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Universidade Federal de Ouro Preto

Escola de Minas
Pós-Graduação em Geotecnia

ESTUDO DOS PARÂMETROS RELACIONADOS À NATUREZA


DAS DESCONTINUIDADES E SUA APLICAÇÃO A MACIÇOS
ROCHOSOS DE MINERAÇÃO.

MESTRANDO: GUSTAVO VINICIUS GOUVEIA


ORIENTADOR: ROMERO CÉSAR GOMES
ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO
 Introdução (Cap. 1);
• Aspectos Gerais
• Objetivos;
• Metodologia;

 Evolução do Conhecimento (Cap. 2);


 Explanação do Estudo de Caso (Cap. 3);
 Tratamento e Validação do Banco Dados Recebidos (Cap. 4);
 Aquisição e Tratamento de Dados (Cap. 5);
 Análises Probabilísticas (Cap. 6);
• Cinemática;
• Planar;
• Cunha.

 Considerações Finais (Cap. 7).


Plano da Foto

Plano da Foto

Hobbs, Means & Williams (1976), An outline of Structural Passchier & Trouw (1996), Microtectonics, figs.
Geology, Fig5.1 pg. 214. 4.11 e 4.10 pg. 66.
JUSTIFICATIVA
Para uma cava predominantemente de rochas ”duras”, Sem influencia das
faz-se necessário entender as potenciais rupturas que descontinuidades
possam existir.

Visto que os modos de rupturas para rochas “duras” e


“moles” são completamente diferentes. É necessário
entender as particularidades de cada um, para aplica-los
corretamente.

Assim, conseguir determinar parâmetros para otimização


da cava (aproveitamento do corpo mineral).
Influencia das
descontinuidades
Introduzir uma nova abordagem da estabilidade da cava.

Readequar as técnicas de levantamento de dados em


função da disponibilidade de novas tecnologias, mais
precisas e eficientes do que as convencionalmente
disponíveis.
OBJETIVOS
Ruptura Planas Ruptura em Cunha
(Plano desfavorável) (Intersecção de descontinuidades)

 Curva de correlação entre o número de


rebote do martelo de Schmidt e a resistência
à compressão uniaxial para as formações
ferríferas;

 Verificar o comportamento estatístico de


cada um dos parâmetros fundamentais da lei
Para os litotipos médios e compactos empírica do atrito;
𝑱𝑪𝑺
𝜏
ൗ𝜎′ = tan 𝑱𝑹𝑪 ∙ 𝑙𝑜𝑔10 𝜎 ′ + 𝛟𝒃 (𝑜𝑢 𝛟𝒓 )  Realizar análise cinemática probabilística
𝑛 𝑛 para verificar potencial geométrico dos
JRC: Resistencia à Compressão da Parede da Descontinuidade modos de rupturas planares e em cunha;

JCS: Coeficiente de Rugosidade da Superfície de Descontinuidade  Realizar análises de estabilidade com


softwares específicos, considerando o
𝛟𝒃 : Ângulo de Atrito Básico 𝛟𝒓 : Ângulo de Atrito Residual critério de ruptura pelas descontinuidades.
METODOLOGIA
EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

Breve apresentação da principal contribuição de dos principais trabalhos


PATTON (1966): MULTIPLE MODE OF SHEAR FAILURE IN ROCK

Para amostras com superfícies planas, em um ensaio


de cisalhamento direto o gráfico de tensão cisalhante

Efeito Coesivo (Intercepto de Coesão)


x normal é uma reta inclinada (ϕ°), passando pela
origem (coeficiente linear nulo).
𝜏 = 𝜎𝑛 tan ϕ

Amostras com superfícies “dentadas”, quando


submetidas a baixas tensões normais, sofrem
inicialmente efeito do ângulo médio das inclinações (i)
somado ao ângulo de atrito de resistência ao
deslizamento (ϕ)

𝜏 = 𝜎𝑛 tan ϕ + 𝑖
𝜏 = 𝜎𝑛 tan ϕ𝑟
BARTON (1973a): REVIEW OF A NEW SHEAR-STRENGHT
CRITERION OF ROCK JOINTS

Resolve o fato que as equações de Patton (1966) não consideram as chamadas de rugosidade de
segunda ordem para se determinar o parâmetro “i”.

 Descontinuidades de segunda ordem são


pequenas irregularidades, ou variações
infinitesimais de inclinação que Patton
aproximava pelo ângulo médio que estas fazem
com um plano médio.

 Assim, o modelo de rugosidade de segunda


ordem mostra-se mais fidedigno à realidade
que a aproximação pela rugosidade de primeira
ordem.
A LEI EMPÍRICA DO ATRITO

Barton (1973a) determina uma equação empírica não linear de resistência de pico, que é sensível tanto à
rugosidade da descontinuidade quanto à resistência a compressão da parede da descontinuidade

𝜏ൗ = tan 𝐽𝑅𝐶 ∙ 𝑙𝑜𝑔 𝐽𝐶𝑆


𝜎𝑛 10 + ϕ𝑏
𝜎𝑛

O coeficiente de rugosidade das paredes da descontinuidade (JRC) representa uma escala deslizante de
rugosidade que varia de aproximadamente 20 a 0 da extremidade mais áspera até a mais suave do espectro. A
resistência a compressão da parede da descontinuidade (JCS) é igual à resistência a compressão uniaxial não
confinada da rocha (σc) caso as descontinuidades estiverem intemperizadas a resistência diminuir para
aproximadamente 1/4 σc.
E ϕ𝑏 é o ângulo de atrito entre superfícies de descontinuidades (Patton 1966)
BARTON E CHOUBEY (1977): THE SHEAR STRENGHT OF ROCK
JOINTS IN THEORY AND PRATICE

A partir da derivação da relação denominada “lei empírica do atrito”, descrita por Barton (1973a),
estabeleceu-se novos conceitos, definições e processos simplificados de obter os parâmetros
fundamentais que compõe tal modelo.
𝜏ൗ = tan 𝐽𝑅𝐶 ∙ 𝑙𝑜𝑔 𝐽𝐶𝑆
𝜎𝑛 10 + ϕ𝑏
𝜎𝑛

Determinação da resistência à compressão da parede da descontinuidade (JCS):


Pode então ser medido utilizando o Escleromêtro de Schmidt, que deve ser aplicado diretamente às
paredes das descontinuidades em superfície (in-situ).

O escleromêtro de Schmidt é o equipamento ideal para a obtenção da resistência da parede de uma


descontinuidade, estando esta alterada ou sã. Trata-se de um dispositivo simples que registra o rebote de
um êmbolo comprimido por uma mola após o seu impacto com uma superfície. O valor obtido, denominado
número de rebote, deve então ser convertido utilizando as correlações propostas por Miller (1965).
a correlação proposta para transformar coeficiente de rebote em
resistência

𝒍𝒐𝒈𝟏𝟎 𝝈𝒄 = 𝟎. 𝟎𝟎𝟎𝟖𝟖𝜸𝑹 + 𝟏. 𝟎𝟏
Determinação do Coeficiente de Rugosidade da Descontinuidade
(JRC):

Para uma quantificação do parâmetro JRC, foram estudadas 136


amostras de juntas utilizando o chamado ‘Pente de Barton’ (também
conhecido como perfilômetro de rugosidade) realizando três medidas
de perfis em cada amostra.

Posteriormente, os valores de JRC obtidos pelo ensaio de


cisalhamento direto foram retroanalisados e foi feita uma correlação
entre os traços dos perfis de rugosidade e os correspondentes valores
de JRC obtidos nos ensaios .
Determinação Ângulo de Atrito Básico (ϕb)

Testes de inclinação utilizando uma rampa inclinada que visa simular o deslizamento entre os blocos
separados por uma descontinuidade de inclinação específica, medindo-se o chamado ângulo de atrito
básico (ϕb), para o caso de superfícies de descontinuidades macroscopicamente lisas.
A relação entre ângulo de atrito básico (ϕb) e ângulo de atrito
residual (ϕr)

O estudo da validade do parâmetro ângulo de atrito básico (ϕb) na resistência ao cisalhamento pela lei
empírica do atrito apontou que o ângulo de atrito básico (ϕb) é claramente aplicável para superfícies planas
e não alteradas, mas não se aplica para descontinuidades cujas paredes estejam alteradas.

Outra relação empírica para se estimar ϕr, a partir dos valores ϕb, foram obtidos a partir de ensaios de
inclinação residual, proposta por Barton & Choubey (1977):

ϕ𝑟 = ϕ𝑏 − 20° + 20 (𝑟Τ𝑅)
Se r = R ϕ𝑟 = ϕ𝑏
BARTON E BANDIS (1982): EFFECTS OF BLOCK SIZE ON THE
SHEAR BEHAVIOR OF JOINT ROCK
Uma grande diferença obtida nos ensaios de amostras
grandes ou pequenas deve-se ao fato que as pequenas
amostras têm maior grau de liberdade, permitindo
assim que estas possam girar ligeiramente e "sentir"
as menores e mais acentuadas asperezas dos blocos
vizinhos, enquanto os blocos grandes “sentem” apenas
as maiores asperezas da superfície plana o qual está
inclinado
Barton & Bandis (1982) mostraram que a maneira conveniente de interpretar os efeitos do tamanho dos
blocos é expressar resistência ao cisalhamento em termos de seus componentes.

O ângulo de atrito (ϕ) em uma descontinuidade rochosa pode ser expresso como: ϕ = ϕ𝑟 + 𝑖

O componente de rugosidade total (i) também pode ser expresso da seguinte forma: 𝑖 = 𝐽𝑅𝐶 𝑙𝑜𝑔10 (𝐽𝐶𝑆Τ𝜎′𝑛 )
O efeito combinado da redução da rugosidade efetiva e do aumento das áreas de contato
individuais causam uma mudança acentuada na forma das curvas de deslocamento no
cisalhamento à medida que o tamanho da amostra aumenta. Estes efeitos estão demostrados

Aumentos no tamanho da amostra conjunta causam as três mudanças fundamentais no


comportamento: reduziu a resistência das asperezas, reduziu a dilatação e aumentou o
deslocamento para mobilizar a resistência do pico.
Barton & Bandis (1990) aprimoraram o modelo de ruptura por cisalhamento proposto por Barton &
Choubey (1977) com a inclusão das relações de tensão-deformação, de dilatação e também do
cisalhamento reverso. Esta pesquisa começou em meados dos anos 60, durando cerca de 20 anos
até a publicação de Barton & Bandis (1990).
Contempla nos valores de resistência de pico obtidos em mais de 200 fraturas artificiais, cada qual
com suas devidas peculiaridades.
Consistem basicamente em um resumo/unificação dos estudos anteriores.

Para as devidas correções de escala a lei empírica do atrito assume a seguinte forma:
𝐽𝐶𝑆𝑛 𝐽𝐶𝑆𝑛
𝜏 = 𝜎𝑛 tan 𝐽𝑅𝐶𝑛 𝑙𝑜𝑔10 + ϕ𝑟 ϕ 𝑚𝑜𝑏 = 𝐽𝑅𝐶𝑚𝑜𝑏 ∙ 𝑙𝑜𝑔10 + ϕ𝑟
𝜎 𝜎𝑛
𝑛

Em que JRCn e JCSn são os valores corrigidos pelos efeitos da escala

A magnitude do deslocamento de pico (δpico) que representa a deformação necessária para mobilizar a
resistência máxima ao cisalhamento, é aproximada pela equação:

Onde δpico e Ln estão em metros. Esta equação


foi obtida a partir do melhor ajuste de 650 dados
de ensaios obtidos na bibliografia.
Localização da área de estudo no contexto de geologia regional
Geologia local
FFF - Friáveis
FFM - Médias
FFC - Compactas
BANDAMENTO - SB
CLIVAGEM ESPAÇADA (S2)
CONCEITOS ESTATÍSTICOS BÁSICOS APLICADOS À GEOTECNIA

valor mais centralizado (indica é o valor com maior frequência é o valor do meio em uma
onde se concentra os dados de (o mais comum em um conjunto sequência ordenada de dados
uma distribuição) de dados)
DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE PESO ESPECÍFICO SECO
DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO UNIAXIAL
LEVANTAMENTO DE CAMPO
Realizou-se uma campanha de aquisição de dados durante o mês de janeiro de 2018, a
qual aferiu 20 pontos de controle, com a avaliação de 60 superfícies de
descontinuidades e aquisição de cerca de 1000 medidas do número de rebote do
escleromêtro, denominada “Q”.

Comparação Silver Vs Original


Silver Schmidt – Faixas de Abrangência
Recomendações e Cuidados no Levantamento de Campo
A fim de determinar o valor de resistência mais
representativo para cada superfície de
descontinuidade, durante o levantamento de
campo, tentou-se sempre que possível realizar o
mínimo de 10 e o máximo de 20 testes por
superfície, geralmente espaçados de 30 a 50
mm dos adjacentes.

Porém, muitas vezes, em função do tamanho


das juntas rochosas, obteve-se menos de 10
testes válidos.
CORRELAÇÕES ENTRE VALORES DE
RESISTÊNCIA (σC) E NÚMERO DE
REBOTE DO ESCLERÔMETRO (Q)

𝑙𝑜𝑔10 𝜎𝑐 = 0.00088𝛾𝑅 + 1.01

Abrange materiais com peso


específico seco (ɣs) variando de 20 a
35 kN/m³
Em uma tentativa de extrapolar esta
limitação se utilizou os valores de peso
específico superiores a 35 kN/m³ até o
limite de 60 kN/m³

Se R = 30 e ɣs = 60 kN/m³
UCS = 500 MN/m²
DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DE ATRITO RESIDUAL
Para análises bidimensionais (RocPlane) faz-se
necessário utilizar o ângulo aparente da
descontinuidade na direção da seção analisada.
ANÁLISE CINEMATICA COM INCREMENTO DA COMPONENTE DE
RUGOSIDADE (i)

ANÁLISE CINEMÁTICA PROBABILÍSTICA


ANÁLISE CINEMÁTICA PROBABILÍSTICA
ANÁLISE GEOMÉTRICA DE RUPTURA EM CUNHA BASEADA NOS
PARÂMETROS DA LEI EMPÍRICA DO ATRITO
Setor 01: Analise Potencial de Cunha em Sb x S2 Setor 02: Analise Potencial de Cunha em S2 x S3

Setor 04: Analise Potencial de Cunha em Sb x S2 Setor 05: Analise Potencial de Cunha em Sb x S3
A obtenção de tais parâmetros revelou-se uma tarefa Devido à grande variabilidade apresentada nos
razoavelmente complexa, visto que diversas adaptações foram resultados, uma abordagem probabilística fez-
necessárias em função da natureza das formações ferríferas da se necessária para cada um dos parâmetros
fm. Cauê em função da imensa quantidade de dados.

O levantamento dos parâmetros de descontinuidades baseou- O potencial geométrico para rupturas planares, tanto no contexto
se nas recomendações propostas por Barton e Choubey (1977). de bancada (Apêndice V) como global (Apêndice VI), mostrou-se
Porém, nos últimos 40 anos, diversas novas tecnologias no geral variando de baixo a moderado; ao analisar em software
surgiram possibilitando, assim, uma melhoria na aquisição de de estabilidade a probabilidade de deslizamento determinada foi,
dados. Desta forma, em função da disponibilidade de em geral, muito baixa (Apêndice VIII), e os fatores de segurança
equipamento mais modernos, realizou-se as adaptações foram superiores aos praticados para taludes de mineração (F.S
necessárias. = 1,3) em todos os casos.

A aquisição de dados consistiu no levantamento de 20 pontos Os fatores de segurança mínimos por vezes apresentam
de controle por toda a extensão da cava, nos quais avaliou-se condições críticas (F.S < 1,0), mas a probabilidade desta
60 superfícies de descontinuidade e se obteve cerca de 1000 ocorrência é praticamente nula pela análise do software, devido
valores de coeficiente de rebote do escleromêtro (Q) e 180 ao número de simulações em que os cenários são estáveis é
perfis de descontinuidade; posteriormente em laboratório se muito maior que simulações de cenários instáveis.
testou 90 vezes o ângulo de atrito básico de 9 corpos de provas.
• Disponibilizar um maior número de resultados de ensaios de resistência à compressão uniaxial (UCS)
determinada em laboratório com a determinação do número de rebote do esclerômetro (Q) na mesma
direção da prensa hidráulica, possibilitando outras correlações entre a resistência e o coeficiente de
rebote do esclerômetro;

• Automatizar, com auxílio de software de análise minuciosa, a quantificação do coeficiente de


rugosidade (JRC) em função da aquisição do perfil de rugosidade levantado com pente de Barton;

• Para aplicação da metodologia em cenários específicos realizar a correção dos parâmetros de JCS e
JRC para escala da descontinuidade analisada.

• Realizar o teste de inclinação (Tilt-Test) individualmente para cada tipo de formação ferrífera e
utilizar a mesa inclinadora adequada para obtenção do ângulo de atrito básico com a correção de
Stimpson (1981);
• Determinação das condições hidráulicas dos maciços rochosos do Complexo Vargem Grande. Abordando
principalmente as condições hidráulicas nas superfícies de descontinuidades e a relação destes elementos com o
aquífero fissural (secundário) presente;

• Determinação do coeficiente de sismicidade ideal para as minas do Quadrilátero Ferrífero em função das
detonações e a sismicidade natural;

• Avaliação dos efeitos da presença de água na determinação do ângulo de atrito básico das formações
ferríferas e quantificação desta influência nos valores das componentes de rugosidade, ou seja, no ângulo de
dilatação de pico (dn) e na componente de cisalhamento das asperezas (sn);

• Reinterpretação da lei empírica do atrito em função do modelamento digital das superfícies das descontinuidades,
utilizando uma impressora 3D para geração de moldes físicos das superfícies modeladas, com as variações e
correções necessárias. Assim, ao pesquisador se permitirá uma maior liberdade para testar as variações dos
perfis de rugosidade, podendo ser analisados para diversos tipos ou diferentes misturas de materiais.

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