Automação Hidráulica Capítulo 1

Conceitos e Princípios Básicos

Índice capítulo 1
1.1) Revisão de conceitos 1.1.4) Transmissão de Energia
Hidráulica
1.1.1) Automação e
Automatismos 1.1.5) Vazão
1.1.2) Conceitos Gerais Básicos 1.1.6) Viscosidade de um
Fluido
 Fluido
 Hidráulica 1.1.7) Conversão de
Viscosidade Cinemática (cSt)
 Hidrostática em Dinâmica (Cp)
 Hidrodinâmica
1.1.8) Equação de Poiseulli
 Pressão
1.1.9) Equação da
1.1.3) Conservação de Energia Continuidade/Bernoulli
Índice capítulo 1 (cont.)
1.2) Classificação dos Sistemas
Hidráulicos
1.2.1) De acordo com a pressão
1.2.2) De acordo com a aplicação
1.2.3) Quanto ao tipo de bomba
1.2.4) Quanto ao controle de direção
1.3) Esquema geral de um sistema
hidráulico
1.3.1) Sistema de geração
1.3.2) Sistema de distribuição e
controle
1.3.3) Sistema de aplicação de
energia
1.4) Vantagens e desvantagens
dos sistemas hidráulicos
1.4.1) Vantagens
1.4.2) desvantagens
1.5) Como é criada a pressão
1.6) Fluxo em paralelo
1.7) Fluxo em série
1.8) Queda de pressão por
meio de uma restrição
(orifício)
1.9) Função velocidade
1.1.1) Automação e Automatismos

AUTOMAÇÃO AUTOMATISMO

São os meios, os instrumentos, as máquinas,

Dinâmica organizada dos automatismos, de uma
processos de trabalho, ferramentas ou recursos com
forma otimizada e direcionada à realização dos
o objetivo de potencializar ou reduzir a ação humana
objetivos.
num processo  melhoria da produtividade
Classificação dos Automatismos

Automatismo de Potência Automatismo de Guia

Destinada a potencializar a magnitude física ou mental

Utilizados para guiar movimentos e posicionamentos
à qual o elemento humano está sujeito  “Reduzir a
precisos (dispositivos de montagem, usinagem etc...)
fadiga física / mental “

**Um processo completo de automação envolve as duas classes

de automatismos
1.1.2) Conceitos Gerais Básicos
FLUIDO
Qualquer substância capaz de escoar
e assumir a forma do recipiente que a
contém (*FLUIDO HIDRÁULICO)
HIDRÁULICA
Provém da raiz grega HIDROS que
significa ÁGUA. Ciência que estuda o
escoamento dos líquidos sob pressão.
HIDROSTÁTICA
Ciência que trata dos líquidos sob
pressão (mecânica dos fluidos
estáticos, seguida de condições de
equilíbrio dos fluidos)
HIDRODINÂMICA
Ciência que trata dos líquidos em
movimento (teoria da vazão), e mais
precisamente de sua energia cinética.
PRESSÃO
Em termos de hidrostática, define-se
a pressão como sendo a força
exercida pelo fluido por unidade de
área do recipiente que o contém.
*Unidade no S.I: N/m² ou Pa, ou
ainda Atm, Bar, Kgf/mm², Lib/in²
Fluido hidráulico
Também chamado líquido hidráulico,
Utilizados como meio de transmissão de energia em maquinário
hidráulico,
Tipos de maquinários: freios, comandos em aeronaves, direção
assistida, transmissão em escavadeiras, caminhões de lixo,
empilhadeiras etc...,
Categorias de fluidos: compostos sintéticos, óleos minerais, água,
solução e emulsões aquosas,
Característica mais importante: COMPRESSIBILIDADE (ter o seu
volume reduzido através de uma força externa  pressão).
 Relação Pressão(P) e Força (F) - Hidrostática

Sabendo-se a pressão com a

qual o fluido se encontra 𝐹 𝑚⋅𝑔
𝑃= =
confinado em um 𝐴 𝐴
reservatório, é possível
conhecer a força que ele
Onde:
exerce contra as paredes ou
a força para manter o P = pressão na câmara (N/m²)
F = força peso exercida pela
sistema em equilíbrio massa m (N)
(estável). A = área do pistão (m²)
g = aceleração gravidade
(m/s²)
*Relação de pressão num cilindro
hidráulico
 Relação Pressão(P) e Força (F) - Hidrostática
Num reservatório
aberto, conhecendo-se
a massa específica do
fluido e o nível (altura
ΔH), é possível saber a
pressão que ele exerce
sobre as paredes
(pressão hidrostática) e
consequentemente as
forças instaladas.
𝑃 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ Δ𝐻
Onde:
P = pressão manométrica (N/m²)
ρ = massa esp. fluido (Kg/m³)
g = aceleração gravidade (m/s²)
ΔH = altura manométrica fluido
(m)
*Relação de pressão num reservatório
cheio de fluido

 Pressão manométrica é a medida da pressão em relação à pressão atmosférica

 Pressão em tubulação - Hidrodinâmica
A pressão em uma
tubulação pode ser Qual será a
conhecida a partir da potência desta
equação da energia, que bomba neste
sistema?
leva em consideração:
Energia cinética
Potencial do fluido
Taxa de massa
Perda de carga em
tubulações/conexões
Trabalho realizado pela
bomba de sucção
 Potência da bomba – Eq. da Energia
Hidrodinâmica
Δ𝑃 𝑣22 − 𝑣12
𝑀⋅ + + 𝑔. Δ𝑦 + ℎ𝐿 = 𝑁
𝜌 2
Onde:

M = taxa de massa (Kg/seg) ou 𝒎ሶ = 𝝆𝑸

ΔP = variação de pressão (Kpa)
ρ = massa específica do fluido (Kg/m³)
Q = vazão mínima necessária à bomba (m³/s)
V1 = velocidade inicial do fluido (m/s)
V2 = velocidade final do fluido (m/s)
g = aceleração da gravidade (m/s²)
Δy = diferença de nível (m)
hL = perda de carga total (pressão) no intervalo de duto estudado
(m²/s²)
N = potência necessária à bomba de sucção para elevar o fluido à
diferença de nível Δy (Watts)
 Outras formas da equação de energia em
hidrodinâmica

Podemos também representar a equação da

energia em hidrodinâmica em função das áreas
das seções transversais A1 e A2 da tubulação
relacionadas às respectivas velocidades do
fluido.
 Exercício de fixação 01 – Abastecimento de um reservatório
Eq. da Energia e Bernoulli
Calcule a pressão P2 no ponto B da tubulação.
Dados abaixo.
Exercício de fixação 02 – Tubo de Venturi
Eq. de Bernoulli
1.1.3) Conservação de Energia
• A física diz que a energia não pode ser criada e nem destruída; pode
apenas ser convertida em outras formas de energia.

• A energia mecânica de um determinado sistema é dada pela

equação:

1
𝐸𝑀 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑣 2 + 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
2

m = massa (Kg)
Princípio da conservação
v = velocidade (m/s) de energia
g = aceleração da gravidade (m/s²)
h = altura (m) EMinicial = EMfinal
1.1.4) Transmissão de energia hidráulica
A energia mecânica inicial
gerada pela força F1 é
convertida em energia
hidráulica, propagando-se
pelo fluido até encontrar a
plataforma A2,
convertendo-se novamente
em energia mecânica a ser
entregue por meio da força
F2.
F2 é diretamente proporcional a F1, que esta ligada diretamente á
razão de A2/A1
Proporcionalidade entre F2 e F1  Pressão
𝐴2 𝐹⊥ 𝐹2
𝐹2 = 𝐹1 =
𝐴1 𝐴1 𝐴2

“Em termos de hidrostática, define-se pressão como sendo a força

exercida pelo fluido por unidade de área do recipiente que a contém.”

P1 = P 2
Proporcionalidade entre h1 e h2  Volume
𝐴2
ℎ2 = ℎ1 ℎ2 ⋅ 𝐴2 = ℎ1 ⋅ 𝐴1
𝐴1

Lembrando da geometria dos sólidos que V = A. h

Concluímos que:
𝑉1 = 𝑉2
Exercício sobre Transmissão de Energia
Hidráulica
1.1.5) Vazão
Vazão é o volume de fluido
descarregado pela bomba por
unidade de tempo. 𝑉 𝐴⋅ℎ
𝑄= =
Ou o produto entre a velocidade 𝑡 𝑡
com que um fluido se desloca em
uma tubulação e a seção
transversal desta. 𝑄 =𝑣⋅𝐴
Unidade no S.I: m³/s
Outras unidades: l/min ou g.p.m
1.1.6) Viscosidade de um fluido
De todas as propriedades de um óleo lubrificante, a viscosidade é a
característica mais importante.

Viscosidade é a resistência oferecida ao movimento relativo de suas

moléculas (escoamento).

A viscosidade é dada pela razão entre a tensão de cisalhamento e a

taxa de cisalhamento do fluido.

ISO – DIN 51519 (1976)  18 categorias de viscosidade

Viscosidades recomendadas em cSt
(centistokes)

NOTA: A tabela acima só deve ser utilizada quando não houver recomendação do
fabricante da bomba hidráulica.
1.1.7) Conversão de viscosidade cinemática
(cSt) em dinâmica (Cp)

𝑪𝑃 = 𝜌 ⋅ 𝑐𝑆𝑡
NOTAS:
Considere a massa específica do fluido ρ como sendo a massa
específica do óleo SAE 10 = 881,1 Kg/m³.
Unidade de 𝑪𝑃 = kg/s.m
Unidade de cSt = m²/s
Unidade massa específica ρ = Kg/m³
1.1.8) Equação de Poiseulli
Esta equação permite conhecer o fluxo
do fluido (vazão) em uma tubulação
cilíndrica relacionando as variáveis: 4
𝜋 ⋅ 𝑟 ⋅ Δ𝑃
𝑄=
Diferença de pressão (ΔP) 8⋅𝜂⋅𝐿
Raio (r)
Comprimento da tubulação (L)
Viscosidade dinâmica (η)
 1.1.9) Equação da Continuidade

portanto

Volume por unidade de tempo = Vazão “Q” Vazão Q = v.A

1.2) Classificação dos sistemas hidráulicos
Os sistemas hidráulicos são classificados em quatro tipos:

De acordo com a pressão

De acordo com a aplicação

Quanto ao tipo de bomba

Quanto ao controle de direção

1.2.1) De acordo com a pressão
De acordo com a N.F.P.A (National Fluid Power Association) os
sistemas hidráulicos são classificados de acordo com a pressão
nominal.
1.2.2) De acordo com a aplicação

Sistemas de pressão contínua

(utilização de uma prensa para conformação de uma chapa)

Sistemas de pressão intermitente

(utilização de sistema de freios automotivo)
1.2.3) Quanto ao tipo de bomba

Sistemas de vazão constante

Sistemas de vazão variável

1.2.4) Quanto ao controle de direção

Sistemas de uma via (controlado Sistemas de duas ou mais vias

por válvulas)
1.3) Esquema geral de um sistema hidráulico
Um sistema hidráulico pode ser dividido em três partes.

Sistema de geração
(reservatório, filtros, bombas, motores, acumuladores, intensificadores
de pressão e etc...)
Sistema de distribuição e controle
(válvulas controladoras de pressão, válvulas direcionais)
Sistema de aplicação de energia
(atuadores, motores hidráulicos)
 1.4) Vantagens e Desvantagens de sistemas
hidráulicos
Vantagens
• Fácil instalação dos componentes
• Alta flexibilidade em espaços
reduzidos
• Baixa inércia (reversão rápida de
movimento)
• Ajustes micrométricos na
velocidade
• Sistemas auto lubrificantes
• Relação (peso, tamanho, potência)
reduzida
• Eliminação sistema de troca de
calor (óleo)
Desvantagens
• Elevado custo inicial
• Transformação da energia elétrica
 mecânica -- mecânica 
hidráulica  mecânica
• Perdas por vazamentos internos
• Perdas por atritos
internos/externos
• Baixo rendimento (perdas por atrito
e vazamentos)
• Perigo de incêndio (óleo inflamável)
1.5) Como é criada a pressão I
A pressão resulta da resistência oferecida ao fluxo do fluido, sendo
ela função de duas variáveis:

1- Da carga do atuador
Qual a pressão lida no
Manômetro da figura ao lado?
1.5) Como é criada a pressão II
2- De uma restrição (ou orifício) na tubulação

Situação III

Situação I

Situação II
1.6) Fluxo em paralelo

Uma característica intrínseca dos líquidos é o fato de procurarem

sempre o caminho que oferece a menor resistência.
Fluxo em paralelo
O fluxo se dá pela via de menor pressão.
Set point 70 bar

O acontecerá se fecharmos a válvula regulada em 70 bar?

Fluxo em paralelo
O fluxo do fluido se daria pela válvula de 140 bar!!!
1.7) Fluxo em
série
Quando as resistências ao
fluxo estão em série
somam-se as pressões.
1.8) Queda de pressão por meio de uma
restrição (orifício)
Um orifício é uma passagem restrita de uma linha hidráulica ou em
um componente, utilizado para controlar o fluxo ou criar uma
diferença de pressão.

Situação C

Situação A

Situação B
1.9) Função velocidade
Em hidráulica, a velocidade que um fluido flui através de um
determinado sistema pode ser calculada em função da vazão e da
área da seção transversal do duto por onde ele escoa.

𝑄
𝑣=
𝐴
No S.I a unidade de velocidade é m/seg
FIM