sete vezes", é uma construção incomum, mas usa-se a mesma
forma numa carta em aramaico do 5° século a.C ., de Elefantina. Alguns
gramáticos creem que seja a abreviação de uma expressão aramaica
comum, enquanto outros, como Montgomery, entendem que "pode provir
das reminiscências da recitação das tabelas de multiplicação". O intenso
calor da fornalha era, provavelmente, produzido por um extraordinário
suprimento de palha e petróleo. O petróleo era obtido dos vários poços da
Mesopotâmia, que há muito tempo proporcionam esse produto em
abundância, hoje usado nos fornos de tijolos modernos dessa região (ver
com. do v. 6). O propósito desta ordem furiosa talvez não fosse aumentar a
punição. Um aumento do calor na fornalha não teria aumentado a tortura
das vítimas. O rei queria impedir qualquer possibilidade de intervenção (ver
Ellen G. White, Material Suplementar, sobre este versículo).
Semelhante a um filho dos deuses. Ou, "ao Filho de
Deus" (ACF). Comentaristas têm interpretado de
diferentes formas a exclamação do atônito
Nabucodonosor com respeito ao quarto indivíduo na
fornalha. Eruditos judeus sempre o identificaram
simplesmente como um anjo. Essa opinião se reflete
na LXX, que traduz a frase "como um anjo de Deus".
Filho do Deus
Deve ser observado, entretanto, que a expressão “filho de” é um idiomatismo
semítico que aponta para a natureza daquilo que se pretende qualificar. Ex.:
“filho de homem” – alguém de natureza humana; “filho da morte” – alguém
que possui uma natureza mortal; etc. Assim, ao referir-se ao quarto
personagem como um “filho de deuses”, o rei percebe que ali está Alguém
que tem uma natureza divina.
A tradição cristã identificou o “filho de Deus” mencionado aqui como sendo
Cristo. Na seção profética do livro encontramos um personagem que é
identificado como o protetor do povo hebreu e também como o comandante
dos exércitos celestiais (Dn 12:1; 10:13). Sendo assim, Miguel, o defensor do
povo de Deus, “seria o anjo ideal para proteger e defender os três hebreus no
fogo”.
J. Vernon McGee declara sua convicção de que “o quarto Homem era o Filho
de Deus, o pré-encarnado Cristo.” Esta é uma antiga posição entre os pais da
igreja, tais como Tertuliano, Agostinho e Hilário, no que foram seguidos por
outros expositores.
Esta mesma identificação também é adotada por Ellen
White:

Como sabia o rei pagão a que era semelhante o Filho de Deus? Os


cativos hebreus que ocupavam posição de confiança em Babilônia
tinham representado a verdade diante dele na vida e no caráter.
Quando perguntados pela razão de sua fé, tinham-na dado sem
hesitação. Clara e singelamente tinham apresentado os princípios da
justiça, ensinando assim aos que lhes estavam ao redor a respeito do
Deus a quem adoravam. Eles tinham falado de Cristo, o Redentor
vindouro; e na aparência do quarto no meio do fogo, o rei
reconheceu o Filho de Deus.
White, Profetas e reis, 509.
Filho do Homem e o filho de Deus

Finalmente, há um maravilhoso contraste entre o relato da aparição do


personagem celestial no capítulo 3 com a visão do capítulo 7. Na visão da
corte celestial (cap. 7), em que o Ancião de Dias, isto é, Deus, o Pai, conduz
o tribunal, entra em cena um ser “semelhante a um filho de homem” (Dn
7:13). O que é interessante observar é o contraste entre os capítulos que
destaca uma mensagem de confiança e segurança. No capítulo 3, que trata
de um episódio ocorrendo neste mundo, o protetor se apresenta como um ser
celestial, com todo o poder para livrar da mão dos tiranos perseguidores. No
capítulo 7, que está focado na esfera celestial, o ajudador é semelhante a
nós, que sabe as dores, as dificuldades e os desafios que a humanidade
enfrenta, e sabe o significado de permanecer fiel em meio às provações.
Seja na terra, seja no céu, quem nos ajuda está plenamente qualificado
para defender a nossa causa.
Cf. Shea, Daniel 1-7, 115-116.
28. Bendito seja o Deus. O livramento miraculoso dos
três homens impressionou o rei de forma profunda e
mudou sua opinião anterior e equivocada (v. 15) sobre o
Deus dos hebreus. Nabucodonosor louva o poder desse
Deus, anuncia publicamente que esse Deus salvou Seus
adoradores e decreta que quem desonrá-Lo será punido
com a morte (v. 29). Esse reconhecimento revelou
progresso em seu conceito sobre Deus (ver Dn 2:47; p.
826, 827).
Que paralelos existem entre o relato do capítulo 3 de
Daniel com Apocalipse 13?

1. O primeiro aspecto a se observar é que em ambos os capítulos o assunto é


de adoração, no caso, uma falsa adoração, a idolatria.

2. O objeto de adoração em ambos os capítulos é uma imagem: em Daniel uma


imagem literal e, no Apocalipse, é espiritual (Ap 13: 14 e 15).

3. Em Daniel 3, a adoração era exigida pela Babilônia histórica, enquanto que


em Apocalipse 13 a adoração da imagem da besta será exigida pela Babilônia
espiritual. Convém recordar que a primeira referência a Babilônia no livro do
Apocalipse ocorre nesta perícope, que inclui os capítulos 12 a 14 (11:19-15:4).

4. Na Babilônia histórica os três hebreus se recusaram a prestar adoração à


imagem levantada pelo rei, enquanto que, em Apocalipse, os 144.000 também
se recusam a adorar a imagem da besta, prestando sua adoração somente ao
Deus Criador.
5. Outro paralelo encontra-se no uso do número 6 em ambos os capítulos. Em
Daniel 3 a medida da estátua é de 60x6, enquanto no Apocalipse encontramos o
misterioso número 666 (Ap 13:18).

6. Na Babilônia histórica havia um decreto de morte contra todos os que se


recusassem a adorar à imagem; da mesma forma, a Babilônia mística do tempo do
fim também emitirá um decreto de morte contra os que se recusarem a adorar a
imagem da besta (Ap 13:15).

7. O resultado em ambos os capítulos se repete: os três hebreus foram livrados da


fornalha de fogo ardente na Babilônia histórica, e os santos também serão
preservados das tentativas de destruição por parte da Babilônia espiritual.

8. Finalmente, Deus recompensou os fieis em Babilônia e também recompensará


plenamente os fiéis do tempo do fim (cf. Ap 15:2-3; 21; 22).
Os apocrifos

Em continuidade ao v. 23, manuscritos das mais antigas


traduções de Daniel, a LXX e a de Teodócio, contêm um longo
acréscimo apócrifo de 68 versículos, chamado "A Canção dos
Três Jovens Santos". A canção consiste de três partes: (l)
oração de Azarias (Abede-Nego), composta de confissão e
súplica (v. 24-45); (2) um interlúdio em prosa, descrevendo o
calor do fogo e a descida do anjo do Senhor para esfriar as
chamas (v. 46-50); e (3) a bênção dos três (v. 51-91). Embora
reconhecido por Jerônimo como ilegítimo, esse acréscimo
apócrifo foi inserido nas Bíblias católico-romanas como
canônico. Eruditos discutem se a canção é de origem cristã ou
judaica. Vários deles creem que a obra foi produzida por volta
de 100 a.C .
Reversão

Todo o episódio do capítulo 3 pode, de fato, ser


considerado Uma inversão. O tema principal é aquele em
que Nabucodonosor Comandou falsas reverências e, no
fim, louvou o Deus De Daniel, descrevendo-o como "o Deus
Altíssimo" (v. 26)? UMA Inversa, ocorre no fato de que em
Contraste com o bom resultado para os três hebreus
Homens fortes que os jogaram no forno superaquecido
morreram Da explosão do fogo.
Deus em Dan 3
• Intervém na Historia;
• A historia está nas mãos de Deus;
• Muda as circunstancias (Dan 3: 15);
O povo de Deus
• Encontramos um remanescente obediente e fiel a Deus
chamado a ser obediente acima da Morte (Dan 3:18), por
mais que fossem livrados, estavam cientes do seu amor
para com Deus;
Povo Contra de o povo de Deus
• Usa mal a revelação de Deus e as oportunidades que Ele
dá;
• Podem até ver a Deus, mas não se firmam nEle (Dan2:25)
Daniel 4
• Introdução by Shea – Os capítulos 4 e 5 de Daniel
lidam com o destino de dois reis do Império Neo-
Babilônico – Nabucodonozor, o fundador e primeiro
grande rei daquele império (cap. 4), e Belsazar, o
último rei do império e que não era tão grande (cap.
5).
• O fato de que a vida de Daniel podia englobar toda a
história do império neo-babilônico mostra quão curta
sua existência realmente foi. Daniel veio para
Babilônia como um jovem (18 anos) no princípio do
reinado de Nabucodonozor, e ainda estava lá como um
ancião quando Belsazar morreu no palácio na noite em
que os persas conquistaram a cidade.
• Daniel não somente viveu em Babilônia durante
este longo período de tempo, como também
interagiu em um nível profissional com ambos os
reis. Deus usou Daniel para comunicar profecias
a eles – profecias sobre seu reino e profecias
sobre eles mesmos. Assim estes dois capítulos
lidam não somente com esses reis babilônios,
mas também com Daniel e como ele os serviu.
O papel de Daniel para ambos os reis foi similar:
ele serviu como um homem sábio inspirado que
lhes trouxe mensagens do verdadeiro Deus sobre
sua vida e tempos.
• Nabucodonosor recebeu uma mensagem de Deus através
de um sonho;
• Deus falou a Belsazar através da escritura de uma mão
desincorporada sobre a parede da sala de audiência do
palácio.
• Em ambos os casos os reis necessitaram alguém para
interpretar a mensagem de Deus, e em ambos os casos os
homens sábios de Babilônia foram inadequados para a
tarefa. Daniel teve de ser chamado porque as misteriosas
mensagens vieram do verdadeiro Deus a quem ele servia.
Ambas as mensagens eram mensagens de juízo que
recairiam sobre os reis. Ambos seriam julgados de acordo
aos conteúdos das profecias que Daniel interpretou para
eles.
• Entretanto, há uma diferença significativa entre
o destino destes dois reis.
• Nabucodonozor recebeu uma prolongada
sentença de insanidade, mas eventualmente se
recuperou, se arrependeu, e voltou-se em fé para
o verdadeiro Deus.
• Belsazar, por outro lado, recebeu seu juízo na
mesma noite em que a profecia foi dada. Com
sua morte naquela noite, o Império Neo-
Babilônico passou para as mãos do Império
Medo-Persa.
Os temas destes dois capítulos são similares, então, muito
embora sejam desenvolvidos em forma diferente. Estes elos
temáticos vinculam estes dois capítulos no centro da estrutura
literária quiástica da seção aramaica do livro (caps. 2-7).
Nesta estrutura o capítulo 2 é conectado tematicamente com
o capítulo 7; o capítulo 3 é conectado tematicamente com o
capítulo 6. E no centro desta estrutura, o capítulo 4 é
conectado com o capítulo 5.
Assim, os capítulos 4 e 5 se conectam como um par no centro
da estrutura quiástica. Eles se conectam pela natureza de
seus conteúdos, e eles são colocados lado a lado para
enfatizar adicionalmente esta conexão.
• 1-9 discrição da situação antes da descrição
do sonho
• 10 descrição do sonho
1 O rei Nabucodonosor a todos os povos, nações
e homens de todas as línguas, que habitam em
toda a terra: Paz vos seja multiplicada!
• A todos os povos. Os eventos no cap. 4 estão narrados na
forma d e uma proclamação real. Por não encontrarem
outros casos de conversões desse tipo, eruditos modernos
declaram que tal edito é historicamente absurdo. Os
argumentos do silêncio, porém, nunca são conclusivos. Por
outro lado, a conversão de um rei a uma nova religião ou
deus é confirmada em outros escritos. Por exemplo, o rei
Amenhotep IV, do Egito, abandonou a religião politeísta de
seus ancestrais e da nação e fez esforços para introduzir
uma nova religião monoteísta no reino. Ele construiu uma
nova capital, mudou o próprio nome, fechou os antigos
templos, renunciou os deuses anteriores, erigiu novos
templos ao seu deus e fez tudo o que estava ao seu alcance
para promover a nova religião.
Paz vos seja multiplicada! A introdução da
proclamação contém uma expressão de bons
votos. Os editos, promulgados mais tarde pelos
reis persas, eram semelhantes na forma (ver Ed
4: 17; 7:12). Uma fórmula típica nas cartas em
aramaico, de Elefantina, do 5° século a.C., é: "A
saúde de __ que o Deus do céu busque."
Uso de pronomes em Dan 4
• A mudança neste capítulo da primeira para a terceira
pessoa e de volta para a primeira (ver v. 2-27; cf. v. 28-
33; 34-37) tem sido explicada supondo-se que Daniel
escreveu o edito sob ordem de Nabucodonosor ou
que, como conselheiro chefe do rei, Daniel tenha
acrescentado algumas partes ao edito escrito pelo
próprio rei. O edito refletia os sentimentos do rei
quando sua plena faculdade mental foi restabelecida.
"O outrora orgulhoso rei tinha-se tornado um humilde
filho de Deus" (PR, 521; cf. Ellen G. White, Material
Suplementar sobre Dn 4:37).
8 Por fim, se me apresentou Daniel, cujo nome é
Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual
há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o
sonho, dizendo:
Dos deuses santos. Ou, "do Deus santo" (ver RSV margem); e ainda "o
santo espírito de Deus" (versão de Teodócio).
A LXX omite os v. 5b a l0b. O termo aramaico para "deuses" é 'elahin,
usado com frequência para designar deuses falsos (ver Jr 10:11; Dn
2:11 , 47; 3:12; 5:4), mas que também pode ser aplicado ao verdadeiro
Deus (ver com. de Dn 3:25; cf. 5:11, 14). A expressão revela o que
inspirou a confiança do rei no poder e entendimento superior de
Daniel.
Também revela que Nabucodonosor possuía um conceito da natureza
dessa Divindade a quem Daniel devia tal poder e sabedoria. Sem
hesitação, Daniel e seus companheiros deram testemunho do Deus a
quem adoravam. A expressão, repetida nos v. 9 e 18 deste capítulo,
mostra claramente que Nabucodonosor não tinha se esquecido do que
aprendeu anteriormente com respeito ao sublime dom profético desse
judeu e de seu relacionamento com o único Deus verdadeiro.
9 Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que há em ti o
espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é
difícil; eis as visões do sonho que eu tive; dize-me a sua
interpretação.
• Beltessazar. A narrativa introduz Daniel primeiramente com o nome
judeu, pelo qual era conhecido por seus conterrâneos, e então pelo
nome babilônico, dado a ele em honra ao principal deus de
Nabucodonosor (ver com. de Dn 1:7). Não se sabe por que Daniel
foi mantido em segundo plano por tanto tempo, embora fosse
considerado "o chefe dos magos" (v. 9). Alguns sugerem que
Nabucodonosor queria saber o que os caldeus tinham a dizer sobre
este sonho perturbador, antes de ouvir toda a verdade, a qual
suspeitava ser desfavorável (comparar com o caso do rei Acabe, 1Rs
22:8). Somente depois de a outra casta de sábios que se ocupava
das ciências ocultas se mostrar incapaz de satisfazer o rei, foi que
este mandou chamar o homem que tinha anteriormente
demonstrado habilidade e sabedoria superior para interpretar
sonhos (Dn 2; cf. 1:17, 20).
• 13. Um vigilante. Do aramaico 'ir, derivado do verbo 'ur, "vigiar", e
corresponde ao hebraico 'er, que não significa "manter vigilante",
mas "ser vigilante" ou "o que está desperto", conforme explica a
nota sobre a palavra no Códice Alexandrino. A LXX traduz a palavra
por aggelos, "anjo". Mas Teodócio, em vez de traduzi-la,
simplesmente faz a transliteração ir. Os tradutores judeus Áquila e
Símaco a traduzem como egrēgoros, "o vigilante", termo
encontrado no livro de Enoque e outros escritos judaicos apócrifos
para designar os anjos superiores, bons ou maus, que vigiam e não
dormem. Como designação para anjos, o termo "vigilante" ocorre
exclusivamente nesta passagem no AT. Sugere-se que os caldeus
podem ter conhecido os anjos com este termo, embora não se
tenha evidência disso. O atributo "santo" e a frase "que descia do
céu" mostram que o vigilante é um mensageiro celestial. É evidente
que se reconhecia o vigilante como portador das credencias do
Deus do céu (ver PR, 518).
• De acordo com o texto, em seu sonho Nabucodonosor viu “um vigilante, um santo,
que descia do céu” (v. 13). Aqui é descrito apenas um ser de origem celestial, e
não dois. O significado é simples: este é um “santo mensageiro”. O termo
“vigilante” não é encontrado em outros lugares da Bíblia, apenas neste capítulo
(vv. 13, 17 e 23), mas ocorre em escritos apocalípticos judaicos posteriores, como
Enoque, Jubileus, os 12 Testamentos, etc. A versão Grega Antiga traduz como
“anjo” (ἄγγελος) em vez de “vigilante” e “santo”, enquanto nas versões de Áquila e
Símaco se usa “vigilante” (ἐγρήγορος).
• Os comentaristas geralmente identificam o “vigilante” com um anjo, ou algum ser
celestial, que faria parte de um concílio, ou corte, celestial, que ouve a palavra de
Deus e executa Suas ordens. Assim, o que estaria sendo descrito neste capítulo de
Daniel estaria em paralelo com o que acontecia no mundo antigo, em que os
governantes tinham agentes que eram seus “olhos e ouvidos” que os ajudavam a
controlar o reino. De igual forma, “o rei celestial governa o Seu reino” usando
membros do Concílio de Jeová que agem como Seus olhos, mantendo-O
informado dos negócios do reino e cuidando para que Sua vontade seja executada.
• Por outro lado, a descrição do “vigilante” como alguém que “descia do céu”
constitui uma “expressão técnica” usada frequentemente na Bíblia para
descrever a vinda de Deus à terra para realizar uma obra de juízo. Por exemplo,
no episódio da Torre de Babel, está escrito que “o Senhor desceu para ver a
cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam” (Gn 11:5). E, no caso de
Sodoma e Gomorra, antes da destruição destas cidades, lemos: “Disse mais o
Senhor: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu
pecado se tem agravado muito. Descerei e verei se, de fato, o que têm praticado
corresponde a esse clamor que é vindo até Mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei”
(Gn 18:20-21). E não é demasiado lembrar que este capítulo trata de um juízo de
Deus sobre o rei Nabucodonosor. De fato, no sonho o “vigilante” anuncia o
destino/juízo da árvore, símbolo de Nabucodonosor/Babilônia.
• No contexto da Bíblia, o “vigilante santo” pode se referir ao próprio Deus, “o
guarda de Israel”, que “não dormita, nem dorme” (Sl 121:4). No livro de Jó
(7:20) Deus é descrito como o “Espreitador dos homens” (a Bíblia de Jerusalém
usa a expressão “sentinela dos homens”). Montgomery se refere a uma
“razoável interpretação” que “identificaria o Vigilante com o Anjo de Jeová, o
Filho do Homem, o Messias, e assim com a Segunda Pessoa da Trindade.”
Seguindo esta sugestão, o antecedente ao “vigilante” do capítulo 4 seria o “um
como filho de Deus” do capítulo 3, "no episódio da fornalha ardente.
16. O coração. Fez-se claramente a transição da metáfora da
árvore para o objeto real simbolizado por ela (ver com. do v. 15).
O termo "coração", neste caso, parece indicar natureza. O rei
assumiria a natureza de um animal.
• Sete tempos. A palavra traduzida como “tempos”
neste verso é o aramaico ᶜiddan, que ocorre treze
vezes no livro de Daniel, com o significado de
“tempo” em geral, um ponto de tempo específico e
um certo número de anos. A mais “antiga e comum
interpretação dos sete tempos” é que significa sete
anos, e é assim utilizada na antiga versão grega, a LXX,
e por intérpretes judeus medievais. “O uso da palavra
para ‘tempo’ como ano é peculiar a Daniel (compare
4:23, 25, 32; 7:25; 12:7), mas é bem estabelecido.
Assim é provavelmente melhor traduzir na maioria dos
idiomas como ‘anos’ aqui.”
• Doukhan oferece outros argumentos para a
interpretação dos “sete tempos” como sete
anos, dos quais destacamos:
É significativo que a doença do rei começa
exatamente “ao cabo de doze meses” (v. 29),
implicando que o período de “sete tempos”
corresponderia a sete períodos de doze meses;
• O relacionamento entre estes dois períodos de tempo (12 meses e
sete anos) está esboçado no estilo do texto. As duas expressões
ecoam uma à outra, o que é confirmado pela construção literária,
visto que no original aramaico elas são introduzidas pela mesma
fraseologia: “ao cabo de doze meses” (v. 29) e “ao fim daqueles
dias” (v. 34);
• A etimologia da palavra aramaica ᶜiddan (tempo) está relacionada
à palavra od (repetir, retornar), insinuando uma repetição do
mesmo tempo, ou da mesma estação (Dn 2:21) de cada novo ano;
• Daniel 7:25 define ᶜiddan como sendo um ano, um conceito ainda
mais explícito na passagem paralela de Apocalipse 12:6 e 14.
• Cf. Dn 2:8 – “Bem percebo que quereis ganhar tempo...”
• Cf. Dn 3:5 – “no momento em que ouvirdes o som...”
• Cf. Dn 7:25 – “e os santos lhe serão entregues nas mãos por um
tempo, dois tempos e metade de um tempo.”
• Além disso, o livro de Daniel se divide em uma seção histórica
(caps. 1-6) e profética, ou apocalíptica (caps. 7-12). O relato do
cap. 4 se situa, portanto, na seção histórica do livro, constituindo
assim um capítulo histórico, e não apocalíptico. Sendo o contexto
histórico, o período de sete tempos deve ser interpretado
literalmente: o profeta diz ao rei que este era o tempo que se
passaria exclusivamente sobre ele, que Deus utilizaria para tratar o
seu orgulho desmedido. As palavras são muito claras: “Todas estas
coisas sobrevieram ao rei Nabucodonosor” (4:28). Estamos,
portanto, diante de uma profecia temporal que diz respeito tão-
somente ao rei de Babilônia: começou com ele e terminou com
ele. Logo, não se pode interpretar este período simbolicamente.
No capítulo 4 (vv. 16, 23, 25 e 32) os “sete tempos” referem-se a
“sete anos literais na vida do rei”.
• Finalmente, o verso 34 declara o fim do
período dos “sete tempos” – “Mas ao fim
daqueles dias, eu, Nabucodonosor...” – e o
restabelecimento da dignidade do reino, a
majestade, o resplendor, etc (v. 36), indicando,
sem lugar a dúvidas, que a profecia foi
cumprida durante sua própria vida.
O que dizer da interpretação que aplica aos “sete tempos” aqui
mencionados o princípio dia-ano de intepretação profética, em
que cada tempo equivaleria a um período de 360 anos e que,
multiplicado por sete, resultaria em 2.520 anos literais?
• Em primeiro lugar, conforme visto acima, a interpretação
simbólica dos “sete tempos” é equivocada neste contexto,
visto que a profecia diz respeito somente ao rei
Nabucodonosor. Além disso, os intérpretes acima
mencionados propõem que este suposto período de 2.520
anos, que seria um espaço de tempo para a “provação dos
gentios”, teria se iniciado no ano 607 a.C. e terminado em
1914 AD. Por que 607 a.C.? Porque nesta data,
supostamente, Jerusalém teria sido destruída. Esta
afirmação é historicamente equivocada, por duas razões:
(1) o cerco da cidade mencionado em Daniel 1:1 está bem
estabelecido pelas fontes históricas no ano 605 a.C., e (2) a
real destruição de Jerusalém por Nabucodonosor somente
veio a acontecer no ano 586 AD.
• Quaisquer outras sugestões de datas para o início e término deste
período, sejam anteriores ou posteriores às mencionadas acima, não
encontram sustentação no texto bíblico, por mais atrativas e lógicas que
possam parecer em um primeiro momento. No estudo sério da Bíblia não
há lugar para devaneios exegéticos ou alegorizações, que resultam em
construções artificiais e conclusões enganosas, com ares de
profundidade teológica.
• Nabucodonosor seria provado mais uma vez e Deus lhe daria outra
oportunidade. O capítulo 4 começa e termina com este personagem
histórico. Ele não será mencionado como protagonista de nada mais no
livro de Daniel. De fato, a história de Nabucodonosor termina no
capítulo 4. Logo, os “sete tempos” também findam aqui. O uso da palavra
“tempos” em vez de “anos” “é para chamar nossa atenção para o número
sete, símbolo do divino. E, realmente, a doença não tem causas naturais,
mas foi divinamente infligida. O fim de sua provação está ‘selado’ (Dn
4:16, 34). Deus controla seu destino, e ninguém pode mudá-lo.”
• Portanto, não é estranho não encontrar
referência em registros babilônicos para a
enfermidade mental do rei. Tais registros,
naturalmente, omitem informações que
tratam das desgraças de um herói nacional.
• lincantropia
Daniel 5
• 1 O rei Belsazar deu um grande banquete a
mil dos seus grandes e bebeu vinho na
presença dos mil.
• O rei. Quando Nabonido estava no Líbano se recuperando de uma
enfermidade, pouco antes de sair para uma campanha contra Tema, na
Arábia ocidental, chamou seu filho mais velho (Belsazar), e "lhe confiou
o reino" . Isso foi no "terceiro ano". Se ocorreu no terceiro ano de reinado,
isso foi no inverno de 553/552 a.C. Alguns eruditos creem que esse ano foi
o terceiro depois da conclusão do templo em Harã. Se assim foi, a
indicação de Belsazar como corregente ocorreu dois ou três anos mais
tarde da data indicada, mas algum tempo antes do sétimo ano de reinado
de Nabonido, quando estava em Tema. Dessa época em diante, Belsazar
controlou os assuntos de Babilônia como corregente com seu pai,
enquanto Nabonido residiu em Tema por muitos anos. De acordo com o
"Relato em Verso de Nabonido", Belsazar tinha o "reinado". Portanto,
Daniel não cometeu erro algum quando chamou Belsazar de "rei", embora
críticos anteriormente declarassem que Daniel tinha errado.
• Um grande banquete. Pode-se concluir dos v. 28 e 30 que o
banquete ocorreu durante a noite em que Babilônia caiu diante dos
exércitos de Ciro. Xenofonte preservou a tradição de que, na época
da queda de Babilônia, "ocorreu um banquete em Babilônia,
durante o qual toda Babilônia bebeu e se divertiu a noite toda"
(Cyropaedia, vii.5.l5). É inexplicável que Belsazar tenha dado um
banquete imediatamente depois da queda de Sipar, e apenas
alguns dias depois da batalha perdida em Opis (ver vol. 3, p. 34). Ao
que parece, ele se sentia completamente seguro em sua capital,
protegido por fortes muros e um sistema de canais que poderiam,
em caso de perigo, inundar a região circundante, e assim dificultar a
um invasor o acesso à cidade (ver PR, 523).
• Seu pai. Parece que Belsazar era neto do grande rei (ver PR,
522); sua mãe era provavelmente filha de Nabucodonosor
(ver p. 886-888). A palavra "pai" deve ser interpretada
como "avô" ou "ancestral", como em muitas outras
passagens da Bíblia (ver com. de 1Cr 2:7; sobre a
ascendência de Belsazar desde Nabucodonosor, ver Nota
Adicional a Daniel 5). Por si só, a expressão "seu pai"
poderia também ser entendida no sentido de "seu
predecessor". Um exemplo desse emprego se encontra
numa insc rição assíria que chama o rei israelita, Jeú , "filho
de Onri ", embora os dois não fossem consanguíneos. Na
verdade, Jeú exterminou toda a casa de Onri (2Rs 9; 10).
5 No mesmo instante, apareceram uns dedos de mão de homem e
escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o
rei via os dedos que estavam escrevendo.

• Na caiadura da parede. Se a grande sala do trono escavada por Koldewey,


no palácio do sul da Babilônia de Nabucodonosor (ver p. 877, 878), foi o
cená rio deste banquete, não é difícil imaginar o que aconteceu no
momento fatal descrito aqui . A sala tinha 17 por 52 m. No centro de um
dos lados, oposto à entrada, hav ia um vão, onde devia estar o trono. As
paredes eram cobertas de gesso branco e fino. Pode-se imaginar que o
candelabro, ou candeeiro, estava próximo ao trono do rei. Naquela época
se usavam candeeiros com várias lâmpadas de azeite. Diante do
candeeiro, do outro lado da sala, surgiu a misteriosa mão e escreveu no
gesso, de forma que Belsazar a viu. Não se explica se a escritura tinha a
forma de letras pintadas ou se foi talhada no gesso.

Via os dedos. Não se declara quanto da mão era visível. A palavra
aramaica pas, traduzida como "parte" (ARC), algumas vezes é interpretada
como "palma", e outras para designar a mão até o punho, em contraste
com o antebraço.
• 10. A rainha-mãe. Desde a época de Josefo (Antiguidades, x.ll.2),
comentaristas consideram esta "rainha" como a mãe ou avó do rei
(ver PR, 527). De acordo com o costume oriental, ninguém a não ser
a mãe de um monarca ousaria entrar na presença do rei sem ser
chamada. Mesmo sua esposa colocaria a própria vida em risco se
fizesse isso (ver Et 4:11, 16). Cartas cuneiformes babilônicas escritas
por alguns reis às suas mães mostram um notável tom respeitoso e
revelam claramente a posição elevada que ocupavam as mães reais.
Essa elevada posição de rainha-mãe também pode ser deduzida do
fato de que quando, em 547 a.C., a mãe de Nabonido, avó de
Belsazar, morreu em Dur Karâshu, no Eufrates, acima de Sipar,
houve um prolongado luto oficial na corte. O fato de que ela
morrera antes dos eventos descritos neste capítulo era
desconhecido aos comentaristas que identificavam a "rainha" como
a avó de Belsazar.
• 11. Há no teu reino um homem. Não é estranho
que Daniel não estivesse entre o grupo de sábios
chamados pelo rei. Seu período de serviço
público tinha, sem dúvida, terminado algum
tempo antes, talvez com a morte de
Nabucodonosor, ou ainda antes (ver p. 821, 822).
Contudo, devia ser bem conhecido pelos
representantes da geração anterior, à qual
pertencia a mãe do rei (sobre as possíveis razões
de sua aposentadoria, ver com. do v. 13).
• O espírito dos deuses santos. Comparar com a
declaração de Nabucodonosor (Dn 4:8, 9). A
semelhança apoia a probabilidade, sugerida também
por outra evidência, de que a rainha era parente
próximo de Nabucodonosor, provavelmente sua filha. A
informação que ela dá a respeito do distinto serviço de
Daniel no passado e sobre a elevada posição do profeta
no governo de Nabucodonosor é aparentemente nova
para Belsazar. Isso sugere que Daniel não tinha
assumido nenhum cargo nesse reinado, antes do
evento narrado aqui. Por isso, talvez poucos o
conhecessem, ou mesmo ninguém, no séquito do rei.
Então, Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o
rei e disse a Daniel: És tu aquele Daniel, dos cativos de
Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?
• 13. És tu aquele Daniel [...]? Esta frase também pode ser traduzida como: 'Tu és
aquele Daniel". Se fosse essa a tradução correta, a saudação sugeriria que Belsazar
conhecia a origem de Daniel, mas que não tinha tido nenhuma relação direta com
ele.
• Daniel não era mais o chefe dos magos na corte (Dn 2:48, 49). Parece que, com a
morte de Nabucodonosor, a política que Daniel defendia tinha se tornado
desfavorável na corte de Babilônia, e que, como resultado, ele fora retirado do
serviço público.
• É evidente que Belsazar e seus predecessores sabiam tudo sobre o modo como
Deus lidara com Nabucodonosor (Dn 5:22), mas tinham rejeitado abertamente a
política deste último de reconhecer o verdadeiro Deus e cooperar com Sua vontade
(Dn 4:28-37; 5:23). O fato de Daniel ter, mais tarde, entrado para o serviço da
Pérsia (Dn 6:1-3) indica que sua aposentadoria durante os últimos anos do império
babilônico não se deveu a problemas de saúde ou idade avançada. A severa
reprovação a Belsazar (Dn 5:22, 23) evidencia a hostilidade do rei contra os
princípios e a política de governo que Daniel representava. Sua desaprovação da
política oficial babilônica pode ter sido um dos fatores que levou os primeiros
governantes do império persa a favorecê-lo.
25 Esta, pois, é a escritura que se traçou:
MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM.
• “A mão que havia traçado os caracteres não se via
mais, mas estas quatro palavras estavam ainda luzindo
com terrível clareza...” {PR 270.2}
• Esta, pois, é a escritura. Daniel leu as palavras escritas
na parede, aparentemente quatro palavras em
aramaico. É inútil especular sobre a natureza da
escritura e sua relação com alguma escrita conhecida
(ver com. do v. 8). Mas, mesmo depois de lidas, as
palavras não poderiam ser compreendidas a não ser
mediante iluminação divina. Uma verdade estava
expressa em cada palavra-chave, daí a necessidade de
interpretação (CBA).
• Voltando à inscrição na parede, assim está escrito: “Esta, pois, é a
escritura que foi traçada: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSlM.” (Dn
5:25). Alguém poderia questionar por que os sábios não puderam
entender a inscrição, visto o aramaico ser um idioma oficial de
Babilônia. Várias propostas têm sido apresentadas no decorrer da
história, em uma tentativa de resolver este quebra-cabeça. Tem sido
sugerido que a dificuldade primária para a leitura da inscrição
estaria na forma como se escrevia o aramaico naquele distante
passado: sem vogais e sem separação entre as palavras. Desta
forma, a inscrição pareceria com algo assim: ‫מנאמנאתקלפרס‬.
Alguns ainda sugerem que a inscrição poderia estar em uma
posição vertical, o que poderia dificultar ainda mais o processo.
Outra sugestão é que “a inscrição era um número escrito em
cuneiforme, que foi traduzido para o aramaico e então
interpretado.” Calvino entende que Deus simplesmente cegou os
infiéis para que não entendessem a mensagem. O desafio para os
sábios de Babilônia, entretanto, não era dar a definição do
dicionário para estas quatro palavras, e sim revelar o significado
que elas tinham para o rei.
• A interpretação dada por Daniel divide a inscrição em três palavras de três letras,
cada uma com três níveis de significado.
• O primeiro nível representa medidas de pesos (não moedas): uma mina (600 g),
um shekel (10 g) e ufarsin (a metade de uma mina, 300g). A mensagem foi
expressa em uma linguagem do mercado, que o vendedor poderia usar para
informar aos clientes os diferentes pesos e valores de suas mercadorias. O
vínculo era claro para Belsazar: é a liquidação do estoque e o fim de seus negócios.
• O segundo nível representa as ações de avaliação realizada por Deus: “contou, ou
numerou, Deus o teu reino” – Deus é o contador, o numerador, significando que
os dias de duração de Belsazar tinham sido numerados.
• A repetição de mene indica que os dois reis de Babilônia, Nabonido, o pai, e
Belsazar, o filho, não tinham qualquer futuro, porque seus dias haviam terminado.
“Pesado foste na balança” – nos tempos bíblicos era uma metáfora familiar para o
juízo divino; e “dividido foi o teu reino” – observe o jogo de palavras envolvendo o
verbo aramaico peras, “dividir”, e a palavra pāras, que significa Pérsia ou os
persas. Não se trata de uma divisão em duas metades iguais, cabendo uma à
Média e outra à Pérsia. Pelo contrário, significa que haverá “uma divisão em
pedaços, uma destruição, uma dissolução do reino” por obra dos Medos e Persas.
• O terceiro nível representa o resultado da avaliação feita por Deus acerca de
Belsazar e seu império: “deu cabo dele” – a contagem, ou numeração, chegou ao
seu final; “foste achado em falta” – deficiente em valor moral ou, em outras
palavras, “ele é uma fraude”; e “[o reino] foi entregue aos medos e persas. Os três
níveis, portanto, referem-se a um par de balanças como imagem do juízo de Deus.”
A forma plural parsin aponta para os dois reinos combinados, Média e Pérsia,
que colocariam um ponto final na história de Belsazar e do Império Babilônico.
• 26 Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino
e deu cabo dele.
• 27 TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta (TEQUEL.
Os eruditos judeus, chamados massoretas, que em algum período
do 7° ao 9° século da era cristã adicionaram sons vocálicos aos
manuscritos bíblicos (ver vol. 1, p. 12, 13), apontaram o termo
aramaico teqel como um substantivo. Da mesma forma que mene'
(ver com. do v. 26), deveria obviamente ser apontado como um
particípio passivo (teqil). A forma teqel, provavelmente, foi
escolhida pelos massoretas devido à sua semelhança de som com
mene'. Teqil é o verbo "pesar". Daniel informou de imediato ao rei o
ato divino. Belsazar foi achado em falta de dignidade moral.)
• 28 PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas.
• PERES. Esta palavra não é um particípio passivo como as duas mene' e
teqil, embora a vocalização indique que os massoretas a consideraram
como uma forma verbal. É um substantivo, neste caso no singular. A forma
plural apareceu na inscrição (v. 25). Ali também está ligada às palavras
anteriores pela conjunção we, "e". O we aparece como u na palavra
upharsin. Isso se deve à diferença entre upharsin e peres. Peres significa
"parte" ou "porção" e, se a forma plural upharsin (v. 25) é adotada, pode
ser traduzida como "pedaços". A interpretação de Daniel: "dividido foi o
teu reino", também poderia ser traduzida como: "teu reino está quebrado
em pedaços". O significado não é que o reino seria dividido em duas
partes, uma aos medos e outra aos persas. O reino seria dividido em
pedaços, destruído e dissolvido. Isso se daria por meio dos medos e
persas. É interessante que a forma aramaica peres contenha as consoantes
das palavras aramaicas (ver vol. 1, p. 1, 2) para Pérsia e persas, que
estavam naquele momento às portas de Babilônia.
• 30. Naquela mesma noite. Embora Belsazar não seja mencionado
em fontes cuneiformes que descrevem a queda de Babilônia,
Xenofonte declara que "o rei ímpio" de Babilônia, cujo nome não se
menciona no relato, foi morto quando o comandante do exército de
Ciro, Gobrias, entrou no palácio (Cyropaedia, vii.5.30). Embora se
deva reconhecer que a narrativa de Xenofonte não é historicamente
confiável em todos os detalhes, muitas de suas declarações se
baseiam em fatos. De acordo com fontes cuneiformes, Nabonido
estava ausente de Babilônia na época de sua queda. Quando
Nabonido se rendeu, Ciro o enviou à distante Carmania. Portanto, o
rei que foi morto durante a tomada de Babilônia só poderia ter sido
Belsazar. Há um resumo da história de Belsazar na Nota Adicional a
Daniel 5.
31 E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos,
se apoderou do reino.

• 31. Dario, o medo. O governante mencionado neste versículo e no cap. 6 é


uma figura obscura para a história secular. A conjunção "e", com a qual o
versículo se inicia, mostra que o autor do livro relacionou estreitamente
a morte de Belsazar, registrada no versículo anterior, com a ascensão de
"Dario, o medo", ao trono. Nas edições impressas da Bíblia Hebraica, este
versículo é o primeiro do cap. 6. Contudo, a maioria das versões
modernas, seguindo a LXX, unem o v. 31 ao cap. 5. Isso é preferível. Não
há diferença entre a grafia do nome de Dario, mencionado aqui e a de
"Dario, rei da Pérsia", em Esdras 4:24 (ver com. ali) e a grafia registrada
em outras partes. Não há diferença em aramaico, nem em hebraico,
tampouco em português.

• Sessenta e dois anos. A avançada idade de Dario foi talvez responsável


pela brevidade de seu reinado. O livro de Daniel menciona apenas o
primeiro ano de reinado de Dario (Dn 9:1, 2; ll:l). A morte do rei ocorreu
"cerca de dois anos após a queda de Babilônia" (PR, 556, 557).
Daniel 6
• 1 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte
sátrapas, que estivessem por todo o reino;
• 1. Sátrapas. Arameo 'ajashdarpan (ver com. cap. 3: 2). "Los
diversos detalles de la administración provincial del Imperio Persa
antes de la reorganización hecha por Darío I son todavía un tanto
oscuros. Herodoto (iii. 89) afirma que Darío I creó 20 satrapías
como principales divisiones del imperio. Cada satrapía estaba
dividida en provincias. "Las inscripciones de Darío dan diferentes
números de satrapías (21, 23, 29), lo que indica que durante su
reinado quizá el rey cambió tanto el número como el tamaño de
las satrapías. Algunos historiadores griegos usan el término
"sátrapa" para funcionarios inferiores, como aparentemente lo
hizo Daniel cuando usó ese término para referirse a los
gobernadores provinciales.
Daniel 7
• O capítulo 7 também é considerado “um dos
grandes enigmas na pesquisa do AT”. Alguns
importantes e difíceis temas no capítulo tem
desafiado a habilidade dos intérpretes no
decorrer dos séculos, como a identidade dos dez
chifres, o chifre pequeno, o Ancião de dias, o ser
semelhante a um filho de homem e os santos do
Altíssimo. Tais dificuldades tornam o estudo do
livro “fascinante, tentador e desafiador”. Além
disso, a unidade do capítulo é outra questão que
divide os intérpretes.
• Devem ser observadas as duas dimensões em
que se move a visão, vertical e horizontal, ora
descrevendo cenas que se desenrolam em
nosso mundo, ora retratando cenas do mundo
celestial: duas cenas terrenais (vv. 3-8 e 11-12)
e duas cenas celestiais (vv. 9-10 e 13-14). Esta
ordem pode ser esquematizada assim:
I. Visão preliminar dos reinos terrenais – vv. 2b-3
II. Detalhes da visão – vv. 4-14
A. Os três primeiros animais – vv. 4-6
B. O quarto animal – v. 7
C. Descrição do chifre pequeno – v. 8

D. Começo do juízo – vv. 9-10


C´. (Destino do) chifre pequeno – v. 11a
B´. Destino do quarto animal – v. 11b
A´. Destino dos três primeiros animais – v. 12
III. Visão final do reino celestial: reino dado ao Filho do
homem como resultado do juízo – vv. 13-14
• No primeiro ano de Belsazar. Deve-se
observar que Daniel não apresenta as
informações de seu livro numa ordem
cronológica estrita. Os eventos dos cap. 5 e 6
aconteceram depois dos registrados no cap. 7.
Mas, sem dúvida, por razões de continuidade,
a narrativa histórica se completa nos cap. 1 a 6
• Quatro animais. A aplicação do símbolo não é
deixada à especulação. De acordo com o v. 17,
os quatro animais representam "quatro reis,
que se levantarão da terra". Em vez de "reis",
a LXX, Teodócio e a Vulgata trazem "reinos". O
quarto animal é especifica mente chamado de
"quarto reino" (v. 23). Em geral, se aceita que
esses quatro animais representam os mesmos
quatro poderes simbolizados pela estátua de
Daniel 2
• Subiam. Os poderes representados não são
contemporâneos, mas sucessivos.
São animais ou como animais?
• O primeiro não era um leão, mas “como um leão” (v. 4), o segundo,
não um urso, mas “como um urso” (v. 5), e o terceiro, não um
leopardo, mas “como um leopardo” (v. 6). A preposição “como”
deve ser destacada, pois aparece no v. 4 e se repete nos vv. 5 e 6. O
que pode ser percebido aqui é que não se faz referência a animais
reais encontrados na natureza, mas similares a animais conhecidos,
mas com atributos diferentes adicionais, como as asas do leão e do
leopardo, as quatro cabeças do leopardo etc, o que os diferencia
daquilo que é conhecido.
• Deve ser observado que o quarto animal não encontra sequer algo
parecido no mundo natural, por isto o profeta se refere a ele como
“terrível e espantoso” (v. 7). Enquanto os outros animais entram e
saem do cenário rapidamente, o quarto animal, com suas divisões,
recebe um tratamento mais demorado. Independente, porém de
tais características, eles simbolizam reinos que se sucederiam no
cenário da história universal.
DIMENSÃO
HORIZONTAL
Dn 7:1-8
Cenário = TERRA
LEAO
• Leão [...] asas de águia. Um símbolo apropriado para Babilônia. O
leão alado é encontrado em objetos de arte babilônicos. A
combinação de leão e águia era comum. Via-se com frequência um
leão com asas de águia, às vezes, com garras ou bico. Uma
combinação semelhante era de águia com cabeça de leão. O leão
alado é uma das formas deste animal que, com frequência, é
representado em combate junto a Marduque, o padroeiro da
cidade de Babilônia (sobre essa combinação de leão e águia, ver S.
H. Langdon, Semitic Mythology; The Mythology of All Races, vol. 13;
p. 118, 277-282; ver também, na mesma obra, Fig. 51 , na p. 106, o
leão alado; e p. 116, 117, a águia com cabeça de leão; ver ainda
ilustrações da combinação de vários animais babilônicos e assírios
em L. E. Froom, Prophetic Faith of Our Fathers, vol. 1, p. 50, 52).
URSO
• Um urso. O império persa, ou medopersa, correspondente à prata
da estátua (ver com. de Dn 2:39). Como a prata é inferior ao ouro,
assim, ao menos em alguns aspectos, o urso é inferior ao leão.
Contudo, o urso é cruel e voraz, características atribuídas aos
medos (Is 13:17, 18).
• Sobre um dos seus lados. O intérprete (v. 16) não explica esta
característica da visão. Porém, uma comparação com Daniel 8:3 e
20 sugere que o reino era composto de duas partes: os medos e os
persas, sendo que os últimos se tornaram o poder dominante
poucos anos antes do império duplo conquistar Babilônia (ver com.
de Dn 2:39).
• Três costelas. Estas não são mencionadas na interpretação (v. 17-
27); no entanto, muitos comentaristas as consideram um símbolo
dos três poderes principais conquistados pelo império medo-persa:
os reinos da Lídia (546 a.C.), Babilônia (539 a.C.) e Egito (525 a.C.)
(ver com. de Is 41:6).
LEOPARDO
• Semelhante a um leopardo. O leopardo é um animal feroz e
carnívoro, notável por sua velocidade e agilidade (ver Hc 1:8; cf. Os
13:7).

O poder que sucederia o império persa é identificado em Daniel
8:21 como "Grécia". Essa "Grécia", porém, não deve ser confundida
com a Grécia do período clássico, visto que este período precedeu a
queda da Pérsia. A "Grécia" apresentada em Daniel é o império
semigrego macedônico de Alexandre, o Grande (ver com. de Dn
2:39), que inaugurou o que é chamado de período helenístico.
Antes de Alexandre, não se podia fazer referência ao "primeiro rei"
(Dn 8:21) de um império grego que fosse "um rei poderoso" com
"grande domínio" (Dn 11:3).
• AGITAÇÃO POLÍTICA
• Poderes em luta
• Sucessão no poder
• Domínio
Num contexto em que o destino da
humanidade parece depender dos
caprichos ou ambições de poder de cada
reino que surge no cenário mundial; em
que um poder religioso profere palavras
insolentes contra o próprio Deus e
persegue os santos...
Até quando perdurará esta
situação de aparente
abandono dos santos?
Qual a atividade de Deus
diante da atividade da
ponta pequena?
MUDANÇA DE CENÁRIO

CÉU

TERRA
Que características mencionadas no texto bíblico
permitem uma identificação do chifre pequeno em
Daniel 7?
• R. Os intérpretes se dividem quanto à identificação deste símbolo. Para os estudiosos da escola preterista, o chifre pequeno simboliza o rei
Antíoco IV Epifânio, que governou uma parte do antigo império grego e que, eventualmente, também regia a Palestina. Assim, o símbolo
do chifre pequeno apenas apontava para um governante do segundo século antes de Cristo, sem qualquer aplicação ao futuro. Mas, seria
esta a melhor interpretação?
• Para responder a esta pergunta, crucial na interpretação das profecias de Daniel, é importante verificar as características do poder
simbolizado pelo chifre pequeno segundo as apresenta o mesmo profeta. Considerando que os animais anteriormente mencionados
representam impérios sucessivos, e que o chifre pequeno é mencionado somente após o animal terrível e espantoso com dez chifres sobre
a cabeça, este fato, por si só, aponta para um momento na história que vai muito além do segundo século a.C., quando Antíoco IV
desenvolveu sua carreira. Analisando-se o próprio texto, encontramos que:
• 1. A ponta pequena surge do quarto animal – entre os dez chifres. Surge da besta romana (vv. 7, 8, 24) e de alguma maneira deve ser,
portanto, uma continuação do Império Romano.
• 2. O tempo do surgimento da ponta pequena e os eventos ocorridos naquele tempo ajudam a identificá-la. Os dez chifres da besta
romana representam as divisões do Império Romano Ocidental, que chegou ao seu fim no ano 476 AD. A ponta pequena surgiu entre
estes dez chifres, assim que ela cresceu em poder após as tribos bárbaras dividirem o Império Romano, por volta do quinto ou sexto
séculos A.D.
• 3. Três chifres/reinos seriam arrancados diante da ponta pequena.
• 4. A ponta pequena falaria grandes ou “insolentes” palavras contra o Altíssimo (vv. 8, 11, 20, 25). Além de tomar alguns dos títulos
anteriormente usados pelos Césares, o bispo de Roma assumiu títulos religiosos e prerrogativas que somente podem ser descritos como
palavras “insolentes”. Os santos do Altíssimo deveriam ser entregues ao poder da ponta pequena e oprimidos por ela. Portanto, a ponta
pequena seria um poder perseguidor (v. 25).
• A ponta pequena tentaria “mudar os tempos e a lei” (Dn 7:25). A palavra aramaica para “tempos” é zimnin, a forma plural de zeman.
Quando usada no singular, esta palavra se refere a um ponto no tempo, mas como plural, ela faz referência a pontos repetidos no tempo.
Estes pontos repetidos no tempo estão vinculados no mesmo verso com a lei de Deus.
• A característica final também se encontra em Daniel 7:25: “Os santos lhe serão entregues nas mãos por um tempo, tempos e metade de
um tempo”.
• Conclusão: A análise do texto em si provê informações quanto a
características do poder simbolizado pelo chifre, e que auxilia em sua
identificação. É um poder político – visto que é representado por um
chifre, símbolo usado por Daniel para descrever outros reinos – e também
religioso, característica que se destaca por suas referências à intrusão
deste poder no âmbito religioso: palavras contra o Altíssimo, perseguição
dos santos do Altíssimo, etc.

• De acordo com Mangano, “comentaristas frequentemente identificam
este chifre pequeno como o Anticristo, o ‘homem da iniquidade’ de 2
Tessalonicenses 2:8-9 e a ‘besta’ de Apocalipse 13:1-10. Esta identificação
é baseada na associação da destruição do chifre pequeno com a cena de
um grande juízo e a gloriosa aparição da plenitude do Reino de Deus (7:11,
26-27). Muitos comentaristas interpretaram o chifre pequeno de Daniel 7
com os papas de Roma. Para Paul Butler, “o chifre pequeno que cresceu é
o papado Católico Romano que sucedeu o império Romano...”.
• Quem é representado pelo Filho do homem de Daniel
7:13,14?

• R. Muita discussão está envolvida nesta questão e os
eruditos ainda não chegaram a um consenso quanto ao
significado desta expressão (Aram. bar 'ĕnâš). Como
afirmou um estudioso, “quase nenhum outro problema da
ciência bíblica tem desafiado mais os eruditos que a correta
interpretação de Daniel 7:13ss, e especialmente da figura
do ‘filho do homem’ ali presente.” Por sua vez, Baldwin
declara que o verso 13 “tem sido o assunto de mais
monografias (papers) que qualquer outro no livro.”

• Basicamente, há quatro identificações: (1) o Filho do homem é uma figura angélica; (2)
o Filho do homem é o mesmo que os “santos do Altíssimo”; (3) esta figura simboliza o
povo judeu; e (4) este personagem representa o Messias.
• De acordo com Collins, “as mais antigas interpretações e adaptações do ‘um
semelhante a um filho de homem’, tanto judaicas como cristãs, assumem que a frase
se refere a um indivíduo e não é um símbolo para uma entidade coletiva.” O mesmo
autor acrescenta ainda que “a interpretação messiânica prevalece na literatura rabínica
e é a opinião majoritária entre os comentaristas judeus medievais”, enquanto que “os
intérpretes cristãos primitivos assumem a identidade do ‘filho de homem’ com Cristo.”
Mesmo Montgomery, que defende a posição de que a expressão se refere a uma
entidade coletiva, declara que “deve ser admitido que a mais antiga interpretação do
‘Filho de Homem’ é Messiânica.”
• É importante destacar também que o próprio Jesus aplicou o título “Filho do homem”
a Si mesmo nos Evangelhos (Mt 9:6; 11:10; 12:8; 13:41; 16:13, 28; etc.). Este era um
título messiânico bem-compreendido em Seu tempo. A tradição judaica, representada
por intérpretes como Rashi, Ibn Ezra, Saadia Gaon, entre outros, é unânime em
reconhecer o “filho de homem” como o Messias-Rei. Alguns estudiosos veem neste
título uma referência direta a Daniel 7:13. Assim, é evidente que Ele se identificou com
esta figura apresentada em Daniel.
• Tais conclusões estão em harmonia com declarações de Ellen White, que, sem qualquer
dúvida, identifica o Filho do homem de Daniel 7:13-14 com Jesus Cristo.
o Império Romano realmente não caiu em 476 A.D, já que a metade oriental
continuou por outros mil anos sob a forma do Império Bizantino.

Invasões Bárbaras V- X

A estrutura política ocidental finalmente se


desintegraria no século V
como Constantinopla
Império Oriental em Bizâncio, mais tarde conhecido
duas metades: o Império Ocidental (Milão) e o
Finais dos seculo III Diocleciano dividiu o Império em

410 o rei visigodo Alarico saqueou roma

Augustulus
uma revolta e depôs o imperador Romulus
476, o líder germânico Odoacer desencadeou
455, ficou no controle dos vândalos

O Império Oriental sofreu alguma forma por


outros mil anos antes de ser dominado pelo
Império Otomano nos anos 1400
2. Problemas econômicos
e excesso de liberdade
no trabalho escravo

1. Perca de
As guerras território
constantes e os Razoes da por causa
gastos queda do das
excessivos Impérios invasões
haviam aliviado barbaras
significativamen
te os cofres
imperiais....
Excesso de Perca de escravos,
tributacoes e decadência da
fuga dos 3. Divisão do
economia
tributandos império
Romano por
diocleciano
Foi o Quando o After the
primeiro Mas Roma Great
Cristianismo
imperio a detinha o Schism of
se tornou
ser Poder sobre 1054 the
organizado,
construind todos os eastern
the Church a
o sob a outros (Orthodox)
igreja era
autoridade patriarcas church
dirigida por 4
temporal e patriarcas, um separated
da igreja. que residia em form the
Alexandria, western
Jerusalem, (Roman
Antioquia, Catholic)
Constantinopl church.
a, e Roma
IMPERIO BINZANTINO

on 11 May 330 until 29 May 1453, when the O Imperador passou a ser consider
Ottoman sultan Memhet II conquered the city.
powerful empire principal chefe da Igreja.
creation and survival of a
330 till 867, saw the

(867-1057)
during the Macedonian dynasty
history consists of its apogee. It fell
The second period in Byzantine

O principal imperador bizantino foi Justiniano


(527-565), em seu governo o Império Bizantino
atingiu o máximo esplendor.
392 Edito de Constantinopla, os cultos
pagaos saoilegais
380, Teodocio I, edito da i
ser um cristiao, depois passou a ser difícil nao

nstitucionalizacao da igreja, qualquer


Daniel Walther, “antes do ano 313 era difícil

outra forma de culto devia ser penalizada


330 a capital passa para constantinopla e
ser un Cristiao despois desta data”

Roma fica nas maos da ICAR


325 Niceia, presidido por constantino

RELAǺAO RELIGIAO E
Pontífex Máximus
313 Edito de Miláo, promulgado por

MUDANCA DA
Constantino e Licinio

ESTADO
312 a conversao de Constantino
311 Edito imperioal para tolerancia dos
cristºaos
Carlos Magno “encontró en la ciudad
de Dios, de San Agosthino, una
inspiración para el imperio cristiano
que él esperaba revivir en el mundo
transformado de los siglos VII y IX
413 y 426, Agostinho escreve De Civitate
Dei
401, Alarico invadiu a Italia com os
visigodos
Mudanca dos Tempos
• Tempos. Do aramaico zimnin (singular, zeman), um termo que denota tempo
fixo, como em Daniel 3:7, 8; 4:36; 6:10 e 13, ou um período de tempo, como
em 2:16; e 7:12. Em Daniel 2:21 , há uma sugestão quanto ao significado da
expressão "mudar os tempos", em que se usam juntas outra vez as mesmas
palavras aramaicas para "mudança" e "tempos". Porém, Daniel ali atribui a
Deus a prerrogativa de "mudar tempos". Só Deus tem o destino das nações sob
Seu controle. É Ele que "remove reis e estabelece reis" (Dn 2:21). "Em cima, e
em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas,
[está] a força de um Ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente,
pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade" (Ed, 173). É Deus que
também determina o "tempo" (aramaico zeman) quando os santos possuirão o
reino (Dn 7:22). O esforço do chifre pequeno para mudar os "tempos"
indicaria uma tentativa deliberada de exercer a prerrogativa de Deus de
dirigir o curso da história humana.
• Em primeiro lugar, devemos lembrar que o mesmo termo ᶜiddan é
usado no capítulo 4, em referência ao rei Nabucodonosor. Conforme
vimos, o livro de Daniel pode ser dividido em termos amplos como
sendo uma metade histórica (caps. 1-6) e outra profética (caps. 7-
12). A experiência do capítulo 4, envolvendo Nabucodonosor,
encontra-se na seção histórica, diz respeito a um personagem
histórico e é interpretado como sete anos. Além do mais, devemos
observar as frases temporais relacionadas com Daniel 7:25: (a) 2300
tardes e manhãs – Dn 8:14; (b) 1290 dias – Dn 12:11; (c) 1335 dias –
Dn 12:12; (d) 42 meses – Ap 11:2; 13:5; (e) 1260 dias – Ap 12:6.
Com respeito a esta última referência, observe que o próprio texto
de Apocalipse 12 apresenta a equivalência entre os 1260 dias do
verso 6 com “um tempo, tempos e metade de um tempo” do verso
14. Assim, não há qualquer dúvida quanto a interpretar a referência
em Daniel 7:25 como significando 3 anos e meio.
• Ademais dos argumentos acima, é necessário interpretar o elemento
temporal mencionado de acordo com o contexto em que se situa.
• Em primeiro lugar, é claro a qualquer estudioso bíblico que o contexto em
que se encontra a profecia é simbólico, como evidenciado pelas
referências a estranhos animais, não encontrados na natureza.
• Em segundo lugar, a natureza do elemento temporal é simbólica.
• Por último, a quantidade em que se expressa o elemento temporal
também é simbólica. Assim podemos concluir com segurança que aqui
estamos lidando com profecia simbólica.
• E é no contexto de profecias simbólicas que encontramos as referências
temporais. Sendo assim, “a consistência requer que os elementos
temporais sejam tratados na mesma forma como o resto da imagística”.
• A conclusão, portanto, é que a referência temporal também é simbólica.
Sendo assim, estamos diante de um período de “um tempo”, que equivale
a 360 dias simbólicos (ou 360 anos literais), “dois tempos”, que equivalem
a 720 dias simbólicos (ou 720 anos literais) e “metade de um tempo”, que
equivale a 180 dias simbólicos (ou 180 anos literais), o que nos leva a
interpretar os três anos e meio como simbolizando um total de 1260 anos
literais. Ferch, Daniel on Solid Ground, 88.
Quando incia a profecia. Apos a queda
de Roma
• . A profecia dos 1260 dias deve ser entendida em seus próprios termos e
não a base de ideias preconcebidas. A Bíblia não diz, por exemplo, que a
grande apostasia devia começar em 538; Paulo diz que o mistério da
iniquidade estava em operação em seus próprios dias. Os estudantes desta
profecia, portanto, não deveriam ficar perplexos ao depararem com um
vigoroso papado operando antes de 538.
• Ademais, deve ser notado que a profecia dos 1260 dias é limitada a
começar após a queda de Roma. Este é um ponto importante. A ponta
pequena de Daniel 7 levanta-se "após" levantarem-se os dez reis que são
representados pelas outras dez pontas.
• Deveras, ela se levanta para iniciar seu período de 1260 dias após aquelas
tribos que ela deve logo suplantar estarem estabelecidas. É bem sabido
que os Ostrogodos nem mesmo penetraram no território do Império
Romano Ocidental (exceto poucas incursões) até receberem permissão
para isso do Imperador oriental Zenon, em 487 AD. Assim, os 1260 dias
não podem começar senão depois de 487.
Em Apocalipse 13:1-3, os diademas do dragão estão sobre os seus chifres, ao passo que no
capítulo 12 eles estão sobre suas sete cabeças. Isto deve indicar que a doação do dragão de
poder, sede (trono) e grande autoridade ocorre após a queda de Roma, depois de 476,
após as dez tribos haverem suplantado o Império Romano Ocidental.
1. Embora Daniel 7:8 afirme que os três chifres são desarraigados "diante do" pequeno
chifre, não importa se os Ostrogodos estavam ainda ativos depois de 538. A expressão
"diante de quem" (aramaico godam) em Daniel 7:8 significa "na presença de", de
preferência a "antes de". Assim, o arrancamento dos três chifres não fornece um indício
exato para o começo do período, para o que não se destinava.
O chifre que é chamado "pequeno" quando a princípio mencionado não permanece
pequeno; ele torna-se grande. Deve ser admitido que é o seu extraordinário crescimento
que resulta no arrancamento de seus três rivais VISEGUDOS, OSTROGUDOS, VANDALOS.
Disto devia-se esperar que quando a princípio observado (a queda do Império Romano) ele
era pequeno e aparentemente impotente; que após um período de crescimento ele
poderia ser descrito como tendo poder e grandeza.
Assim, a profecia chama a atenção para um poder apóstata já operando nos dias de Paulo,
mas que é visto estar especialmente entrando em uma nova era de importância algum
tempo após a queda de Roma.
Mas, se Daniel e Paulo não dão qualquer maneira precisa para realmente datar o início (ou
término) do período, o Apocalipse o faz. Apocalipse 13 fala do dragão dando-lhe poder, sede
(trono) e grande autoridade. Isto, em conexão com o que o Apocalipse declara para marcar o
fim do período, constitui uma maneira clara para marcar o início.
• Em 526 Teodorico faleceu, sendo sucedido por uma linha de fracos reis
Ostrogodos. Por outro lado, em 527 Justiniano tornou-se Imperador no
Oriente, um forte e vigoroso monarca.
• É desnecessário entrar aqui em muitos detalhes, mas em 534 Belisário,
general dos exércitos de Justiniano, destruiu os Vândalos no norte da
África. Em 535 Justiniano declarou uma guerra "sem trégua" contra os
Ostrogodos e ordenou a Belisário volver em direção ao norte, para a Itália.
Seu avanço pela Sicília e sul da Itália foi extraordinário e, a 9 de dezembro
de 536, ele entrou em Roma. Na verdade ele entrou na cidade sem lutar. Os
godos simplesmente abandonaram-na para que Belisário dela se apossasse.
Enquanto o exército imperial entrava pelas portas do sul, o exército gótico
pacificamente saía pelas portas do norte.
• Se os godos deixaram Roma em 536, por que não é esta data escolhida,
em vez de 538? A razão é que os godos retornaram dentro de poucas
semanas com um exército de 150.000 (?) homens e Belisário, com apenas
5.000 sob seu comando, achou-se cativo dentro da cidade que ele tinha
"conquistado". Ao começar o ano 537, dificilmente se poderia dizer que
Roma tinha sido libertada das mãos dos Arianos.
• Também não há qualquer dúvida acerca de que lado a balança do poder
1. OS HÉRULOS = Odoacro
2. OSTROGODOS = Teodorico.
3. VÂNDALOS = Genserico
Todos eram povos arianos, ou
seja, acreditavam que Cristo
era um Deus inferior ao Pai.

189
1. OS HÉRULOS = Odoacro
2. OSTROGODOS = Teodorico.
3. VÂNDALOS = Genserico
Todos eram povos arianos, ou
seja, acreditavam que Cristo
era um Deus inferior ao Pai.

190
• O ano decisivo, na extensa e prolongada batalha entre o
império e os godos, foi de 537-538. A partida dos godos de
Roma na primavera de 538 marca sua derrota. Embora a
cidade de Roma, de tempos em tempos depois disto,
momentaneamente caísse nas mão dos próprios godos, a
partida decisiva dos Arianos de Roma ocorreu no ano 538
AD.
• Por esta razão, juntando-se aos outros fatores dados acima,
538 pode ser tomado como o ano em que o dragão (Roma
Imperial) deu sua "sede" ("trono") à besta (Roma Católica)
e o começo dos 1260 dias proféticos.

TERMINO
• * O ano de 1798 pode ser tomado como a
data para o fim dos 1260 anos porque naquele
ano uma longa tendência de decrescente eficácia
do Catolicismo Romano sobre as mentes dos
homens na Europa chegou ao clímax por uma
deliberada e singular tentativa de destruir a
Igreja, ferindo o centro de sua unidade. Esta data
pode ser acatada, além disso, como sendo
satisfatória, naquilo em que ela coincide com o
começo do movimento missionário mundial de
Apocalipse 10 e precede a "amargura" e o "juízo"
de 1844.
Atividade da Ponta Pequena
(Dn 7:25)
Contra:
Deus: proferirá palavras contra o
Altíssimo
Santos: magoará os santos
Deus: mudar os tempos e a lei
Santos: os santos lhe serão
entregues nas mãos
O que acontece
na terra não
passa
despercebido e
recebe uma
resposta no céu.
V.9
Qual a natureza deste juízo?
“Assentou-se o tribunal” –
O uso do termo “juízo” ou “tribunal” em
Daniel 7:10 é interpretado como uma
clara indicação de que “o que está por
acontecer na esfera celestial assumirá a
natureza de uma investigação”
(Shea, “Daniel and the Judgement”, 153-154; idem, Prophetic Interpretation, 143).
“E abriram-se os livros” (vv. 10, 26).
A cena aqui é típica daquilo que conhecemos
dos tribunais humanos. O juiz entra e ocupa o
seu lugar. Todos os demais presentes se
assentam e os trabalhos começam. Eles
devem examinar os materiais do caso. Os
registros são abertos.
Da mesma forma ocorre no juízo celestial. Há
“livros” de registros de alguma espécie que
são examinados (v. 10). Por esta razão, este
juízo tem sido chamado um “juízo
investigativo”. Os livros contêm os registros
das vidas daqueles que são julgados, que
não se encontram ali pessoalmente, mas têm
os registros de sua vida disponíveis para
escrutínio.
(Shea, “Daniel and the Judgement”, 154; idem, Prophetic Interpretation, 144; idem,
Daniel 7-12, 146; Rodríguez, “The Sanctuary”, en Handbook of Seventh-day
Adventist Theology, 397).
A referência à abertura dos
livros nesta cena celestial
revela que neste juízo está
envolvido um exame de
registros de algum tipo.
Logo, este juízo celestial é
investigativo.
A conclusão, baseada no próprio texto
de Daniel 7:10 é que, “o uso da frase
‘assentou-se o juízo’, implica
deliberação, e a referência à abertura
dos livros reforça sua natureza
investigativa”
(Shea, “Daniel and the Judgement”, 154;
idem, Prophetic Interpretation, 144).
Ancião de dias – usado somente
nesta passagem em toda a
Bíblia.

Por que é significativo este


título neste contexto?
Quando Deus assume a obra do juízo, Ele
julga os seres humanos que viveram em
cada era da história da terra. Mas
nenhum deles tem sobrevivido a Deus ou
vivido em um tempo antes dEle. Deus
poderia dizer a todas as pessoas julgadas
no juízo: “Eu te conheço; Eu fui seu
contemporâneo. Você não fez nada que
esteja fora do Meu conhecimento”.
Anjos – v. 10 – qual a função dos anjos no
juízo?
Milhares de milhares – esta expressão
poética não é dada para expressar um
número literal de anjos; é dado para
expressar totalidade. Todos os anjos fiéis
de Deus estão lá. Cada ser humano que
viveu neste mundo teve o seu anjo da
guarda, e todos os anjos da guarda
estarão no juízo para testificar. Os
crentes não estarão sem representantes
no juízo.
Com Cristo, nosso Sumo Sacerdote e
Advogado, e nosso anjo da guarda
presente, estaremos muito bem
representados.
A maioria dos comentaristas crê que os
tronos são “para os juízes angélicos
associados que constituem o tribunal
celestial... que se assentam em juízo (vv.
10, 26). (Hartmann & Di Lella, 217; Montgomery, 296-297; R.
H. Charles, A Critical and Exegetical Commentary on the Book of
Daniel (Oxford, 1929), 181; Plöger, 104; Delcor, 150. Ver Arthur J.
Ferch, “The Judgment Scene in Daniel 7”, em Arnold V.
Wallenkampf, ed., The Sanctuary and the Atonement. Vol. I,
Biblical Studies, [Review and Herald, 1980], 163).
Onde Deus responde às
atividades da ponta
pequena?
No juízo investigativo
pré-advento
Pergunta:
Quem está envolvido neste
juízo investigativo pré-
advento?
Possíveis respostas:

1. O chifre pequeno

2. Os santos do Altíssimo

Вам также может понравиться